 Latinismo: “A gente tava (sic) cansado de esperar o ônibus”.

 Neologismo: “Estava todo mundo de cara amarrada”.

 Estrangeirismo: “Os alemães não têm uma língua delicada”.

 Arcaísmo: “Na Idade Média, tudo era religiosidade”.

 Regionalismo: “Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.

Em "a": Certo &nbsp;–&nbsp; "Sic", entre parênteses, é um latinismo cujo sentido expressa "exatamente assim". Em "b": Errado &nbsp;–&nbsp; "Cara amarrada" não indica um neologismo, pois não há uma palavra nova sendo formada. Em "c": Errado &nbsp;–&nbsp; Não há palavras que indicam ser do vocabulário alemão, por exemplo. Em "d": Errado &nbsp;–&nbsp; Não há palavras que indicam ser representativas do contexto da Idade Média, por exemplo. Em "e": Errado &nbsp;–&nbsp; Não há palavras aqui que designem características peculiares de uma determinada região, por exemplo. Resposta: Letra A.

Ao analisar o trecho e as expressões listadas, podemos observar que cada uma contribui de alguma forma para um estilo mais coloquial ou informal de escrita. No entanto, precisamos distinguir entre o que é típico da oralidade e o que simplesmente compõe um estilo mais descontraído de linguagem escrita. 
 
1. "a gente" – Uma substituição informal para "nós", comum tanto na fala quanto na escrita informal. 
2. "de orelha em pé" – Uma expressão idiomática que indica atenção ou suspeita, também usada em ambos os contextos. 
3. "badalada" – Gíria que significa 'popular' ou 'em voga', mais vista em contextos informais mas ainda assim adaptável a escritas menos formais. 
4. "altos salários" – Uma expressão normal que tão somente descreve salários elevados, não carregando um peso específico de informalidade ou oralidade. 
5. "então" – Embora possa aparecer em textos escritos, o uso de "então" nesse contexto específico sugere uma transição muito comum na fala, onde serve para reforçar o argumento ou mudar de assunto de forma mais casual. 
 
A palavra "então", no contexto apresentado, serve como um marcador discursivo muito característico da oralidade. Este tipo de marcador é frequentemente usado para criar uma ligação ou transição na fala, refletindo um padrão conversacional que simula uma interação face a face. 
 
Isso contrasta com expressões como "a gente", que, embora coloquiais, são mais plenamente integradas tanto na fala quanto na escrita informal. As demais opções, embora informais ou idiomáticas, não destacam-se especificamente pelo uso mais oral do que escrito. 
 
Alternativa correta é E.

Um site da Internet fala o seguinte sobre a carreira de auditor: “Quando a gente fala em auditoria, muita gente fica de orelha em pé.

A profissão é bastante badalada no mercado de trabalho e geralmente associada a altos salários.

No serviço público, então, é um dos cargos mais desejados! 

Mas você sabe qual são as atribuições desses profissionais? Quanto eles ganham? Onde trabalham? 

Descubra o que faz um auditor e o que estudar para se tornar um!”

 O texto utiliza apenas signos linguísticos verbais.

 O texto é construído a partir de coloquialismos e regionalismos.

 O texto é construído a partir de signos não verbais.

Análise da questão:

 

O enunciado nos pede para identificar uma afirmação correta sobre o nível e tipo de linguagem empregado no texto. O texto descreve uma descoberta astronômica e aparece acompanhado de uma certa formalidade proveniente do seu contexto científico, reforçando o uso de termos técnicos e uma estrutura linguística mais elaborada.

 

Vamos analisar cada alternativa:

 

Alternativa A: Afirma que há predominância de uma linguagem mista. No entanto, o texto é claramente composto por uma linguagem formal, com vocabulário técnico específico à astronomia, sem sinais claros de mistura com um registro informal.

 

Alternativa B: Indica que o texto utiliza apenas signos linguísticos verbais. Esse é um ponto chave, pois, de fato, o texto não apresenta elementos não verbais como imagens ou símbolos, apenas utiliza palavras para transmitir informações.

 

Alternativa C: Sugere que o texto é construído a partir de coloquialismos e regionalismos. Essa alternativa é incorreta, pois o texto mantém um tom formal e técnico, típico de publicações científicas, sem uso de expressões coloquiais ou regionalismos que indicariam informalidade.

 

Alternativa D: Declara que o texto é construído a partir de signos não verbais. Essa alternativa também é claramente incorreta porque o texto está formulado em linguagem verbal escrita e não se apoia em signos não verbais para sua compreensão.

 

A opção correta é a alternativa B, que reconhece o texto como composto unicamente por linguagem verbal, sem a presença de elementos não verbais.

