 Assistir às olimpíadas de Paris foi a melhor das experiências.

 Pedirei que Martins me assista com o meu imposto de renda.

 A enfermeira assistiu o meu vizinho idoso até o fim de seus dias.

 Você assistiu o último filme da Pixar, “Divertida mente 2? 

 O Estado assiste os mais necessitados com programas de distribuição de renda.

Na questão proposta, é fundamental perceber que o verbo “assistir” possui dupla regência, a depender do sentido empregado. Quando o significado é “ver”, o verbo exige a preposição “a” (assistir a algo, como um espetáculo ou filme). Quando o sentido é “prestar assistência” ou “auxiliar”, a forma típica é sem preposição, funcionando como transitivo direto, ou, em alguns casos, com outras construções que não exigem o “a”.

Analisemos cada alternativa sob essa perspectiva:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: “Assistir às olimpíadas de Paris foi a melhor das experiências.” – Aqui, “assistir” é utilizado com o sentido de “ver” um evento, e o emprego da preposição “a” (contração “às”) está correto.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B: “Pedirei que Martins me assista com o meu imposto de renda.” – Nesta frase, “assistir” é empregado no sentido de “prestar assistência” ou “ajudar”. Assim, não exige a preposição “a” e a regência está aceitável para este sentido.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: “A enfermeira assistiu o meu vizinho idoso até o fim de seus dias.” – Novamente, o verbo “assistir” aqui significa “prestar assistência” (dar cuidados), e a construção sem a preposição “a” é a regência normalmente utilizada.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D: “Você assistiu o último filme da Pixar, ‘Divertida mente 2’?” – Nesta alternativa, o sentido é de “ver” um filme. Assim, a construção correta deveria ser “assistir a um filme”, ou seja, “Você assistiu ao último filme…”. A ausência da preposição “a” caracteriza a incorreção.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa E: “O Estado assiste os mais necessitados com programas de distribuição de renda.” – Neste caso, “assistir” significa “prestar assistência”, e o uso direto do objeto (“os mais necessitados”) sem preposição é o empregado normativamente.</li>
</ul>

Dessa forma, todas as alternativas apresentam a regência correta do verbo, salvo a alternativa D, que erra ao deixar de utilizar a preposição “a” quando o verbo “assistir” adquire o sentido de “ver”. Essa diferença exemplifica bem a importância de se atentar ao sentido que o verbo está assumindo para aplicar a regência adequada, fato imprescindível para questões de concursos que avaliam domínio sobre gramática e uso normativo da língua portuguesa.

Alternativa Correta:
A alternativa D está incorreta, pois o verbo “assistir” no sentido de “ver” exige a preposição “a”, sendo o correto “assistir ao último filme…”.

Gabarito: Letra D

    Se você tem entre 55 e 70 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.
    Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice.
Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 55 e os 70), existe a envelhescência.
    A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não.
Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso: 
    – Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? Notadamente na bunda? 
    – Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.
    – Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lentamente.
    – Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos… 
    – Os adolescentes não têm ideia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso.
    – Ninguém entende os adolescentes… Ninguém entende os envelhescentes… 
    Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas.
    – Às vezes, um adolescente tem um filho: é uma coisa precoce. Às vezes, um envelhescente tem um filho: é uma coisa pós-coce.
    – Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. Ninguém me entende é uma frase típica de envelhescentes.
    – Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem.
    – O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos. O envelhescente também. Sem falar nos brincos.
    – Ambos adoram deitar e acordar tarde.
    – O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescente (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente (Rita Lee).
    – O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.
    – Ambos bebem escondidos.
    – Os adolescentes fumam maconha escondidos dos pais. Os envelhescentes fumam maconha escondido dos filhos.
    – O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dia, está mentindo.
    – A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 55 aos 70. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.
    – Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer: – É um eterno envelhescente! Que bom.


 A devoção a Deus é um exercício diário do cristão.

 Não tenho dúvidas a cerca da sua inocência.

 Os alunos estão desgostosos por suas notas.

