"A temporada dos furacōes começou com estardalhaço, causando danos devastadores pelo mundo." (Misantropia )

"Tenho perguntado a amigos e colegas a razão da relutância de tantos em aceitar o óbvio." (Resistência )

"[...] podemos dizer algumas coisas sobre essa apatia que afeta os que manipulam o poder e muitos outros." (Pujança )

"Existem algumas cidades que estão tomando providências, e uma exemplar é Miami, nos EUA [...]" (Procrastinando)

Na questão apresentada, o candidato deve identificar qual alternativa apresenta um termo que, ao substituir a palavra ou expressão destacada, mantém o sentido original da frase, sem ocasionar alteração de significado. Assim, é necessário analisar cada alternativa, considerando os significados e a aplicabilidade dos sinônimos propostos no contexto da frase.

Análise das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa A: "A temporada dos furacões começou com estardalhaço, causando danos devastadores pelo mundo." (Misantropia) – O termo "estardalhaço" refere-se a uma grande confusão, alvoroço ou tumulto. Já "misantropia" significa o sentimento de aversão ou desprezo pelo gênero humano. Portanto, substituir "estardalhaço" por "misantropia" altera completamente o sentido da frase, pois são palavras com significados completamente distintos.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B: "Tenho perguntado a amigos e colegas a razão da relutância de tantos em aceitar o óbvio." (Resistência) – Neste contexto, "relutância" indica uma hesitação ou resistência em aceitar algo evidente. O termo "resistência" pode ser considerado sinônimo nesse sentido, pois também indica oposição ou recusa em aceitar. Assim, a substituição proposta não altera o sentido da frase, mantendo a ideia de que muitos optam por não aceitar o óbvio.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: "[...] podemos dizer algumas coisas sobre essa apatia que afeta os que manipulam o poder e muitos outros." (Pujança) – "Apatia" se refere à indiferença, à falta de interesse ou emoção, enquanto "pujança" remete à ideia de vigor, força ou prosperidade. São termos opostos, portanto, a substituição distorce o sentido original, tornando-a inadequada.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D: "Existem algumas cidades que estão tomando providências, e uma exemplar é Miami, nos EUA [...]" (Procrastinando) – "Tomar providências" significa agir, adotar medidas para resolver uma situação. Já "procrastinando" significa adiar ou postergar decisões. A substituição inverte o sentido da frase, sendo totalmente inadequada.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

A alternativa correta é a letra B, pois a troca de "relutância" por "resistência" mantém o sentido de hesitação ou oposição em aceitar o que é óbvio, sem alterar o contexto da frase. Esse tipo de análise semântica é essencial para a correta compreensão dos sinônimos e para garantir que a substituição não gere distorções no significado original do texto.

Portanto, conclui-se que, ao aplicarmos os conhecimentos de semântica e interpretação textual, a alternativa B é a única que apresenta uma substituição adequada, mantendo a integridade do sentido do enunciado.

Gabarito: Letra B

A temporada dos furacões começou com estardalhaço, causando danos devastadores pelo mundo. No Japão, três tufões em seguida deixaram uma trilha de morte e destruição. Na Indonésia, a situação é absolutamente trágica.

Mesmo assim, muitos ainda se recusam a associar o aumento da intensidade dos furacões e tempestades ao aquecimento global, ignorando dados e pesquisas científicas de alta qualidade. Obviamente, líderes como Trump, que são apoiados pela indústria de combustíveis fósseis, são os primeiros a ignorar a ciência como um mero incômodo. Lembra-me a imagem do imperador romano Nero, enlouquecido, tocando harpa enquanto Roma queimava. Tenho perguntado a amigos e colegas a razão da relutância de tantos em aceitar o óbvio. Por que pessoas com alto nível de educação, bem informadas, quando se deparam com a correlação clara do aquecimento global e da poluição, recusam-se a mudar? [...] 

Mesmo que não haja apenas uma resposta para isso, podemos dizer algumas coisas sobre essa apatia que afeta os que manipulam o poder e muitos outros.
 As pessoas só mudam sob pressão, seja ela real ou imaginária. Quanto maior a pressão, mais rápida a mudança. Historicamente, a mobilização social de larga escala só ocorre quando uma nação ou um grupo luta contra um inimigo comum. Quando líderes políticos invocam o patriotismo, fazem isso com a intenção clara de unificar a população, que lutaria, assim, contra uma ameaça à nação, seja ela real ou inventada. Os EUA só começaram a participar da Segunda Guerra Mundial após os japoneses terem bombardeado o porto de Pearl Harbor, no Havaí, em 1941, ainda que a guerra já estivesse devastando a Europa desde 1939.

