Braille foi forçado à superar sua cegueira.

O professor referiu-se à um aluno brilhante: Braille.

Braille não foi reconhecido até que se consolidasse à oficialização de seu método.

Ele queria ensinar à todos os alunos o seu sistema de escrita.

Todos estavam à espera de que o valor de Braille fosse reconhecido.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso da crase. A) Alternativa incorreta. Não se usa crase antes de verbo.B) Alternativa incorreta. Não se usa crase antes de termo no masculino e artigo indefinido (um).C) Alternativa incorreta. O verbo consolidar não exige a preposição "a", portanto não há a crase.D) Alternativa incorreta. Não se usa crase antes de pronome indefinido.E) Alternativa correta. Emprega-se a crase antes de locução feminina.

 [...] em meio àquela ‘grande resignação’.

 [...] em meio à mesma ‘grande resignação’.

 [...] em meio à essa ‘grande resignação’.

 [...] em meio à nova ‘grande resignação’.

 [...] em meio à ‘grande resignação’.

E aí, galera antenada nos estudos para concurso? Tudo certo? Hoje vamos falar de um errinho que quase todo mundo já cometeu no português: o uso da crase. Papo sério, já que essa pequena notação pode mudar o sentido de uma frase. A crase é a fusão de duas vogais idênticas, no caso do português, a preposição 'a' e o artigo definido feminino 'a' ou 'as', gerando à ou às. 
 
No enunciado que você enviou, precisamos focar em saber quando usar a crase antes de pronomes demonstrativos ou outros termos que gerem dúvida. Olha só: 
<ul> 
 <li>Àquela: Nesse caso, o emprego da crase é correto, pois indica direção a uma coisa específica já mencionada (grande resignação).</li> 
 <li>À mesma: Também está correto. Aqui a crase é usada porque indica referência a algo mencionado anteriormente (grande resignação).</li> 
 <li>À essa: Aqui é onde o bicho pega! A crase antes de pronomes demonstrativos como "essa" ou "aquela" só é correta no caso de "aquela(s)", "aquele(s)" e "aquilo". Como "essa" não demanda o uso do artigo feminino, fica sem crase.</li> 
 <li>À nova: Correto. "nova" está agindo como adjetivo de "grande resignação", que é um termo feminino, e é precedido pelo artigo "a", formando a crase.</li> 
 <li>À ‘grande resignação’: Também está correto, pois 'grande resignação' é uma expressão feminina e específica, justificando o uso do artigo definido e, consequentemente, a crase.</li> 
</ul> 
 
Portanto, a única opção que meteu os pés pelas mãos com a crase foi a letra C. As outras estão tranquilas, seguindo firme e forte com a gramática. 
 
A alternativa correta é a letra C.

Camuflados por uma fila de 13 milhões de desempregados, brasileiros pedem demissão em ritmo recorde: meio milhão por mês.

Por Marcelo Soares | Edição: Tássia Kastner 11/02/2022 

 Pedir demissão no meio de uma crise econômica e sanitária parece aquele tipo de luxo reservado a trabalhadores ricos de países desenvolvidos. Todo mês, mais de 4 milhões de americanos passaram a deixar seus empregos voluntariamente, num fenômeno que ganhou nome próprio: Great Resignation (“grande resignação”).

 Trata-se de um exército de trabalhadores urbanos, majoritariamente jovens – com menos de 30 anos – e do setor de serviços. Fica mais fácil para quem mora em um país cujo índice de desemprego é virtualmente zero: lá a desocupação está em 3,9%. É o oposto do cenário brasileiro. Aqui, 13 milhões estão em busca de trabalho, e a taxa de desemprego, ainda que em queda, continua acima dos dois dígitos, ao redor de 13%.

 E, mesmo assim, o Brasil também vive sua grande resignação. Todos os meses, quase 500 mil trabalhadores jogam seus crachás pela janela e dão fim ao emprego que tinham – sem levar nenhuma vantagem além de sair da empresa, pois essa modalidade de demissão não libera o FGTS. É o dobro do registrado nos anos anteriores à pandemia, de acordo com o estudo encomendado pela Você S/A ao estúdio de inteligência de dados Lagom Data.

