 Antigamente, íamos em família a Av. Atlântica vestidos com roupas iguais às da escola de samba para à qual torcíamos.

 À meia-noite, perguntei a vizinha por que ela estava olhando a rua, e ela me respondeu que estava à espera de um táxi.

 A menos que eu esteja enxergando mal, a pessoa que está junto a janela não se parece com à mesma que teve o salário reduzido à metade.

 Conheci um vizinho que estava a toa na vida e agia de acordo com a própria moral; explorava à Deus e todo mundo, tendo sido posto à margem da sociedade pela própria família.

 Mãe, se puderes vai até a loja do Amir e compra uma estante semelhante à que vimos ontem à tarde.

Olá! Vamos mergulhar no maravilhoso mundo da crase para entender por que a alternativa E é a correta, conforma apontado.

 

A crase é um fenômeno gramatical que ocorre quando um artigo definido feminino 'a(s)' se encontra com a preposição 'a', formando a forma craseada 'à(s)'. Para o uso correto da crase, deve haver a presença desses dois elementos em conjunção, aplicados principalmente à palavras femininas.

 

<ul>
<li>Na opção A, o uso da crase em "à qual" é inadequado porque a preposição 'a' precede um pronome relativo sem a presença de um artigo necessário. A frase seria correta se fosse "a qual" sem a crase.</li>
<li>Opção B está correta na utilização da crase em "à espera". A expressão "à espera de" é uma locução fixa que exige crase, pois pode ser substituída por "esperando pela".</li>
<li>Na opção C, a crase em "à mesma" é incorreta. A frase correta seria "a mesma" ou "à qual", dependendo do contexto exato.</li>
<li>Opção D apresenta dois erros de crase: "à Deus" e "à margem". "à Deus" está errado porque "Deus" é um nome próprio masculino, e "à margem" está também errada porque, neste contexto, a preposição “a” conduz o adjunto adverbial sem necessidade de artigo definido.</li>
<li>Opção E, "Mãe, se puderes vai até a loja do Amir e compra uma estante semelhante à que vimos ontem à tarde", emprega corretamente a crase em "semelhante à que vimos" (comparação exige a crase) e em "à tarde" (expressão de tempo que fixamente retém o uso da crase).</li>
</ul>

 

Assim, realmente a alternativa correta é E.

 Ocorre objeto direto apenas em 1, 2 e 5.

 Ocorre objeto direto apenas em 2, 3 e 4.

 Ocorre objeto direto apenas em 3, 4 e 5.

Vamos lá, galera! A questão está pedindo para identificarmos em quais frases há um objeto direto. Se liga só:

1. É vedada a entrada de pessoas estranhas. Aqui, temos uma voz passiva, e "a entrada de pessoas estranhas" é o sujeito paciente, e não objeto direto.

2. O movimento de Lutero provocou um cisma dentro do cristianismo. Neste caso, "um cisma dentro do cristianismo" é o objeto direto do verbo "provocou".

3. Aqueles rapazes não acreditam nessas falsas promessas. "Nessas falsas promessas" é o objeto indireto do verbo "acreditar", portanto não é um objeto direto.

4. A medicina, não obstante todos os esforços, ainda não descobriu a cura para todos os tipos de câncer. Aqui, "a cura para todos os tipos de câncer" é o objeto direto do verbo "descobriu".

5. Ficaria assegurada ao herdeiro a posse dos bens. Similar à frase 1, temos uma estrutura passiva, onde "a posse dos bens" é o sujeito paciente, não objeto direto.

Com base nessa análise, as frases que apresentam objeto direto são a 2 e a 4. Portanto, a alternativa que bate com essa análise é:

A alternativa correta é B.

Vamos analisar cada afirmação da questão passo a passo para entender por que a alternativa C é a correta:

 

( ) Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária, qual seja, a de caracterizar um ser, determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância. 
Essa afirmação é verdadeira. Os termos acessórios da oração realmente têm um papel secundário e são usados para adicionar informações adicionais a outras palavras, como caracterizar seres (por meio de adjetivos, por exemplo) e expressar circunstâncias (como tempo, lugar, modo etc). As funções de adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto chegam para reforçar essas características das orações.

 

( ) São quatro os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo. 
Esta afirmação é falsa. Na verdade, são três os principais termos acessórios em português: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. O vocativo não é considerado um termo acessório da oração, mas sim um termo independente, que serve para chamar ou interpelar alguém diretamente na frase.

 

( ) Adjunto adverbial é o termo que caracteriza, ou determina os substantivos. 
Esta afirmação é falsa. O adjunto adverbial não determina nem caracteriza substantivos, ele modifica o verbo, um adjetivo ou outro advérbio, indicando circunstâncias como tempo, lugar, modo, causa, entre outros.

 

( ) Adjunto adnominal é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc ), ou em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo, ou advérbio. 
Também falsa, pois essa descrição se aplica ao adjunto adverbial, não ao adjunto adnominal. O adjunto adnominal é utilizados para caracterizar ou determinar substantivos, não para expressar circunstâncias relacionadas a verbos, adjetivos ou advérbios.

