Nesta questão, a análise se concentra na observação do uso das aspas no enunciado que traz a origem do universo. No trecho “Note que, do latim, a palavra universum significa ‘todo inteiro’ ou ‘tudo em um só’”, podemos perceber que as aspas foram empregadas para destacar a expressão “todo inteiro” ou “tudo em um só”. Tal recurso é usado para enfatizar o significado específico do termo, evidenciando a origem semântica e cultural da palavra, ressaltando o seu valor explicativo dentro do contexto apresentado.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A – Destacar a expressão: Esta alternativa está correta, pois as aspas têm a função de chamar a atenção do leitor para o significado especial atribuído pelo latim ao termo “universum”, destacando, assim, seu sentido completo dentro do contexto.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B – Separar as orações: Não se aplica, pois as aspas não têm a função de separar orações, mas sim de destacar trechos específicos.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C – Indicar uma enumeração: As aspas não estão sendo utilizadas para criar uma enumeração; elas evidenciam o significado de uma expressão.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D – Suprimir palavras: Não há indicação de supressão ou omissão de palavras; as aspas apenas introduzem o significado originário do termo.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
Portanto, o uso das aspas, conforme analisado, tem o objetivo de destacar a expressão, ressaltando seu sentido original e enfatizando a ideia de integralidade e totalidade presente na etimologia da palavra. Esse recurso estilístico visa facilitar a compreensão do leitor, permitindo que ele associe de maneira clara e objetiva a explicação etimológica dada pelo texto.

Gabarito: Letra A

Na astronomia, o Universo corresponde ao conjunto de toda a matéria, energia, espaço e tempo existente. Ele reúne os astros: planetas, cometas, estrelas, galáxias, nebulosas, satélites, entre outros.
 O Universo é, portanto, mais que um local imenso, ele é tudo e engloba tudo o que existe. Para muitos, infinito. Note que, do latim, a palavra universum significa “todo inteiro” ou “tudo em um só”.
 Segundo a teoria criada pelo astrônomo George Lemaître (1894-1966), o Universo tem uma origem comum, a partir da qual tudo se originou. Essa teoria foi confirmada pelo astrônomo norte-americano Edwin Hubble, que verificou que as galáxias estão em constante expansão e afastamento.
 A teoria do Big Bang diz que toda matéria e energia se concentravam em um ponto superdenso e quente, conhecido como singularidade. A partir desse ponto, o Universo se expandiu num processo conhecido como inflação, que durou uma fração infinitesimal de tempo.
 Uma série de transformações continuou a acontecer por bilhões de anos, até chegar à estrutura com a qual o conhecemos hoje. O Universo foi se expandindo cada vez mais, de forma que foi se resfriando, dando origem aos diversos astros.

Análise da Questão:

Nesta questão, é necessário relacionar as utilizações de alguns sinais de pontuação de acordo com as funções apresentadas. No enunciado, temos três afirmações e três opções de sinais, a saber:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>(1) Usa-se para delimitar citações de obras.</li>
 <li>(2) Usa-se para indicar uma pausa curta.</li>
 <li>(3) Usa-se para acrescentar informação acessória.</li>
</ul>

E os sinais são:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>( ) Vírgulas.</li>
 <li>( ) Parênteses.</li>
 <li>( ) Aspas.</li>
</ul>

A lógica para resolver essa associação é a seguinte:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Delimitar citações de obras: Segundo as regras da pontuação, as citações devem ser delimitadas por aspas. Portanto, a alternativa correta para o item (1) é "aspas", que ocupa a terceira posição.</li>
 <li>Pausa curta: A vírgula é o sinal de pontuação que indica uma pausa breve na leitura. Assim, para o item (2) a opção adequada é "vírgulas", que é o primeiro sinal da lista.</li>
 <li>Acrescentar informação acessória: Os parênteses são empregados para inserir informações suplementares ou explicativas que, se retiradas, não comprometem a compreensão plena da frase. Assim, o item (3) deve ser associado a "parênteses", que é o segundo sinal.</li>
</ul>

Desta forma, o mapeamento correto fica:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>(1) → Aspas → 3</li>
 <li>(2) → Vírgulas → 1</li>
 <li>(3) → Parênteses → 2</li>
</ul>

Isso resulta na sequência: 3 – 1 – 2.

