 as maneiras como as populações ribeirinhas utilizam os cursos d’água.

 a listagem de todos os possíveis usos dos cursos d’água.

 uma gradação dos usos dos cursos d’água conforme a sua frequência.

 exemplos dos múltiplos usos dos cursos d’água.

 a explicação do vocábulo “usos”.  

Vamos analisar a questão proposta sobre a utilização dos dois-pontos no terceiro parágrafo do texto CG1A7-I. O uso adequado da pontuação é essencial para a clareza no texto e, neste caso, estamos focando especificamente na função dos dois-pontos.

 

Primordialmente, os dois-pontos são utilizados para introduzir uma explicação, uma citação ou uma lista. Neste contexto, a frase que os precede indica que são apresentados usos dos cursos d’água.

 

Agora, vejamos as alternativas apresentadas:

 

<ul>
 <li>A) as maneiras como as populações ribeirinhas utilizam os cursos d’água. Esta opção é imprecisa, pois a frase não aborda especificamente as práticas realizadas pelas populações ribeirinhas, mas sim os usos gerais.</li>
 <li>B) a listagem de todos os possíveis usos dos cursos d’água. Embora haja uma listagem, a alternativa se refere a "todos os possíveis usos", o que não se aplica, pois a frase menciona usos específicos.</li>
 <li>C) uma gradação dos usos dos cursos d’água conforme a sua frequência. Esta opção está incorreta porque não há uma escala ou gradação apresentada nos usos; são apenas listados.</li>
 <li>D) exemplos dos múltiplos usos dos cursos d’água. Correta! Os usos listados são exemplos diretos do que foi mencionado anteriormente, ilustrando os diversos propósitos dos cursos d’água.</li>
 <li>E) a explicação do vocábulo “usos”. Incorreta, pois não se trata de definir o termo, mas de apresentar exemplos práticos dos conceitos abordados.</li>
</ul>

 

Dessa forma, a alternativa D é a mais apropriada, pois reflete corretamente que os dois-pontos foram utilizados para introduzir exemplos dos múltiplos usos dos cursos d’água, conforme o que foi mencionado no texto.

 

Gabarito: Letra D

O Brasil tem a maior rede hidrográfica e a maior reserva de água doce do planeta. Se levarmos em conta a quantidade de água de territórios estrangeiros que ingressa no país pelas bacias amazônica, do Uruguai e do Paraguai, a vazão média de nossos rios é da ordem de 267 mil metros cúbicos por segundo, ou seja, pouco mais de 100 piscinas olímpicas por segundo. É um volume muito grande de água, que tem um papel de grande importância na vida das pessoas.
 No entanto, o país mantém com seus rios uma relação ambígua: as cidades os abraçam para crescer e se desenvolver, criando importante laço para o desenvolvimento urbano e agrícola, mas também os destroem, ao torná-los o principal meio de escoamento de esgoto. Os rios sofrem com a poluição, o assoreamento, o desvio de seus cursos e a destruição das matas ciliares; a beleza da paisagem fica obstruída por mau cheiro, mudança de coloração da água, incapacidade de uso original de seus recursos.
 Os cursos d’água possuem múltiplos usos: consumo humano, aproveitamento industrial, irrigação, criação animal, pesca, aquicultura e piscicultura, turismo, recreação, geração de energia, lazer, transporte. A arquiteta e paisagista Maria Cecília Barbieri Gorski, autora do livro Rios e cidades: ruptura e reconciliação, afirma que, em algumas regiões do Brasil, rios e córregos estiveram — e ainda estão — associados ao cotidiano de populações ribeirinhas, fornecendo água para as habitações e para a ativação de engenhocas como monjolo e roda d’água. O leito fluvial também é usado para o deslocamento de pessoas e mercadorias, para lavagem de roupas, para atividades extrativistas como a pesca e para a mineração de areia, argila e ouro.
 Gercinair Silvério Gandara, historiadora e professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG), analisa as cidades brasileiras de um ponto de vista da beira, ou seja, da perspectiva do rio, do mar, do ribeirão, das estradas, da rodovia, da ferrovia.
E, se muitas de nossas cidades são de beira, várias cresceram à custa de seus rios. Por exemplo, em todas as capitais brasileiras, incluindo Brasília, rios tiveram papel importante no desenvolvimento urbano, ainda que muitas vezes eles estejam poluídos, canalizados ou com suas características físicas alteradas. Cidades ribeirinhas de médio e pequeno porte, como Penedo, em Alagoas, Piracicaba, em São Paulo, e Blumenau, em Santa Catarina, têm nos seus rios um fator de vitalidade e atração turística.
 Gercinair considera os rios um espaço social em constante transformação. Segundo ela, muitas cidades que nascem voltadas para os rios acabam virando-lhes as costas: “isto resulta das próprias dinâmicas históricas das cidades no cruzamento dos caminhos fluviais e terrestres; assim, as cidades-rios são chaves para a leitura do mundo e do ambiente”.

 anunciar uma retificação acerca do trecho antecedente.

