A questão compreende temas que dizem respeito à ortografia oficial, mais precisamente com relação ao uso do hífen. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - O prefixo "socio" que não vem com acento apenas receberá hífen diante de palavras iniciadas com o "o" ou com "h". Em caso de a palavra iniciar com "r" ou "s", tais letras são duplicadas.Em "b": Certo - Não recebe hífen quando temos o prefixo "co". Em "c": Errado - Como se trata de duas vogais idênticas, emprega-se o hífen. Em "d": Errado - Como se trata de consoantes idênticas, emprega-se o hífen. Resposta: Letra B.

 o segundo elemento da composição inicia com “l”.

 os elementos constituem uma unidade sintagmática e semântica.

 o primeiro elemento da composição termina com vogal.

 a palavra composta designa uma espécie. 

A questão apresentada explora o uso do hífen em palavras compostas, especificamente na expressão amarelo-limão. O hífen é enfatizado no contexto do Novo Acordo Ortográfico, que trouxe mudanças relevantes nas regras de formação de palavras compostas, especialmente aquelas que formam unidades semânticas.

Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas para identificar a correta:

<ul>
 <li>A) O segundo elemento da composição inicia com “l”. Esta afirmação não é suficiente para justificar o uso do hífen, pois não é uma regra geral. O que fundamenta o uso do hífen é a relação semântica e sintática entre os componentes da palavra composta.</li>
 
 <li>B) O prefixo amarelo exige hífen. Essa alternativa é incorreta. O hífen não é requerido pelo prefixo em geral, mas sim pela formação de palavras compostas específicas que mantêm a unidade de sentido, como amarelo-limão.</li>
 
 <li>C) Os elementos constituem uma unidade sintagmática e semântica. Esta é a alternativa correta. De acordo com as normas ortográficas, o hífen é utilizado quando os dois elementos formam uma unidade de sentido e são inseparáveis, como ocorre na expressão amarelo-limão, que designa uma cor específica.</li>
 
 <li>D) O primeiro elemento da composição termina com vogal. Esta alternativa não justifica o uso do hífen. Existem palavras compostas que possuem elementos que terminam em vogal ou consoante, e a regra do hífen não depende apenas dessa condição.</li>
 
 <li>E) A palavra composta designa uma espécie. Embora amarelo-limão possa referir-se a uma espécie de cor, isso não é uma justificativa suficiente para o uso do hífen, visto que outras composições não necessariamente designam espécies e ainda assim utilizam o hífen.</li>
</ul>

Diante das análises, a correcta conclusão é que, no caso de amarelo-limão, o uso do hífen se reafirma devido à relação de unidade semântica e sintagmática entre os elementos que a compõem, que se interagem de maneira inseparável no contexto. Portanto, a alternativa correta é C.

Eduardo Galeano

    Na casa das palavras, sonhou Helena
   Villagra, chegavam os poetas. As palavras,
   guardadas em velhos frascos de cristal,
   esperavam pelos poetas e se ofereciam, loucas de
5  vontade de ser escolhidas: elas rogavam aos
   poetas que as olhassem, as cheirassem, as
   tocassem, as provassem. Os poetas abriam os
   frascos, provavam palavras com o dedo e então
   lambiam os lábios ou fechavam a cara. Os poetas
10 andavam em busca de palavras que não
   conheciam, e também buscavam palavras que
   conheciam e tinham perdido.
    Na casa das palavras havia uma mesa das
   cores. Em grandes travessas as cores eram
15 oferecidas e cada poeta se servia da cor que
   estava precisando: amarelo-limão ou amarelo-sol,
   azul do mar ou de fumaça, vermelho-lacre,
   vermelho-sangue, vermelho-vinho...


Análise das Afirmativas

A afirmativa I diz que o hífen é usado para ligar elementos de palavras compostas ou formadas por prefixação. Essa afirmação está correta, pois o hífen desempenha justamente essa função, conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Um exemplo prático é a palavra “bem-estar”, na qual o hífen conecta “bem” e “estar”, construindo um sentido específico. Além disso, há outros compostos, como “guarda-chuva” e “segunda-feira”, que evidenciam essa regra de ligação entre elementos.

A afirmativa II sugere que o hífen é empregado para isolar, em um contexto, palavras ou frases, desempenhando função análoga à dos parênteses. Essa ideia está equivocada, pois o hífen não é utilizado para esse tipo de isolamento ou para indicar uma intercalação de informações. A função cognata dos parênteses, que é indicar informações acessórias ou explicativas, difere completamente da função do hífen na formação de palavras compostas ou na translineação.

