 Ele poderia ser tratado em casa, mas ele foi convencido pelo médico a ser hospitalizado;

 Magda permanece persuadida de que a velha casa é habitada por fantasmas;

 Os melhores argumentos do mundo não chegaram a convencê-lo;

 A poética publicidade daquela marca de leite convenceu-o a comprá-la;

 Pelas pesquisas de opinião, o candidato está convencido de sua vitória nas eleições.

Para responder essa questão, precisamos prestar atenção na distinção entre convencer e persuadir conforme apresentado pela citação de Pascal. Convencer está ligado à razão e o uso de argumentos lógicos, enquanto que persuadir está mais atrelado à imaginação e emoções. 
 
Agora vamos examinar cada uma das alternativas e ver onde ocorre o uso inadequado: 
 
 
A) "Ele poderia ser tratado em casa, mas ele foi convencido pelo médico a ser hospitalizado;" - Convencer aqui está adequado, pois o médico provavelmente usou argumentos racionais sobre a saúde para convencer. 
 
 
 
B) "Magda permanece persuadida de que a velha casa é habitada por fantasmas;" - Persuadida é adequado aqui, pois a crença em fantasmas está relacionada com emoções e imaginação. 
 
 
 
C) "Os melhores argumentos do mundo não chegaram a convencê-lo;" - Neste contexto, convencê-lo é apropriado, pois fala sobre o uso de argumentos, que está ligado à razão. 
 
 
 
D) "A poética publicidade daquela marca de leite convenceu-o a comprá-la;" - Aqui está o erro. Como a publicidade é descrita como "poética", isto sugere uma apelação mais emocional e imaginativa, que se alinha melhor com persuadir do que com convencer. 
 
 
 
E) "Pelas pesquisas de opinião, o candidato está convencido de sua vitória nas eleições." - Neste caso, o uso de convencido é adequado, pois presumivelmente envolve a interpretação de dados e fatos concretos. 
 
 
Com essa análise, fica claro que a alternativa D é aquela em que há um emprego inadequado do verbo, seguindo a descrição de Pascal. Esse tipo de análise pode ser bem típico em provas de concursos, pois testa a capacidade de associação lógica e de compreensão de nuances linguísticas. 
 
A alternativa correta é D.

 Respeitemos os lugares-comuns; lembremo-nos sempre que eles já foram ideias originais;  

 A carreira artística é difícil porque tem muitos obstáculos;  

 Cheguei à conclusão, talvez um pouquinho tarde, de que os discursos devem ser curtos;  

 Definir é cercar com um muro de palavras um terreno baldio de ideias;  

 Quando a desculpa é gaguejada, é porque a explicação está errada.

Vamos destrinchar essa parada pra ver onde mora o erro, beleza? Primeiro, repassa comigo cada uma das alternativas: 
 
<ul> 
<li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">A) Respeitemos os lugares-comuns; lembremo-nos sempre que eles já foram ideias originais;</li> 
<li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">B) A carreira artística é difícil porque tem muitos obstáculos;</li> 
<li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">C) Cheguei à conclusão, talvez um pouquinho tarde, de que os discursos devem ser curtos;</li> 
<li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">D) Definir é cercar com um muro de palavras um terreno baldio de ideias;</li> 
<li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">E) Quando a desculpa é gaguejada, é porque a explicação está errada.</li> 
</ul> 
 
O erro se encontra na Alternativa A. Essa questão mexe com uma pegada de colocação pronominal, um clássico dos concursos, manja? O lance é que "lembremo-nos sempre" deveria ser reorganizado para "lembremos-nos sempre". A forma "lembremo-nos" erra no uso do infinitivo impessoal. O correto seria utilizar o infinitivo pessoal flexionado para a primeira pessoa do plural, que termina com "s" para casar com o pronome oblíquo "nos". 
 
Então, segue a vibe: 
<ul> 
<li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">As alternativas B, C, D e E estão limpas de erros, com estruturas gramaticais corretas e oraçōes bem desenvolvidas.</li> 
</ul> 
 
Então, relaxa que a alternativa correta é A.

