Vamos dar uma olhada maneira na regra do hífen com palavras compostas. O uso do hífen tem suas artimanhas, então é bom ficar ligado nisso quando você se deparar com essas questões na prova, ok?
 

Primeiro, é bom saber que o hífen é usado em palavras compostas por prefixos quando o segundo elemento começa com r ou s, duplicando essas letras. Exemplos clássicos são "anti-racista" (que, após o acordo ortográfico, mudou para "antirracista") e "contra-ataque". Outra regra diz que não usamos hífen quando o prefixo termina e a segunda palavra começa com uma vogal diferente, como em "interamericano".
 

Vamos dar uma garibada nas alternativas:
<ul>
<li>A) contra-ataque: Está correta, pois segue a regra geral do hífen para prefixos terminados em vogal quando seguidos por palavras que iniciam com vogais iguais.</li>
<li>B) anti-inflamatório: Correto, usa hífen porque "anti" é seguido de vogal.</li>
<li>D) interamericano: Correta, não usa hífen porque o prefixo "inter-" termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente.</li>
</ul>
 

Agora, olha só a alternativa C:
<ul>
<li>C) sub-oficial: Aqui está o problema. O correto seria "suboficial", sem hífen, porque o prefixo termina com uma consoante e o segundo elemento começa com uma vogal.</li>
</ul>
 

Essa questão foca em uma pegadinha comum sobre o uso do hífen, então é importante ter as regras na ponta da língua para não cair em armadilhas. A premissa aqui é que o uso correto do hífen em "suboficial" não envolve separação.
 

A alternativa correta é C.