A afirmativa III afirma que o hífen serve para fazer a translineação, ou seja, para separar uma palavra quando não se consegue escrevê-la inteira na mesma linha. Essa é uma das funções de uso do hífen na tipografia, quando a palavra precisa ser dividida em final de linha, garantindo a continuidade da leitura.

Alternativa Correta:

Diante da análise, conclui-se que as afirmativas I e III estão corretas, e a afirmativa II está incorreta, pois relaciona uma função que não pertence ao uso do hífen.

Gabarito: Letra B

A proposta de discutir saúde, educação e qualidade de vida pressupõe o estabelecimento de contornos conceituais que favoreçam sua compreensão. Entre as inúmeras possibilidades que o tema permite, o ponto de partida será a reflexão que os direitos humanos instigam sobre a imbricação dessas áreas com o “estado de direito”. Segundo Dalmo Dallari, são três os direitos humanos fundamentais: saúde, educação e trabalho.
 O direito à saúde é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o estado de completo bem-estar físico, psíquico e social, resultante da interação com o meio ambiente, a alimentação, a habitação, a assistência médico-hospitalar e a qualidade das relações socioafetivas adquiridas ao longo de seu desenvolvimento. O direito à educação refere-se ao desenvolvimento intelectual, à obtenção e à ampliação de conhecimento para desenvolvimento psíquico e interação social, sem os quais os homens se aprisionam nas formas desiguais dadas pelas estruturas sociais. O terceiro direito fundamental é o do trabalho, em condições dignas e justas, que ofereça recompensa pelo esforço empreendido e seja objeto de realização, satisfação e prestígio pessoal e social. O cumprimento desses direitos básicos deve garantir a dignidade e o bom desenvolvimento do homem, propiciando boa qualidade de vida.
 Isso posto, cabe a reflexão de como esse “estado de direito” vem sendo cumprido nas sociedades contemporâneas, principalmente na nossa. Pode-se afirmar que esforços históricos são adotados para minimizar as desigualdades nos campos da saúde e da educação, embora a falta de acesso e de qualidade dos serviços básicos ainda seja determinante para a baixa qualidade de vida da maioria da população brasileira. Conforme aponta Fábio Comparato, o direito deve ser exigido pelo cidadão de qualquer comunidade, mas nossa tradição é a da acomodação e dos favores. Aquilo que é direito muitas vezes passa a ser entendido como favor e há inversão do valor social. As desigualdades ficam justificadas pelas diferenças – de cor, raça, gênero, credo – e o que deveria ser a base da construção cultural da estrutura social passa a cristalizar processos de pauperização e injustiça.
 Fazendo breve análise dos campos da saúde e da educação no país, é possível afirmar que __ duas últimas décadas foram de ampliação inquestionável dos serviços básicos de atendimento, no que se refere, pelo menos, __ acessibilidade. Na saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) propõe a prevenção e a promoção descentralizada, favorecendo que estados e municípios considerem suas especificidades e elejam prioridades de acordo com __ necessidades específicas de cada região. Na educação, o acesso ao ensino fundamental foi ampliado significativamente tanto nos centros urbanos quanto nas áreas rurais. Iniciativas em relação ao ensino médio e universitário ganharam força principalmente nos últimos anos. Programas sociais como o Renda Mínima e o Bolsa Família, entre outros, foram criados priorizando essas duas áreas.
 No entanto, verificamos que essas medidas de caráter macrossocial estão longe de fazer cumprir os direitos fundamentais da dignidade e do bom desenvolvimento. Na saúde, embora haja melhoras significativas como a queda da taxa de desnutrição infantil obtida pelo sucesso das campanhas dirigidas ao aleitamento materno, ainda temos problemas elementares, entre os quais a defasagem no acompanhamento pré-natal, a efetivação da prevenção e do controle dos fatores de risco, como gravidez na adolescência, a infecção pelas doenças sexualmente transmissíveis e o combate às drogas. Na educação, o esvaziamento do sentido da escola, em razão do esgotamento da escolaridade como mobilidade social e do enfraquecimento da capacidade socializadora, promove fenômenos cada vez mais frequentes como a incompreensão e a indisciplina.
 A qualidade das relações vinculares que as pessoas efetivam nas diversas instituições às quais pertencem – a escola, a família e o trabalho – pode, em muito, elevar a sua autoestima, a definição de escolhas, a exigência e a atuação em direção à conquista dos direitos e da ob tenção da dignidade humana e do bom desenvolvimento. Não se trata da individuação dos problemas, mas de incentivar o protagonismo de ideias e ações a favor de uma cidadania ativa.

