... se calhar ele tinha alergia ou medo de vacina... (3º parágrafo)

... a ver se alguma fruta ia sobrar para a fome dele. (1º parágrafo)

... naquele olhar dele de ramelas e moscas... (2º parágrafo)

... não nos viesse lamber com a baba dele... (3º parágrafo)

... e antes de me gritarem com força... (2º parágrafo)

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre regência nominal. A) Alternativa correta. A expressão "de vacina" complementa o sentido do substantivo "medo", assim como se vê na expressão "atentos à queda".B) Alternativa incorreta. A expressão "para a fome dele" é adjunto adverbial.C) Alternativa incorreta. A expressão "de ramelas e moscas" é adjunto adnominal.D) Alternativa incorreta. A expressão "com a baba dele" é adjunto adverbial.E) Alternativa incorreta. A expressão "com força" é adjunto adverbial.

<center>Kazukuta</center>
 Nós estávamos sempre atentos à queda das nêsperas, das pitangas e das goiabas, e era mesmo por gritarmos ou por corrermos que o Kazukuta acordava assim no modo lento de vir nos espreitar, saía da casota dele a ver se alguma fruta ia sobrar para a fome dele.

 Normalmente ele comia as nêsperas meio cansadas ou de pele já escura que ninguém apanhava. Mexia-se sempre devagarinho, bocejava, e era capaz de ir procurar um bocadinho de sol para lhe acudir as feridas, ou então mesmo buscar regresso na casota dele. Às vezes, mesmo no meio das brincadeiras, meio distraído, e antes de me gritarem com força para eu não estar assim tipo estátua, eu pensava que, se calhar, o Kazukuta naquele olhar dele de ramelas e moscas, às vezes, ele podia estar a pensar. Mesmo se a vida dele era só estar ali na casota, sair e entrar, tomar banho de mangueira com água fraca, apanhar nêsperas podres e voltar a entrar na casota dele, talvez ele estivesse a pensar nas tristezas da vida dele.

 Acho que o Kazukuta era um cão triste. Nós não lhe ligávamos nenhuma. Ninguém brincava com ele, nem já os mais velhos lhe faziam só uma festinha de vez em quando. Mesmo nós só queríamos que ele saísse do caminho e não nos viesse lamber com a baba dele bem grossa de pingar devagarinho e as feridas quase a nunca sararem. Acho que o Kazukuta nunca apanhou nenhuma vacina, se calhar ele tinha alergia ou medo de vacina, não sei, devia perguntar ao tio Joaquim. Também o Kazukuta não passeava na rua e cada vez andava só a dormir mais.

 consentiria de permanecer adolescente, sem deveres aos quais assumir.

 aspiraria a não adultar para evitar obrigações a que se prender.

 preferiria não adultar do que assumir deveres nos quais todos estão sujeitos.

 assistiria feliz o fim da autoridade da qual nunca depositou confiança.

 visaria menos deveres e obrigações dos quais se preocupar.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre regência. A) Alternativa incorreta. O verbo "consentir" é transitivo direto, portanto não exige a preposição.B) Alternativa correta. O verbo "aspirar", no sentido de "pretender", é transitivo indireto e exige a preposição "a". Está adequado.C) Alternativa incorreta. O verbo "preferir" exige a preposição "a". Alteração: "preferiria não adultar a assumir deveres nos quais todos estão sujeitos".D) Alternativa incorreta. O verbo "assistir", no sentido de "ver", é transitivo indireto e exige a preposição "a". Alteração: assistiria feliz ao fim da autoridade da qual nunca depositou confiança.E) Alternativa incorreta. O verbo "visar", no sentido de "ter objetivo", é transitivo indireto e exige a preposição "a". O verbo "preocupar-se" exige a preposição "com". Alteração: visaria a menos deveres e obrigações com os quais se preocupar.