 

( ) Aposto é uma palavra, ou expressão que explica, esclarece, desenvolve, resume outro termo da oração. 
Esta afirmação é verdadeira. O aposto é utilizado para explicar, resumir ou adicionar uma informação a um termo anterior na oração, oferecendo uma pausa explicativa que pode ser substituída por dois-pontos, vírgulas ou parênteses.

 

Com base nessa análise, só a alternativa C faz a marcação correta de verdadeiro e falso para as declarações dadas. Por isso, a alternativa correta é C.

 A desnutrição abre caminho às doenças.

 A chuva reteve-o na escola e só mais tarde regressou à casa.

O quesito foco dessa questão é o uso correto da crase, ou seja, a fusão da preposição a com o artigo definido feminino a(s) ou com o a inicial dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquel(es), aquele(s). Vamos analisar as alternativas para entender porque a alternativa C está correta.

 

Alternativa A: "A desnutrição abre caminho às doenças." Neste caso, o uso da crase é justificado porque "caminho" é uma locução prepositiva que exige a preposição a, ligado ao substantivo feminino "doenças", o qual leva artigo feminino a, portanto, crase correta.

 

Alternativa B: "Devemos aliar a teoria à prática." Aqui, a crase também é necessária. A expressão "aliar a" pede a preposição a, sendo "prática" um substantivo feminino que admite artigo, causando assim a fusão e o uso de crase.

 

Alternativa C: "A chuva reteve-o na escola e só mais tarde regressou à casa." A crase é usada de maneira incorreta aqui porque, normalmente, com nomes de lugares indefinidos, como "casa", não se usa artigo, e portanto, a crase não se aplica. Pode-se dizer "voltou a casa" sem crase, a menos que seja especificado um local particular, como "à Casa da Moeda".

 

Alternativa D: "Fui à Casa Glória comprar uma roupa." Neste caso, a crase é corretamente aplicada porque "Casa Glória" é um nome próprio de lugar que aceita artigo, justificando a fusão da preposição com o artigo.

 

A alternativa correta é C.

... vi no dedão do pé direito um arranhão sangrento.

... nela entro com um pé calçado de meias e botas.

Cubro-me parcialmente com o lençol...

Contento-me em fazer um bom e útil curativo.

Deprimido, desfaço-me do aparato de cirurgião...

A questão compreende assuntos de ordem sintática, relacionados ao uso do predicativo do sujeito. Com base nisso, passemos às alternativas: Em “a”: Errado – “Sangrento” caracteriza apenas o objeto (arranhão), e não o sujeito. Por isso, não se trata de um predicativo do sujeito. Em “b”: Errado – “Calçado” se refere apenas ao “pé”, e “pé” não funciona sintaticamente como o predicativo do sujeito. Em “c”: Errado – “Parcialmente” é um advérbio de modo, e não um adjetivo e, por isso, não apresenta uma característica relacionada ao sujeito. Em “d”: Errado – “Curativo” é um substantivo e não apresenta função adjetiva e, como tal, não se caracterizará como um predicativo do sujeito. Em “e”: Certo – “Deprimido” refere-se ao sujeito da oração, atribui a ele (ao sujeito) uma característica; por isso, funciona como predicativo do sujeito. Resposta: Letra E.


    Transcrevo um encontro com um rato, ocorrido numa aldeia dos nativos Apinayé, nos anos 60.

    “Insone, senti um tremor nas cordas da rede. Com a lanterna, vi um rato saindo dos meus pés. O velhaco me olhou, passou velozmente pelo punho da rede e entrou na palha do telhado. Sentado, examinei trêmulo cada dedo. Foi um exercício de ioga ver o meu pé; no esforço, derrubei a lanterna. Conformado, vi no dedão do pé direito um arranhão sangrento. Era o presente do rato de merda que fez meu dedão de queijo...

    Eu volto desconfiado para a rede, só que nela entro com um pé calçado de meias e botas. Numa das mãos, empunho a lanterna; na outra, o revólver. Cubro-me parcialmente com o lençol e espero atento pelo rato.

    Esmiúço com a lanterna o teto e ouço apenas as batidas do meu coração. O rato sumiu e no seu lugar sinto minha perna direita ficar dormente. Tenho a certeza de que estou envenenado. Pulo da rede, abro minha caixa de primeiros socorros, tiro dela um bisturi (para casos de emergências) e me preparo para cortar o dedo no local da mordida para que o sangue renovado expulse o veneno. Agarro meu próprio pé, dobro a perna direita sobre o joelho esquerdo, meço com cautela o lugar onde farei a incisão que vi muitas vezes no cinema os mocinhos fazendo em si próprios sem o menor problema, derramo na “área” a ser cortada o mercúrio cromo, que escorre pelo pé, mas quando encosto no dedo a lâmina fria, falta-me a coragem, o tutano, a força dos verdadeiros heróis. Contento-me em fazer um bom e útil curativo.

    Afinal, justifico, os ratos do sertão não são venenosos como os seus irmãos urbanos. Desisto da caçada do roedor por incompetência e da autocirurgia por covardia.

    Deprimido, desfaço-me do aparato de cirurgião e, insone e com medo da volta do rato, volto ao balanço da rede onde acabo dormindo com saudade de tempos normais.” (Roberto DaMatta. 

Questões de Português - Sintaxe