Analisando as alternativas oferecidas seguindo a classificação do sujeito em cada sentença, focaremos na característica de sujeito indeterminado, que ocorre quando a ação é realizada, mas não se pode ou não se quer especificar quem é o agente.

Alternativa A: "Não havia erros no documento." Esta sentença apresenta um sujeito inexistente (ou elíptico), já que o verbo "haver", no sentido de existir, é impessoal, sendo usado sem sujeito.

Alternativa B: "Já houve muitas guerras no Brasil." Similar à alternativa A, utiliza o verbo "haver" em sentido existencial, sendo assim um verbo impessoal e, consequentemente, sem sujeito.

Alternativa C: "Nesta época, faz muito frio aqui." O verbo "fazer", quando usado referindo-se a fenômenos da natureza (como o frio), é impessoal e, portanto, não possui sujeito.

Alternativa D: "Não se é feliz sem um grande amor." Esta sentença utiliza a forma "se é" para exprimir uma generalização, o que determina a indeterminação do sujeito. O pronome "se" aqui é um índice de indeterminação do sujeito, utilizado com o verbo ser para indicar uma ação que ocorre de maneira generalizada sem especificar um agente.

Portanto, a única alternativa que apresenta um sujeito claramente indeterminado, por meio do uso do pronome apassivador "se", é a opção D. Todas as demais sentenças possuem verbos impessoais que não são acompanhados de sujeito.

A alternativa correta é D.

 A (1) – B (6) – C (5) – D (2) – E (4) – F (3).

 A (6) – B (1) – C (5) – D (2) – E (4) – F (3).  

 A (6) – B (4) – C (2) – D (1) – E (3) – F (5).

 A (1) – B (3) – C (5) – D (2) – E (4) – F (6).

A questão proposta exige a associação dos diferentes tipos de sujeito com suas características ou definições, o que demanda um conhecimento específico sobre a sintaxe da língua portuguesa. Vamos analisar cada pareamento proposto na alternativa correta (B):

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A (6) - Sujeito: Sujeito concorda em pessoa e número com o verbo, o que justifica a relação com a descrição 6: "É o termo da oração com o qual o verbo concorda em pessoa (1ª, 2ª, 3ª ) e número (singular e plural)". Esta é uma definição básica de sujeito.</li>
<li>B (1) - Sujeito indeterminado: Pode aparecer com o verbo na 3ª pessoa do plural ou na forma "se" com verbos na 3ª pessoa do singular, fazendo com que a relação com a descrição 1 seja correta. Esta forma é utilizada quando não queremos ou não podemos especificar o executor da ação.</li>
<li>C (5) - Oração sem sujeito: Ocorre com verbos impessoais que não admitem sujeito como "haver" (no sentido de existir ou indicar tempo) e "fazer" (indicando tempo decorrido). A descrição 5 se alinha perfeitamente com essa definição.</li>
<li>D (2) - Sujeito simples: Possui um único núcleo reconhecível, fazendo a descrição 2 adequada. O sujeito simples é formado por apenas um núcleo substantivo ou equivalente.</li>
<li>E (4) - Sujeito composto: Contém dois ou mais núcleos, que justifica a ligação com a descrição 4. O sujeito composto está presente quando mais de um núcleo entra na composição do sujeito.</li>
<li>F (3) - Sujeito oculto/elíptico: Pode ser identificado pela desinência verbal ou pelo contexto, o que corresponde exatamente à descrição 3. Este tipo de sujeito está implícito na conjugação verbal e não aparece escrito na frase.</li>
</ul>

Nesta análise, cada tipo de sujeito foi corretamente associado à sua descrição, confirmando que a alternativa correta é B.

 “Nos primeiros 12 anos descia a cidade vertical aos trambolhões de criança,...” (Linhas 8-9) 

 “Selaram seu destino com a displicência ...” (Linhas 27-28) 

 “Há menos de um mês ...” (Linha 33) 

 “Acordou para o horror.” (Linha 18) 

 “A enfermeira do posto de saúde descobriu o menino.” (Linhas 34-35)

Para analisar a classificação do sujeito nas alternativas fornecidas, é crucial entender primeiramente o tipo de sujeito na oração destacada no enunciado, "Quando se mergulha no coma, ...". Nesta oração, temos um sujeito indeterminado, marcado pela presença do índice de indeterminação do sujeito "se". Utiliza-se esse recurso quando não se deseja ou não se pode especificar quem é o sujeito da ação.

