“Nosso caro escritor - carérrimo, segundo a madame - olhou pros filhos dela 
e viu que os dois estavam de tênis importado.”

“O auditório aplaudiu de pé aquela história.”

“Se eu me lembro bem, a casa dessa senhora era imensa e ocupava quase 
um quarteirão.”

“[...]u e minha irmã estávamos entrando na adolescência e estudávamos 
num grande colégio de BH.”

Vamos mergulhar neste enunciado para ver quem está tentando se esconder entre os pronomes, combinado?

Primeiro, um breve recap dos pronomes, que são palavras que substituem ou acompanham substantivos, ajudando a evitar repetições enfadonhas e a deixar o texto mais fluido. Existem diversos tipos, como pessoais, possessivos, demonstrativos, entre outros.
 
Analisando a alternativa A, temos o termo "Nosso", que é um pronome possessivo. Os possessivos indicam a quem algo pertence, e nesse caso, refere-se ao "caro escritor" pertencer de alguma forma ao grupo do falante, talvez emocionalmente ou numa comunidade literária.
 
Na alternativa B, "aquela" é um pronome demonstrativo. Esse tipo de pronome é usado para apontar a localização de algo ou alguém no espaço ou no tempo em relação às pessoas do discurso. Nesse contexto, "aquela" está se referindo a uma história específica que foi aplaudida.
 
Passando para a alternativa C, encontramos "dess(a)", que é outro pronome demonstrativo, semelhante ao da alternativa B, indicando algo que está mais distante do falante, no caso, a casa de uma senhora especificada anteriormente no discurso.
 
Por fim, a alternativa D traz o termo "num", que parece um pouco fora do lugar aqui, né? "Num" é uma contração da preposição "em" com o artigo indeterminado "um" — então definitivamente não é um pronome! Ele não substitui ou referencia diretamente um substantivo anterior, apenas expressa que algo acontece "em um" local, que seria um colégio, neste caso.
 
Então, sem enrolação, a alternativa correta é D, porque o termo destacado "num" não é um pronome, mas sim uma junção de preposição com artigo. Atrapalha, né? Mas é isso aí!

“[...]u escutei uma frase genial do Pedro Bandeira, aquele escritor que 
você deve estar cansado de conhecer.[...] (aquele escritor)

“[...] não podia comprar um livro, um mísero livro, coitadinho, que nunca 
brigou com ninguém?” (coitadinho)

“[...]ão perco uma chance de comentar aquelas acusações que a Nike vive 
recebendo [...] (aquelas acusações)

“É a senhora que prefere investir no pé do que na cabeça dos seus filhos”. 
(a senhora)

Olá, vamos nessa pegada descontraída mas certeira para analisar essa questão de pronomes, uma parte essencial do português que pode ser cheia de pegadinhas, especialmente em concursos!
 
Os pronomes destacados na questão substituem um nome ou expressão mencionados anteriormente no texto (antecedente). A ideia é garantir que os antecedentes estejam corretamente identificados, ou seja, que os pronomes realmente se refiram a eles.
 
Na alternativa A, o pronome "que" refere-se corretamente a "aquele escritor", ou seja, o Pedro Bandeira.
 
Na alternativa B, o pronome "que" aparentemente se refere a "coitadinho", quando na verdade ele deve referir-se a "um livro", pois esses livros são subjeto da oração, sugerindo que não foram os livros, mas sim as pessoas, que não puderam comprar. Portanto, esse pronome está incorretamente identificado, fazendo desta alternativa a correta segunda o enunciado (a exceção).
 
Na alternativa C, o pronome "que" se refere corretamente a "aquelas acusações", que são as acusações que a Nike vem recebendo.
 
Na alternativa D, o pronome "que" também está corretamente empregado, se referindo a "a senhora", isto é, a mulher que prefere gastar mais com os pés do que com a educação dos filhos.
 
Concluindo, a falha de referência está na alternativa B. Nela, o pronome "que" foi erroneamente associado a "coitadinho" em vez de "um livro", desencaixando da lógica das demais opções.
 
A alternativa correta é B.

A igreja é o lugar onde me sinto à vontade.

Olá! Vamos desenrolar essa questão da CONSULPAM sobre pronomes, um tópico que às vezes enrola mais que sushi, mas vou explicar de uma forma que você vai entender na boa, pode crer!

 

Pra começar, a questão foca na colocação pronominal, isso é, onde põem esses pronomes átonos (aqueles que não levam acento, saca?). As regras que regem essa colocação podem variar um pouco dependendo da modalidade (falada ou escrita) e do registro (formal ou informal). Mas vamos aos casos:

 

<ul>
<li>Alternativa A: "Encontrarei-te na faculdade amanhã." - Aqui temos um pronome oblíquo átono (te) usado corretamente após o verbo no futuro. Tudo certinho por aqui.</li>
<li>Alternativa B: "Nada far-se-á sem ele." - Este é um exemplo clássico de mesóclise, que é o uso do pronome átono no meio do verbo. Isso tá correto, mas só é usado em situações muito formais ou literárias, e ainda assim, com verbos no futuro do presente ou futuro do pretérito.</li>
<li>Alternativa C: "Não poderia nos ajudar no trabalho." - O pronome está corretamente colocado antes do verbo, respeitando a próclise, que é comum em casos de palavras negativas anteriores.</li>
<li>Alternativa D: "A igreja é o lugar onde me sinto à vontade." - Perfeito! Aqui o pronome 'me' vem antes do verbo 'sinto', indicando próclise, o que é usual na norma culta especialmente em situações assim, onde o pronome é precedido por uma palavra que atrai o pronome para antes do verbo.</li>
</ul>

 

De tudo que rolou, a alternativa D está impecável no uso do pronome como a norma culta pede. Ela usa o pronome de forma simples e clara, mantendo o padrão formal e cotidiano correto.

