Da inconveniência dos portadores de celulares e tablets.

Dos que conversam como na sala da própria casa.

E aí, vamos entender essa questão sobre paralelismo sintático? Paralelismo sintático é quando componentes de uma frase ou lista seguem a mesma estrutura gramatical, criando uma leitura mais fluida e coesa. Durante a revisão de style, isso é super comum cair em prova, então se liga na análise das alternativas: 
 
<ul> 
<li>A) "Da inconveniência dos portadores de celulares e tablets." — Essa frase usa nomes para descrever a referida inconveniência, mantendo a estrutura paralela com as outras alternativas que também começam com "Da".</li> 
<li>B) "Da barulhada com comilança." — Aqui, também temos substantivos ("barulhada" e "comilança") mantendo a estrutura similar ao que se espera no paralelismo.</li> 
<li>C) "Da pouca cordialidade dos funcionários." — Segue o mesmo padrão: articulação + adjetivo + substantivo + complemento.</li> 
<li>D) "Da ineficiência de muitas projeções." — Mais uma vez, a estrutura é mantida: preposição + substantivo + complemento.</li> 
<li>E) "Dos que conversam como na sala da própria casa." — Agora, presta atenção! Esta alternativa começa diferente, com uma construção que introduz uma descrição do comportamento (um pronome relativo "que" introduzindo a ação "conversam"), diferentemente dos outros itens que focam diretamente num substantivo.</li> 
</ul> 
 
Portanto, a alternativa E destoa pelo fato de não começar imediatamente com um substantivo ou adjetivo e um complemento, mas sim uma frase que descreve a ação de conversar, quebrando assim o padrão de paralelismo sintático observado nas outras alternativas. 
 
A alternativa correta é E.

Cinemas de rua. Torço pelas salas de cinema de rua e as 
frequento com assiduidade, apesar da inconveniência dos 
portadores de celulares e tablets, da barulhada com comilança, 
dos que conversam como na sala da própria casa, da ineficiência 
de muitas projeções e da pouca cordialidade dos funcionários 
que, entre um despreparo e outro, lançam a cara feia para 
cinéfilos que acompanham os créditos até o fim.

Vamos lá, chefe! A questão bate na tecla do paralelismo sintático usando exemplos tirados diretamente da música da Legião Urbana. O paralelismo, de forma simplificada, acontece quando estruturas gramaticais similares são utilizadas para transmitir ideias que se equiparam em termos de importância ou lógica. 

 

As orações destacadas na canção, "Quando choramos abraçados" e "Mesmo que tenhamos planejado", são exemplos clássicos de como usar conjunções para puxar a relação de tempo e concessão, respectivamente. A primeira, iniciada por "Quando", típica conjunção temporal, estabelece um contexto específico em que a ação ocorre, enquanto a segunda, iniciada por "Mesmo que", introduz uma concessão, uma circunstância que contrasta com o que é dito na sequência. 

 

Detalhando mais um pouco, "Quando choramos abraçados" coloca um frame temporal específico aos sentimentos descritos no verso, e "Mesmo que tenhamos planejado um caminho diferente" introduz a ideia de que, independentemente dos planos ou expectativas divergentes, a companhia da pessoa é o suficiente. Isso é uma concessão clássica, algo como "apesar de" ou "ainda que". 

 

alternativa correta é D

 Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.

 É melhor conhecer algumas das perguntas do que todas as respostas.

 Sabedoria é saber o que fazer; virtude é saber fazê-lo.

 Todo mundo precisa crer em algo. Creio que vou tomar outra cerveja.

 Não sei mais o que aprendi. O pouco que ainda sei, adivinhei.

Comentário: o enunciado requer a indicação de construção provida de paralelismo. É fundamental conhecer a diferença entre ausência de paralelismo e erro de paralelismo. O primeiro consiste na simples ausência de estrutura que justifique falar em paralelismo (ex.: eu fui ao mercado, ela não); neste caso não existe erro, somente ausência. O erro consiste no emprego incorreto de termos que deveriam apresentar equivalência de forma (ex.: para mim, o que vale é respeitar, cuidar e se preocupar). Em "a" - Errado: tem-se duas orações, sendo a primeira estruturada em predicativo + verbo + oração subordinada subjetiva; a segunda estrutura-se somente por oração subordinada subjetiva + elipsados predicativo e+ verbo. A construção seria provida de paralelismo se escrita: "Mestre não é quem sempre ensina, mestre é quem de repente aprende." Note-se que a construção original, dotada de conjunção adversativa, não é incorreta e não possui erro de paralelismo, somente ausência de estrutura paralela.Em "b" - Errado: idem ao item "a". A elipse do verbo "conhecer" na segunda oração é ausência de paralelismo, não erro.Em "c" - Certo: a presente construção apresenta emprego de paralelismo: as estruturas são equivalentes, constituídas por sujeito + verbo + oração predicativa.Em "d" - Errado: idem ao item "a", pois a elipse do sujeito na segunda oração faz com que as estruturas não sejam equivalentes, mas não torna incorreta a passagem. Em "e" - Errado: aqui sequer se fala em ausência de paralelismo por elipse de termos, mas em total incompatibilidade entre estruturas diversas. Não se trata, contudo, de erro. Resposta: Letra C.

 “Não há nada” / “como o fato”;

 “que demonstre” / “de ele poder conhecer”;

 “a grandeza e a potência da inteligência humana” / “a superioridade e a nobreza do homem”;

 “poder conhecer” / “compreender por completo”;

 “como o fato de ele poder conhecer” / “compreender por completo e sentir fortemente”.

Comentário: o paralelismo se restringe à equivalência material entre estruturas (paralelismo sintático ou morfológico), mas se apresenta também nas relações semânticas. Embora o enunciado não tenha especificado, em geral, faz-se referência ao viés sintático; Em "a" - Errado: não há na estrutura paralelismo de qualquer ordem.Em "b" - Errado: idemEm "c" - Certo: as estruturas são sintaticamente paralelas: ambas são compostas por dois substantivos,&nbsp;"grandeza e potência" - "superioridade e nobreza", acompanhados de locuções adjetivas, "da inteligência humana" - "do homem", em função de adjuntos adnominais.Em "d" - Errado: tem-se, respectivamente, locução verbal e verbo seguido de adjunto adverbial de modo; não há paralelismo de qualquer natureza.Em "e" - Errado: a construção apresenta encadeamento de locuções verbais que dividem uma única forma auxiliar, "poder". O verbo auxiliar, elíptico frente aos dois últimos verbos, impossibilita paralelismo sintático. Resposta: Letra C.

O paralelismo é a igualdade entre as estruturas, ou seja, o que tiver na primeira também precisa ter na segunda e vice-versa.A única que demonstra isso de forma perfeita é a letra C. Portanto, é o gabarito. Veja:“a grandeza (substantivo) e (conjunção aditiva) a potência da inteligência humana” (substantivo + complemento nominal) / “a superioridade (substantivo) e (conjunção aditiva) a nobreza do homem (substantivo + complemento nominal)”.Nas demais alternativas, não ocorre isso; são estruturas totalmente diferentes, unidas em cada alternativa. Talvez a D possa trazer dúvida, mas ela não apresenta paralelismo, porque há, do primeiro lado, locução verbal; já do outro lado, apenas um verbo e locução adverbial de modo.

Questões de Português - Paralelismo sintático - Superior