O trecho "a demanda cresceu e a oferta diminuiu" apresenta uma relação entre duas ações que ocorrem simultaneamente, mas apresentam resultados ou situações que se contrapõem entre si. A demanda maior e a oferta menor são condições que se contrastam, porém, utilizam a conjunção "e" para ligá-las.

 

Em termos gramaticais, a substituição da conjunção "e" por "mas" seria apropriada para indicar essa relação de contraste ou oposição de forma mais evidente, pois "mas" é uma conjunção adversativa que marca a ideia de oposição de forma explícita. A palavra proposta pela questão, no entanto, é "mais", que não desempenha função de conjunção e, portanto, não pode ser utilizada no lugar de "e" para conectar as duas orações. Além disso, "mais" não possui uma função contrastiva em si; é tipicamente usada em contextos que envolvem adição ou comparação quantitativa.

 

Portanto, substituir "e" por "mais" seria gramaticalmente incorreto nesse contexto, pois "mais" não serviria como uma conjunção para ligar as orações de forma coerente e adequada, conforme a relação de sentido que elas expressam. Assim, a assertiva é errada.

 

alternativa correta é E

No trecho “a demanda cresceu e a oferta diminuiu” (linhas 8 e 9), existe uma relação de oposição entre as orações, logo seria gramaticalmente correto substituir a conjunção “e” por mais.

    Sem petróleo, todo mundo vivia muito bem,
obrigada — usando, claro, outras fontes de energia, como
madeira, tração animal, vento e carvão vegetal. A madeira
foi a primeira: é utilizada desde a descoberta do fogo e ficou
imbatível por milênios — era a queima dela que cozinhava
os alimentos, aquecia e iluminava as casas.
    Sua hegemonia durou até 1750, quando, com o
aumento populacional das cidades europeias, a demanda
cresceu e a oferta diminuiu. A alternativa passou a ser o
carvão mineral. Em 1900, vinha desse mineral metade da
energia usada para cozinhar, passar roupa, aquecer e
iluminar casas e cidades.
    Nas indústrias, o mineral substituiu a tração dos
escravos e dos animais, com as máquinas a vapor. Até em
carros o carvão foi usado. Em 1863, apenas cerca de 500
exemplares deles foram vendidos — eram grandes, caros,
barulhentos e muito lentos. E o carvão também tinha
“efeitos colaterais”. A queima de seus derivados liberava
substâncias poluentes, como o dióxido de carbono e o
enxofre.
    Mas, se na economia tudo ia bem, como o petróleo
entra nessa história? Pode-se dizer que ele foi necessário
por uma simples questão de espaço. O carvão limitava a
potência das máquinas a vapor, que viraram geringonças
gigantes. E, como elas eram incompatíveis com a Revolução
Industrial, o petróleo foi a solução. Conhecido desde a
pré-história (os persas já sabiam que era um ótimo
combustível), foi apenas em 1849 que se descobriu que, de
sua destilação, outros produtos eram obtidos, como
o querosene, a gasolina e o gás de cozinha.
    Em 1893, o primeiro carro com motor à gasolina foi
construído nos Estados Unidos. E virou uma febre, que dura
até hoje.


Com relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue os itens de 11 a 20.


Vamos dar uma checada juntos na questão de português do Instituto Quadrix, que pede para analisar uma concordância verbal no texto. O verbo em questão é "houve", citado no trecho "houve um universo sem a escrita que foi estruturado de uma maneira muito diferente".

A regra básica de concordância verbal nos informa que o verbo deve concordar em número e pessoa com o seu sujeito. Neste caso, o sujeito de "houve" é "um universo sem a escrita". Como o sujeito está no singular, o verbo "houve", de fato, deveria estar no singular para concordar, o que ele está. Isso nos levaria a pensar que a afirmativa é correta, mas parece que você indicou que a alternativa correta é "E", ou seja, Errado.