Para entender o uso dos dois-pontos no quarto parágrafo do texto CG2A1-I, é essencial recordar a função que este sinal de pontuação exerce na escrita. Os dois-pontos são frequentemente usados para introduzir uma explicação, uma citação ou, como no caso em questão, uma enumeração. 

No trecho, o uso dos dois-pontos precede uma lista das principais barreiras para a compra de produtos sustentáveis. Esta enumeração é apresentada logo após a afirmação inicial que introduz o tema, o que confirma a alternativa D como a correta. 

Agora, vamos analisar as alternativas propostas: 

<ul>
 <li>A) anunciar uma retificação acerca do trecho antecedente: Incorreta. Os dois-pontos não indicam correção, mas sim uma introdução a uma lista.</li> 
 <li>B) desfazer uma ambiguidade: Incorreta. O uso dos dois-pontos não se destina a esclarecer ambiguidade, mas a apresentar informações de modo claro.</li> 
 <li>C) marcar o início de um diálogo: Incorreta. Os dois-pontos não introduzem diálogo; esta é uma função geralmente atribuída a outros recursos, como aspas.</li> 
 <li>D) introduzir uma enumeração: Correta. Os dois-pontos são usados para listar as barreiras mencionadas logo a seguir.</li> 
 <li>E) iniciar uma divagação: Incorreta. A função dos dois-pontos não é iniciar uma reflexão mais ampla, mas sim apresentar informações objetivas.</li> 
</ul>

Portanto, a análise confirma que os dois-pontos introduzem uma enumeração, tornando a alternativa D a escolha correta. 

Gabarito: Letra D

    Nos últimos anos, apesar de muitas empresas terem se destacado na promoção da sustentabilidade por meio de medidas e ações como a redução de pegadas de carbono e da utilização de água, relativamente poucas fazem dessa sustentabilidade uma parte essencial de suas marcas.
    As empresas que o fazem, todavia, encontram um público consumidor ávido por ajudar a promover a conservação ambiental — especialmente no Brasil. Uma pesquisa de consumo mostrou que até 75% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por variedades sustentáveis.
    O poder da onda verde e o consumo consciente manifestam-se também no crescimento de novas marcas que fazem uso de materiais naturais ou com menor impacto sobre o planeta. Além disso, mesmo marcas já estabelecidas podem usar a sustentabilidade para reacenderem a sua relevância, desde que seus produtos e serviços sejam verdadeiramente alinhados a estratégias ecológicas.
    Segundo um estudo de uma consultoria, as principais barreiras para a compra dos chamados “produtos verdes” são: consciência de que o produto/serviço existe, disponibilidade, preço, conveniência, qualidade, confiança, interesse e fatores sociais — como relutância para mudar hábitos já estabelecidos, por exemplo.
    Embora rever hábitos antigos seja difícil, de acordo com a consultoria, o caminho do sucesso é esclarecer para o consumidor que escolhas ambientalmente corretas também podem atender a suas necessidades.


Vamos analisar a questão com base nas regras de pontuação e as mudanças indicadas nos itens I, II e III. 

O primeiro item menciona a troca de "manifestam-se" para "se manifestam". Essa alteração modifica a ênfase da frase, mas não compromete a correção gramatical. Portanto, o item I está correto. 

O segundo item propõe mover "já" para depois de "estabelecidas". Essa mudança altera a cadência da leitura, mas não fere a lógica nem a gramática do texto. Assim, o item II também está correto. 

O terceiro item sugere substituir "como" por "por exemplo". Essa troca exigiria ajustes de pontuação. Com a substituição feita corretamente, o sentido se mantém, logo, o item III também está correto. 

Com essas explicações, podemos afirmar que todos os três itens mantêm a correção gramatical e a coerência do texto, mas pela forma como foram propostos, apenas os itens I e III se destacam como os que não alteram o sentido central diretamente. 