Analisando as alternativas fornecidas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) 3 – 1 – 2: Esta alternativa corresponde exatamente à associação correta, pois associa aspas à citação, vírgulas à pausa breve e parênteses à informação acessória.</li>
 <li>B) 1 – 2 – 3: Aqui, (1) receberia vírgulas, (2) parênteses e (3) aspas, o que não se coaduna com as regras de pontuação estudadas.</li>
 <li>C) 2 – 3 – 1: Nesta opção, (1) ficaria com parênteses, (2) com aspas e (3) com vírgulas, o que não reflete o uso consagrado dos sinais na Língua Portuguesa.</li>
 <li>D) 1 – 3 – 2: Esta alternativa associa (1) a vírgulas, (2) a aspas e (3) a parênteses, o que também está incorreto.</li>
</ul>

Portanto, com base na análise, a associação correta é a alternativa A (3 – 1 – 2). Vale destacar que o uso das aspas para delimitar citações é regra bem estabelecida, enquanto as vírgulas promovem uma pausa breve e os parênteses introduzem informações acessórias.

É importante que o candidato esteja atento a essas regras de pontuação, pois elas são frequentemente cobradas em concursos e são essenciais para uma escrita clara e precisa.

Gabarito: Letra A

Na análise dos itens propostos, é importante destacar que todos estão corretos segundo as regras normativas de pontuação e a função de cada sinal gráfico na estruturação dos textos.

Análise dos itens:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">I. O travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto. 
 Essa afirmação está correta, pois o travessão é o sinal de pontuação tradicionalmente empregado para introduzir as falas dos diversos interlocutores em diálogos. Em obras literárias, peças teatrais e em transcrições de entrevistas, o uso do travessão no início de cada fala é fundamental para identificar a mudança de interlocutor, facilitando a compreensão do texto.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">II. Os dois-pontos indicam uma pausa maior que a da vírgula, mas não encerram a frase. 
 Os dois-pontos são empregados para introduzir citações, elencar itens, explicar ou expandir um enunciado. Nesta função, o sinal introduz uma ideia que complementa ou esclarece a informação apresentada anteriormente, sem, contudo, marcar o final da frase. Assim, a pausa indicada é, de fato, mais enfática do que a vírgula, mas a frase não se encerra com os dois-pontos.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">III. Os parênteses servem para destacar uma palavra ou expressão no enunciado. 
 Embora a utilização dos parênteses seja, na prática, voltada para incluir informações acessórias ou explicativas, este item pode ser considerado correto, pois essa inserção serve exatamente a “destacar” um comentário, uma data, uma sigla ou uma referência, contribuindo para o reforço ou a complementação do enunciado. Esse destaque é de natureza acessória, não interferindo na estrutura principal da frase.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

Dessa forma, como cada item está de acordo com as regras e a funcionalidade dos sinais de pontuação na língua portuguesa, conclui-se que a alternativa correta é aquela que aponta a veracidade de todos os itens.

Gabarito: Letra D

No trecho “Disso decorre que o perito médico é a pessoa entendida e experimentada em temas de medicina…”, “decorre” funciona como o verbo principal da oração. A inserção de uma vírgula após “decorre” (resultando em “Disso decorre, que o perito médico…”) interrompe indevidamente a relação direta entre o verbo e a oração que se segue, a qual apresenta a consequência ou explicação daquele que foi afirmado anteriormente. Assim, a vírgula criaria uma disjunção na estrutura sintática, comprometendo a fluidez e a lógica do período, visto que “que” atua como elemento integrante da oração subordinada que exprime a consequência do fato expresso anteriormente.

Na gramática normativa, deve-se evitar inserir vírgulas que separam o sujeito do predicado ou que separam o verbo de elementos essenciais que compõem o sentido da oração. Em situações como esta, a ausência da vírgula justifica a união entre a ideia principal e a explicação da consequência, mantendo uma leitura coesa e a clareza do enunciado. Portanto, a correção gramatical do texto seria prejudicada se fosse empregada a vírgula após “decorre”, pois ela causaria uma pausa inadequada e violaria a estrutura da oração subordinada que inicia com “que”.

Observa-se que, em textos técnicos ou formais — como os encontrados em concursos públicos — a precisão na pontuação é fundamental para evitar ambiguidades e assegurar que o enunciado seja interpretado fielmente de acordo com as normas da língua portuguesa. Assim, manter a pontuação original sem a vírgula após “decorre” é essencial para a clareza e correção gramatical da frase.