Assim, devemos entender que o enunciado estava pedindo para avaliar não apenas a questão diretamente gramatical simples do número e pessoa, mas sim a escolha do verbo "haver" em um contexto de existir, o que é comumente usado em singular como impessoal nos significados de existir ou ocorrer. Estamos diante de um cenário onde o verbo "houve", mesmo que concorde aparentemente de maneira trivial com "um universo", sua utilização está correta gramaticalmente, porém a forma de interpretação da questão poderia sugerir uma armadilha comum em provas de concurso.

A alternativa correta é E.

O verbo “houve” (linha 3) está no singular porque concorda com o termo “um universo” (linha 4).


    A passagem da cultura oral para a impressa, no
Ocidente, foi uma travessia gradual e trouxe grandes
transformações para a humanidade. Lembremos que houve
um universo sem a escrita que foi estruturado de uma
maneira muito diferente. O homem dependia
exclusivamente da memória individual.
     No universo sem a escrita, a memória individual era
a verdadeira guardiã de ritos, poesias, costumes e tradições
de uma sociedade. A cultura era mantida, dessa maneira,
por meio da transmissão, geralmente, em rituais e outros
recursos que envolvessem memórias individuais.
    Com a escrita, houve a grande mudança para
a humanidade. A memória individual passou a ser
transferida para suportes materiais exteriores a ela. Se as
sociedades orais dependiam de memorizações e outros
processos de manutenção das tradições, cultura e
literatura, a escrita, de forma gradativa, vai operar em
registros fora de uma memória individual. Nessa medida,
para o bem e para o mal, as sociedades passam a ter outro
tipo de comportamento em relação ao conhecimento.
    Sabemos o quão a invenção da imprensa foi
decisiva para a mobilidade e difusão dos conhecimentos. A
imprensa significou um grande avanço de acessibilidade em
relação à leitura, sob todos os pontos de vista. Fato
consumado. Os livros nunca ficaram tão mais próximos dos
possíveis leitores, apesar do grande índice de
analfabetismo, principalmente antes do século XX.
    Mas a grande revolução foi a Internet. Jamais a
humanidade teve acesso a uma quantidade tão grande de
informações. Os “tempos líquidos”, na feliz expressão de
Bauman, materializaram-se a uma velocidade sem
precedentes. Com isso foi criado um sistema de leitura mais
rápido do que nunca.
    Quando estamos na Internet, os conteúdos nos
chegam de forma rápida e em fragmentos. A capacidade de
fixação de tal tipo de leitura nos conduz a certa distração.
Nessa medida, mecanismos de memória e outros ficam
comprometidos. Pesquisas mostram que a leitura digital
não conduz as pessoas a pensar profundamente e, se não
houver equilíbrio, cada vez mais estaremos sujeitos a
pensar sem crítica e sem profundidade.


Considerando os aspectos gramaticais do texto apresentado, julgue os itens de 9 a 20.


Olha só, na questão do INSTITUTO QUADRIX, a gente precisa analisar a expressão "no Ocidente" que aparece logo no começo do texto. A chave aqui é entender o papel dessa expressão dentro do contexto.
 
A expressão "no Ocidente" não está especificando tempo, mas sim localização geográfica. Ela indica a região do mundo onde ocorrem as transformações mencionadas no texto. O foco aqui é esclarecer que essas mudanças de passagem da cultura oral para a cultura impressa aconteceram na parte ocidental do globo.
 
Quando o enunciado da questão sugere que esta expressão especifica o tempo dos acontecimentos no primeiro parágrafo, há um erro de interpretação. O texto não delimita uma época específica em que essas transformações ocorreram, mas sim onde elas ocorreram geograficamente. Portanto, a expressão está relacionada a uma questão de localização, e não de temporalidade.
 
Assim, o item deve ser considerado errado, pois a expressão não cumpre a função de especificar o tempo, mas sim o local dos acontecimentos descritos.
 
A alternativa correta é E.

A expressão “no Ocidente” (linhas 1 e 2) especifica o tempo em que se passaram os acontecimentos relatados no primeiro parágrafo do texto.