Examinando cada uma das alternativas:

<ul>
<li>A) "Nos primeiros 12 anos descia a cidade vertical aos trambolhões de criança,...": O sujeito aqui é "o menino", claramente indicado em partes anteriores do texto. O sujeito está determinado, portanto essa alternativa é incorreta.</li>

<li>B) "Selaram seu destino com a displicência ...": A forma verbal "Selaram" está no plural, mas o sujeito não é especificado no contexto imediato, sendo implicitamente indeterminado. Essa construção é análoga ao uso de "se" na oração base, onde a ação é realizada por um agente não especificado. Portanto, essa alternativa é correta e concorda com a resposta indicada.</li>

<li>C) "Há menos de um mês ...": Esta não constitui um contexto claro que detalhe a ação e seu sujeito, referindo-se mais claramente a um advérbio de tempo. Não se enquadra.</li>

<li>D) "Acordou para o horror.": O sujeito da oração é implícito, referindo-se novamente ao "menino". O sujeito está elíptico (omitido por ser claro), mas é possível determiná-lo pelo contexto. Logo, esta alternativa está incorreta.</li>

<li>E) "A enfermeira do posto de saúde descobriu o menino.": O sujeito é claramente "a enfermeira", muito bem determinado e especificado. Esta alternativa também está incorreta.</li>
</ul>

Portanto, a análise de cada alternativa revela que a alternativa correta é B, pois é a única que apresenta a indeterminação do sujeito de maneira similar à oração "Quando se mergulha no coma, ...".

Eliane Brum

     A tragédia do menino é ter nascido no
    lado errado da cidade. No alto do Morro da
    Polícia, em um barraco encarapitado sobre
    uma ironia. Suspenso sobre um cartão-postal
5   de Porto Alegre, sobre a visão do Guaíba
    escavando a capital como um Michelangelo. O
    drama do menino é que nasceu duas vezes.
    Nos primeiros 12 anos descia a cidade vertical
    aos trambolhões de criança, resvalando pelos
10  barrancos, rindo das pedras. Espantando a
    fome que assombrava a família com aquela
    inocência que protege a infância. Suspirando
    por um videogame que jamais chegaria no
    Natal, mas mesmo assim sonhando como só os
15  meninos são capazes. Numa das incursões à
    planície, aconteceu. Não viu o carro, não viu
    mais nada. Despertou cinco meses depois.
    Acordou para o horror. Tinha as pernas
    retorcidas, as mãos em garras. O menino
20  renasceu. Como prisioneiro. (...)
     Quando se mergulha no coma, o corpo
    dorme. Os membros, as articulações
    desmaiam como se perdessem a vida. Para
    que não se cristalizem no lugar errado, é
25  preciso que um fisioterapeuta movimente os
    pés, as mãos, dia após dia. Não fizeram com o
    menino do alto. Selaram seu destino com a
    displicência com que a planície trata a cidade
    de cima. Não foi o acidente que roubou a
30  liberdade do menino. Não foi o traumatismo
    craniano que retorceu seus pés. Foi o crime.
    (...)
     Há menos de um mês aconteceu o que
    raramente acontece. A enfermeira do posto de
35  saúde descobriu o menino. Horrorizou-se com
    a indecência cometida, com o tanto que lhe
    roubaram. Aliou-se a ele. Uma luta invisível é
    travada agora duas vezes por semana. (...)


Eliane Brum, jornalista e escritora brasileira, é autora de “crônicas-reportagem” como “O menino do alto”, que aliam a realidade dos fatos a uma linguagem poética, em um estilo bastante peculiar.


