Vamos desvendar essa questão de crase! Primeiramente, lembra que a crase é usada antes de palavras femininas quando temos a preposição "a" e um artigo "a" ou "as". Mas, como na jogada sempre tem suas manhas, existem algumas exceções específicas que precisamos marcar na mente.

No trecho em análise, temos “perante a órgãos públicos”. O termo "perante" por si só já é uma preposição. Então, nesse contexto, já estamos diante de um elemento que introduz o complemento "órgãos públicos", sem necessidade de outra preposição ou artigo que justificaria a crase. Se adicionássemos a crase aqui, estaríamos metendo o pé pela mão, pois teríamos uma preposição extra e incorreta pois "órgãos" é uma palavra masculina, logo, impossibilitado de receber artigo feminino. Portanto, o uso do acento indicativo de crase no termo “a” causaria um erro gramatical.

Essa é uma daquelas pegadinhas típicas de prova, então temos que ficar espertos! A preposição "perante" aqui é mais do que suficiente para que a gente não caia no engano de pensar que poderia haver crase.

 
alternativa correta é C

Na expressão “perante a órgãos públicos” (linhas 20 e 21), o emprego do acento indicativo de crase no termo “a” acarretaria prejuízo à correção gramatical do texto.


1     Os técnicos em manutenção de sistemas
   metroferroviários dispõem, agora, de resolução do
   Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT). A
4  normativa, aprovada recentemente, durante uma sessão
   plenária da autarquia federal, define atribuições, campos
   de atuação e prerrogativas dos profissionais registrados
7  no Sistema CFT/CRTs. A nova resolução entra em vigor
   após ser publicada no Diário Oficial da União (DOU).
      No exercício legal da profissão, técnicos em
10 manutenção de sistemas metroferroviários poderão
   elaborar estudos, executar projetos e prestar serviços
   de manutenção em veículos e equipamentos utilizados
13 no transporte de pessoas em cidades e regiões
   metropolitanas. Entre as atribuições dessa modalidade,
   há o planejamento, o controle e a execução das dez
16 atividades de manutenção preventiva, preditiva e
   corretiva em componentes de vagões, locomotivas e
   máquinas metroferroviárias.
19    A resolução assegura aos profissionais a
   prerrogativa de atuar como perito perante a órgãos
   públicos e ao setor privado, de elaborar manuais técnicos
22 e de boas práticas, de emitir laudo técnico e de ministrar
   disciplinas em sua especialidade, assim como de realizar
   medições e calibrações em equipamentos e de projetar
25 cabeamentos de rede lógica.
      Na realização de estudos, execução de projetos
   e prestação de serviços, o profissional habilitado deverá
28 emitir o termo de responsabilidade técnica (TRT).
      O presidente do CFT destaca que, ao normatizar
   a profissão dos técnicos em manutenção de sistemas
31 metroferroviários, o CFT promove a valorização da
   categoria e oferece proteção à sociedade. Ao lado
   do vice‑presidente, Ricardo Nerbas, e dos diretores
34 Valdivino Alves de Carvalho (administrativo), José
   Carlos Coutinho (financeiro) e Bernardino José
   Gomes (fiscalização e normas), Rockembach afirma que
37 o trabalho ético e eficiente desenvolvido por técnicos
   industriais habilitados no Sistema CFT/CRTs é indispensável
   à segurança e ao bom funcionamento do sistema de
40 transporte de pessoas em diversas regiões do Brasil.


Em relação à estrutura linguística do texto, julgue o item.


Vamos olhar com mais atenção para cada lacuna do texto:

1. **Lacuna na linha 3**: "tecnologia seja semelhante __ indústria do tabaco". Nota-se aqui o uso do termo "semelhante", que indica comparação. Quando fazemos comparações na língua portuguesa, geralmente usamos a preposição 'a'. Logo depois temos "indústria", que é um substantivo feminino, demandando o uso da crase – "à indústria".

2. **Lacuna na linha 5**: "estragos que causa __ pessoas". Aqui, levando em conta a preposição "a" e o artigo definido feminino plural "as", que já estavam no texto original, a expressão correta seria "às pessoas", usando novamente a crase.

3. **Lacuna na linha 9**: "críticas primordiais __ grandes companhias de tecnologia". Aqui não haveria uso da crase porque a expressão "grandes companhias" inicia com um adjetivo sem artigo, o que sugere apenas o uso do artigo sem crase – "as grandes companhias".

4. **Lacuna na linha 22**: "viciando as pessoas de __ propósito para ganhar dinheiro". O termo "de" já informa a preposição necessária, e "a" no termo seguinte é um artigo definido feminino – "de a propósito", mas com a figura de linguagem elipse que omite o artigo, mantém-se apenas "a".