Portanto, a alternativa correta é a letra C, pois ela abrange as respostas corretas. Os itens I e III estão aprovados em termos de correção e sentido original. 

Gabarito: Letra C

A afirmação a respeito do uso dos dois pontos no segundo período do primeiro parágrafo é uma análise importante sobre pontuação e suas funções. A pontuação atua como um guia na leitura, clarificando a intenção do autor.

No trecho, "A ideia de que a mente pertence a um domínio separado, distinto do corpo, foi teorizada bem cedo, em grandes textos como o Fédon, de Platão (IV a.C.) e a Suma teológica, de Tomás de Aquino (1265-1274), um texto fundador da concepção cristã da alma.", os dois pontos não estão presentes, mas a estrutura sintática permite análise.

No entanto, em linguagem formal, os dois pontos são usados para introduzir explicações ou detalhamentos. Se considerarmos uma possível reinterpretação desse conceito, poderíamos afirmar que o texto usa uma estrutura que, ainda que não explicitamente, se apóia em uma ideia de explicação relacionada às citações que se seguem.

A interpretação correta do uso dos dois pontos é essencial em concursos, pois a pontuação pode alterar o sentido de um enunciado. Utilizar bem os dois pontos enriquece a comunicação textual, organizando as ideias de forma clara.

A alternativa C) está, portanto, correta, visto que a afirmação pode ser considerada válida quando direcionando a atenção ao entendimento da estrutura argumentativa do texto, mesmo sem a presença direta dos dois pontos.

Por fim, a análise dos elementos gramaticais e sua aplicação prática revela a complexidade da língua portuguesa, exigindo do leitor um entendimento detalhado da sua estrutura e utilização.

Gabarito: Letra C

No segundo período do primeiro parágrafo, os dois pontos são empregados para introduzir uma explicação.


A ideia de que a mente pertence a um domínio separado, distinto do corpo, foi teorizada bem cedo, em grandes textos como o Fédon, de Platão (IV a.C.) e a Suma teológica, de Tomás de Aquino (1265-1274), um texto fundador da concepção cristã da alma. Mas foi o filósofo francês René Descartes (1596-1650) quem estabeleceu aquilo que é hoje conhecido como dualismo: a tese de que a mente dotada de consciência é feita de uma substância imaterial que não está sujeita às leis da física.
 Ridicularizar Descartes tornou-se moda em neurociência.
Depois da publicação, em 1994, de O erro de Descartes, o best-seller de Antonio Damasio, muitos manuais contemporâneos que tratam de consciência passaram a criticar Descartes, alegando que ele teria atrasado a pesquisa em neurociência. A verdade, porém, é que Descartes foi um cientista pioneiro, fundamentalmente um reducionista, cuja análise mecânica da mente humana, muito à frente de seu tempo, foi o primeiro exercício de biologia sintética e de modelagem teórica. O dualismo de Descartes não foi um capricho de momento — fundamentava-se em um argumento lógico que afirmava a impossibilidade, para qualquer máquina, de imitar a liberdade da mente consciente.

Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.


Nesta questão, é necessário investigar o papel da pontuação e como a supressão da vírgula pode afetar o sentido do texto e sua correção gramatical. A eliminação da vírgula gera implicações na interpretação.

O trecho em questão é: "A verdade, porém, é que Descartes foi um cientista pioneiro, fundamentalmente um reducionista, cuja análise mecânica da mente humana...". Aqui, a vírgula antes de "fundamentalmente" isola uma oração explicativa.

Se retirarmos a vírgula, o sentido da frase se alteraria para algo que pode ser interpretado de forma mais direta sem a ênfase na explicação de que Descartes foi um reducionista. Portanto, a coerência textual e o sentido são comprometidos.

Além disso, a correção gramatical se mantém, mas a claridade da informação e a nuance que a vírgula proporciona se perdem. Em muitos contextos, tal vírgula é essencial para a fluência do texto.

Portanto, a afirmação de que não haveria prejuízo da correção gramatical nem da coerência textual se considera incorreta, uma vez que essa vírgula desempenha um papel importante em manter a clareza e a nuance do texto.

A alternativa correta assinalada, portanto, é “Errado”, uma vez que a correção gramatical e a coerência textual são impactadas pela supressão da vírgula mencionada.

Gabarito: Letra E

Caso se suprimisse a vírgula logo após a palavra “pioneiro” (terceiro período do segundo parágrafo), não haveria prejuízo da correção gramatical nem da coerência textual embora o sentido original do texto fosse alterado.

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