Para arrasar nessa questão, a gente precisa entender bem a ordem em que os argumentos são apresentados no texto. Vamos depenicar cada parêntese e casar com o trecho correspondente:

1. (**Apresentação de conotações possíveis para o nome brazuca.**)
 - O texto destaca a conotação depreciativa da palavra brazuca e como ela transformou-se em um clichê patriótico. Esta é, portanto, uma discussão sobre as conotações culturais e semânticas da palavra.

2. (**Razões relacionadas à grafia que devem ser levadas em conta na avaliação.**)
 - O trecho fala sobre a preferência pela grafia com 'z' e como essa escolha se relaciona mais com o branding e a grafia internacional "Brazil". Além disso, menciona a crítica de alguns à grafia com 'z', mesmo sendo mais popular.

3. (**Crítica às representações culturais que emanam do nome escolhido.**)
 - Este argumento aborda o uso da palavra como uma representação cultural que acaba por se tornar clichê patriótico, vinculando-a a uma imagem folclórica e auto-satisfatória.

4. (**Ponderações sobre a escolha do nome da bola: críticas dos analistas, a posição normativa.**)
 - O início do texto traz críticas gerais à escolha do nome pelo autor e outros analistas, também menciona a questão da grafia normativa versus popular, mostrando a relevância da discussão numa perspectiva mais ampla que inclui a norma culta e a linguagem informal.

5. (**Razões relacionadas a estratégias de mercado que foram consideradas.**)
 - Este ponto fala especificamente sobre como a escolha da grafia com 'z' pode ser benéfica em termos de branding internacional, sugerindo um alinhamento com a grafia de "Brazil" em outras culturas e mercados.

Vamos agora juntar tudo para estabelecer a sequência correta:
- Primeiro vem as "Ponderações sobre a escolha do nome da bola: críticas dos analistas, a posição normativa" (4).
- Em seguida, "Razões relacionadas à grafia que devem ser levadas em conta na avaliação" (2).
- Depois disso, "Razões relacionadas a estratégias de mercado que foram consideradas" (5).
- E então, "Apresentação de conotações possíveis para o nome brazuca" (1).
- Por último, "Crítica às representações culturais que emanam do nome escolhido" (3).

 
alternativa correta é E

A escolha do nome da bola que a Adidas lançará para a Copa do Mundo de 2014 foi feita por votação na internet a partir de uma 
lista tríplice. Com 77.8% das preferências, Brazuca derrotou Bossa Nova e Carnavalesca. Como quase todos os analistas da língua que 
estão de plantão esta semana, lamentei a notícia (considerava Bossa Nova o menos ruim de três nomes fracos), mas por motivos 
diversos. Não é a grafia com z que me incomoda, mas a palavra em si. Convém explicar. Sim, é verdade que todos os dicionários e o 
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), da Academia Brasileira de Letras, registram apenas brasuca, com s. Afinal, a 
palavra não é derivada de Brasil, brasileiro? Eis toda a base para a argumentação dos que implicaram com a grafia. Uma argumentação 
que deixa de levar em conta dois fatos singelos. 
1. A forma brazuca é muito mais usada na vida real. Uma pesquisa no Google traz mais de 4 milhões de páginas, contra pouco 
mais de um décimo disso para brasuca. Pode-se defender a tese de que a preferência popular não é suficiente para alterar a grafia de 
um termo vernáculo, mas atenção: estamos falando de palavra informal, brincalhona, recente. Brazuca é uma gíria, e as gírias, como 
todas as criações populares, têm a mania de escolher como serão conhecidas. 
2. Ainda que não fosse assim, o batismo da bola da Copa do Mundo é um ato de branding, ramo do marketing que tem regras 
próprias, entre elas a de privilegiar formas gráficas fortes – e nesse mundo a letra z goza de grande prestígio. Naturalmente, a 
correspondência com a grafia “Brazil” numa marca destinada a ter circulação internacional também deve ter sido considerada um trunfo 
por seus criadores. 
Se não é a grafia, o que sobra para criticar em Brazuca, a bola? Sua carga cultural idiota, só isso. O fato de que, brazuca ou brasuca, 
a palavra é um sinônimo tolo de brasileiro. O termo nasceu em Portugal com tom depreciativo (o sufixo “-uca”, o mesmo de mixuruca, 
deixa isso claro), numa espécie de contraponto ao nosso “portuga”. Até aí, tudo bem: a própria palavra brasileiro tinha uso pejorativo 18 
antes de ser assumida em espírito de desafio pelos nativos desta terra. 
O problema é que, ao ser adotado por aqui, brazuca/brasuca virou um clichê patriótico viscoso, folclórico e carregado de 
autocomplacência, primo da malemolência, da ginga e da incrível musicalidade de muitos inzoneiros* que habita este gigante 21 
adormecido. É por isso que Brazuca é bola fora – e Brasuca não seria melhor. 
 *Inzoneiro: Adj. Bras. Pop. 1. Mexeriqueiro, intrigante, mentiroso. 2. Sonso, manhoso. (Dicionário Aurélio)

Certa manhã, antes de sair para o trabalho, sua mãe
disse... (primeiro parágrafo)

Tu sabias que as palavras voam no vento? (primeiro
parágrafo)

... tomou para si uma folha em branco e escreveu um
poema. (terceiro parágrafo)

Cansada com toda aquela andança, a menina voltou
para casa. (quarto parágrafo)

... sua mãe retornou do trabalho e entregou à filha um
presente... (quarto parágrafo)

E aí, vamos mergulhar um pouco no mundo das metáforas e significados figurados? Essa questão traz uma situação bem pitoresca onde é pedido para identificar uma palavra usada em um sentido não literal, ou seja, em sentido figurado. 
 