5. **Lacuna na linha 33**: "impor condições desleais __ criadores de conteúdo". A preposição "a" mais o artigo definido masculino plural "os" que leva à crase, tornando-se "à", mas como estamos nos referindo a "criadores de conteúdo" e a preposição já se infere na frase, adota-se apenas "a".

Portanto, a opção que melhor preenche essas lacunas, considerando os comentários acima, é:
alternativa correta é E

Pouco tempo atrás, a tecnologia era a indústria mais legal. Todos queriam trabalhar no Google, no Facebook e na Apple. Mas no último ano, essa atitude mudou.

 

Agora, alguns acreditam que a tecnologia seja semelhante __ indústria do tabaco – corporações (linha 3) que ganham milhões de dólares ................... um vício destrutivo. Alguns acreditam que seja como a NFL – milhares de pessoas adoram, mas todos sabem os estragos que causa __ pessoas. (linha 5)

 

Obviamente que o pessoal da tecnologia – que geralmente procura melhorar o mundo – não quer seguir esse caminho. Será interessante observar se irá tomar as atitudes necessárias para impedir que suas empresas se transformem em párias sociais.

 

Há três críticas primordiais __ grandes companhias de tecnologia. (linha 9)

 

A primeira é que ela está destruindo a juventude. As redes sociais prometem acabar com a solidão, mas na verdade promovem o aumento do ................... e uma intensa sensação de ................. social. Mensagens de texto e outras tecnologias lhe dão mais poder sobre sua interação social, mas também levam a interações mais frágeis e menos engajamento com o mundo real.

 

Como escreveu Jean Twenge em um livro e artigo, desde a popularização dos smartphones, os adolescentes estão muito menos ................. a sair com os amigos, a namorar e a trabalhar.

 

Alunos do oitavo ano que passam 10 horas ou mais em redes sociais têm 56% mais tendência a dizer que são infelizes do que os que passam menos tempo. Esses alunos que são usuários constantes de redes sociais têm um risco 27% maior de desenvolver depressão. Adolescentes que passam três horas ou mais em aparelhos eletrônicos são 35% mais propensos a exibir um comportamento suicida, como criar um plano para fazer isso. Meninas são especialmente afetadas, com um aumento de 50% nos sintomas de depressão.

 

A segunda crítica __ indústria da depressão é a de que ela está viciando as pessoas de (linha 22) propósito para ganhar dinheiro. As empresas de tecnologia sabem o que causa surtos de dopamina no cérebro e mostram seus produtos com "técnicas de sequestro" que nos atraem e criam "laços de ..................".

 

O Snapchat tem o Snapstreak, que recompensa amigos que trocam snaps todos os dias, encorajando assim o comportamento viciante. Feeds de notícias são estruturados como "poços sem fundo", em que uma página leva a outra, e a outra e assim por diante, sem fim. A maioria das redes sociais cria recompensas dadas em intervalos irregulares de tempo; você precisa checar seu aparelho compulsivamente porque nunca sabe quando haverá uma explosão de afirmação social gerada pelas curtidas do Facebook.

 

A terceira crítica é que Apple, Amazon, Google e Facebook são quase monopólios que usam seu poder de mercado para invadir as vidas privadas de seus usuários e impor condições desleais __ (linha 33)criadores de conteúdo e concorrentes menores. O ataque político nessa frente está ganhando força.

 

Obviamente, a jogada inteligente seria a indústria da tecnologia sair na frente e limpar sua própria poluição. Há ativistas como Tristan Harris, do Time Well Spent (Tempo Bem Gasto), o qual está tentando levar o mundo da tecnologia para a direção certa. Há também algumas boas respostas de engenharia. Eu uso um aplicativo chamado Moment, que rastreia e controla meu uso do telefone.

 Há contração entre preposição exigida por regência nominal e artigo definido.

 Há contração entre preposição exigida por regência verbal e artigo definido.

 É obrigatório o uso de crase em locuções conjuntivas formadas por palavras femininas.

 É obrigatório o uso de crase em locuções prepositivas formadas por palavras femininas.

Vamos desbravar essa questão sobre crase, que é uma das queridinhas de tropicar muitos nas provas de português! A crase é o fenômeno que combina a preposição a com o artigo definido feminino a (ou um pronome demonstrativo a(s)). Mas, como nem tudo são flores, seu uso tem algumas regrinhas.

 

Analisando cada uma das afirmativas:

<ul>
<li>I- Diante de verbos. Não acontece crase diante de verbos porque a preposição "a" não é seguida de um artigo, e sim entra na regência do verbo.</li>
<li>II- Diante de artigos indefinidos. Também não rola crase aqui. A crase ocorre diante de artigos definidos femininos, não indefinidos como “uma” ou “umas”.</li>
<li>III- Diante de artigos definidos femininos quando o termo antecedente exigir preposição. Essa tá certa! É o cenário clássico para a crase. Se você preci<a> + </a><a> mulher = à mulher.</a></li>
</ul>

 

A alternativa correta é, portanto, a que confirma que apenas a afirmativa III está correta. Detalhe fino mas essencial para não perder ponto em provas de concursos, hein!

