Muitos casais ficavam na igreja a espera da bênção do
padre.

O casamento cristão na Colônia obedecia às normas impostas
pelo Arcebispado da Bahia.

Quem realizasse um casamento fora dos moldes cristãos
era condenado à uma pena severa.

Nem todos os casais se obrigavam à buscar a bênção.

Mulheres brancas chegavam as terras brasileiras para se
casar com os homens brancos.

Ah, crase! Esse acentinho que muita gente foge como o diabo da cruz, né? Mas calma, juntos vamos descomplicar isso aqui rapidinho! A crase, basicamente, surge da fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a(s)" ou com o "a" inicial dos pronomes aqueles, aquela e aquelas. 
 
Vamos analisar cada alternativa e ver o que rola: 
 
A) Muitos casais ficavam na igreja a espera da bênção do padre. 
Cá entre nós, faltou crase aqui. O correto seria "à espera", porque temos a preposição "a" + o artigo feminino "a" antes de uma palavra feminina ("espera"). 
 
B) O casamento cristão na Colônia obedecia às normas impostas pelo Arcebispado da Bahia. 
Bingo! Tudo certinho aqui. A crase está corretamente utilizada em "às normas" porque a frase tem a preposição "a" vinculada ao verbo "obedecer" e o artigo "as" antes de "normas", uma palavra feminina plural. 
 
C) Quem realizasse um casamento fora dos moldes cristãos era condenado à uma pena severa. 
Oi? Essa tá errada! Antes de número e palavras indefinidas como "uma", não usamos artigo. Então, nada de crase aqui, moçada! 
 
D) Nem todos os casais se obrigavam à buscar a bênção. 
Ops, deslize aqui também. Não rola crase antes de verbos, então tiramos a crase de "à buscar". 
 
E) Mulheres brancas chegavam as terras brasileiras para se casar com os homens brancos. 
Faltou crase aqui também. Seria "às terras" pela mesma razão de usar crase em "às normas". 
 
Então, rapaziada, resumo da ópera: a alternativa correta é B, onde a crase foi usada corretamente. Conforme-se e fique amiguinho da crase, ela não morde!

  No Brasil, essas tradições foram implantadas desde os primeiros tempos coloniais, seguindo as mesmas regras do modelo social português católico, que regeu os valores e costumes da colônia durante séculos. Embora os grupos familiares fossem dispersos, a instituição familiar firmou-se no país tendo como base o casamento, a priori realizado entre grupos de convívio ou parentelas, para não dispersarem o patrimônio adquirido.

  Diante disso, urgia que viessem para a colônia mulheres brancas. Poderiam ser órfãs ou meretrizes, diziam os jesuítas. Pouco importava que essas mulheres não fossem de família. O importante é que estivessem em condições de se casar com os colonos, pertencentes a diferentes classes sociais, pois casar-se com mulheres nativas, ou negras escravas, não teria o mesmo valor social de casar-se com mulheres da corte.

  Contrariando esses ideais, os homens que vieram povoar a colônia deitavam-se constantemente com as mulheres nativas e negras, comprovando que as práticas da irracionalidade do instinto se contrapunham à racionalidade das normas, gerando repúdio aos que pretendiam moralizar a sociedade em formação no Brasil. Degredo, confisco de bens, acusações de crime, entre outras, eram as punições impostas para quem fosse preso sob a alegação de ter realizado ou testemunhado um casamento fora dos moldes cristãos.

  Pelo tipo de casamento imposto pelo Arcebispado da Bahia para efetivar o casamento cristão, os noivos deveriam apresentar à autoridade uma documentação provando serem solteiros e batizados, além de aguardar denúncias do pregão colocado na porta da igreja durante três domingos. (...)Mas essa documentação custava muito caro e se constituiu em grande entrave para a realização do casamento cristão, levando os homens a se envolverem com mulheres nativas ou negras, desviando-se dos interesses da Igreja.

  Para burlar essas normas, homens e mulheres uniam-se em concubinato, que pouco se afastava da prática do casamento cristão.(...) O casal ia à missa, com suas testemunhas, e esperava a hora em que o padre se voltasse ao público, ou para dar a bênção ou para descer do altar, para juntos se receberem em voz alta como marido e mulher. O padre, desprevenido, não podia negar sua condição de testemunha do ato, sacramentando a união. Mas nem todos os casais buscavam a bênção e, diante da enorme clandestinidade, a Igreja insistia para que o Estado português acabasse de vez com essas uniões.