Na alternativa A, a palavra sair é usada em seu sentido literal, indicando uma ação direta de deixar um lugar para ir ao trabalho. Nada figurado aqui, pessoal! 
 
Rumo à alternativa B, que é onde a mágica acontece. A expressão voam aqui é usada de forma figurada, pois sabemos que as palavras, sendo construções abstratas de linguagem, não têm asas e nem podem literalmente voar pelo ar. Essa expressão sugere a capacidade das palavras de se espalharem rapidamente e influenciarem outras pessoas, semelhante ao que faz o vento em sua trajetória natural. 
 
Nas outras alternativas, C e D, temos as palavras escreveu e voltou respectivamente, que são empregadas de maneira bastante direta e literal em seus contextos. E na alternativa E, entregou também não passa de uma ação literal. 
 
Portanto, ao falarmos de sentido figurado nessa questão, a expressão "palavras voam no vento" é um exemplar perfeito de como podemos usar a linguagem para pintar imagens vívidas e conceitos complexos por meio de analogias. É um belo exemplo de como as palavras têm poder, não pela sua capacidade física, mas pelo impacto e alcance que possuem. 
 
A alternativa correta é B.

A pequena Dora adorava dizer coisas feias. Sim, ela tinha aquele terrível hábito de falar bobagens, xingamentos. Certa manhã, antes de sair para o trabalho, sua mãe disse: “Tu sabias que as palavras voam no vento? Se dizes coisas ruins, o mal sai por aí e se multiplica. Mas se dizes coisas belas... o vento faz com que a bondade se espalhe pelo mundo”. A jovenzinha ficou intrigada.
Assim que a mãe se foi, decidiu testar a teoria. Encheu o peito e gritou com toda a força: AMOR!!!!...

Uma enorme e fortíssima rajada de vento se fez. Uma borboleta começou a brincar no ar. Dora seguiu o bichinho. Viu quando ele se pôs a dançar ao redor de uma moça. Viu a moça sorrir com a borboleta e começar a dançar como uma bailarina. Seguiu a moça. Viu quando ela, cheia de alegria, mandou beijos para uma andorinha que sobrevoava um jardim. A andorinha, de
repente, deu um rasante sobre um canteiro e pegou com seu bico uma delicada flor vermelha. Dora seguiu a andorinha. Viu quando o pássaro deixou a flor cair nas mãos de um rapaz que estava sentando num banco de praça.

O moço, capturado por um imenso contentamento, tomou para si uma folha em branco e escreveu um poema. Dora viu quando o rapaz leu para o vento o poema. E os versos diziam: “Ame, porque o amor significa cantar. Cante, cante, cante. Porque quem canta encanta e sabe melhor amar”. Nossa amiga viu quando uma súbita ventania arrancou o papel da mão do jovem.
Dora tentou correr para não perder de vista o escrito. Mas o vento foi mais ágil e o papel se perdeu. 

Cansada com toda aquela andança, a menina voltou para casa. Caía a tarde quando sua mãe retornou do trabalho e entregou à filha um presente: um pedaço de papel dobrado em quatro.
Disse ela: “Tome, minha filha. É para ti. Eu estava na janela do escritório e o vento me trouxe esse pedaço de papel. Leia... É para ti”. Dora abriu o papel e chorou ao ler o poema que nele
estava escrito. Diziam os versos: “Ame, porque o amor significa cantar. Cante, cante, cante. Porque quem canta encanta e sabe melhor amar”.

a juventude é apresentada como superior à velhice;

“experiência” e “educação” são empregadas como sinônimos;

“jovem” e “velho” são termos de valores opostos;

o termo “educação” se refere a boas maneiras;

a experiência é vista como superior à educação.

Em "a": Errado – Não se trata de apresentar uma hierarquia entre as noções de "juventude" e "velhice". Em "b": Errado – Não são empregadas como sinônimos, pois ocupam funções semânticas diferentes no pensamento.Em "c": Certo – São termos de valores opostos, pois se relacionam também a valores opostos atribuídos à educação e à experiência. Em "d": Errado – De fato, refere-se a boas maneiras; mas isso não colabora para a estrutura composicional do pensamento. Em "e": Errado – Não se trata de impor uma hierarquia entre ambas as noções. Resposta: Letra C.

Entrou na sala, sentando-se na primeira fila;

Nasceu em Curitiba, sendo filho de imigrantes;

Repreendeu a torcida, condenando as ofensas;

Desceu as escadas, chegando rapidamente ao térreo;

Saiu da festa, pegando um táxi na porta.

Em "a": Errado – O correto seria: "[...] e sentou na primeira fila."Em "b": Errado – O correto seria: "[...] e é filho de imigrantes". Em "c": Certo – Está correto, pois refere-se ao modo pelo qual a torcida foi repreendida: condenando as ofensas. Em "d": Errado – Para manter o paralelismo sintático, o correto seria: "desceu e chegou". Em "e": Errado – Em respeito ao paralelismo, o correto seria: "saiu e pegou". Resposta: Letra C.

Questões de Português - Semântica - Sentido denotativo e conotativo