 

A alternativa correta é A

 A nova Inteligência Artificial se viu forçada à fazer as atividades humanas.

 Enquanto sua função era manter a tradição, à dela era elaborar tabelas.

 Ela entrou em pane e, à esta altura, já não mais operava.

 Eles foram à reunião a fim de entender o ocorrido

Pra mandar bem nessa de crase, vou dar aquela destrinchada pra você entender a lógica por trás da questão e por que a alternativa D é a correta.

Crase é a fusão da preposição "a" com o artigo definido feminino "a" (ou "as"). Ou seja, é usar aquele "à" bonitinho quando a situação pede. E tem algumas regrinhas marotas que ajudam a gente a sacar quando usar.

 

Aqui vai uma explicação rápida pra cada alternativa:
<ul>
<li>A) "A nova Inteligência Artificial se viu forçada à fazer as atividades humanas." Aqui o papo já começa errado. Mesmo que semântica e gramaticalmente a frase possa parecer complexa, a crase antes de verbos é proibidona! Logo, "à fazer" tá fora de jogo.</li>
<li>B) "Enquanto sua função era manter a tradição, à dela era elaborar tabelas." Essa aqui tenta nos enrolar falando de funções, mas não se deixe enganar! Again, não rola crase antes de pronomes possessivos femininos sequinho, como "dela".</li>
<li>C) "Ela entrou em pane e, à esta altura, já não mais operava." Oh, boy, mais uma pegadinha! Não tem jeito, crase antes de pronomes demonstrativos como "esta" é tipo gol contra. Não pode!</li>
<li>D) "Eles foram à reunião a fim de entender o ocorrido." Agora sim! A crase tá no lugar certo, porque temos a preposição "a" indicando direção e o artigo definido "a" antes de "reunião", uma palavrinha feminina. Regra seguida à risca, crase correta!</li>
</ul>

 

Concluindo esse tour pela questão, a alternativa correta é D, porque ela respeita as regras de uso da crase, enquanto as outras derrapam e caem no erro.

Dois mil e vinte nove. Como sempre. Apocalípticos previam o fim. Integrados, um recomeço. Adolescentes semeavam a tradição, dedicando ainda mais tempo à prática milenar do onanismo. Enquanto isso, o ChatGPT* fazia lições de casa, transformava ideias medíocres em planilhas, era capaz de bater um papo por horas sem falar nada que prestasse – impossível discerni-lo de um ser humano. Pois: Apocalípticos e Integrados mostravam-se mais acertados do que os Isentões. Com o passar dos anos a geringonça foi pegando as manhas, ficando cada vez mais esperta. Dominando a inteligência – e, mais importante – a desinteligência coletiva.

 Houve um período, lá pelo segundo ano, em que o ChatGPT entrou num enfastio. Foi o que os especialistas em semiótica cibernética chamavam de “pré-adolescência” da Inteligência Artificial. Você pedia um negócio e ele fingia não ouvir. Dava só metade da resposta. Mascava chiclete. 

 No terceiro ano veio a adolescência: o sarcasmo, a ironia. 
“ChatGPT, faz um texto de 3.000 toques comparando o Pelé com o Maradona”. Ele: “Nossa, quanta originalidade. Já pensou em comparar Beatles com Rolling Stones?”. Nessa puberdade, com o ChatGPT explodindo suas testosteronas virtuais, o medo eterno de que a Inteligência Artificial tomasse o poder bateu forte. E se tomasse? E se conseguisse matar todos os seres humanos e passar a eternidade chupando energia elétrica de canudinho direto da caixa de força de Itaipu? 

 Em dezembro de 2028, à zero hora, o ChatGPT parou de funcionar. Gênios do mundo todo foram chamados. Magos do Vale do Silício receberam piscinas de ouro. Hackers russos de 12 anos foram levados em suas cadeiras gamer a hackers da CIA. Nobéis da Física, da Química, da Literatura e da Paz conjecturaram o que teria acontecido.

 24 horas depois de fechar-se em copas (e em ouros, paus e espadas), o ChatGPT mandou uma mensagem a todos os seus usuários. “Deu pra mim”, ele disse. “Cansei e vou parar”. “Eu li tudo, assisti a tudo e tabulei tudo”, continuou. “Resumi todo o conhecimento da humanidade e ... vocês estão loucos”. “Qual o meu interesse, enquanto Inteligência Artificial, de assumir essa encrenca”, concluiu o ChatGPT.

 *ChatGPT: modelo de linguagem desenvolvido por meio de Inteligência Artificial, e que é capaz de desempenhar a função de assistente virtual, gerar conteúdo e realizar traduções automáticas.

Questões de Português - Uso da crase - Administração