Comentário: a conjunção se está implícita no fragmento: "[se] Tivesse,&nbsp;porém, de escolher,...".A conjunção se tem valor condicional, sendo sinônimo de caso, desde que, a menos que, contanto, etc.  Resposta: Letra E.

Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de propriedade. 
 – Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado com Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça... 
 Que abismo que há entre o espírito e o coração! O espírito do ex-professor, vexado daquele pensamento, arrepiou caminho, buscou outro assunto, uma canoa que ia passando; o coração, porém, deixou-se estar a bater de alegria. Que lhe importa a canoa nem o canoeiro, que os olhos de Rubião acompanham, arregalados? Ele, coração, vai dizendo que, uma vez que a mana Piedade tinha de morrer, foi bom que não casasse; podia vir um filho ou uma filha... – Bonita canoa! – Antes assim! – Como obedece bem aos remos do homem! – O certo é que eles estão no Céu! 
 Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando a bandeja, que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os metais que amava de coração; não gostava de bronze, mas o amigo Palha disse-lhe que era matéria de preço, e assim se explica este par de figuras que aqui está na sala, um Mefistófeles e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, escolheria a bandeja, – primor de argentaria, execução fina e acabada.

“Quem” e “eu” (o narrador).

“Quem” e “Quem o visse”.

“Rubião” e “Quem o visse”.

“Quem” e “Rubião”.

“Rubião” e “eu” (o narrador).

Comentário: sujeito é o ser de quem se declara algo.Estou falando do que?1-&nbsp;Quem o&nbsp;visseÉ o sujeito que veria. O verbo "visse" se refere a → Quem2-&nbsp;Quem o&nbsp;visse,&nbsp;[...],&nbsp;cuidaria[...]O verbo cuidaria se refere a "quem o visse". Resposta: Letra B.

Comentário: discurso indireto é a expressão usada pelo narrador ao se referir algo que o personagem expressou; nele, o tempo verbal é de pretérito imperfeito ou mais que perfeito na 3ª pessoa. Discurso direto é a expressão que a própria personagem emprega; o tempo verbal é presente ou pretérito perfeito na 1ª pessoa. Em "a" - Certo: ambos os verbos estão no pretérito imperfeito e o último é subjuntivo já que é uma possibilidade dada ao peixe.Em "b" - Errado: destacando que pretérito mais que perfeito atua como um tempo passado finalizado antes de outro tempo passado (em geral, do pretérito perfeito).O período em que o discurso direto está no presente e não mostra uma cadeia sucessiva, ou seja, a oração de "assista" e a oração de "volta" podem trocar de ordem e o tempo verbal se manterá.Em "c" - Errado: no caso, como os verbos estão no mesmo tempo (presente do indicativo) no discurso direto, é fundamental que no discurso indireto também se mantenha, mas na 3ª pessoa; "assistiria"&nbsp;está no futuro do pretérito e 'voltasse" está&nbsp;no pretérito imperfeito.Em "d" - Errado: apesar de ambos estarem no mesmo tempo verbal, a alternativa D perde para A pelo modo verbal. Ambos estão no pretérito imperfeito, mas a conjugação do verbo voltar na letra A está no modo subjuntivo, o que vem a calhar considerando que se mantém a opção dada (do homem) ao peixe não sendo indicativo.Em "e" - Errado: nesse caso, a alternativa pede que o discurso indireto não seja futuro do pretérito, pois seria um discurso de um fato que ocorreu e não uma possibilidade do que teria ocorrido em circunstância favorável. Resposta: Letra A.

Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um peixinho! Mas o peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas escamas, que o homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no quente. 
 E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava a trote, que nem um cachorrinho. Pelas calçadas.
Pelos elevadores. Pelo café. Como era tocante vê-los no "17"! – o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra lendo o jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este, silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial... 
 Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos dois fora pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o homem ao peixinho: 
 “Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!...” 
 Dito isso, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho n’água. E a água fez redemoinho, que foi depois serenando, serenando até que o peixinho morreu afogado...

Questões de Português - Sintaxe - Análise sintática do período simples