 

A alternativa correta é D.

“O Fórum Mundial da Água ocorre a cada três anos e já 
passou por Marrocos, Holanda, Japão, México, Turquia, 
França e Coréia do Sul. Foi criado em 1996 pelo Conselho 
Mundial da Água para estabelecer compromissos políticos 
acerca dos recursos hídricos.”

Primeiramente, vamos analisar o pronome sua citado na frase do enunciado para entender a quem ele se refere. A frase completa diz: "Adultos e meninos devem a sua existência ao domicílio uterino, a despeito da impensável claustrofobia de boiar durante meses dentro de um bolsão líquido nas entranhas maternas".

 

A construção da frase sugere que sua está relacionado aos sujeitos mencionados anteriormente na mesma frase, isto é, os adultos e meninos. Este pronome está sendo usado para indicar a quem a existência é devida, ou seja, de quem é a existência atribuída. Ao dizer "devem a sua existência", está implícito que a existência pertence ou é devida pelos "adultos e meninos", e o "domicílio uterino" é o lugar onde esta existência começou, reforçando a ideia de que eles devem sua vida ao útero materno.

 

As outras opções não fazem sentido no contexto:
<ul>
<li>Deus: não é mencionado na sentença específica, e a existência devida não é atribuída a ele, mas ao útero.</li>
<li>mulher: o pronome não se refere à mulher diretamente, mas sim ao impacto do útero nas vidas dos homens e meninos.</li>
<li>tórax masculino e pedaço: ambos estão descontextualizados nesta parte específica do texto, sem ligação com a "existência".</li>
</ul>

 

No final, concluímos que o pronome sua está se referindo a "adultos e meninos", indicando a quem a existência é atribuída. Esta interpretação vai de encontro com a essência pragmática e contextual do texto, que fala sobre as origens e a dependência da vida humana em relação ao ventre materno.

 

A alternativa correta é E.

Erberth Vêncio 
 
Fé, menina. Deus é um poeta. Fez a mulher a partir da costela do homem. 
O melhor que Ele fazia, em sentido figurado, era deixar transfigurado o tórax 
masculino. Fica sempre faltando um pedaço. Adultos e meninos devem a sua 
existência ao domicílio uterino, a despeito da impensável claustrofobia de boiar 
durante meses dentro de um bolsão líquido nas entranhas maternas. 
Os dilemas existenciais que igualam os gêneros vêm de longe. Quem 
somos. Por que viemos. Para onde vamos depois da barafunda existencial dos 
dias. São questionamentos que afetam profundamente o cerne dos homens. A 
maioria deles morre primeiro. Muitos ensandecem por não saber relevar a dor da 
dúvida. As mulheres, não. As mulheres sofrem sofrimentos mais pragmáticos, 
igualmente terríveis, é verdade, porém, fazem isso com mais leveza e dignidade, 
na superfície da matéria. O seu talento para lidar com o desespero é inato e vige 
preso aos cromossomas. Ser mulher não  é para qualquer um. A senha genética 
do ser humano resistente é 46XX. 
O calvário feminino vem de berço, antes mesmo do nascimento. 
Decepcionar os pais por ter vindo menina. Ser criada, desde pequenina, para a 
submissão e para a culpa. Caminhar  os labirintos  da  puberdade com zelos de 
não  ser  violentada  sexualmente  pelos machos. Carregar  no ventre fetos 
parasitas  que não entendem nada, mas, reclamam de tudo, mesmo antes de 
serem desovados. A dor do parto. A anatomia destroçada. As tetas bufadas de 
leite. As noites trincadas, não dormidas. Os filhos que ganham o mundo. A 
síndrome do ninho vazio. A capacidade de realizar múltiplas tarefas ao mesmo 
tempo. A língua destravada. A vocação para o perdão. 
Deus deve estar de saco cheio com essa história de que “Mulher sofre”. 
Não te apoquentes,  Senhor. Não  há a quem culpar por isso. Na escuridão do 
nada, fizeste o mundo sozinho. A vida é só coisa que acontece. Podes ser um 
poeta, mas, sei que não és bobo. Soubeste escolher a dedo a criatura ideal para 
aguentar  o  tranco  existencial  no teu misterioso projeto de  perpetuação da 
espécie humana no planeta azul. A essa criatura, dura feito costela, tu deste o 
nome de “Mulher”, a companhia ideal para seres fracos e tolos como os homens.

“[...] podemos tirar conclusões que nos 
ajudem a aterrissar na realidade [...]”.

