A Ilha Fiscal era um posto alfandegário no Rio de Janeiro, à época capital do Brasil.

Em meio à valsas e polcas, todos os convidados se divertiam pelos salões ricamente decorados.

A autoria do projeto, que tem influências europeias, é atribuída à Adolpho Del Vecchio.

A festa, dedicada à receber cinco mil pessoas, foi um marco de extravagância.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso da crase. A) Alternativa correta. "À época" é uma expressão adverbial no feminino, portanto se usa a crase.B) Não há congruência entre a preposição (singular) e o artigo (plural), que acompanha valsas e polcas.C) Não se usa crase antes de termo no masculino.D) Não se usa crase antes de verbo.

Localizada na baía de Guanabara, a ilha ganhou esse 
nome pela necessidade do estabelecimento de um posto 
alfandegário para o controle das mercadorias importadas e 
exportadas pelo Rio de Janeiro, então capital do Império. Seu 
primeiro nome foi Ilha dos Ratos.
O projeto do posto fiscal foi do engenheiro Adolpho Del Vecchio e seguia alguns padrões do antigo estilo gótico. 
A importância da edificação não se deve, porém, à sua existência funcional, mas ao último baile do Império, em 9 de 
novembro de 1889, uma semana antes da proclamação da 
República. A festa homenageava o Chile, representado pelos 
oficiais do couraçado Almirante Cochrane, os quais visitavam 
o país.
Cerca de 5 mil pessoas participaram do baile marcado 
pela extravagância: a ilha foi enfeitada com balões venezianos, lanternas chinesas e vasos franceses. Os convidados 
desciam dos barcos e eram recepcionados por moças fanta-
siadas de fadas e sereias.
Enquanto valsas e polcas alegravam os convida-
dos, as iguarias eram servidas em pratos ornamentados 
com flores e frutas exóticas, e os convidados consumiam 
robustíssimo cardápio: 800 quilos de camarão, 1 300 frangos, 500 perus, 64 faisões, 1 200 latas de aspargos, 20 mil sanduíches, 14 mil sorvetes, além de litros de cerveja, cham-
panhe e bebidas diversas.
Ao chegar, o imperador Pedro II teria tropeçado e quase levado um tombo. Ao recompor-se, teria dito: “O monarca 
escorregou, mas a monarquia não caiu”.
Não distante dali, os republicanos colocavam os últimos 
pregos no caixão da monarquia moribunda.

O prefeito de Veneza, cujas ruas e praças estão 
alagadas, fez um apelo às autoridades do país.

O fogo que atingiu à Austrália é atribuído à fenômenos 
naturais.

À partir de quando o homem aprenderá a respeitar 
espécies que a sobrevivência está ameaçada?

Sem preservar a natureza, à qual é garantia de sua 
sobrevivência, o homem passará à viver dias terríveis.

Não é possível estimar à tragédia causada pelo fogo 
cujo consumiu milhares de árvores na Austrália.

A banca Vunesp é conhecida por exigir um entendimento refinado da norma-padrão da língua portuguesa, especialmente em tópicos como o uso correto de pronomes e da crase. Analisemos as alternativas à luz dessas regras:

Alternativa A: "O prefeito de Veneza, cujas ruas e praças estão alagadas, fez um apelo às autoridades do país." — Aqui, o uso do pronome relativo "cuja" esta correto, referindo-se a "Veneza", e o emprego da crase em "às autoridades" está adequado, combinando a preposição "a" com o artigo feminino plural "as".

 

Alternativa B: "O fogo que atingiu à Austrália é atribuído à fenômenos naturais." — O uso da crase em "à Austrália" está incorreto, pois não se utiliza crase antes de nomes de lugares que são usados sem artigo, e "fenômenos" deveria ser antecedido de "a" sem crase, visto que é um substantivo masculino plural.

 

Alternativa C: "À partir de quando o homem aprenderá a respeitar espécies que a sobrevivência está ameaçada?" — O uso da crase em "À partir" é inadequado. Não se emprega crase antes de verbos.

 

Alternativa D: "Sem preservar a natureza, à qual é garantia de sua sobrevivência, o homem passará à viver dias terríveis." — A frase apresenta uso indevido da crase em "à qual" (o pronome "qual" não requer crase) e em "à viver" (também não se usa crase antes de verbos).

 

Alternativa E: "Não é possível estimar à tragédia causada pelo fogo cujo consumiu milhares de árvores na Austrália." — "À tragédia" incorretamente utiliza crase, que não deve ser empregada nessa situação, e a expressão "cujo consumiu" está gramaticalmente aperreada; o correto seria "que consumiu" ou reformular a frase para que "cujo" se relacione adequadamente com um substantivo.

 

Com isso, a única alternativa correta e que segue à risca a norma culta do emprego dos pronomes e da crase é a letra A.

Vamos analisar o uso da crase em cada lacuna desta questão da Vunesp! Aqui, precisamos nos atentar principalmente à combinação entre a preposição "a" e o artigo definido "a" ou o "a" inicial de pronomes demonstrativos.

1. **Primeira lacuna: "O homem chegou _____ invenção da roda..."**

Aqui, temos a preposição "a" devido ao verbo "chegar" (que pede a preposição "a" quando significa alcançar algo), e o termo "a invenção" começa com artigo feminino "a". Logo, ocorre a crase, formando "à".

2. **Segunda lacuna: "mas de ser levada _____ eles."**

O verbo "levar" pede a preposição "a", e “eles" é um pronome e não leva artigo. Portanto, não ocorre crase, então a preposição fica somente "a".