 A Lagom analisou quase 188 milhões de registros de movimentações trabalhistas do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), entre 2016 e novembro de 2021, dado mais recente disponível na conclusão desta reportagem.

 E os números mostram que Brasil e EUA viveram um movimento semelhante: antes de 2020, havia uma certa estabilidade no número de pedidos de demissão voluntária. Logo após o início da pandemia, trabalhadores se seguraram nos seus empregos – até porque as empresas estavam demitindo a rodo à medida que fechavam as portas de forma temporária ou definitiva. Mas tão logo a fase aguda da crise passou, trabalhadores decidiram assumir as rédeas de suas carreiras e deram adeus a seus chefes.

 É tanta gente pedindo as contas no Brasil que, em um ano, os pedidos de demissão representam uma rotatividade de 15% nas vagas com carteira. O número total é ainda maior, já que o estudo foi feito com base exclusivamente nos desligamentos a pedido. Existem ainda as demissões por comum acordo, autorizadas pela reforma trabalhista de 2017 – e essas não ficam contabilizadas como voluntárias.

 Os dados oficiais são apenas numéricos. Não registram os motivos que levam tanta gente a pedir demissão. Para entender melhor o que se passa, ouvimos especialistas – e também trabalhadores que decidiram pedir as contas em meio à nossa “grande resignação”.

 Dá para resumir em três pontos o que leva uma pessoa a se demitir: ganhar um salário melhor, mudar-se para um ambiente de trabalho mais saudável e dar um upgrade na qualidade de vida. Os três pontos não são excludentes. Mas essas motivações são mais frequentes quando existem mais vagas disponíveis do que gente para trabalhar. E Ana Cristina Limongi-França, professora de economia da FEA/USP e da FIA, detectou foi o seguinte: o advento do home office deu uma força para quem sonha com mais dinheiro ou mais tempo livre, mesmo que numa realidade de desemprego em alta.

 “Houve mais oportunidades de trabalho [remoto] especialmente no setor de serviços e atendimento”, diz Ana Cristina. Ela é coautora de um estudo sobre o impacto da qualidade de vida no trabalho, e como esse fator leva a pedidos de demissão.

 [...] 

 Proporcionalmente, a atividade com maior volume de saídas voluntárias foi o telemarketing, em que o número de pedidos de demissão representa 18,7% do total de vagas formais ao final de 2020. [...]

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso da crase. Anuncio às minhas filhas: o verbo anunciar é transitivo direto (algo) e indireto (alguém). Portanto, a regência admite a preposição a. O uso de crase antes de "minha" é possível. A noite tem a função de sujeito, portanto: a noite estava fria. "À noite", pelo contrário, é uma locução adverbial. A lançar, pois não se usa crase antes de verbo. A) Alternativa incorreta.B) Alternativa incorreta.C) Alternativa incorreta.D) Alternativa incorreta.E) Alternativa correta.

    Dois passarinhos vieram morar na minha casa. Como nada sei de pássaros, e como só o que vi foi o verde das asas, quando o dia nasce anuncio_____ minhas filhas que temos de visita dois papagaios. Quase não se veem, enfiaram-se no cano do aquecedor, estava fria______ noite, coitados, digo no tom próprio da piedade. Elas se animam mais do que seria de se esperar, passam______ lançar palavras profusas ao aquecedor e estreitar os ouvidos na expectativa da resposta.


 O chefe da repartição está propenso a demitir os funcionários.

Opa, vamos entender melhor essa pegada na questão da crase! Primeiro, é massa lembrar que a crase ocorre antes de palavras femininas e acontece pela fusão da preposição 'a' com o artigo feminino 'a' ou com o 'a' inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo. Tem também a crase facultativa antes de nomes próprios femininos, como no caso de a Ana virar à Ana, mas isso varia.