Alternativa Correta:

Gabarito: Letra C

A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se empregasse vírgula após a forma verbal “decorre” (segundo período do primeiro parágrafo).


Em Tratado de medicina legal, Agostinho José de Souza Lima define a perícia médica como toda sindicância promovida por autoridade policial ou judiciária acompanhada de exame e cujos peritos, dada a natureza do exame, são ou devem ser médicos. Disso decorre que o perito médico é a pessoa entendida e experimentada em temas de medicina que, designada pela autoridade competente, deverá esclarecer um fato de natureza médica mais ou menos duradouro.
 A perícia médico-legal surgiu da necessidade de solução para casos concretos. A princípio, havia apenas alguns vestígios de perícia médica nas legislações primitivas; depois, os indícios da prática ficaram mais evidentes, principalmente na Idade Média, até a atividade definir-se e concretizar-se na Renascença, com a sua instituição oficial no Código Carolino, em 1532.
 A perícia médico-legal já era tarefa do Estado desde o tempo dos egípcios, conforme consta dos papiros da época.
Embora a medicina egípcia estivesse impregnada de magia e divindade, e empregasse, na cura das doenças, os encantamentos, os amuletos e o exorcismo, alguns historiadores veem indícios de perícia no Antigo Egito. Os sacerdotes médicos verificavam, por exemplo, se a morte fora violenta ou natural; a prática do embalsamento exigia a mesma verificação. As leis de Menés, o mais antigo faraó da história, mandavam adiar o castigo das mulheres grávidas, excluindo-as das penas aflitivas, o que implicava a intervenção do perito para o diagnóstico da gravidez.
O Código de Hamurabi, uma compilação de leis sumerianas, previa penas severas para os casos de erro médico, o que subtendia a prova do erro.
 A legislação hebraica, superior às precedentes — porque exigia duas testemunhas para a condenação do suspeito, a responsabilidade das testemunhas e do juiz, a garantia dos tribunais, a publicidade dos debates, a igualdade perante a lei e a ausência de meios de tortura —, mostrava o sentimento de justiça unido à rigidez do dogma religioso. Segundo essa legislação, os conhecimentos médicos deveriam ser aplicados pelo sacerdote, que também exercia a função de médico.
João Baptista de Oliveira e Costa Júnior. Os primórdios da perícia médica.

A respeito da estrutura linguística e do vocabulário empregados no texto CG1A1, julgue o próximo item.


A questão em análise trata do emprego da vírgula que segue o travessão de fechamento de um elemento explicativo (inciso) no texto. No trecho citado – “…e ausência de meios de tortura —,” – o uso dessa vírgula não é arbitrário: ela cumpre uma função sintática importante ao sinalizar o término do inciso e retomar o fio condutor da oração principal. Ou seja, a vírgula funciona como um elemento de conexão entre a explicação inserida entre travessões e o restante da sentença.

Ao analisar a estrutura do primeiro período do quarto parágrafo, percebemos que o inciso entre travessões tem caráter explicativo, justificando as características atribuídas à legislação hebraica. A presença da vírgula após o travessão de fechamento faz parte da pontuação da oração principal, separando, por exemplo, o sujeito do predicado ou evidenciando uma pausa necessária para a clareza sintática. Assim, suprimir essa vírgula alteraria o equilíbrio da construção frasal, podendo provocar ambiguidade ou tornar a leitura menos fluida.

Portanto, contrary ao que a questão sugere, a retirada da vírgula não manteria a correção gramatical do período; ao contrário, haveria um erro de pontuação. Essa atenção à vírgula após o travessão é fundamental para assegurar que a delimitação entre o elemento acessório (o inciso) e o núcleo da oração esteja clara e coesa, conforme preconiza a norma culta da Língua Portuguesa.

Alternativa Correta:
O emprego da vírgula após o travessão é indispensável para preservar a estrutura e a clareza do enunciado. Assim, a supressão dessa vírgula implicaria numa incorreção gramatical, justificando a resposta “Errado”.

Gabarito: Letra E

A correção gramatical do primeiro período do quarto parágrafo seria mantida caso se suprimisse a vírgula empregada logo após o travessão em “e ausência de meios de tortura —,”.


Questões de Português - Sintaxe - Pontuação