Para entender o sujeito do verbo destacado “chamou”, devemos analisar a estrutura da frase. O sujeito é a entidade que realiza a ação verbal, e no caso, a expressão “que no passado chamou a mudança climática de ‘farsa’” refere-se a quem executou essa ação.

 

Na frase, o agente da ação é identificado como “Donald Trump”. Portanto, o sujeito do verbo “chamou” pode ser recuperado e se torna claro que ele é quem fez a chamada, isto é, se referiu à mudança climática como uma “farsa”.

 

Vamos analisar cada uma das alternativas para reforçar a compreensão:

 

<ul>
 <li>A) sombra: Neste contexto, “sombra” refere-se ao ambiente em que as reuniões ocorrerão, e não pode ser sujeito, pois não realiza a ação.</li>
 
 <li>B) passado: A palavra “passado” é um substantivo que indica tempo, não realiza ação. Portanto, não pode ser o sujeito do verbo.</li>
 
 <li>C) Casa Branca: “Casa Branca” é um lugar e não quem realizou a ação de chamar.”</li>
 
 <li>D) Donald Trump: Esta é a alternativa correta. Donald Trump é quem, no passado, realizou a ação de chamar a mudança climática de “farsa”.</li>
 
 <li>E) próximo retorno: Embora “próximo retorno” refira-se a um evento, não é a entidade que chamou a mudança climática de “farsa”.</li>
</ul>

 

Dessa forma, sabemos que a alternativa correta é “D) Donald Trump”, pois ele é o sujeito explícito que pode ser recuperado na oração.

 

Gabarito: Letra D

Dados devem servir como 'alerta' na COP29, que acontece a partir de 11 de novembro, no Azerbaijão 

 O ano de 2024 será quase certamente o mais quente já registrado e o primeiro com um aumento da temperatura média global superior a 1,5ºC em relação à era pré-industrial, anunciou nesta quinta-feira o observatório europeu Copernicus.

 “Após dez meses de 2024, agora é quase certo que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano com mais de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais”, disse nesta quinta-feira Samantha Burgess, diretora adjunta do serviço de mudanças climáticas (C3S) de Copernicus.

 Os dados deste observatório indicam que é até “provável” que o aquecimento atinja 1,55ºC este ano.

 “Isso marca uma nova etapa nos recordes de temperaturas globais e deve servir como um alerta para aumentar a ambição na próxima conferência sobre mudança climática, a COP29”, que começa em Baku em 11 de novembro, disse Burgess.

 Essa cúpula na capital do Azerbaijão se concentrará na difícil tarefa de estabelecer uma nova meta de financiamento que permita aos países em desenvolvimento reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e se adaptar às mudanças climáticas.

 As reuniões ocorrerão sob a sombra do próximo retorno de Donald Trump à Casa Branca, que no passado chamou a mudança climática de “farsa”.

 Os dados de Copernicus mostram que o mês passado foi o segundo outubro mais quente já registrado, atrás apenas de 2023, com uma temperatura média de 15,25ºC.

 Isso representa 1,65ºC acima da média entre 1850-1900, quando o uso massivo de energias fósseis ainda não havia aquecido significativamente a atmosfera e os oceanos.

 É também o 15º mês dos últimos 16 em que a temperatura média global superou esse limite de 1,5ºC.

 Este número simbólico corresponde ao objetivo mais ambicioso do acordo climático de Paris de 2015, que busca limitar o aquecimento claramente abaixo de 2ºC e continuar os esforços para não ultrapassar 1,5ºC.

 No entanto, essa meta se refere a tendências climáticas de longo prazo: para considerar que o limite foi ultrapassado, a média das temperaturas globais precisaria ficar acima de 1,5ºC por 20 ou 30 anos.

Para responder à questão sobre o sujeito da oração “Trata-se de uma evidente crítica às novas gerações”, é essencial analisar a estrutura da frase e identificar o sujeito presente nela.

 

O sujeito da oração é a parte responsável por realizar a ação ou ser o foco da informação. No caso dessa sentença, "uma evidente crítica às novas gerações" é o que está sendo discutido, mas o verbo impessoal “trata-se” não identifica um sujeito específico.