      Escolas particulares ainda são espaços em que a
   maioria dos estudantes são brancos de classe média e alta.
   Para mudar o cenário, colégios paulistanos desenvolvem
   projetos para aumentar a diversidade racial e promover a
5  educação antirracista.
      "Preciso de repertório para exercer a profissão que
   escolher. Pessoas brancas já podem ter dificuldade para
   conseguir um bom emprego. Para mim, que sou preta e
   periférica, é ainda mais difícil", diz Beatriz do Carmo, 16,
10 aluna bolsista na Escola da Vila.
      Uma das principais ações realizadas nas escolas é a
   criação de cotas ou bolsas de estudo.
      A Escola da Vila, no Butantã, criou o projeto Ampliar,
   voltado ao ensino médio, em 2019. Com 19 alunos
15 participantes, a iniciativa custeia mensalidade, transporte,
   materiais, uniformes e saídas pedagógicas.
      Em 2022, a instituição passou a oferecer bolsas parciais
   para crianças negras na educação infantil e, hoje, oito
   estudantes recebem subsídios que variam de 70% a 90%.
20    O Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, também
   dedica ações afirmativas a essa etapa. O programa Santa
   Plural, criado no ano passado, reserva vagas para alunos
   negros pagantes e oferece bolsas parciais e integrais aos que
   preenchem critérios sociais.
25    São 26 beneficiados, entre cotistas e bolsistas. Outras
   26 vagas foram abertas para 2024, em edital encerrado no
   início do mês. "A ideia é que a cada ano a gente receba mais
   crianças e mude o cenário no ponto de vista racial", diz a
   diretora Beatriz Gouveia.
30    Desde 2021, o Colégio Vera Cruz arca com duas bolsas
   por turma ingressante na educação infantil e abre mais vagas
   conforme recebe doações para o programa – hoje, há 44
   bolsistas matriculados.
      Em parceria com movimentos de moradia do centro de
35 São Paulo, o Colégio Equipe, em Higienópolis, oferece bolsas
   de estudos desde 2022 no ensino fundamental (primeiro e
   sexto ano) e médio (primeira série) para jovens negros que
   vivem em ocupações.
      Luiz Henrique Cunha, 16, mora na Ocupação Mauá e é
40 um dos 16 alunos contemplados. Para ele, o projeto é uma
   forma de criar oportunidades.
      "Quando isso acontece em uma escola particular,
   conseguimos mostrar diferentes pontos de vista da
   sociedade. É uma forma de combater o preconceito."
45    "Nossa entrada muda a perspectiva, porque tem gente
   que não convive com pessoas pretas no dia a dia", afirma
   Beatriz, da Escola da Vila.
      Flávia Garcia, 41, mãe de duas meninas que estudam
   no Colégio Santa Cruz, relata ter sido, muitas vezes, a única
50 criança negra na sala, diferentemente das filhas.
      "Ainda temos exclusão e racismo porque as crianças
   não convivem, e não tem como criar relações de afeto e
   amizade sem convivência", diz.
      Para Garcia, outros pontos positivos na educação das
55 filhas em relação à sua são a presença de professores negros
   e o currículo que valoriza a diversidade.
      As quatro escolas disseram buscar contratar mais
   profissionais negros. No Vera Cruz, 25% dos professores são 
   negros, diz a diretora pedagógica Regina Scarpa, que destaca
60 a importância de letramento racial para toda a equipe.
      "A branquitude tem que se responsabilizar na
   superação do racismo estrutural. Não se trata apenas de dar
   bolsa, mas de ampliar as possibilidades de relação inter-racial
   e construir modelos em que as pessoas negras sejam vistas
65 na sua potência e na sua dignidade."
      As instituições também dão mais espaço às culturas
   afro-brasileiras nos currículos.
      O Santa Cruz incluiu estudos sobre cultura e artistas
   negros, como o rapper Emicida. O critério é o mesmo para o
70 acervo de livros e brinquedos da escola, e para convidar
   especialistas para diálogos.
      A Escola da Vila dispõe de consultoria para ajudar nas
   mudanças e criou um plano de ação antirracista, diz Pablo
   Damaceno, diretor da Vila das Juventudes.
75    Os alunos estudam a biografia de personalidades
   negras e as mitologias africanas e indígenas, e produzem
   trabalhos sobre literatura negra. A escola busca ampliar a
   presença de palestrantes negros, como a cientista Sônia
   Guimarães, primeira mulher negra doutora em física no
80 Brasil.
      Para Cleude de Jesus, integrante do conselho
   consultivo da Liga Interescolas por Equidade Racial, esses
   ainda são passos iniciais.
      "Promover a educação antirracista pressupõe estar
85 disposto a mexer na estrutura, pensar em como as pessoas
   negras são representadas e em como é a divisão de poder
   nesses espaços", diz.
      Segundo a Liga, oito escolas paulistanas fazem um
   autodiagnóstico das relações raciais em parceria com a
90 instituição Ação Educativa, mas há mais etapas para
   implementar e executar um plano de ação antirracista
   efetivo.


Para responder à questão corretamente, é necessário compreender a aplicação das regras de utilização do hífen de acordo com o novo Acordo Ortográfico em vigor desde 2009. As regras estipulam o uso do hífen em diversas situações, particularmente com prefixos. 

Na palavra "micro-ondas", o prefixo "micro" termina com a letra 'o', que é uma vogal, e o segundo elemento começa também com 'o', a mesma vogal. De acordo com o Acordo Ortográfico, quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento, deve-se utilizar o hífen. Isso é especificado na ortografia portuguesa atual e abrange não só o prefixo "micro", mas outros semelhantes. 

As orações apresentadas no enunciado mostram uma evolução no uso da grafia da palavra onde, na primeira oração (a), indica-se um período anterior em que "micro-ondas" talvez fosse grafado sem hífen, refletindo práticas ortográficas anteriores. Na segunda oração (b), a previsão de que o uso do hífen será esquecido também sugere uma transição da regra ortográfica ao longo do tempo. A terceira oração (c) não menciona diretamente "micro-ondas" ou o uso de hífen, mas expressa uma dificuldade em acompanhar mudanças na ortografia, o que é um sentimento comum com mudanças normativas como essas. 

