 Os colegas foram juntos ao evento da faculdade.

 Prefiro ler livros a assistir a séries.

A questão compreende assuntos relacionados à correta regência do ponto de vista gramatical. Sendo assim, passemos às alternativas: A – Errado – Aqui está correto, pois a forma verbal “foram”, correspondente ao verbo “ir”, é transitiva indireta, ou seja, solicita o uso de uma preposição. B – Certo – O correto, para a norma-padrão, seria: “Pedro namora Cristina”, sem o “com”. C – Errado – Aqui também está tudo correto, pois preferimos algo A alguma coisa. D – Errado – Aqui também está correto, pois o verbo “visar” é um verbo transitivo indireto, ou seja, solicita a presença da preposição “a”. Gabarito: Letra B.&nbsp;

 Dar aos outros à atenção é nosso melhor hábito.

 Após a derrota, esvaiu-se de lágrimas.

 A turma lhe cumprimentou por sua gravidez.

 Convocaram-nos a prestar condolências. 

A análise de regência verbal envolve verificar a correta relação entre verbos e seus complementos, que podem ser objetos diretos (sem preposição) ou indiretos (com preposição). No enunciado apresentado, analisa-se a correta utilização de preposições em conjunção com diferentes verbos.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) "Dar aos outros à atenção é nosso melhor hábito." - Esta alternativa apresenta um erro na utilização da crase antes de "atenção", visto que não há regência que justifique tal uso. O verbo "dar" requer a preposição "a" para o objeto indireto (no caso, "aos outros"), mas não precisa de crase antes de "atenção".</li>

<li>B) "Após a derrota, esvaiu-se de lágrimas." - O verbo "esvair-se" demanda a preposição "em" quando seguido de um complemento indicando em que se esvaiu. A forma correta seria "esvaiu-se em lágrimas".</li>

<li>C) "A turma lhe cumprimentou por sua gravidez." - O verbo "cumprimentar" é transitivo direto quando se refere a cumprimentar alguém, requerendo um objeto direto (pessoas) e um indireto introduzido ou não por preposição para os motivos do cumprimento. No caso, a preposição "por" está correta, o erro está na introdução do pronome "lhe", que torna o uso ambíguo quanto à regência deste verbo.</li>

<li>D) "Informou-lhe do novo horário." - A construção adequada para o verbo "informar" envolvendo um objeto indireto é sem a preposição "de". Deve-se apenas utilizar o pronome "lhe" como objeto indireto: "Informou-lhe o novo horário."</li>

<li>E) "Convocaram-nos a prestar condolências." - Esta alternativa está correta. O verbo "convocar" é transitivo direto, exigindo a preposição "a" para introduzir o ato a ser realizado pelo objeto direto, neste caso, "prestar condolências".</li>
</ul>

Portanto, analisando cada alternativa, conclui-se que a alternativa correta seguindo as regras de regência verbal é a opção E, cuja regência está de acordo com as normas gramaticais.

Entrevista concedida ao jornalista Júlio Lerner, em 1 de fevereiro de 1977, para o programa “Panorama”, da TV Cultura, de São Paulo. 
De minha sala até o saguão dos estúdios tenho que percorrer cerca de 150 metros. Estou tão aturdido com a possibilidade de entrevistá-la que mal consigo me organizar naquela curta caminhada. Talvez falar sobre “A Paixão Segundo G.H”… Ou quem sabe sobre “A Maçã no Escuro” e “Perto do Coração Selvagem”… Vou recordando o que Clarice escreveu. Será que li tudo? Em apenas cinco minutos consegui um estúdio para entrevistá-la. 
São quatro e quinze da tarde e disponho de apenas meia hora. Às cinco entra ao vivo o programa infantil e quinze minutos antes terei de desocupar o estúdio. Estou correndo e antes mesmo de vê-la a pressão do tempo começa a me massacrar. Não terei condições de preparar nada antes, nem mesmo conversar um pouco. Não poderei sequer tentar criar um clima adequado para a entrevista.
Eu odeio a TV brasileira! Só meia hora para ouvir Clarice. O pessoal da técnica foi novamente generoso e se empenhou para conseguir essa brecha. Olho o relógio, não consigo me organizar, estou correndo, olho novamente o relógio.
Estou desconcertado, atinjo o saguão dos estúdios e a vejo ali, dez metros adiante, Clarice de pé ao lado de uma amiga, perdida no meio do vaivém dos cenários desmontados, de diversos equipamentos e de técnicos que falam alto, no meio de um grande alvoroço. 
Paro diante dela, estou um pouco ofegante, estendo-lhe a mão e sou atravessado pelo olhar mais desprotegido que um ser humano pode lançar a semelhante. Ela é frágil, ela é tímida, e eu não tenho condições para explicar que o problema do tempo elevou meus níveis de ansiedade.
Clarice me apresenta Olga Borelli, entramos e a conduzo ao centro do pequeno estúdio. Peço para que ela sente numa poltrona de couro de tonalidade café-com-leite.
Clarice segura apenas um maço de Hollywood e uma caixa de fósforos, providencio um cinzeiro, os refletores malditos são ligados. Clarice me olha. O olhar de Clarice me interroga, só disponho de uma única câmera, o olhar de Clarice suplica, Olga se ajeita numa lateral escurecida, chega Miriam, a estagiária do programa e fica encolhida e calada, o calor está ficando insuportável e o ar-condicionado não está ajustado, são apenas quatro e vinte, Clarice tenta me dizer alguma coisa, mas não falo com ela, preocupado em ajustar uma questão de iluminação, o hálito da fornalha já nos atinge a todos, devemos ter agora no estúdio uns 50 ou 60 graus, maldita TV, bendita TV do terceiro mundo que me possibilita estar agora frente a frente com ela, Clarice me olha melindrosa, assustada e seu olhar me pede para que a tranquilize. 
“OK, Júlio, tudo pronto”, a voz metálica vem da caixa dos alto-falantes. Peço a toda equipe para sair, cabo man, iluminador, assistente de estúdio, agradeço. Clarice percebe que caiu numa arapuca e já não há como voltar atrás. Peço silêncio e depois de uns dez segundos ecoa um “gravando”. 
Não conversamos antes e disponho apenas de 23 minutos.
Estou completamente desconcertado, fico um minuto em silêncio fitando Clarice. Estou oco, vazio, não sei o que dizer. Clarice me olha curiosa, mas vigilante, defendida.
Sou o senhor do castelo e — prepotente — guardo comigo a chave desta prisão. Ninguém pode entrar ou sair sem meu expresso consentimento. Todos devem se submeter à minha autoritária vontade. 
A fornalha arde, meu coração dispara, minha boca está seca e debaixo destes tirânicos mil sóis sou o maior dos tiranos. Começa a entrevista. A entrevista avança. Seus olhos azuis-oceânicos revelam solidão e tristeza. Clarice está nua, não há perdão, Clarice agora está encapotada, ela se deixa agarrar, mas logo escapa, e volta, e me pega, e me sugere o longe, o não dizível, depois se cala. E quando nada mais espero, ela volta a falar. Faço uma antientrevista, pausas, silêncios, Clarice agora está fugindo para uma galáxia inabitada e inatingível, mas volta em seguida e, tolerante, suporta toda a minha limitação. 
Acho que ela vai se levantar a qualquer instante e me dizer: “Chega!”. Clarice pressente que por trás de meu sorriso aparentemente compreensivo e de minha fala suave esconde-se um ser diabólico autodenominado “repórter” e que quer possuir sua intimidade. Seu corpo exprime receios, ela me afasta, mas de novo me atrai, suas pernas se cruzam e se descruzam sem parar e telegrafam que de repente ela poderá se levantar e partir.

