No contexto desse trecho do Texto 2, a palavrinha "aliás" é realmente uma chave importante para entender a função que exerce dentro da sentença. Ao usar "Um limbo, aliás, que fica cada vez mais longo", o autor está adicionando uma informação que reforça ou complementa uma ideia anterior, no caso, o conceito de que existe esse período conhecido como juventude, que vem crescendo em duração. 
 
Analisando as alternativas: 
<ul> 
<li>A) "de outra maneira" – implica uma forma diferente de entender algo, o que não se aplica aqui, pois não há mudança de perspectiva ou método;</li> 
<li>B) "do contrário" – sugere uma condição contrária ao que foi dito, o que também não é o caso aqui;</li> 
<li>C) "além do mais" – indica a adição de uma informação adicional que fortalece ou amplia o que foi dito antes. Bingo! Exatamente o que está acontecendo no texto;</li> 
<li>D) "não obstante" – seria apropriado se houvesse uma contraposição ou obstáculo indicado, o que não é o caso;</li> 
<li>E) "a propósito" – usado normalmente para introduzir um comentário relacionado, mas mais como um desvio do fluxo principal da conversa, o que não se encaixa bem aqui.</li> 
</ul> 
 
Portanto, com essa análise em mente, realmente temos que a alternativa correta é C, onde "aliás" desempenha o papel de adicionar mais uma camada de informação sobre o prolongamento da juventude, significando "além do mais".

Sempre existiram jovens e velhos. Mas a noção de juventude que 
a gente tem é bem mais recente: começou nos EUA e na Europa 
dos anos 20. Foi quando as universidades se tornaram comuns e 
atrasaram a idade em que as pessoas casavam e tinham filhos. De 
uma hora para outra, cada vez mais gente passava a desfrutar 
esse intervalo que quase não existia antes: o limbo entre a 
infância e a vida adulta para valer. Um limbo, aliás, que fica cada 
vez mais longo.

Olá! Vamos descomplicar essa questão analisando os pares de palavras do Texto 8 para identificar qual par possui um elemento que intensifica o outro, tudo bem? 
 
No Texto 8, a temática gira em torno das medidas do governo militar e reações a denúncias de violações dos direitos humanos. Os pares de termos apresentam relações de escopo ou ênfase de um termo sobre o outro. Vejamos: 
 
<ul> 
<li>'no Brasil / no exterior': Esse par expande a localização geográfica, não há intensificação de um termo sobre o outro.</li> 
<li>'nacionais / internacionais': Semelhante ao anterior, amplia a abrangência, mas sem intensificar.</li> 
<li>'mortos / desaparecidos': Ambos são graves, mas não há uma progressão ou intensificação de um para o outro.</li> 
<li>'denunciando / cobrando': Esses termos mostram diferentes ações, com "cobrando" talvez indicando uma ação mais assertiva que "denunciando", mas eles são mais complementares do que um intensificando o outro.</li> 
<li>'desaparecimentos / assassinatos': Aqui, "assassinatos" intensifica "desaparecimentos" em termos de gravidade. Desaparecimentos já são graves, mas assassinatos são definitivos e irreversíveis.</li> 
</ul> 
 
Por isso, "desaparecimentos / assassinatos" é o par em que o segundo elemento realmente traz uma intensificação em relação ao primeiro, passando de um estado de incerteza e perda para uma consequência fatal e final. 
 
alternativa correta é E.

A Comissão da Verdade revelou nesta segunda-feira, 4, que o 
governo militar determinou a todos os agentes públicos no Brasil 
e no exterior, a partir de 1972, que não atendessem a nenhum 
pedido de esclarecimento de organizações nacionais e 
internacionais sobre mortos e desaparecidos em consequência da 
repressão. 
O ato foi uma reação específica às ações da Anistia Internacional, 
que vinha denunciando e cobrando esclarecimentos sobre 
violações de direitos humanos, como torturas, desaparecimentos 
e assassinatos de opositores.

“Os americanos são supersticiosos, mas também são 
práticos”.