<center></center> <center>A cavidade foi descoberta depois de uma gigantesca explosão de uma estrela</center> 
(AFP) 

 Astrônomos descobriram na Via Láctea uma cavidade gigante cercada por duas nebulosas, as nuvens de Perseu e Touro, que apareceram após ao menos uma gigantesca explosão de uma estrela - de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (22/9).

 As nuvens moleculares de Perseu e Touro, como são chamadas, há muito tempo são escrutinadas, devido à sua proximidade com a Terra - entre 500 e 1.000 anos-luz de distância, uma palha na escala de nossa Via Láctea, que tem mais de 80.000 anos-luz em diâmetro.

 Mas também porque abrigam berçários estelares, formados graças à mistura de gás molecular e poeira que compõe essas nuvens. Finalmente, porque essas nebulosas pareciam estar ligadas por uma espécie de filamento. Uma posterior observação descartou essa ligação por suas respectivas distâncias de nosso planeta.

 "O engraçado sobre essas duas nuvens", explicou à AFP o pesquisador Shmuel Bialy, do Harvard Center for Astrophysics and the Smithsonian, é que "descobrimos que elas estão, sim, conectadas, mas não da maneira que imaginávamos, e sim através de uma cavidade gigante".

 Esta foi a primeira vez que cientistas conseguiram desenhar um mapa tridimensional de tal estrutura, batizado de "Per-Tau Shell". Para isso, contaram com a ajuda de avançadas técnicas de cálculo e de imagem e, especialmente, de um mapa de gases moleculares de uma região maior, desenhado com dados do telescópio espacial europeu Gaia.

 É preciso imaginar uma "espécie de esfera, cujo interior seria vazio", segundo Bialy, uma "superbolha", como é chamada, com um diâmetro de cerca de 500 anos-luz (cerca de 4,7 milhões de bilhões de km), cujo envelope externo seria parcialmente formado pelas duas nuvens de Perseu e Touro.

 O interior da cavidade contém um pouco de poeira, "mas com uma densidade muito baixa em comparação com a das nuvens", disse à AFP o cosmólogo e astrofísico Torsten Ensslin, professor associado do Instituto Alemão Max Planck.

- "Periferia" solar -

 Ele foi coautor com Shmuel Bialy, autor principal, deste estudo publicado no Astrophysical Journal Letters. É um dos cientistas que fizeram, em 2019 e 2020, o primeiro mapa 3D de nuvens de poeira a uma curta distância do nosso Sol. E isso graças aos dados de Gaia sobre a posição e as características de mais de 5 milhões de estrelas nesta "periferia" solar.

 E é uma colega de Bialy, Catherine Zucker, pós-doutoranda e astrofísica, que assina um segundo estudo sobre o assunto para explicar como os cientistas têm feito bom uso deste mapa, com a ajuda de algoritmos desenvolvidos em parte sob sua direção.

 "Esta é a primeira vez que podemos usar visualizações reais em 3D, e não simulações, para comparar a teoria à observação e estimar quais teorias funcionam melhor" para explicar de onde veio essa cavidade gigante e as nuvens que repousam em sua superfície, disse ela em uma declaração do Center for Astrophysics.

 "Achamos que é devido a uma supernova, uma explosão gigante que empurrou esses gases e formou essas nuvens", diz Bialy, cujo estudo sugere um cenário de múltiplas supernovas.

 De acordo com essa teoria, uma ou mais estrelas no final de sua vida explodiram e, gradualmente, empurraram a maior parte do gás em que foram banhadas para formar essa cavidade, entre 6 e 22 milhões de anos atrás.

 "Estamos agora observando a cavidade em seu último estágio, onde já desacelerou (sua expansão), e permitiu a formação de nuvens" de Perseu e Touro, diz Bialy.

 O cientista agora pretende se concentrar nas jovens populações de estrelas que estão surgindo ali.

 Quanto ao professor Ensslin, ele espera a "descoberta de muitas outras estruturas", como a de Per-Tau.

 "Esta bolha é, provavelmente, apenas uma entre muitas", explica, acrescentando que, apesar de seu tamanho, ocupa um pequeno espaço no mapa 3D produzido pelo seu departamento. Resta explorá-lo e batizálo.

Aí vamos nós mergulhar na vibe linguística e decifrar essa questão, parça! O termo "amorização", presente no texto, traz um rolê bem especificamente linquistico: trata-se de um neologismo. Mas, senta que lá vem a explicação! 
 
