 No 1, fala-se de alguns profissionais, apenas os que se reciclam.

 No 2, fala-se de alguns profissionais, apenas os que se reciclam.

 Não há diferença de sentido nos dois períodos.

 No 1, fala-se de todos os profissionais, pois todos se reciclam.

 No 2, fala-se de todos os profissionais, mas nenhum se recicla.

A questão apresentada nos faz refletir sobre como a pontuação, especialmente o uso das vírgulas, pode alterar o sentido das frases. No primeiro período, "Administradores e Contadores que sempre se reciclam são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente", a ausência de vírgulas define um grupo específico de profissionais. Aqui, estamos falando apenas dos Administradores e Contadores que se reciclam, ou seja, a frase indica que apenas esses profissionais têm grandes chances de ascender. A eliminação desse grupo, ou seja, os que não se reciclam, leva a um entendimento claro: apenas aqueles que buscam a qualificação profissional são destacados.

Por outro lado, no segundo período, "Administradores e Contadores, que sempre se reciclam, são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente", o uso das vírgulas implica que se trata de uma característica adicional a todos os Administradores e Contadores. Aqui, a frase indica que todos os profissionais dessa área se reciclam, e a reciclagem é uma característica comum a todos, não uma condição que delimita apenas aqueles que se reciclam. Portanto, qualquer Administrator ou Contador, independentemente de se reciclar ou não, é considerado neste contexto.

Analisando as alternativas, podemos concluir que a opção A está correta, pois no primeiro período nos referimos apenas aos profissionais que se reciclam, conforme discutido. As demais alternativas falham em reconhecer a distinção que a pontuação traz na interpretação dos períodos, sendo assim, a resposta correta é a que afirma que no primeiro caso a frase se refere a um grupo restrito, enquanto no segundo se trata de um contexto amplo.

A alternativa correta é A.

    A Administração e a Contabilidade são ofícios inseridos em uma mesma área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas.
Nesse campo de conhecimento, estão as profissões que se dedicam a entender as necessidades da sociedade e traduzi-las em soluções. Enquanto o Administrador tem como foco gerenciar pessoas, recursos e processos em prol de uma organização, o Contador tem como missão garantir a sustentabilidade econômico-financeira dessa organização.
    Ao analisar a base de formação dessas duas áreas, fica claro que ambas apresentam algumas disciplinas semelhantes e outras nem tanto. Por exemplo: Contabilidade é uma matéria dentro de um Curso de Administração, assim como Administração é uma disciplina que consta na grade curricular de um Curso de Ciências Contábeis, o que demonstra a interdisciplinaridade de conhecimentos.
    Além disso, ambas as ciências compartilham disciplinas do território de Exatas, como Matemática Financeira, Gestão Financeira e Estatística, por exemplo. As demais matérias são bastante diversas, pois têm a ver com a finalidade de cada área de atuação.
    A faculdade de Administração forma profissionais com visão global sobre todo tipo de organizações, como empresas privadas, órgãos públicos e organizações não governamentais. O profissional formado em Administração deve entender o funcionamento de uma empresa como um todo. Para tanto, tem uma formação multidisciplinar que engloba contabilidade, finanças, gestão de pessoas, logística, marketing e compras, entre outros conhecimentos.
    Já a faculdade de Ciências Contábeis, por sua vez, forma profissionais focados em apenas uma das áreas que constituem uma empresa: a contabilidade. Nesse setor, o profissional é responsável por garantir a saúde econômico-financeira da organização, por isso, lida com entradas e saídas de dinheiro e seus impactos presentes e futuros no empreendimento.  
    As perspectivas das duas carreiras podem variar bastante, dependendo unicamente dos objetivos que cada um tem para o seu futuro profissional. Tanto a Administração quanto as Ciências Contábeis permitem ascensão a cargos de diretoria, como CEO (Chief Executive Officer) e CFO (Chief Financial Officer), por exemplo.
    Administradores e Contadores que se reciclam são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente. Para se dar bem em qualquer uma das duas carreiras, e em qualquer ofício, basta investir em qualificação profissional: graduação, pós-graduação e reciclagens.


Para a seguinte questão, considere o uso das vírgulas em:

1. Administradores e Contadores que sempre se reciclam são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente.

2. Administradores e Contadores, que sempre se reciclam, são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente.

 separar elementos da mesma função sintática.

 separar o adjunto adverbial antecipado na frase.

Para analisar a questão proposta, precisamos olhar para o uso da vírgula na frase “No ano de 1814, são emitidas ordens para destruir o quilombo”. A vírgula é um recurso que serve a diferentes finalidades na construção de frases, e aqui se justifica a sua utilização de acordo com normativas gramaticais.