Nesta questão, o candidato deve identificar qual das palavras apresenta a utilização do hífen pelo mesmo motivo de “salário-mínimo”. Esse composto é formado pela união de duas palavras que, juntas, adquirem um sentido próprio, sem que haja a fusão morfológica de elementos inferiores a um prefixo ou sufixo. Ou seja, o hífen é empregado em “salário-mínimo” para unir dois termos autônomos (um substantivo e um adjetivo) que, em conjunto, designam um conceito específico.

Analisemos cada alternativa:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Super-homem. 
 Apesar de “super-homem” ser um composto que designa um personagem ou alguém dotado de habilidades extraordinárias, a palavra “super” funciona aqui como prefixo, que, por si só, não mantém autonomia no sentido completo, mas modifica o substantivo que se segue.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">B) Pró-britânico. 
 Nesta alternativa, “pró” atua como prefixo que indica a ideia de “a favor de” e, ao se unir à palavra “britânico”, forma um adjetivo. Assim, a composição se baseia numa relação prefixal e não na justaposição de termos autônomos.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">C) Hiper-realista. 
 “Hiper” é um prefixo que intensifica o significado do adjetivo “realista”. Tal composição apresenta a mesma característica de ser formada por um prefixo e um elemento lexical, o que difere da formação de “salário-mínimo”.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">D) Pré-história. 
 Aqui, “pré” é um prefixo que indica anterioridade no tempo, unido ao substantivo “história”. Assim como nas anteriores, trata-se de uma composição prefixal, não se comparando à estrutura de “salário-mínimo”.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">E) Conta-gotas. 
 Nesta alternativa, “conta” e “gotas” são termos autônomos que, juntos, designam um instrumento ou a ação de dosar por gotas. Assim como “salário-mínimo”, não há a presença de prefixo ou sufixo que modifique o sentido dos elementos individualmente; ambos mantêm sua autonomia e, por isso, são unidos pelo hífen.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa E apresenta a mesma lógica usada em “salário-mínimo”, onde dois termos autônomos são conectados pelo hífen para formar uma nova unidade de sentido. Assim, a formação de “conta-gotas” é equivalente à de “salário-mínimo” no que tange à motivação do uso do hífen.

Gabarito: Letra E

Nesta questão, o candidato precisa identificar qual das alternativas apresenta a grafia em desacordo com as novas regras do Acordo Ortográfico de 1990, especificamente no que diz respeito ao uso do hífen em compostos com o prefixo "contra". A própria palavra “contramão”, citada no enunciado, passou a ser escrita sem hífen, pois, segundo as normas, o hífen é mantido somente quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento inicia com a mesma vogal (ou com “h” seguido dessa vogal). Assim, a análise deve ser feita comparando cada alternativa com essa regra.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Contra-argumento. – Nesta alternativa, "contra" termina em “a” e a palavra "argumento" inicia com a vogal “a”. De acordo com as regras, a presença do mesmo som vocálico exige o uso do hífen. Portanto, a escrita “contra-argumento” está em conformidade com o Acordo Ortográfico.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">B) Contra-ataque. – Aqui ocorre situação semelhante: "contra" termina em “a” e "ataque" inicia com “a”. Assim, a manutenção do hífen (contra-ataque) é obrigatória, estando, portanto, de acordo com a norma vigente.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">C) Contra hegemonia. – Nesta opção, "contra" é prefixo e "hegemonia" inicia com “h”. Mesmo que o “h” seja mudo, a regra não prevê a manutenção do hífen, pois não há repetição de vogal. Assim, o composto deve ser escrito sem hífen, ou seja, "contrahegemonia", o que indica que a alternativa segue a mesma lógica da grafia “contramão” (sem hífen) e está, portanto, em conformidade com a reforma.</li>
 <li>D) Contra-cena. – Nesta última alternativa, "contra" termina em “a” e "cena" inicia com “c”. Como não há a ocorrência de vogal idêntica ou “h” seguido da vogal idêntica, o hífen não deve ser empregado. Assim, a forma correta, conforme o Acordo Ortográfico, é "contracena". Portanto, o uso do hífen em "contra-cena" está em desacordo com a referida reforma.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa que apresenta a grafia incompatível com as novas normas ortográficas é a letra D, "Contra-cena", pois, conforme as regras, deve ser escrita sem hífen, formando "contracena".

Gabarito: Letra D

Eu, que já andei pelos quatro cantos do
mundo procurando
Foi justamente num sonho que Ele me falou

Às vezes você me pergunta
Por que é que eu estou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao seu lado
Você pensa em mim toda hora
Me vem, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar

Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar

Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou

Eu sou o seu sacrifício
A placa de contramão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição

Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada

Por que você me pergunta?
Perguntas não vão mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar

Você me tem todo o dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim

Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa
Nos "peg-pagues" do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo

Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão
É, mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio

O início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio

Questões de Português - Uso do hífen - Múltipla escolha