Neologismo é aquela palavra ou expressão que é recentemente criada na língua. Em geral, ela surge para descrever objetos, conceitos ou realidades novas, que antes não eram contempladas por nosso vocabulário maneiro. No nosso caso, "amorização" é uma inovação vocabular que evoca o processo de infundir amor ou atitudes amorosas em algo, dando um novo toque ao jeitão de tratar as coisas e os outros. 
 
Olhando para as outras alternativas: 
<ul> 
<li>Arcaísmo: Seria o contrário, ou seja, um termo que já caiu de moda e é considerado ultrapassado.</li> 
<li>Barbarismo: Representa um erro de linguagem como um erro de escrita ou pronúncia que sai fora do padrão.</li> 
<li>Estrangeirismo: É quando as palavras são emprestadas de outros idiomas sem adaptação à nossa línguística.</li> 
<li>Eufemismo: Jeito suave de falar sobre uma realidade mais dura, geralmente para não chocar ou ser mais gentil.</li> 
</ul> 
 
Em resumo, a criação de uma palavra nova para descrever algo que não era previamente contemplado pela língua evidencia a formação de um neologismo. Por isso, a alternativa correta é A.

Texto CG2A1 

 A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura ao redor da vontade de poder que se traduz por vontade de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos mercados. Os meios de comunicação levam ao paroxismo a magnificação de todo tipo de violência. Nessa cultura, o militar, o banqueiro e o especulador valem mais que o poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cultura da paz. Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás da violência funcionam poderosas estruturas. A primeira delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico. Viemos de uma imensa explosão, o big bang. E a evolução comporta violência em todas as suas fases. Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou a dominação do homem sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas sobre mecanismos de violência como o Estado, as classes, o projeto da tecnociência, os processos de produção como objetivação da natureza e sua sistemática depredação. Em terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos conflitos. Sobre essa vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é a competição, e não a cooperação; por isso, gera guerras econômicas e políticas e, com isso, desigualdades, injustiças e violências. Todas essas forças se articulam estruturalmente para consolidar a cultura da violência que nos desumaniza a todos. A essa cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje ela é imperativa. É imperativa, porque as forças de destruição estão ameaçando, por todas as partes, o pacto social mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. Onde buscar as inspirações para a cultura da paz? A singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores reside no fato de que nós, à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estruturas de agressividade, temos capacidades de afetividade, compaixão, solidariedade e amorização. O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e copilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de reengenharia da violência mediante processos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. Há muito que filósofos veem no cuidado a essência do ser humano. Tudo precisa de cuidado para continuar a existir. Onde vige cuidado de uns para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou Freud.

 O Flamengo, que teve um jogador expulso, deve recorrer ao STJD.

 Com o advento do novo governo, a legislação econômica sobre o teto de gastos deve sofrer modificações.

 Os moradores de algumas comunidades cariocas estão sendo obrigados a fazerem papel de espiões para os traficantes.

 Os candidatos a prefeito de São Paulo fizeram ontem à noite mais um debate político, mas não atraíram grande número de ouvintes.

 De olho em novos negócios, algumas empresas estão organizando uma feira internacional de eletrodomésticos.

Ok, galera! Vamos ver essa questão sobre linguagem coloquial em fragmentos de texto retirados de jornais, beleza? A gente precisa identificar qual desses trechos puxa mais pro nosso dia a dia, aquele papo mais descontraído. 
 
 
Então, olhando para todas as alternativas: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
<li>A) tem um tom mais formal, relatando uma possível ação do Flamengo na justiça.</li> 
<li>B) também segue no formal, falando sobre mudanças na legislação com um vocabulário típico de economia e políticas públicas.</li> 
<li>C) apesar de tratar de um tema complexo e premente como comunidades e tráfico, mantém uma estrutura mais formal e distancia um pouco do coloquial.</li> 
<li>D) também está no formalismo ao falar sobre debates políticos e audiência em termos bem institucionais.</li> 
<li>E) menciona empresas "de olho" em novos negócios. Esse “de olho” traz uma pegada mais informal, usando uma expressão bem típica do cotidiano para falar sobre interesse e vigilância quanto a oportunidades.</li> 
</ul> 
 
A questão do uso de "de olho", realmente, coloca a alternativa E num patamar mais próximo da nossa conversa do dia a dia. Essa expressão é um aspecto coloquial dentro de um contexto formal de texto jornalístico. Sabe aquele jeito de falar "tô de olho nas promoções"? Então, é essa a vibe aqui. 
 
 
Logo, quem escolheu a letra E acertou em cheio, pois apesar de estar em um contexto formal, essa pequena inserção de linguagem coloquial dá uma suavizada no texto. 
 
A alternativa correta é E.

Questões de Português - Níveis de linguagem