Quero ir à esta praia que vi no seu álbum de fotografias;
onde fica?

Os namorados foram à alguma praia do litoral norte de
São Paulo.

Minha família foi à uma cidadezinha no interior de Santa
Catarina.

A moça desejava ir à famosa Ilha de Itamaracá, em Pernambuco.

Eu quero ir à qualquer lugar de onde possa ver o mar.

Vamos dar uma olhada nessa questão sobre o acento da crase, que é sempre um tema quente nos concursos, né? Crase é a fusão da preposição "a" com o artigo definido feminino "a(s)" ou com o "a" inicial dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo. 
 
Observando as opções, podemos eliminar algumas facilmente. Vale lembrar que a crase não é usada antes de palavras masculinas, nomes próprios femininos que não aceitam artigo (dado pela singularidade), pronomes pessoais, pronomes indefinidos e artigos indefinidos. 
 
<ul> 
<li>A) "Quero ir à esta praia que vi no seu álbum de fotografias; onde fica?" — Errada. Não se usa crase antes de pronomes demonstrativos como "esta".</li> 
<li>B) "Os namorados foram à alguma praia do litoral norte de São Paulo." — Errada. Não se usa crase antes de pronomes indefinidos como "alguma".</li> 
<li>C) "Minha família foi à uma cidadezinha no interior de Santa Catarina." — Errada. Não se usa crase antes de artigos indefinidos como "uma".</li> 
<li>D) "A moça desejava ir à famosa Ilha de Itamaracá, em Pernambuco." — Correta. A crase é necessária devido à fusão da preposição "a" exigida pela expressão "ir a" e o artigo "a" do termo "a famosa Ilha de Itamaracá".</li> 
<li>E) "Eu quero ir à qualquer lugar de onde possa ver o mar." — Errada. Similar à letra B, não se usa crase antes de pronomes indefinidos como "qualquer".</li> 
</ul> 
 
Portanto, a única opção que faz o uso correto da crase é a letra D. Aqui, a crase é utilizada de forma adequada antes de "a famosa Ilha", mostrando que você realmente precisa ter aquele olho de águia para pegar o ritmo das preposições e artigos juntos! 
 
A alternativa correta é a letra D.

Deve‐se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir 
de  experimentos  científicos  em  laboratórios  com  o  uso  de 
animais,  parcela  considerável  do  exponencial  aumento  da 
expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a 
lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século 
passado  e  que  levavam  à  morte  prematura  ou  provocavam 
sequelas  irreversíveis,  hoje  podem  ser  combatidas  com  quase 
absoluta perspectiva de cura. 
Embora, por óbvio, o homem  ainda  seja  vítima de diversos 
tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou 
lenitivos,  a descoberta  em  alta  escala de novos medicamentos, 
particularmente  no  último  século,  legou  à  Humanidade  doses 
substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável 
viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias. 
A  legítima  busca  do  homem  por  descobertas  que  o 
desassombrem  do  fantasma  de  doenças  que  podem  ser 
combatidas com remédios e, em última  instância, pelo aumento 
da  expectativa  de  vida  está  na  base  da  discussão  sobre  o 
emprego de animais em experimentos científicos. Usá‐los ou não 
é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas 
grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em 
laboratórios em algum momento  já  se beneficiou da prescrição 
de  medicamentos  que  não  teriam  sido  desenvolvidos  sem  os 
experimentos nas salas de pesquisa. 
É  inegável  que  a  opção  pelo  emprego  de  animais  no 
desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a 
questão  não  é  se  o  homem  deve  ou  não  recorrer  a  cobaias; 
cientistas de todo o mundo,  inclusive de países com pesquisas e 
indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes 
em  considerar  que  a  ciência  ainda  não  pode  prescindir 
totalmente  dos  testes  com  organismos  vivos,  em  razão  da 
impossibilidade  de  se  reproduzir  em  laboratório  toda  a 
complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em 
relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles 
podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que 
protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido 
o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento 
físico.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso da crase. “Calvin desobedece à professora, recusando-se a fazer a tarefa de matemática à qual deveria submeter-se”. O verbo "desobedecer" é transitivo indireto: quem desobedece desobedece a alguém. O termo "professora" é antecedido do artigo "a". Não se usa crase antes de verbo (a fazer). O verbo "submeter-se" exige a preposição "a". O pronome "à qual" tem o artigo "a" e retoma a ideia: submeter-se à tarefa de matemática. A) Alternativa incorreta.B) Alternativa incorreta.C) Alternativa correta.D) Alternativa incorreta.E) Alternativa incorreta.