A questão contempla assuntos relacionados ao uso correto da regência verbal. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - O verbo "aspirar", no sentido de desejar, é um verbo transitivo indireto, isso significa que deverá haver a presença da preposição "a". Portanto, "A que aspiramos". Em "b": Errado - O verbo "dispor" exige a presença da preposição "de", pois quem dispõe dispõe DE algo ou DE alguma coisa. Em "c": Errado - Como vimos, ambos os verbos ("aspirar" e "dispor") exigem a presença de preposições. Em "d": Certo - O verbo "aspirar", com acepção de desejar, é transitivo indireto. Logo: "a que aspiramos". O verbo "dispor" também exige a preposição "de". Logo: "de que dispomos". Resposta: Letra D.

Era farmacêutico e residente à rua mais movimentada do lugar.

A senhora era devota com todos os santos e rezava incessantemente.

No bairro contíguo do outro, o futebol de fim de semana era sagrado.

Seu jeito indulgente para com os mais necessitados atraía-lhe muito mais afeto.

Vamos analisar cada uma das alternativas com foco na regência nominal presente em cada uma delas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) "Era farmacêutico e residente à rua mais movimentada do lugar." - Nesta alternativa, a preposição usada é inadequada. A regência correta da palavra "residente" demanda a preposição "em" ao invés de "à". A frase correta seria "residente na rua mais movimentada do lugar".</li>

<li>B) "A senhora era devota com todos os santos e rezava incessantemente." - Aqui, a preposição "com" é incorreta para a regência do adjetivo "devota". Normalmente, usa-se "devota de" para expressar devoção a alguém ou algo, logo, deveria ser "devota de todos os santos".</li>

<li>C) "No bairro contíguo do outro, o futebol de fim de semana era sagrado." - A expressão "contíguo do" é inadequada pois "contíguo" pede a preposição "a" (no sentido de próximo a, ao lado de), então o correto seria "contíguo ao outro".</li>

<li>D) "Seu jeito indulgente para com os mais necessitados atraía-lhe muito mais afeto." - Esta alternativa está correta. O uso da expressão "indulgente para com” é apropriado e segue a regência nominal adequada para a palavra "indulgente", que pede a preposição "para com" quando se refere a ter indulgência, paciência ou tolerância em relação a alguém.</li>
</ul>

Todas as outras alternativas contêm erros de regência nominal, usando preposições que não se harmonizam com os nomes usados.

A alternativa correta é D.

Para resolver a questão, é necessário analisar a regência nominal de cada frase e verificar com quais preposições as palavras fazem regência correta. Vamos analisar as frases uma a uma:

I - A expressão "ter acesso a algo" determina o uso da preposição "a". Já a expressão "cansar-se de algo" pede a preposição "de". Portanto, as lacunas devem ser preenchidas por "de" - "a", respectivamente.

II - A frase "exaustos de pegar restos" exige a preposição "de" para conectar "exaustos" e "pegar". Adicionalmente, "fartos de algo" também pede a preposição "de". Portanto, as preposições corretas são "de" - "de".

III - Na frase de Márcio Barreto, a regência de "entulhadas" com a preposição "com" é apropriada, formando "entulhadas com figuras, metáforas e antíteses".

Diante dessas análises, podemos verificar que a sequência correta das preposições é "de" - "a", "de" - "de" e "com", que corresponde à sequência da alternativa A, validando-a como a correta.

A alternativa correta é A.

Questões de Português - Sintaxe - Regência nominal e verbal