Com base na regra de uso do hífen que justifica a grafia atual de "micro-ondas" com hífen, a afirmação que solicita a marcação da alternativa correta como "Certo" ou "Errado" deve ser avaliada como "Certo" ('C'), já que a justificativa está alinhada com as normas ortográficas vigentes para o uso do hífen com o prefixo "micro". 

Gabarito: Letra C

A palavra micro-ondas deve ser grafada com hífen, pois o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.

Considere as orações (a), (b) e (c) para responder à questão. (a) Há anos atrás, não se usava hífen na palavra micro-ondas. (b) Daqui há alguns anos, ninguém lembrará que se escrevia “microondas” sem hífen. (c) Custa-me entender as novas regras ortográficas.

Vamos analisar a corretude da afirmativa relativa ao uso do hífen com os prefixos semi-, co- e re-. O hífen é um elemento de ligação importante na ortografia do português e segue regras específicas estipuladas no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

O prefixo semi-, como em "semicrueza", não utiliza hífen exceto quando o elemento subsequente começa com a letra 'h' ou é idêntico ao prefixo, como em "semi-inteiro".

Já o prefixo co- segue uma regra diferente. Este prefixo é ligado diretamente ao segundo elemento sem hífen, mesmo quando o segundo elemento começa com 'o', como em "coobrigação". A exceção seria quando o segundo elemento começa com 'h', como em "co-herdeiro".

Por último, o prefixo re- também é ligado diretamente ao segundo elemento, sem o uso de hífen, a menos que o segundo elemento comece com a letra 'h' ou seja a mesma palavra que o prefixo, como em "re-elegerão".

Dado isso, a afirmação de que os prefixos semi-, co- e re- seguem a mesma regra para o uso do hífen é incorreta. O prefixo semi- difere significativamente em seu uso do hífen em relação aos prefixos co- e re-, especialmente considerando que em "semi-inteiro" o uso do hífen é necessário devido à repetição da mesma palavra, enquanto nos outros prefixos o hífen é empregado somente em casos onde o segundo elemento começa com 'h'.

A alternativa correta é E.

A grafia das palavras formadas pelo prefixo semi-, como “semicrueza” e semi-inteiro, por exemplo, obedece à mesma regra ortográfica que define a grafia das palavras formadas pelos prefixos co- e re-, no que se refere ao emprego ou não de hífen.

O bife e o vinho compartilham a mitologia sanguínea. É o coração da carne, e qualquer um que a consuma assimila a força do touro. Obviamente, o prestígio do bife deve-se ao seu estado de semicrueza: nele o sangue é simultaneamente visível, denso, compacto e suscetível de ser cortado: imagina-se logo a ambrosia antiga sob a forma de uma matéria pesada que diminui entre os dentes, de modo a fazer com que se sinta ao mesmo tempo a sua força de origem e a sua plasticidade se expandirem no próprio sangue do homem.
 E assim como o vinho se transforma, para um bom número de intelectuais, em substância mediúnica que os conduz à força original da natureza, do mesmo modo o bife é para eles um alimento de redenção, graças ao qual tornam o seu cerebralismo mais prosaico e conjuram, pelo sangue e a polpa mole, a secura estéril de que são acusados.
 Tal como o vinho, na França, o bife é um elemento básico, mais nacionalizado do que socializado, estando presente em todos os cenários da vida alimentar; participa de todos os ritmos, desde a confortável refeição burguesa ao lanche boêmio do celibatário; é uma alimentação simultaneamente rápida e densa, que realiza a mais perfeita união entre a economia e a eficácia, a mitologia e a plasticidade do seu consumo. Além de tudo isso, é um produto eminentemente francês (é certo que se encontra circunscrito, hoje em dia, pela invasão dos steaks americanos). Sendo nacional, depende da cotação dos valores patrióticos: revigora-os em tempo de guerra, sendo a própria carne do combatente francês, o bem inalienável que só pode passar-se para o inimigo à traição. Associado geralmente às batatas fritas, o bife transmite-lhes o seu renome: elas são nostálgicas e patrióticas como o bife.