<center>A fuga da autoridade adulta</center>
 Eu estava falando em uma conferência em Nova Iorque durante o verão de 2016 quando descobri o termo “adultar”.
Tomava um drinque em um bar quando vi um jovem na casa dos 30 usando uma camiseta que dizia “Chega de adultar por hoje”. Depois, entrevistei uma mulher cuja camiseta transmitia uma mensagem simples: “Adultar é cruel!”.

 Caso você não esteja familiarizado com a palavra, adaptada do inglês “adulting”, adultar é definido como “a prática de se comportar do modo característico de um adulto responsável, especialmente na realização de tarefas mundanas, mas necessárias”. A palavra é usada para transmitir uma conotação negativa em relação às responsabilidades associadas à vida adulta. E sugere que, dada a oportunidade, qualquer mulher ou homem sensato na casa dos 30 preferiria não adultar, e evitar o papel de um adulto.

 A tendência de retratar a vida adulta como uma conquista excepcionalmente difícil que precisa ser ensinada coexiste com uma sensação palpável de desencanto com o status de adulto. Em tudo além do nome a vida adulta se tornou desestabilizada, a ponto de ter se tornado alvo de escárnio e, para muitos, uma identidade indesejada. Não surpreende que adultar seja uma atividade que muitos indivíduos biologicamente maduros só estejam preparados para desempenhar em tempo parcial.

 O corolário da idealização do adultamento em regime parcial é o desmantelamento da autoridade adulta. O impacto corrosivo da perda da autoridade adulta no desenvolvimento dos jovens foi uma grande preocupação para a filósofa política Hannah Arendt. Escrevendo nos anos 1950, Arendt chamou atenção para o “colapso gradual da única forma de autoridade” que existiu em “todas as sociedades conhecidas historicamente: a autoridade dos pais sobre filhos, dos professores sobre os alunos e, em geral, dos mais velhos sobre os mais novos”. Setenta anos depois, a desautorização da vida adulta se tornou amplamente celebrada na cultura popular ocidental. Em vez de se preocupar com as consequências da erosão da autoridade adulta, esse desenvolvimento é visto como positivo por partes da mídia, que acreditam que pessoas crescidas têm muito pouco a ensinar às crianças.

 Devem haver alguns bons cursos de taquigrafia na cidade aonde moro.

 Dá-se aulas de taquigrafia para os jovens que falei na reunião passada.

 As aulas de taquigrafia às quais você assistiu devem ter sido meio enfadonhas.

 A maior parte dos taquígrafos costuma visar bastante o sucesso profissional.

 Meu pai, de quem dependo financeiramente, adora fazer bastante exercícios de taquigrafia.

Vamos mergulhar nas regras de regência verbal e nominal que norteiam a norma culta do português para entender a corretude de cada alternativa apresentada. Para isso, eu vou analisar cada opção em detalhes:

 

<ul>
<li>A) Devem haver alguns bons cursos de taquigrafia na cidade aonde moro.</li>
</ul>

O uso correto do verbo deveria ser "haver" utilizado como auxiliar, portanto, deveria seguir o verbo principal no singular: "Deve haver". Além disso, o correto para localização fixa seria "onde" ao invés de "aonde" que é utilizado com verbos que implicam movimento.

 

<ul>
<li>B) Dá-se aulas de taquigrafia para os jovens que falei na reunião passada.</li>
</ul>

Apesar da voz passiva ser formada corretamente, o verbo "dar" está no singular enquanto o sujeito "aulas" está no plural, o que faz falta concordância. A forma correta seria "Dão-se aulas". Adicionalmente, o correto seria "dos quais falei" ao invés de "que falei" por precisar de uma preposição devida à regência do verbo "falar".

 

<ul>
<li>C) As aulas de taquigrafia às quais você assistiu devem ter sido meio enfadonhas.</li>
</ul>

Esta alternativa está inteiramente correta. O pronome "quais" é adequado após a preposição "a", respeitando a regência do verbo "assistir" que exige a preposição "a" após ele quando relacionado a eventos. "Meio" é um advérbio corretamente empregado para modificar o adjetivo "enfadonhas".