 Meu filho não tem nenhuma inclinação para o atletismo.

Análise das alternativas:

Na alternativa A, “A devoção a Deus é um exercício diário do cristão”, a regência está correta. O termo “devoção” exige a preposição “a” para indicar o objeto da devoção (neste caso, “Deus”), o que está de acordo com o uso norma da Língua Portuguesa. Portanto, a alternativa A apresenta a regência nominal adequada.

Na alternativa B, “Estou alheia sobre tudo”, verifica-se um erro de regência. O adjetivo “alheia” deve ser acompanhado da preposição “a”, construindo-se a locução “alheia a tudo”. Assim, a utilização da preposição “sobre” incorre em inadequação.

Na alternativa C, “Não tenho dúvidas a cerca da sua inocência”, o erro consiste na expressão “a cerca da”, que, na verdade, é usada para designar barreira física (“cerca”), e não no sentido de “acerca de” ou “sobre”. Portanto, o correto seria utilizar “acerca de”, configurando um erro de regência nominal.

Na alternativa D, “Os alunos estão desgostosos por suas notas”, o erro está na preposição que acompanha o adjetivo “desgostosos”. A forma correta seria “desgostosos com” ou “insatisfeitos com”, pois o verbo ou adjetivo que indica descontentamento requer a preposição “com”. Assim, a construção “por suas notas” não atende à norma culta.

Alternativa Correta:

A alternativa E, “Meu filho não tem nenhuma inclinação para o atletismo”, está de acordo com as normas de regência verbal e nominal. O substantivo “inclinação” exige a preposição “para” quando se refere à tendência ou afinidade em direção a algo, neste caso, “o atletismo”. Portanto, não há erro de regência nesta alternativa.

Concluindo, dentre as alternativas apresentadas, a única que não contém erros de regência é a alternativa E.

Gabarito: Letra E

 Estamos acostumados a trabalhar sob pressão.

Alternativa Correta:

Na questão apresentada, a alternativa B apresenta uma construção incorreta em relação à regência nominal. A expressão “fiel de” está inadequada, pois o adjetivo “fiel”, quando empregado para indicar lealdade ou constância, exige a preposição “a”. Assim, a forma correta é “Sou fiel a meus amigos”. Essa regência é comum tanto em contextos formais quanto informais, e é importante para transmitir o sentido correto.

Análise das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Tenho simpatia por você. – Esta alternativa está correta, pois a locução “ter simpatia” exige a preposição “por”. Exemplo: "Ele demonstra simpatia por todos."</li>
 <li>B) Sou fiel de meus amigos. – Esta é a alternativa incorreta. O adjetivo "fiel" demanda a preposição "a". A forma correta passa a ser “Sou fiel a meus amigos”.</li>
 <li>C) Ele é indiferente a tudo. – Correta, pois a palavra “indiferente” é normalmente acompanhada da preposição “a”. Exemplo: “Ele é indiferente às críticas.”</li>
 <li>D) Estamos acostumados a trabalhar sob pressão. – Correta. A expressão “acostumados a” é uma locução verbal que exige a preposição "a", e “sob” é a preposição correta para indicar a condição de pressão.</li>
</ul>

Fundamentação:

A regência nominal trata da relação entre o substantivo ou adjetivo e seu complemento, definida por uma preposição específica. No caso do adjetivo “fiel”, a norma culta recomenda o uso da preposição “a” para ligar-se ao termo que indica a pessoa ou entidade à qual se é leal, evidenciando, por exemplo, “fiel a uma causa” ou “fiel aos amigos”. Essa correção é essencial para evitar ambiguidades e garantir a clareza da mensagem, sobretudo em contextos formais e em redação oficial. A atenção à regência nominal é um aspecto fundamental na escrita correta da Língua Portuguesa e em contextos de concursos públicos, onde o rigor gramatical é altamente exigido.

Desta forma, a alternativa que apresenta construção incorreta, segundo as normas de regência nominal, é a alternativa B.