Vamos dissecar cada uma dessas assertivas para entender melhor a questão da crase, que tem tudo a ver com a preposição "a" combinada com o artigo feminino "a" ou com o "a" inicial de pronomes demonstrativos (aquele, aquela, aquilo), certo?!

 

I. A substituição de "viu" por "assistiu" realmente exigiria o uso do sinal de crase, pois "assistir" pede a preposição "a" em contextos como esse. Logo, ao substituir, o texto ficaria "assistiu à série Chernobyl". Note que "série" é um substantivo feminino, então a fusão da preposição "a" com o artigo "a" é necessária. ✔️

 

II. Ao substituir "com a" por "à", também estamos preservando a correção gramatical do texto. Veja bem, a expressão "com a radiação" pode ser substituída por "à radiação", mantendo o mesmo sentido e também exigindo crase devido à combinação da preposição com o artigo definido feminino. ✔️

 

III. Aqui temos um erro. Substituir "foi criada a zona" por "surgiu à zona" não é gramaticalmente correto. A construção correta, após a alteração, seria "surgiu a zona", sem a crase. A razão é que "surgir" não exige a preposição "a" da mesma maneira que verbos como "assistir" (no sentido de ver) ou locuções prepositivas que indiquem movimentação ou transformação envolvendo o "a". ❌

 

Com base nisso, as assertivas I e II estão corretas, fazendo com que a alternativa correta seja C. alternativa correta é C.

Quem viu, no canal HBO, a série Chernobyl (que trata do desastre ocorrido em 1986, em um 
reator da Usina Nuclear de Chernobil, no norte da Ucrânia Soviétic(A) pode ter se ______ o que 
aconteceu com a vegetação local depois do acidente. Os episódios mostram pessoas queimadas 
pela radiação e animais que tiveram que ser mortos por estarem contaminados, mas nenhuma 
árvore seca ou murcha, como é típico de filmes apocalípticos. Não foi falha do roteiro: as plantas 
de Chernobyl realmente não morreram com a radiação. E vamos explicar ______. 
Após o acidente de 1986, foi criada a Zona de Exclusão — um perímetro de 2.600 quilômetros 
quadrados em que a moradia e o acesso público são restritos —, o que corresponde a uma área 
quase tão grande quanto as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro juntas. Era ........... essa 
medida para evitar que a população local tivesse contato com a radiação e pudesse desenvolver 
câncer posteriormente. As plantas, por outro lado, não podiam simplesmente “fugir” de lá, então 
precisaram se adaptar. 
A radiação emitida por Chernobyl afeta a estrutura celular dos seres vivos. Algumas dessas 
estruturas podem se regenerar, mas não o DNA. Mesmo em doses baixas, a radiação pode causar 
mutações genéticas e alterar a maneira como a célula funciona, tornando-a cancerígena e 
fazendo com que ela se multiplique e se espalhe pelo corpo. Os humanos, assim como outros 
animais, têm células com funções muito específicas. As células do estômago, por exemplo, são 
diferentes das células do cérebro, e precisamos das duas para sobreviver. Se um animal sofre 
uma mutação nas células do estômago, as células do cérebro ou de qualquer outro órgão não 
são capazes de se transformar para substituí-las — e aí uma das funções vitais .............. 
Nas plantas, a situação é um pouco diferente. Suas células têm, sim, diferenciação entre si: 
as células da raiz são diferentes das células da folha, por exemplo — mas elas são mais flexíveis. 
A maioria das células vegetais consegue criar tipos diferentes de células, dependendo do que a 
planta precisa. Isso explica por que é possível plantar uma árvore usando tanto uma semente 
quanto um galho daquela espécie. Dessa forma, a planta pode substituir células afetadas de 
maneira bem mais fácil do que os animais. No caso das plantas presentes na zona de exclusão 
de Chernobyl, elas criaram formas de proteger o próprio DNA da radiação. Elas alteram o próprio 
funcionamento químico para se tornarem mais resistentes e consertarem o dano causado. 
Hoje, 33 anos após o desastre, algumas populações de plantas são maiores do que antes do 
acidente, devido à ausência de interferência humana no local.

Questões de Português - Uso da crase - Administração