    A passagem da cultura oral para a impressa, no
Ocidente, foi uma travessia gradual e trouxe grandes
transformações para a humanidade. Lembremos que houve
um universo sem a escrita que foi estruturado de uma
maneira muito diferente. O homem dependia
exclusivamente da memória individual.
    No universo sem a escrita, a memória individual era
a verdadeira guardiã de ritos, poesias, costumes e tradições
de uma sociedade. A cultura era mantida, dessa maneira,
por meio da transmissão, geralmente, em rituais e outros
recursos que envolvessem memórias individuais.
    Com a escrita, houve a grande mudança para
a humanidade. A memória individual passou a ser
transferida para suportes materiais exteriores a ela. Se as
sociedades orais dependiam de memorizações e outros
processos de manutenção das tradições, cultura e
literatura, a escrita, de forma gradativa, vai operar em
registros fora de uma memória individual. Nessa medida,
para o bem e para o mal, as sociedades passam a ter outro
tipo de comportamento em relação ao conhecimento.
    Sabemos o quão a invenção da imprensa foi
decisiva para a mobilidade e difusão dos conhecimentos. A
imprensa significou um grande avanço de acessibilidade em
relação à leitura, sob todos os pontos de vista. Fato
consumado. Os livros nunca ficaram tão mais próximos dos
possíveis leitores, apesar do grande índice de
analfabetismo, principalmente antes do século XX.
    Mas a grande revolução foi a Internet. Jamais a
humanidade teve acesso a uma quantidade tão grande de
informações. Os “tempos líquidos”, na feliz expressão de
Bauman, materializaram-se a uma velocidade sem
precedentes. Com isso foi criado um sistema de leitura mais
rápido do que nunca.
    Quando estamos na Internet, os conteúdos nos
chegam de forma rápida e em fragmentos. A capacidade de
fixação de tal tipo de leitura nos conduz a certa distração.
Nessa medida, mecanismos de memória e outros ficam
comprometidos. Pesquisas mostram que a leitura digital
não conduz as pessoas a pensar profundamente e, se não
houver equilíbrio, cada vez mais estaremos sujeitos a
pensar sem crítica e sem profundidade.


 “a dupla face do que escrevia” (linhas 10 e 11).

 “essa mistura de romance de aventuras edificantes com divulgação científica” (linhas 11 e 12).

 “uma das grandes e eternas polêmicas” (linha 13).

 “o gênero que ajudou a fundar” (linha 14). 

Olha só, a questão pede pra identificar o antecedente ao qual se refere o trecho "a ficção científica", mencionado como aposto na linha 14 do texto. Os apostos são elementos explicativos que ampliam ou detalham alguma informação dada anteriormente na frase.

 

As alternativas apresentam diferentes termos mencionados antes de "a ficção científica", e precisamos avaliar qual deles é esclarecido por este aposto. A alternativa E, que é "o gênero que ajudou a fundar", casa perfeitamente com a situação, porque o termo "a ficção científica" realmente funciona como uma explicação adicional ao "gênero" mencionado anteriormente, detalhando qual é esse gênero.

 

Analizando as outras opções, vemos que elas não se encaixam de maneira tão precisa. As alternativas A, B, C e D não conectam diretamente seus termos ao conceito de "ficção científica" como um esclarecimento ou explicação direta. Por exemplo, a alternativa A fala sobre "a dupla face do que escrevia", mas isso fala mais sobre o estilo de escrita, não especificamente sobre o gênero literário. Então, nesse contexto, "ficção científica" não serve como aposto esclarecedor para essas expressões.

 

A alternativa correta é E.