 

Agora, vamos analisar as alternativas apresentadas:

<ul>
 <li>A) Oculto: Um sujeito oculto é aquele que não está explícito, mas é subentendido. No entanto, nesta frase o sujeito não pode ser subentendido.</li>
 <li>B) Simples: O sujeito simples possui apenas um núcleo. Mas, como o verbo é impessoal, não há um sujeito simples nessa oração.</li>
 <li>C) Composto: O sujeito composto contém mais de um núcleo. Isso também não se aplica aqui, dado que não há um sujeito claro.</li>
 <li>D) Inexistente: Um sujeito inexistente refere-se a orações que não possuem sujeito. A frase tem um sujeito implícito, então essa alternativa não se aplica.</li>
 <li>E) Indeterminado: O sujeito indeterminado é aquele que não se sabe ou não se quer dizer quem é. Neste caso, a expressão “trata-se” evidencia a indeterminação.</li>
</ul>

 

Portanto, a opção correta é a alternativa E, pois a estrutura da oração expressa uma consideração sobre a crítica, sem definir explicitamente quem é o sujeito responsável por ela.

 

Esse tipo de análise é comum em questões de concursos, especialmente na interpretação de orações. O entendimento sobre a indeterminação do sujeito é fundamental para uma boa compreensão da língua portuguesa.

 

Gabarito: Letra E

Notícia de jovens que vão a entrevistas de emprego com seus pais viralizou recentemente; mas já parou para pensar que os pais acham natural acompanhá-los? 

 Você deve achar que é da geração que nunca teve a melhor parte do frango. Quando era criança te obrigavam a esperar que os pais escolhessem primeiro. Agora que é adulto, sente-se constrangido – senão obrigado – a dar a melhor parte para os filhos.

 Eu acho essa história meio desonesta. Basta perceber que todo adulto se identifica com ela, não importa que idade tenha.
O avô que a ouve acha que ela se refere a sua geração, mas seu filho, que hoje é pai, pensa o mesmo. Todos se reconhecem porque é natural que os pais tentem dar o melhor para seus filhos.
Ao mesmo tempo, nenhum filho tem aparato cognitivo e emocional suficiente para aquilatar adequadamente esses esforços de seus pais – daí não nos lembrarmos de também termos sido privilegiados por eles.

 É como a tola frase que diz que homens fortes criam tempos fáceis, tempos fáceis criam homens fracos, que criam tempos difíceis, que fazem homens fortes. Trata-se de uma evidente crítica às novas gerações, considerando-as fracas e atribuindo isso a terem sido criadas nos tempos fáceis que seus pais – homens fortes crescidos em tempos difíceis – proporcionaram.

 Mas, se estendemos o raciocínio um pouquinho, ele desmorona. Ou, então, a geração anterior teria sido formada por homens fracos, já que deram ensejo aos tempos difíceis que fizeram fortes seus descendentes. Quem hoje aponta a fraqueza dos filhos raramente dirá que seus próprios pais tiveram tempos fáceis.

 Esses são só alguns exemplos de como a crítica geracional é cheia de pontos cegos. As explicações que começam com “esses jovens” normalmente são embasadas em ideias preconcebidas que parecem fazer sentido, mas que não resistem a uma análise mais profunda.

 Sim, os mais novos apresentam diferenças. Mas, mais do que uma mudança de geração, essas diferenças apenas antecipam as mudanças dos nossos tempos.

 [...] Candidatos a empregos da geração Z (com seus 20 e poucos anos) vêm comparecendo a entrevistas acompanhados por seus pais. Superficialmente, parece um fenômeno que denuncia a imaturidade e insegurança dos jovens. Mas, preste atenção: os pais aceitam ir junto. E mais: os empregadores embarcam na onda. Um cenário que seria impossível se só uma geração estivesse insegura.

 É fácil olhar para os filhos e identificar a fragilidade de sua geração. Mais difícil é olhar para o espelho – ou para nossa geração – e entender que fazemos também parte desses novos tempos, gostemos deles ou não.

Questões de Português - Tipos de sujeito - Múltipla escolha