“Treze é um número de azar em todo o mundo, mas só nos 
Estados Unidos fizeram algo a respeito...”.

“...para anular os efeitos do número maldito, os prédios lá 
construídos não têm o décimo terceiro andar”.

“No painel dos elevadores, a numeração pula do 12 para o 
14”.

“É claro que o 14 é o 13 que não ousa dizer seu nome e, 
mesmo com pseudônimo, continua a ser o 13”.

Vamos dissolver essa questão como se ela fosse açúcar no café! O ponto aqui é identificar uma frase que exibe uma ilogicidade no contexto dos americanos lidando com sua superstição pelo número treze. Então, bora lá! 
 
Análise das alternativas: 
<ul> 
<li>A) “Os americanos são supersticiosos, mas também são práticos”. Essa frase estabelece uma espécie de contraste entre superstição e praticidade, algo muito humano e bastante comum. Ela não mostra ilogicidade, mas como essas características podem coexistir.</li> 
<li>B) “Treze é um número de azar em todo o mundo, mas só nos Estados Unidos fizeram algo a respeito...”. Isso apenas destaca que os americanos agiram com base em sua crença, o que é totalmente lógico dentro do contexto cultural deles.</li> 
<li>C) “...para anular os efeitos do número maldito, os prédios lá construídos não têm o décimo terceiro andar”. Aqui mora o bicho-papão da ilogicidade! A solução de não nomear o décimo terceiro andar como "13" não anula seu efeito prático – o andar ainda existe, apenas foi renomeado. Isso aponta para uma contradição lógica, onde a ação não condiz com o objetivo declarado.</li> 
<li>D) “No painel dos elevadores, a numeração pula do 12 para o 14”. Isso é apenas uma descrição de como o problema mencionado na alternativa anterior é implementado, mas não é ilógico por si só dentro do contexto de evitar o número 13.</li> 
<li>E) “É claro que o 14 é o 13 que não ousa dizer seu nome e, mesmo com pseudônimo, continua a ser o 13”. Esta é até um pouco irônica, apontando a inutilidade do esforço de mudar a numeração, mas não chega a ser ilógica per se, mais uma constatação crítica.</li> 
</ul> 
 
Portanto, a alternativa C expõe uma contradição lógica - renomear o andar não elimina sua existência como décimo terceiro andar. É uma tentativa de ignorar uma realidade por meio de renomeação, algo que não muda a essência da coisa. 
 
A alternativa correta é C.

Os americanos são supersticiosos, mas também são práticos. 
Treze é um número de azar em todo o mundo, mas só nos 
Estados Unidos fizeram algo a respeito: para anular os efeitos do 
número maldito, os prédios lá construídos não têm o décimo 
terceiro andar. No painel dos elevadores, a numeração pula do 
12 para o 14. É claro que o 14 é o 13 que não ousa dizer seu 
nome e, mesmo com pseudônimo, continua a ser o 13. Não 
interessa. Num hotel americano, por exemplo, você jamais ficará 
num andar azarento.

a presença de prefixos junto a substantivos.

a referência a ações humanas. 
Matemática Financeira

E aí, beleza? Vamos descomplicar essa questão da banca que entra na análise vocabular e prefixal. O texto é uma crítica a várias situações desagradáveis em cinemas de rua, e a questão nos pede para identificar o que as palavras "inconveniência", "ineficiência" e "despreparo" não têm em comum. 
 
Agora, vamos olhar cada alternativa: 
 