Nos jardins aprazíveis de sua casa na rua Charles-Dubois,
em Amiens, nos quais passeava religiosamente toda tarde,
Jules Verne descansava do seu trabalho que cumpria com
disciplina de burocrata. Homem do seu tempo, a racional
segunda metade do século XIX, ele foi marcado por sua
época, sobre a qual dizia triunfalmente numa entrevista à
jornalista inglesa Marie Belloc: “Nasci num tempo de
descobertas notáveis e de invenções maravilhosas”.
 Enquanto pisava as folhas secas outonais, Verne
certamente não se incomodava com a dupla face do que
escrevia, essa mistura de romance de aventuras edificantes
com divulgação científica. Uma dicotomia que, mais tarde,
alimentaria uma das grandes e eternas polêmicas sobre
o gênero que ajudou a fundar: a ficção científica.
 A controvérsia já começava no nome que rotulou
esse tipo de literatura. A certidão de batismo foi
providenciada pelo escritor e editor norte-americano Hugo
Gernsback. Ele criou o termo em 1923, que queria dizer,
segundo explicou, não só entretenimento e divulgação
científica, mas também a pintura de um retrato adequado
do futuro.
 A briga entre mais ciência ou mais ficção no setor
nunca mais parou, a ponto de se ler na Science Fiction
Enciclopedy, de Peter Nichols, uma bíblia do gênero, o
verbete “predição”: “A mais disseminada das crenças sobre
a ficção científica entre o público em geral é que seja uma
literatura de predição. Pouquíssimos escritores aceitaram
isso alguma vez…”.
 Não seria exagerado dizer que essa crença tem como
culpado Jules Verne. Ele era um compilador das
informações da ciência dos seus dias e, obedecendo
rigidamente à lógica e às regras científicas, extrapolava um
pouquinho só para fazer suas antecipações. Outro dos
chamados “pais” da ficção científica, o inglês Herbert
George Wells, e escritores posteriores partiram para voos
mais ousados da imaginação, sem ficarem presos à eventual
correção factual de suas invenções. Claro que, ao arriscar só
um bocadinho, Verne teve um quociente maior de acertos
de previsões.
 No seu conhecido método de trabalho, Verne era um
pesquisador incansável. Tinha duas enormes mesas: sempre
cheia de mapas, uma, e de material de pesquisa, a outra.
Tudo servia para material dos seus livros: obras científicas,
revistas, teses, comunicações de cientistas, relatos de
viagem, coisas que ele passava laboriosamente para as vinte
mil e tantas fichas que colecionava. Daí, seu maior talento
funcionava: ele selecionava e somava informações,
partindo para a especulação sobre os dados coletados.
 Costuma-se afirmar que a maior das predições de
Verne foi o submarino. Não é verdade. Quando o Náutilus
do Capitão Nemo aparece no livro Vinte mil léguas
submarinas, de Verne, em 1870, já existiam submarinos. De
qualquer forma, Verne certamente pegava a tecnologia e as
descobertas de sua época e dava-lhes uma incrementada
que lhes conferia uma espécie de sobrevida futuro adentro.
 O debate entre “científicos” e “ficcionistas” continua
em aberto. O problema é se a realidade insistir em
confirmar uma arrepiante frase de Verne em Cinco semanas
em um balão: “À força de inventar máquinas, os homens
acabarão sendo devorados por elas? Sempre imaginei que
o último dia do mundo seria aquele em que alguma imensa
caldeira, aquecida a 3 milhões de atmosferas, fará explodir
o nosso planeta”.

Olá! Vamos mergulhar nessa questão de Português sobre tipos de gramática, um tema super relevante para entender a língua de um jeito mais profundo. Estamos lidando com uma pergunta que busca definir um tipo específico de gramática, baseada em descritos muito particulares. Então, vamos analisar um por um!

 

A gramática Descritiva, como a alternativa B sugere, foca em descrever como a língua é efetivamente usada pelos falantes em um determinado momento, sem impor regras de como deveria ser usada. É um estudo sincrônico, o que significa que ela analisa a língua num determinado ponto no tempo. Este tipo de gramática observa as unidades e categorias linguísticas, suas construções possíveis e as condições de uso, exatamente como a questão detalha.

 

Em contrapartida, a gramática Historica (A) foca na evolução da língua ao longo do tempo, portanto, é diacrônica, não sincrônica. A gramática Universal (C) busca identificar estruturas gramaticais comuns a todas as línguas humanas, não apenas descrever uma variedade específica. Por fim, a gramática Normativa (D) é aquela que estabelece normas de como a língua "deveria" ser usada, o que não tem a ver com descrição ou registro, mas sim com prescrição.

 

Ao olhar para as características descritas no enunciado da questão, fica claro que se trata da descrição das práticas linguísticas atuais, o que é típico da gramática Descritiva. Então, a reposta que encaixa perfeitamente é a alternativa B.

 

A alternativa correta é B

Questões de Português - Tipos de gramática