 

Vamos dar uma olhada nas alternativas da questão:
<ul>
<li>A) Ele se dirigiu aquele senhor de terno.</li>
<li>B) Esse assunto interessa a todos.</li>
<li>C) Esse documento não é útil a ela.</li>
<li>D) O chefe da repartição está propenso a demitir os funcionários.</li>
</ul>

 

Sacando essas opções, a alternativa A é a mais correta. Por quê? Bom, enquanto na frase "Ele se dirigiu a aquele senhor de terno," existe uma fusão onde a preposição 'a' encontra o pronome aquele, criando 'àquele' (apesar de, normalmente, escrevermos sem o acento por uma convenção ortográfica). As outras frases não necessitam de crase pois "a todos", "a ela" e "a demitir" não precedem palavras femininas acompanhadas do artigo ou não se encaixam nas regras da crase.

 

A alternativa correta é A.

A participação dos homens no mercado de trabalho deve ser semelhante à das mulheres.

As mulheres estão aptas à competir por qualquer vaga de emprego, contanto que a sociedade lhes dê oportunidades.

O direito ao trabalho é inerente à toda mulher, embora em muitos lugares a equidade de gênero ainda seja um desafio.

O trabalho à que as mulheres aspiram deve levar em consideração também seus direitos reprodutivos.

Muitas pessoas dedicam-se à pesquisas sobre o impacto do desequilíbrio de gênero na economia dos países.

Vamos entender um pouco sobre crase antes de entrar nos detalhes das alternativas. A crase é aplicada antes de palavras femininas e indica a fusão da preposição "a" com o artigo definido "a" ou a letra "a" dos demonstrativos "aquele(s)", "aquela(s)", "aquilo". Por isso, quando você vê aquela marotinha “à”, é uma combinação de "a + a" ou "a + aquela" (por exemplo). 
 
Analisando cada caso: 
 
A) "A participação dos homens no mercado de trabalho deve ser semelhante à das mulheres." Aqui o correto é "participação... semelhante à das mulheres". A expressão "das mulheres" equivale a "de + as mulheres", portanto a crase está corretamente empregada já que temos a preposição "a" referindo-se a "participação" e o artigo "a(s)" do termo "das mulheres". 
 
B) "As mulheres estão aptas à competir…" Aqui não deveria haver crase. A palavra "aptas" pede a preposição "a", mas o verbo "competir" é regido também pela preposição "a" sem que haja um artigo definido feminino para atribuir o uso da crase. 
 
C) "O direito ao trabalho é inerente à toda mulher…" A expressão "inherente a" deve apenas acompanhar a preposição "a". Não se usa artigo nessa construção, então a crase não aparece. 
 
D) "O trabalho à que as mulheres aspiram…" Aqui se refere ao uso correto da crase pois temos "ao" (a + o) "que" as mulheres aspiram, ou seja, a junção do que tende a ser "a + aquele (que)". 
 
E) "Muitas pessoas dedicam-se à pesquisas…" também está errado, pois o verbo "dedicar-se" pede preposição "a", mas o termo seguinte não pede artigo definido. 
 
Dessa forma, de acordo com a análise, a alternativa correta é A.

    Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que as diferenças entre os gêneros no acesso ao emprego e às condições de trabalho são maiores do que se pensava anteriormente. Um novo indicador, desenvolvido pela OIT, capta todas as pessoas sem emprego que estão interessadas em encontrar um emprego. Por esse motivo, ele reflete um quadro muito mais sombrio da situação das mulheres no mundo do trabalho do que a taxa de desemprego mais comumente usada. O documento “Novos dados esclarecem as diferenças de gênero no mercado de trabalho”, indica que 15% das mulheres em idade produtiva em todo o mundo gostariam de trabalhar, mas não têm emprego, em comparação com 10,5% dos homens.

    A lacuna de postos de trabalho é particularmente grave nos países em desenvolvimento, onde a proporção de mulheres incapazes de encontrar uma vaga chega a 24,9% nos países de baixa renda. A taxa correspondente para os homens na mesma categoria é de 16,6%, um nível preocupantemente alto, mas significativamente inferior ao das mulheres.

    A análise aponta que as responsabilidades pessoais e familiares, incluindo o trabalho de cuidados não remunerado, afetam desproporcionalmente as mulheres. Essas atividades se tornam um impedimento não apenas para uma contratação, mas também para procurar emprego ativamente ou para estarem disponíveis para trabalhos de última hora.


Questões de Português - Uso da crase - Administração