<ul> 
<li>A) a presença de prefixos junto a substantivos. Todas as palavras listadas têm prefixos ("in-" em "inconveniência" e "ineficiência"; "des-" em "despreparo") adicionados a substantivos ou raízes nominativas. Então, isso elas têm em comum.</li> 
<li>B) o valor semântico dos prefixos. Os prefixos "in-" e "des-" são negativos, ou seja, eles dão um sentido de oposição ou falta ao significado dos substantivos básicos. Portanto, elas também compartilham isso.</li> 
<li>C) o sentido negativo dos vocábulos. Todas as palavras trazem um sentido negativo. Elas indicam algo que não é conveniente, eficiente ou preparado, mostrando que há um problema. Logo, esse ponto é comum entre elas também.</li> 
<li>D) a mesma classe de palavras. Todas são substantivos. Portanto, essa característica é compartilhada.</li> 
<li>E) a referência a ações humanas. Aqui está o diferencial! Enquanto "ineficiência" e "despreparo" claramente se referem a ações ou qualidades humanas (ser eficiente, estar preparado), "inconveniência" pode se aplicar tanto a comportamentos quanto a situações que não dependem diretamente de ações humanas. É mais abrangente e pode se referir a uma circunstância ou condição geral.</li> 
</ul> 
 
Então, a letra E é nossa resposta certa, já que "inconveniência" pode não se referir somente a ações humanas como os outros termos. Ficou tranquilo agora? Segue o jogo, e a alternativa correta é E.

Cinemas de rua. Torço pelas salas de cinema de rua e as 
frequento com assiduidade, apesar da inconveniência dos 
portadores de celulares e tablets, da barulhada com comilança, 
dos que conversam como na sala da própria casa, da ineficiência 
de muitas projeções e da pouca cordialidade dos funcionários 
que, entre um despreparo e outro, lançam a cara feia para 
cinéfilos que acompanham os créditos até o fim.

Vamos nos aprofundar na análise dessa questão de campos semânticos! A pergunta aqui é sobre identificar palavras do texto que compartilham um ambiente conceitual comum, ou seja, pertencem ao mesmo campo semântico. 
 
Começando pela alternativa (A), "vida" e "ambiente" não são exatamente do mesmo campo semântico. "Vida" refere-se, geralmente, à existência biológica ou ao modo de viver, enquanto "ambiente" aponta para o entorno ou contexto em que algo ocorre, sendo mais geral. 
 
A alternativa (B) traz "guerra" e "terrorismo". Apesar de estas palavras estarem relacionadas a conflitos, "guerra" é um termo mais amplo e abrange qualquer tipo de confronto prolongado, enquanto "terrorismo" é uma tática específica dentro de conflitos, não configurando um campo semântico completamente compartilhado. 
 
Passando para a (C), temos "medo" e "receio", que acertadamente compartilham um campo semântico. Ambas as palavras descrevem sentimentos de ansiedade ou preocupação diante de uma ameaça ou perigo, fitando perfeitamente a definição de campo semântico compartilhado. 
 
Na alternativa (D), "ameaça" e "sensação" não são do mesmo campo semântico. "Ameaça" refere-se a um perigo ou risco iminente, enquanto "sensação" está mais ligada à percepção subjetiva de estímulos. 
 
Por fim, (E) traz "químicas" e "tóxicas". Apesar de ambas estarem relacionadas a substâncias, o campo específico diverge um pouco. "Químicas" é mais geral, referindo-se à natureza química, enquanto "tóxicas" especificamente aborda substâncias que causam dano ou veneno. 
 
Concluindo, a alternativa que realmente identifica palavras que compartilham um campo semântico com clareza é a (C), com "medo" e "receio". Portanto, a alternativa correta é C.

A partir do 11 de setembro, os norte-americanos concluíram que 
sua vida havia se transformado definitivamente. O ambiente de 
paz não existe mais. Os dirigentes anunciam que a guerra ao 
terrorismo irá se estender por muitos anos e que uma grave 
ameaça paira sobre os Estados Unidos, pois os terroristas podem 
atacar de muitas maneiras e empregar métodos bastante 
variados, inclusive armas químicas e biológicas. A sensação 
tranquilizante de invulnerabilidade dá lugar a uma fragilidade 
aterradora e um medo paranoico toma conta da população. 
Assiste-se a uma corrida atrás de máscaras de gás, as pessoas 
têm medo de se aventurar no centro da cidade, temem que a 
água e o ar estejam contaminados por substâncias químicas, 
tóxicas e demonstram profundo receio de andar de avião.

Questões de Português - Semântica - Sentido denotativo e conotativo