No caso da mudança climática e da correlata falta de mobilização social, o que falta é essa pressão que provoca mudanças. Muitas pessoas, incluindo as que entendem os princípios do aquecimento global como sendo provocado pelo excesso de poluição, encolhem os ombros, afirmando que isso é coisa para muito tempo no futuro. Por que fazer algo agora, certo? Para que proteger o uso e a qualidade da água, proteger o ambiente e as áreas litorâneas de baixo relevo ou usar fontes de energia alternativas ou mais limpas? Para que essa pressa toda em mudar nosso estilo de vida? 

Existem algumas cidades que estão tomando providências, e uma exemplar é Miami, nos EUA, cuja orla já vem sofrendo com o aumento do nível do mar.
Obras estão elevando as ruas e avenidas, muralhas protetoras estão sendo construídas em áreas críticas, bombas e sistemas de drenagem estão sendo instalados.
Por que em Miami? Porque na cidade já ocorreram diversos incidentes ligados a furacões e tempestades que são consequência do aquecimento global.

Quanto mais se espera, maiores serão os custos e maior será o número de mortos e feridos. O que Miami está fazendo deveria ser imitado por todas as cidades costeiras ameaçadas. Rio de Janeiro é uma delas, e também Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre etc.

O aquecimento global é obviamente muito diferente das invasões nazistas durante a Segunda Guerra, mas a ameaça de uma grande catástrofe social é real. O problema, ao contrário de um inimigo bem definido durante uma guerra, é que, no aquecimento global, somos nossos próprios inimigos, e cada um de nós tem um papel na crise. A poluição global não enxerga fronteiras entre países ou diferenças culturais.
A atmosfera, os oceanos, os rios — todos nós dividimos a culpa e arcamos com as consequências, mesmo que, obviamente, alguns tenham muito mais culpa do que outros.

O ponto é que o indivíduo raramente pensa no efeito cumulativo da ação de muitas pessoas: se eu jogo esse saco plástico no mar, é só um, não muda nada. E quando milhões de pessoas pensam do mesmo jeito e jogam sacos de plástico no mar? Veja o exemplo do Chile, proibindo sacos de plástico no país inteiro! 

Se milhões devem escapar das regiões costeiras, para onde irão? E se 4 milhões de cariocas invadirem São Paulo? Quais seriam as perdas econômicas e ambientais?  Quanto maior o envolvimento da mídia, mais cientistas participarão da iniciativa de educar a população sobre os riscos sociais do aquecimento global.
E, com isso, espero, a pressão para uma mudança geral de perspectiva aumentará.

A questão é: quanta pressão, quanta evidência será necessária para promover uma mudança global da forma que precisamos, sabendo que, para muitos, essas mudanças serão incômodas?  

A análise da questão começa situando o conceito de "preservação", que no contexto do texto refere-se à ação de conservar, proteger e manter intactos os recursos naturais e o meio ambiente. Assim, torna-se evidente que o antônimo desta palavra deve apontar para a ideia de deterioração ou destruição do que se busca conservar.

Vamos examinar cada alternativa:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Precaução: Trata-se de um cuidado preventivo ou precavido, não estabelecendo relação direta de oposição com o sentido de preservar. Precaução está relacionada à ação de prevenir riscos, mas não implica a ideia contrária de destruição ou deterioração.</li>
 <li>B) Prevenção: Similarmente à precaução, prevenção envolve a ação de evitar problemas ou danos. Logicamente, a prevenção é justamente uma estratégia para promover a preservação e, portanto, não pode ser considerada como seu antônimo.</li>
 <li>C) Manutenção: Manter e conservar constituem, na prática, sinônimos. A manutenção atua no sentido de preservar determinado estado ou condição, fortalecendo ainda mais a ideia de continuidade e conservação. Sendo assim, não corresponde ao antônimo de preservação.</li>
 <li>D) Degradação: Este termo significa o processo de deterioração, de perda de qualidade ou de destruição, configurando o oposto da preservação, pois implica na ideia de romper com a integridade de algo e promover seu declínio.</li>
</ul>

A alternativa correta é, portanto, a alternativa D, pois “degradação” representa o exato oposto do significado de “preservação”. Enquanto preservar é proteger e conservar, degradar é destruir ou deteriorar. Esse contraste conceitual é fundamental para questões que abordam sinônimos e antônimos, e demonstra a importância de se compreender o significado das palavras e suas relações semânticas no contexto em que são aplicadas.

Além disso, a clareza semântica nesta questão evidencia a importância dos conceitos ambientais no discurso moderno, bem como a evolução do vocabulário que reflete o compromisso com um desenvolvimento sustentável e a integridade do meio ambiente.