“[...] sabemos que nunca vamos dedicar 
muita energia [...]”.

“[...] mesmo que seja um personagem de 
ficção.”.

“[...] lembramos que gostávamos de 
aventuras [...]”.

Olha só, essa aqui é uma questão para quem realmente está ligado nos pronomezinhos, que adoram aparecer de diferentes formas nos textos. Vamos entender o que cada alternativa está mostrando e por que a alternativa A é a correta para ser classificada como um pronome relativo.

 

Pronomes relativos são usados para conectar duas orações, referindo-se a algum elemento mencionado anteriormente, funcionando como uma ponte para adicionar informações. A premissa é que eles sempre se referem a um termo anterior, chamado de antecedente.

 

Alternativa A: “[...] podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade [...]”.
Aqui, o "que" é um pronome relativo que se refere a "conclusões", fazendo a conexão entre a ideia de tirar conclusões e o que essas conclusões permitem fazer (ajudar a aterrissar na realidade). Isso é um típico uso de pronome relativo.

 

Alternativa B: “[...] sabemos que nunca vamos dedicar muita energia [...]”.
Neste caso, o "que" é uma conjunção integrante, que introduz uma oração subordinada substantiva. Esse "que" serve para conectar a oração ao verbo "sabemos", e não para referenciar algum termo anterior.

 

Alternativa C: “[...] mesmo que seja um personagem de ficção.”.
Aqui, o "que" também é uma conjunção e não um pronome relativo. Ele é usado para introduzir uma oração subordinada adverbial, condição aqui, dependendo do contexto de "mesmo que".

 

Alternativa D: “O que pode extrair daquilo?”.
No caso de "O que", temos um pronome interrogativo, que é utilizado para fazer perguntas. Ele não conecta orações nem se refere a um antecedente anterior.

 

Alternativa E: “[...] lembramos que gostávamos de aventuras [...]”.
Assim como na alternativa B, o "que" é uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada substantiva, explicando o conteúdo da memória, sem função de pronome relativo.

 

alternativa correta é A.

Pilar Jericó - 11 MAI 2021 
 
 Somos estimulados a sonhar, a buscar 
objetivos e a nos orientar em direção ao que 
desejamos. Às vezes, o problema é que não 
sabemos o que queremos. É o que tenho 
observado em muitas pessoas, até em mim 
mesma. A dúvida aparece quando terminamos 
uma etapa, como concluir alguns estudos ou 
finalizar um trabalho. Também surge quando 
estamos cansados de uma determinada 
situação, quando temos de nos reinventar devido 
às circunstâncias ou quando nos deparamos 
com um fracasso ou um contratempo. [...] Um 
pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a 
recuperar sonhos e a definir objetivos que nos 
animem. Vejamos algumas dicas práticas. 
 Primeiro, não devemos confundir nossos 
sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto 
que nos anima, como estudar algo novo, 
comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais 
ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos 
esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma 
fantasia é algo que vive em nossa mente, que 
gostamos de imaginar, mas que, no fundo, 
sabemos que nunca vamos dedicar muita 
energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao 
mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico 
ou se tornar diretor de cinema em Hollywood 
poderiam ser alguns exemplos. Aprender a 
diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser 
honestos conosco mesmos e nos alivia da 
pressão de conseguir estas últimas, das quais, 
insistimos, não necessitamos.  
 [...] Quando não sabemos o que 
queremos ou não temos um sonho claro, 
podemos fazer várias coisas. Por um lado, 
podemos recuperar sonhos do passado como 
forma de inspiração. A adolescência é uma 
época muito frutífera de ideias. Valeria a pena 
lembrar do que gostávamos ou o que nos 
animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao 
pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco 
desatualizados ou, simplesmente, sejam 
impossíveis de alcançar, como se queríamos ser 
astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos 
sonhos atuam como faróis, não são cartas de 
navegação, daí a importância de recuperá-los. 
Retomando o exemplo anterior do astronauta, 
obtemos informações sobre nós mesmos. Com 
esse exercício simples, lembramos que 
gostávamos de aventuras ou de estudar as 
estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular 
em um curso de astronomia, comprar um 
telescópio ou acessar os recursos da NASA para 
conhecer mais a respeito. E você, o que gostava 
de fazer quando era mais jovem? O que pode 
extrair daquilo? 
 Outra forma de nos orientarmos é pensar 
naquilo que não queremos. Talvez este exercício 
não seja tão atraente quanto imaginar a si 
mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que 
eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito 
pessoal ou profissional, como evitar me irritar por 
alguma coisa, não continuar neste trabalho ou 
manter uma amizade. 
 Quando estamos em uma dúvida 
profunda sobre o que fazer ou quais são nossos 
sonhos, temos outra opção: refletir sobre com 
quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja 
um personagem de ficção. Mais uma vez, isso 
funciona como farol, mas volta a nos dar pistas 
sobre nós mesmos. Com este exercício, 
podemos tirar conclusões que nos ajudem a 
aterrissar na realidade e a definir objetivos 
concretos.

Questões de Português - Pronomes: tipos