 

<ul>
<li>D) A maior parte dos taquígrafos costuma visar bastante o sucesso profissional.</li>
</ul>

O termo "visar" pode ser transitivo direto como apresentado, mas a expressão "visar bastante" soa inelegante e menos usual, embora não seja incorrecta. Pode levar a interpretações estranhas, como se "bastante" fosse o alvo.

 

<ul>
<li>E) Meu pai, de quem dependo financeiramente, adora fazer bastante exercícios de taquigrafia.</li>
</ul>

O correto seria "muitos exercícios" ao invés de "bastante exercícios", pois "bastante" se referindo a quantidade deveria concordar em número com o substantivo que modifica.

 

Diante dessas análises, a alternativa que acerta ao respeitar as regras de concordância e regência é a opção C, a qual não apresenta nenhum erro de acordo com as normas da língua padrão.

 

Alternativa correta é C.

Vamos falar sobre regência verbal, que é o tema por trás dessa questão. Quando lidamos com o verbo "comparecer", estamos nos referindo principalmente à ideia de estar presente em algum lugar ou evento. A preposição que comumente acompanha esse verbo é "a", que indica direção ou destino.

 

Olhando para as alternativas, temos:
<ul>
<li>A) a.</li>
<li>B) de.</li>
<li>C) com.</li>
<li>D) por.</li>
</ul>

Na opção B, a preposição "de" geralmente sugere origem ou posse, o que não se encaixa bem com o verbo "comparecer". A opção C, com a preposição "com", indicaria companhia, o que também não é o caso aqui. Já na opção D, "por" poderia indicar motivo ou meio, mas não é a melhor escolha para complementar "comparecer".

 

A preposição "a" é a mais adequada, já que indica a ação de dirigir-se a um local específico, que neste contexto seria "uma reunião". Portanto, "comparecer a uma reunião" é a forma correta de utilizar essa regência, indicando que a pessoa deve estar presente na reunião.

 

Considerando essa análise e o conhecimento sobre a regência do verbo "comparecer", a preposição que corretamente preenche a lacuna na frase do enunciado é "a".

 

Alternativa correta é A.

 Lembre-se das coisas importantes, meu filho!

 Lembre as coisas importantes, meu filho!.

Vamos esclarecer um pouquinho sobre regência nominal e verbal para entender o motivo da alternativa A ser a incorreta segundo a questão, certo? A regência trata do relacionamento entre um termo regente e seus complementos, e também pode envolver o uso de preposições adequadas. 😎

 

Vejamos rapidinho cada alternativa:
<ul>
<li>A) "Prefiro mil vezes o guaraná à coca." - Aqui, temos um uso estranho da preposição. O verbo preferir pede a preposição "a", sim, mas nesse contexto específico, a expressão mais natural seria "Prefiro mil vezes o guaraná à Coca-Cola." ou simplesmente sem preposição, dependendo do contexto.</li>
<li>B) "Lembre-se das coisas importantes, meu filho!" - Tudo certo aqui! O verbo "lembrar-se" está corretamente seguido da preposição "de", correspondente à regência nominal própria do verbo.</li>
<li>C) "Lembre as coisas importantes, meu filho!" - Também está correto. Aqui, o verbo "lembrar" está sendo usado transitivamente direto, o que é aceitável.</li>
<li>D) "Pague suas contas sempre em dia!" - Nada de errado aqui. O verbo "pagar" está sendo usado corretamente.</li>
<li>E) "João namorava Maria há anos!" - Totalmente correto, o uso do verbo "namorar" aqui está ótimo, indicando uma ação contínua no passado.</li>
</ul>

 

Logo, o erro na alternativa A é mesmo sobre a construção com o uso da preposição "à". Em contextos informais e cotidianos, a frase pode até aparecer sem a preposição, como "Prefiro guaraná a Coca." ou se mantendo o uso de preposição pré-fixada ao nome, "à Coca-Cola." 😄

 

A alternativa correta é A.

Questões de Português - Sintaxe - Regência nominal e verbal