Gabarito: Letra D

Atualmente, as questőes ambientais envolvem a sustentabilidade. A sustentabilidade é um termo abrangente, que envolve também o planejamento da educação, economia e cultura para organização de uma sociedade forte, saudável e justa.
 A sustentabilidade econômica, social e ambiental é um dos grandes desafios da humanidade.
 O termo sustentabilidade surge da necessidade de aliar o crescimento econômico com a preservação ambiental.
 A essa nova forma de desenvolvimento, damos o nome de
desenvolvimento sustentável. Ele tem como conceito clássico ser aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.
 Para que o desenvolvimento sustentável seja uma realidade, é necessário o envolvimento de todas as pessoas e nações do planeta. As ações vão desde atitudes individuais até acordos internacionais.
 No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, Lei n² 6.938, de 31 de Agosto de 1981, define os instrumentos para proteção do meio ambiente. É considerada o marco inicial das ações para conservação ambiental no Brasil.

 A distância mais longa é entre a cabeça e o coração.

 Depois do jantar descansarás ou andarás mil passos.

 Sabemos que tudo pode ser comum ou extraordinário.

 Os médicos devem inserir fé e esperança nos pacientes.

Analisando cada alternativa, devemos identificar em qual das frases há a presença de antônimos – isto é, palavras com significados opostos, que se relacionam contrastivamente dentro de um mesmo contexto.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: "Para grandes males, grandes remédios." – Nesta frase encontramos a repetição de "grandes". Embora haja uma ideia de contraposição entre "males" e "remédios", eles não cumprem exatamente o papel de antônimos, mas sim de elementos que se apresentam em uma relação de causa e efeito, comum em ditados populares.</li>
 <li>Alternativa B: "A distância mais longa é entre a cabeça e o coração." – Aqui, a frase é metafórica e expressa a ideia de desconexão entre razão e sentimento, mas não traz um par de palavras dispostas como antônimos.</li>
 <li>Alternativa C: "Depois do jantar descansarás ou andarás mil passos." – Embora se apresente uma escolha binária, a frase opõe ações diferentes, contudo, "descansar" e "andar" não constituem um par de antônimos no sentido estrito, mas sim contrastes de atividades.</li>
 <li>Alternativa D: "Sabemos que tudo pode ser comum ou extraordinário." – Nesta opção, apresenta-se o par "comum" e "extraordinário", que são termos que se opõem diretamente, representando condições contrárias quanto à qualidade ou particularidade de algo. Esse contraste é característico do emprego de antônimos, que evidenciam diferenças claras e opostas dentro da estrutura da frase.</li>
 <li>Alternativa E: "Os médicos devem inserir fé e esperança nos pacientes." – Nesta construção, “fé” e “esperança” estão semanticamente relacionados e não formam um par de antônimos, mas sim de sinônimos ou termos que reforçam ideias semelhantes.</li>
</ul>

Concluindo, a alternativa D expressa claramente um par de antônimos – “comum” versus “extraordinário” – que apresenta uma oposição conceitual direta, cumprindo o requisito do enunciado. Desta forma, a escolha correta é a alternativa D.

Gabarito: Letra D

Por BBC News Brasil

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/67bc5efd6d110846200b89c8fundatec-2025-camara-de-candiota-rs-assessor-legislativo-prova00299.jpg"></center>

Nesta questão do OBJETIVA CONCURSOS, o candidato precisa analisar as relações de sinônimos ou antônimos apresentadas, considerando a equivalência dos termos conforme seu significado.

Análise das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Importante = relevante: A relação de sinonímia entre “importante” e “relevante” é correta, pois ambos os adjetivos indicam algo de valor significativo ou de grande relevância. Assim, esta afirmativa está correta (C).</li>
 <li>Difícil = árduo: Embora “difícil” possa significar algo de complicado, “árduo” enfatiza o esforço excessivo ou o desgaste em uma atividade. Contudo, neste contexto, ambos os termos podem ser utilizados para indicar adversidade ou complexidade, sendo considerada uma relação aceitável de sinonímia, estando assim correta (C).</li>
 <li>Indispensável = necessário: Tanto “indispensável” quanto “necessário” denotam algo sem o qual não se pode prescindir, ou seja, algo fundamental. Portanto, tal afirmativa é correta (C).</li>
 <li>Regredir = progredir: Aqui há uma relação de antônimos, uma vez que “regredir” significa voltar atrás ou retroceder, enquanto “progredir” indica avançar ou desenvolver-se positivamente. Assim, esta relação está incorreta (E) para sinônimos.</li>
</ul>

Cada par foi analisado à luz dos significados consagrados e, em contextos de provas, é fundamental atentar-se às nuances semânticas que diferenciam a sinonímia e a antonímia. A primeira, a segunda e a terceira relações confirmam uma equivalência de significados, enquanto a quarta apresenta uma oposição conceitual. Essa análise é essencial para a compreensão de textos e para a resolução de questões que envolvem conhecimento aprofundado do vocabulário, sendo uma habilidade muito valorizada em concursos públicos.

Dessa forma, fica claro que a sequência correta correspondente é: C - C - C - E.

Gabarito: Letra A

    Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
    Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
    Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
    Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
    A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...


Questões de Português - Semântica - Sinônimos e antônimos