3. **Terceira lacuna: "coube _____ preguiça..."**

O verbo "caber" é transitivo indireto e pede a preposição "a". Além disso, temos o artigo feminino "a" antes de "preguiça". Portanto, ocorre crase antes de "preguiça", formando "à".

4. **Quarta lacuna: "_____ deflagração desse processo."**

A preposição "a" é necessária por causa da regência de "coube" que se mantém na frase, e "deflagração" inicia com "d" e leva o artigo feminino "a". Então, não há crase porque "deflagração" começa com uma consoante, e como "a deflagração" indica um evento específico, a crase ocorreria se houvesse a presença do artigo, mas, pelo contexto, sem motivo para a aplicação da crase diretamente aqui. Portanto, usamos apenas a preposição "a".
 
Assim, a sequência correta é "à ... a ... à ... a." Portanto, a alternativa correta é C.

Sempre defendi a tese de que foi a preguiça que trouxe 
a civilização. O que foi a invenção da roda senão o prenúncio 
da charrete e um triunfo do comodismo? Fomos a primeira 
espécie a criar um jeito de não ir, mas ser levada. A razão do 
hominídeo para deflagar o processo que resultou no controle 
remoto foi prática, a de atingir uma presa sem arriscar a ser 
mordido, ou almoçar sem ser almoçado. O primeiro lance do 
longo processo que terminou com o implante no cérebro foi 
a pedra arremessada. Depois vieram a lança, o estilingue, o 
arco e a flecha, a catapulta, as armas de fogo, o foguete inter-
continental, o drone – todos os engenhos para evitar chegar 
perto.
A distância sempre foi um inimigo natural do Homem, 
ou pelo menos do Homem Preguiçoso. Vencê-la foi o nosso 
grande desafio intelectual, e agora se abre a possibilidade de 
subjugá-la só com o intelecto, desprezando os instrumentos 
que, da pedra à internet, nos ajudaram até aqui. Estamos 
simbolicamente de volta à savana primeva¹, pensando em 
como empurrar aquele mamute para dentro do fosso sem 
precisar ir lá, mas agora o pensamento basta. A vontade se 
realizará sozinha, sem as mãos, sem mais nada. A preguiça 
cumpriu sua missão histórica.

Na questão proposta, deve-se preencher as lacunas considerando o uso adequado da crase, que é a fusão da preposição a com o artigo definido feminino a ou com o a inicial dos pronomes aquele, aquela, aquelas, aqueles, aquilo. A análise de cada lacuna será feita conforme as regras de utilização da crase na Língua Portuguesa.<ul><li>Primeira lacuna ("É um processo fundamental _______ vida"): A expressão necessita da presença de um artigo definido feminino (a) depois da preposição (a), indicando uma especificidade. Assim, torna-se "à vida", resultando na necessidade de usar crase.</li><li>Segunda lacuna ("durante _______ evolução"): A palavra "durante" é uma preposição que indica período de tempo, sendo seguida diretamente pelo artigo definido (a). Neste contexto, não há a fusão da preposição com artigo (crase), pois a palavra "evolução" não exige especificação adicional que justifique o uso de crase.</li><li>Terceira lacuna ("como os vermes que viviam _______ 600 milhões de anos"):: Aqui, o termo "há" funciona como indicativo de tempo decorrido e está ligado diretamente ao verbo "viver", sendo uma forma do verbo haver. Portanto, não se confunde com a preposição "a" ou o artigo "a" e não ocorre crase.</li></ul>De acordo com essas análises:<ul><li>Alternativa A) à – a – há: Usa crase corretamente na primeira lacuna, usa o artigo sem crase na segunda, e emprega corretamente "há" (forma do verbo haver) na terceira. Está correta.</li><li>Alternativa B) a – a – a: Incorreta porque falha em aplicar a crase onde é necessário (na primeira lacuna).</li><li>Alternativa C) a – à – há: Incorreta porque falha no uso da crase na primeira e na segunda lacuna.</li><li>Alternativa D) à – à – à: Incorreta, aplica crase de forma excessiva e indevida em todas as lacunas.</li><li>Alternativa E) a – à – à: Incorreta porque apresenta erro na aplicação da crase na primeira e na terceira lacuna.</li></ul>Portanto, a alternativa correta é A.

Fala, pessoal! Vamos esmiuçar essa questão sobre crase que a Fundação Vunesp trouxe pra gente. A questão está pedindo para preencher as lacunas levando em consideração as regras de uso da crase. Vamos analisar a frase para entender melhor cada trecho.

 

Na primeira lacuna, temos "Quando você se refere ___ alguém", onde não ocorre crase antes de palavra masculina ("alguém"), então nesse ponto já descartamos a crase e usamos somente "a".

 

Avançando para a segunda lacuna: "...a rainha Maria I, ___ quem muitos atribuíam o nome de “A Louca”...". Essa é uma parte interessante porque pode deixar na dúvida. No entanto, no contexto apresentado, não há o uso da crase antes de "quem", já que "quem" é usado aqui como um pronome relativo sem um artigo definido que requisite o uso da crase.

 

Por fim, na última lacuna, nós temos: "costumava passear ____ margens do rio Carioca". Aqui, a expressão "às margens" é um local definido e usamos "às" porque se trata de uma locução prepositiva feminina ("as margens"), exigindo a crase pela fusão da preposição "a" com o artigo definido feminino "as".

 

Portanto, só nos encaixamos na alternativa A: a ... a ... às. É a única que cobre corretamente o emprego do "a" simples nas duas primeiras e a fusão com crase na última. Essas coisas de crase são malucas, né? Mas você pegou o jeito!

 

A alternativa correta é A.

Questões de Português - Uso da crase - Administração