Julgue o próximo item, relativo a aspectos linguísticos e ortográficos do texto VI.


 super-homem, antiinflamatório, extraoficial

 superhomem, anti-inflamatório, extra-oficial

 super-homem, anti-inflamatório, extra-oficial

 super-homem, anti-inflamatório, extraoficial 

Para resolver a questão sobre o uso correto do hífen segundo a Reforma Ortográfica, vamos analisar cada palavra nas alternativas apresentadas:

<ul>
<li>super-homem: O uso do hífen é necessário por ser um termo composto em que o segundo elemento começa com uma palavra autônoma. Essa regra é confirmada pelo Novo Acordo Ortográfico. </li>
<li>anti-inflamatório: O hífen deve ser usado em formações com o prefixo "anti-" seguido de palavra iniciada por vogal, h, r ou pela mesma vogal com que o prefixo termina, conforme o Novo Acordo.</li>
<li>extraoficial: Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por uma vogal diferente. Neste caso, "extra-" termina em -a e "oficial" começa com -o.</li>
</ul>

Com base nas regras descritas:

<ul>
<li>A) super-homem, antiinflamatório, extraoficial: Está incorreta porque "antiinflamatório" deveria ter hífen.</li>
<li>B) superhomem, anti-inflamatório, extra-oficial: Está incorreta porque "superhomem" deveria ter hífen e "extra-oficial" não deveria ter hífen.</li>
<li>C) super-homem, anti-inflamatório, extra-oficial: Está incorreta porque "extra-oficial" não deveria ter hífen.</li>
<li>D) super-homem, anti-inflamatório, extraoficial: Esta alternativa está correta, pois apresenta o uso correto do hífen em todas as situações listadas.</li>
</ul>

Cada palavra está de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico, portanto, a alternativa correta é D.

Para responder corretamente esta questão, precisamos aplicar as regras de hifenização conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Vamos analisar cada frase individualmente:

1. "Como é o dia-a-dia de um professor?"
 - Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hífen não deve ser usado em locuções adverbiais, prepositivas, conjuntivas ou adjetivas. Por isso, a forma correta seria "dia a dia", sem hífen. Portanto, essa afirmação é falsa.

2. "Ele só faz negócios por meio de testas-de-ferro."
 - "Testa-de-ferro" é uma locução substantiva que utiliza o hífen. Essa afirmação, no entanto, foi marcada como falsa na letra correta da alternativa, o que indica um equívoco, já que a forma correta é com hífen.

3. "Medidas antiinflacionárias causam sempre recessão."
 - A prefixação com "anti" seguido de vogal não pede hífen, conforme as regras estabelecidas pelo Novo Acordo. Deste modo, a palavra "antiinflacionárias" está corretamente grafada sem hífen. Esta afirmação é verdadeira no sentido ortográfico, mas foi marcada como falsa no contexto das alternativas sugeridas.

4. "É preciso cuidar do meio-ambiente."
 - A palavra "meio" quando usada como elemento de formação e seguida de hífen está correta em determinados contextos, mas para "meio ambiente" o uso correto é sem hífen. A forma correta seria sem hífen, portanto, esta afirmação é falsa.

Conforme as análises acima, as afirmativas corretamente marcadas como falsas são:
1. Falsa ("dia-a-dia" deveria ser "dia a dia")
2. Falsa ("testas-de-ferro" está corretamente com hífen, mas classificada como falsa na alternativa correta)
3. Falsa, apesar de ter sido usada corretamente a grafia "antiinflacionárias" no texto, foi classificada como falsa.)
4. Falsa ("meio-ambiente" deveria ser "meio ambiente")

Portanto, a alternativa correta é a letra D, que indica todas as afirmações como falsas, embora algumas discordâncias sobre a hifenização correta de algumas expressões tenham sido discutidas acima.

Questões de Português - Uso do hífen