Gabarito: Letra B

Analisemos cada uma das alternativas, verificando a regência verbal empregada em cada frase.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A) "Aspirei aquele cargo há muito tempo." 
 O verbo "aspirar", no sentido de desejar ou buscar um cargo, exige a preposição "a". Assim, o correto seria “aspirei a aquele cargo” ou “aspirei àquele cargo”. Portanto, a ausência desta preposição incorre em erro de regência verbal.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B) "Assisti o filme com atenção." 
 O verbo "assistir", quando significa "ver" ou "presenciar", requer a preposição "a", formando a estrutura "assistir a algo". Assim, o correto seria “assisti ao filme com atenção”. A ausência do "a" demonstra a inadequação na regência verbal.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C) "Prefiro mais café do que chá." 
 O verbo "preferir" exige, na sua estrutura comparativa, a preposição “a” para estabelecer a comparação: “prefiro café a chá”. Além disso, o uso do advérbio "mais" junto ao verbo "preferir" contribui para uma redundância desnecessária. Assim, a forma correta não seria “prefiro mais” mas "prefiro". Portanto, essa alternativa apresenta erro de regência e comparação.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D) "Esqueci meu livro em casa." 
 Nesta alternativa, o verbo "esquecer", quando utilizado com sentido de “não recordar” ou “deixar de ter a lembrança de algo”, admite o objeto direto sem o emprego de preposição. Em “esqueci meu livro”, "meu livro" funciona como objeto direto do verbo, e “em casa” atua como adjunto adverbial de lugar, justificando assim a construção gramatical. Essa alternativa, portanto, apresenta a regência verbal correta.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
Concluímos que a única alternativa que apresenta a regência verbal empregada de forma correta é a Alternativa D) “Esqueci meu livro em casa.”, pois o verbo “esquecer” está devidamente empregado com objeto direto, sem a necessidade de preposição, e o complemento “em casa” adequa-se como adjunto adverbial de lugar.

Gabarito: Letra D

Análise Geral:

Nesta questão, a análise está centrada na regência verbal e nominal. Devemos analisar cada lacuna, considerando as normas da língua portuguesa quanto à preposição correta a ser empregada, tanto em verbos quanto em nomes que exigem regência própria.

Primeira Lacuna: O verbo “ir” exige a preposição “a”. Como o substantivo “estádio” está determinado pelo artigo “o”, forma-se a contração “a + o” que resulta em “ao”. Assim, “fomos ao estádio” é a forma corretamente regida.

Segunda Lacuna: O verbo “assistir”, no sentido de “ver” ou “presenciar”, rege-se pela preposição “a”. Portanto, “assistir a um jogo” está em conformidade com a norma padrão.

Terceira Lacuna: Ao indicar oposição entre times, a preposição “contra” é a mais adequada. Dizemos “um jogo de futebol do nosso time contra o time da casa”, pois “contra” indica oposição ou adversidade.

Quarta Lacuna: No caso do substantivo “homenagem”, a norma culta admite a regência com a preposição “a” – “fazer homenagem a alguém”. Contudo, o uso de “para” é também largamente difundido e tem encontrado espaço em diversas publicações, especialmente quando a intenção é enfatizar a destinação da homenagem. Assim, “fizeram uma homenagem para o maior jogador da história do clube” é considerado aceitável no contexto da questão.

Dessa forma, a alternativa que melhor preenche as lacunas, respeitando a regência verbal e nominal, é a que apresenta “ao” (resultante da contração “a + o”) para “estádio”, “a” para “assistir”, “contra” para diferenciar os times e “para” na homenagem, conforme a proposta da banca.

Alternativa Correta:

A alternativa E preenche corretamente as lacunas, pois “fomos ao estádio assistir a um jogo de futebol do nosso time contra o time da casa. Durante o intervalo fizeram uma homenagem para o maior jogador da história do clube.”

Gabarito: Letra E

Questões de Português - Sintaxe - Regência nominal e verbal