A alternativa D) separar o adjunto adverbial antecipado na frase está correta porque a expressão “No ano de 1814” é, de fato, um adjunto adverbial de tempo, que aparece no início da oração. Quando um adjunto adverbial é colocado antes do sujeito, a colocação da vírgula é recomendada para separar essa informação da oração principal, contribuindo para uma melhor fluidez e compreensão do texto. Essa prática está de acordo com as orientações do Novo Acordo Ortográfico, onde a vírgula é utilizada para evitar ambiguidades e facilitar a leitura.

Agora, analisemos as demais alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) isolar o aposto referente a tempo: Incorreto, pois “No ano de 1814” não é um aposto, mas sim um adjunto adverbial.</li>
 <li>B) separar elementos da mesma função sintática: Incorreto, pois não existem elementos desse tipo na frase.</li>
 <li>C) realçar o adjunto adverbial de lugar: Incorreto, uma vez que o adjunto adverbial na frase é de tempo, não de lugar.</li>
 <li>E) indicar a supressão de um verbo: Incorreto, porque a frase está completa e não há verbos omitidos que exigiriam essa vírgula.</li>
</ul>

Assim, a utilização da vírgula na frase em questão é justificada pela posição do adjunto adverbial de tempo, que foi antecipado. A alternativa correta é, portanto, a D.

Quilombo de Maricá

 No início do século XIX, escravizados
 fugitivos das fazendas próximas à Freguesia de
 Santa Maria de Maricá, atual cidade de Maricá,
 organizaram um quilombo nas matas da região.
5 Estima-se que o primeiro quilombo da região
 tenha sido formado por volta de 1812. No ano
 de 1814, são emitidas ordens para destruir o
 quilombo.
 A resistência dos escravizados foi uma
10 resposta constante à escravidão. Houve muitas
 formas de resistir no Brasil, mas as fugas e a
 formação de comunidades pretas eram as que
 mais ameaçavam as autoridades locais. Os
 quilombolas possuíam roças, mantinham
15 relações com os comerciantes locais.
 A repressão aos quilombos era feita por
 expedições militares, organizadas pelas
 autoridades locais e auxiliadas por senhores de
 escravos da região. Em alguns casos, eram
20 usados nativos por conhecerem as florestas da
 região. Os soldados, ao obterem sucesso sobre
 os quilombolas, queimavam suas roças, casas
 e os capturavam. O costume era devolvê-los
 aos respectivos donos ou utilizá-los como
25 pagamento aos soldados.
 Os quilombos eram respostas às severas
 condições impostas aos escravizados. As
 incursões de tropas e de capitães-do-mato
 poderiam pôr fim a algumas comunidades,
30 mas, enquanto o sistema escravocrata os
 explorasse, a resposta viria cada vez mais
 violenta.

Leia o fragmento seguinte para responder a seguinte questão.

“No ano de 1814, são emitidas ordens para destruir o quilombo.” (Linhas 06-08)

A questão compreende temas relacionados à função da pontuação no texto. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - Veja que a expressão destacada não se situa ao final do enunciado. Em "b": Errado - Também não se trata da mudança/passagem de uma fala a outra subsequente. Em "c": Certo - A expressão entre travessões é como se fosse uma ressalva por parte do narrador; por isso, há aí uma opinião/comentário interposto. Em "d": Errado - Trata-se apenas de uma mera opinião, e não de uma conclusão. Em "e": Errado - O uso dos travessões marca a interposição de uma opinião/comentário. Resposta: Letra C.

Luiz Caversan
<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/6762ed47241c6933a7084c93coseac-2019-prefeitura-de-marica-rj-guarda-municipal-prova0234.jpeg"></center>

 isola o vocativo, ou seja, o público-alvo para o qual a cartilha se destina.

 separa o aposto, pois explica quem é o destinatário da campanha da cartilha.

 divide uma oração coordenada assindética, separando-a da oração posterior.

 separa uma oração adjetiva restritiva, pois especifica para quem é elaborada a cartilha. 

As imagens abaixo pertencem à cartilha “Se cuida mulher. Conscientização sobre a menopausa” da Prefeitura de Uberaba em parceria com outras instituições:

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/676553c502b7043ea90fe7dcibgp-2023-prefeitura-de-uberaba-mg-inspetor-educacional-prova040.jpg"></center>

 As vírgulas foram empregadas para separar elementos de mesma função sintática.

 Os dois pontos anunciam um exemplo de discurso direto na frase.

 As vírgulas separam uma oração coordenada sindética de uma assindética.

 Os dois pontos indicam uma "uma pausa breve antes de citação".

Vamos analisar as alternativas apresentadas para a questão de pontuação, considerando a frase destacada: “A desigualdade entre os sexos poderia ser simples consequência de outros fatores ligados ao comportamento violento: pobreza, baixo nível educacional, fanatismo religioso e atraso cultural.”

Alternativa A: As vírgulas foram empregadas para separar elementos de mesma função sintática.
Essa alternativa é correta. As vírgulas estão sendo usadas para separar elementos que possuem a mesma função na oração, que é a de complemento do substantivo “fatores”. Os elementos separados são “pobreza”, “baixo nível educacional”, “fanatismo religioso” e “atraso cultural”, todos funcionando como núcleos de um complemento preposicional.

Alternativa B: Os dois pontos anunciam um exemplo de discurso direto na frase.
Essa alternativa está incorreta. Os dois pontos são utilizados aqui para apresentar uma explicação ou uma enumeração de fatores relacionados, não um exemplo de discurso direto. Discurso direto se refere à citação literal de palavras ditas ou escritas por alguém, que não é o caso presente na frase mencionada.

Alternativa C: As vírgulas separam uma oração coordenada sindética de uma assindética.
Essa alternativa é falsa. Não há uma separação de orações coordenadas, mas sim uma enumeração. As vírgulas aqui não estão separando orações, mas sim elementos que possuem a mesma função dentro do discurso e, portanto, não se enquadram nessa descrição.

Alternativa D: Os dois pontos indicam uma "pausa breve antes de citação".
Essa alternativa também é incorreta. Os dois pontos na frase servem para introduzir uma enumeração, e não uma citação. A função dos dois pontos é listar os elementos relacionados aos fatores que contribuem para a desigualdade, não indicar que uma citação se segue.

Portanto, a única alternativa correta com base na análise da pontuação da frase é a letra A, pois as vírgulas estão de fato isolando elementos que têm a mesma função sintática. Dessa forma, a alternativa correta é A.

    Estados em que mulheres viviam oprimidas apresentavam índices mais altos de prisioneiros políticos, assassinatos, desaparecimentos. Veja artigo sobre mulheres e guerras. A condição social das mulheres guarda relação direta com as guerras. Esse é o tema de uma revisão científica publicada pela revista “Science”.
    Desde os primórdios da humanidade, os homens se matam nas batalhas. Esqueletos desenterrados de cavernas pré-históricas exibem mais fraturas na cabeça, quando pertencem ao sexo masculino. No entanto, identificar e separar fatores biológicos daqueles culturais envolvidos na gênese da violência, é tarefa intelectual de alta complexidade. Até a década de 1990, os estudos ressaltavam que o subdesenvolvimento, a falta de democracia, a existência de um grande número de jovens desempregados e o nacionalismo estavam por trás dos conflitos armados. Em 2000, Mary Caprioli, da Universidade de Minnesota, surpreendeu os especialistas ao publicar um trabalho, no qual relacionava a posição subalterna da mulher na sociedade com as revoluções e as guerras entre os países.
    A afirmação enfrentou reações acaloradas, porque contrariava o conceito clássico de que o sexo feminino estaria associado à maternidade e à vida em paz por razões evolutivas e por imposições biológicas, como a baixa produção de testosterona.
Um dos principais críticos, Erik Melander, da Universidade de Upsala, decidiu testar essa hipótese a partir de uma avaliação do status feminino em diversas sociedades, que levava em conta o sexo da maior liderança do país, a proporção de mulheres no Legislativo e o número delas com acesso ao ensino superior.
    Para sua surpresa, os resultados não foram diferentes. Estados em que as mulheres viviam oprimidas apresentavam índices mais altos de prisioneiros políticos, assassinatos, desaparecimentos e maior risco de envolvimento em guerras civis e internacionais. O problema metodológico com esses estudos é que não comprovam a relação de causa e efeito. A desigualdade entre os sexos poderia ser simples consequência de outros fatores ligados ao comportamento violento: pobreza, baixo nível educacional, fanatismo religioso e atraso cultural.
    Sociedades em que as minorias são discriminadas têm maior probabilidade de envolver-se em guerras externas e internas.
No livro “War and Gender” (Guerra e Gênero) o professor americano Joshua Goldwin abordou o seguinte aspecto: embora existam diferenças biológicas que mantêm a mulher afastada dos campos de batalha — como os cuidados com a prole –, elas sempre interagem com os valores culturais. Segundo ele, os níveis de testosterona que aumentam quando um homem ganha dinheiro, é promovido no trabalho ou ganha um jogo, não explicam as diferenças bélicas entre suecos e paquistaneses, nem entre os suecos de hoje e seus antepassados vikings. Em seus estudos, a visão que mulheres e homens têm da guerra são muito mais semelhantes do que se imagina.
    Diante da pergunta: “O conflito árabe-israelense deve ser resolvido pela via militar ou diplomática?”, as escolhas de mulheres e homens israelenses, egípcios, palestinos e kuvaitianos foram praticamente iguais. Quando os mesmos participantes responderam se era mais importante mandar para a escola um menino ou uma menina, as preferências machistas estavam tão associadas à beligerância, que o autor concluiu: “É possível prever quando uma pessoa optará pela guerra ou pela paz entre árabes e judeus, com base apenas no que pensa sobre igualdade sexual”. Conclusões similares foram tiradas nas pesquisas sobre preconceitos étnicos: sociedades em que as minorias são discriminadas têm maior probabilidade de envolver-se em guerras externas e internas.


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