Nesta questão, é preciso analisar como o verbo “esperamos” é utilizado no contexto do relatório, que discute o futuro dos empregos diante de desafios e transformações estruturais do mercado de trabalho.

Análise das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>I - A afirmação de que o uso do verbo “esperamos” denota uma postura passiva e resignada diante da escassez de mão de obra, como se fosse um fenômeno inevitável e incontrolável, não condiz com a intenção do texto. No relatório, o verbo é empregado para enfatizar a projeção de um fenômeno que, embora desafiador, convida à reflexão e à preparação para os impactos futuros. Assim, a alternativa I não está correta.</li>
 <li>II - Ao utilizar “esperamos”, o relatório revela uma preocupação com o futuro do mercado de trabalho, sugerindo a necessidade de se planejar e agir diante dos desafios que se avizinham. Essa interpretação está alinhada ao tom cauteloso e preventivo presente no documento. Portanto, a alternativa II está correta.</li>
 <li>III - A escolha do verbo “esperamos” pode, de fato, ser entendida como um eufemismo que suaviza a realidade, evitando termos mais alarmantes como “prevemos” ou “tememos”, os quais poderiam provocar reações excessivamente negativas. Essa estratégia linguística visa transmitir uma mensagem mais moderada e construtiva. Dessa forma, a alternativa III está correta.</li>
 <li>IV - A utilização do verbo “esperamos” também reforça a ideia de que a escassez de mão de obra é um problema complexo, com implicações variadas e que requer uma análise e planejamento cuidadosos. Essa perspectiva multifacetada está coerente com o tom do relatório, fazendo com que a alternativa IV esteja correta.</li>
</ul>

Em resumo, as alternativas II, III e IV refletem corretamente a interpretação semântica e o posicionamento estratégico do uso do verbo “esperamos” no excerto, enquanto a alternativa I apresenta uma interpretação equivocada da postura comunicativa adotada pelo relatório.

Gabarito: Letra D

Leia o excerto do Relatório do Fórum Econômico Mundial, sobre o futuro dos empregos (2023), e responda a seguinte questão.

    O investimento na transição verde e na mitigação das mudanças climáticas, bem como a crescente conscientização dos consumidores sobre as questões de sustentabilidade, estão impulsionando a transformação do setor e abrindo novas oportunidades no mercado de trabalho. Espera-se que os efeitos mais fortes de criação líquida de empregos sejam impulsionados por investimentos que facilitem a transição verde das empresas, com mais da metade dos entrevistados esperando que isso aconteça. À medida que os países buscam mais fontes de energia renovável, as funções, incluindo engenheiros de energia renovável e engenheiros de sistemas e instalação de energia solar, estarão em alta demanda.
    O investimento também impulsionará o crescimento em funções mais generalistas de sustentabilidade, como especialistas em sustentabilidade e profissionais de proteção ambiental, que devem crescer 33% e 34%, respectivamente, traduzindo-se em um crescimento de aproximadamente 1 milhão de empregos.
Entretanto, os maiores ganhos absolutos em empregos virão da educação e da agricultura. O relatório conclui que os empregos no setor de educação devem crescer cerca de 10%, resultando em 3 milhões de empregos adicionais para professores de educação vocacional e professores de universidades e ensino superior. Espera-se que os empregos para profissionais agrícolas, especialmente operadores de equipamentos agrícolas, niveladores e separadores, tenham um aumento de 15% a 30%, resultando em mais 4 milhões de empregos.
    A Indeed, uma empresa da Recruit Holdings, descobriu que, embora a demanda por empregos sociais, como os de saúde e educação, tenha crescido mais rapidamente durante a pandemia, essas vagas são mais difíceis de preencher do que outras. “Na Recruit, acreditamos que devemos continuar a adotar a IA e a tecnologia para ajudar os candidatos a emprego e os empregadores à medida que navegamos pelos ventos contrários macroeconômicos de curto prazo e pelos desafios do mercado de trabalho de longo prazo”, disse Hisayuki “Deko” Idekoba, Presidente, CEO e Diretor Representante do Conselho da Recruit Holdings. “Esperamos que a escassez de mão de obra permaneça por muitos anos, em muitos setores e principalmente à medida que a população envelhece. Portanto, é essencial que identifiquemos novas maneiras de simplificar o processo de contratação para apoiar uma economia e uma sociedade prósperas, onde todos possam prosperar juntos.” 


Presente do indicativo, indicando ações que ocorrem no momento da fala

Futuro do presente, indicando ações que ocorrerão posteriormente.

Pretérito perfeito, indicando ações concluídas no passado.

Pretérito imperfeito, indicando ações contínuas ou habituais no passado.

Na frase “Os cientistas investigaram se havia resistência ao produto doméstico e também procuraram determinar a concentração exata necessária para eliminar as larvas”, os verbos “investigaram” e “procuraram” estão conjugados no pretérito perfeito do indicativo, tempo verbal que indica ações concluídas no passado. Isso significa que os pesquisadores completaram tanto a investigação quanto a procura pela determinação da concentração exata, não havendo qualquer indicação de continuidade ou habitualidade das ações.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Presente do indicativo: Incorreta. O presente do indicativo seria utilizado para indicar ações que ocorrem no momento da fala, o que não se aplica, uma vez que as ações relatadas já foram concluídas.</li>
 <li>B) Futuro do presente: Incorreta. Esta opção sugeriria que as ações ocorrerão posteriormente à fala, o que não é o caso, pois os verbos indicam ações já realizadas.</li>
 <li>C) Pretérito perfeito: Correta. Este tempo verbal é empregado para relatar ações pontuais e concluídas no passado, como as investigações e procuras descritas na frase.</li>
 <li>D) Pretérito imperfeito: Incorreta. O pretérito imperfeito é utilizado para descrever ações habituais ou contínuas no passado, o que não corresponde à relação temporal expressa pelos verbos “investigaram” e “procuraram”.</li>
</ul>

Observando cada alternativa, podemos concluir que a forma verbal “investigaram” e “procuraram” corresponde exatamente ao pretérito perfeito do indicativo, pois expressam ações concluídas e pontuais, sem nenhum indício de habitualidade ou continuidade no passado. Portanto, a alternativa correta é a que menciona “Pretérito perfeito, indicando ações concluídas no passado”.

Gabarito: Letra C

Em experimento, dosagem de 10 ml por litro de água parada resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90% das larvas do Aedes egypti, mosquito causador da dengue 

 Em busca de novas alternativas no combate à dengue, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conduziram testes que sugerem a eficácia da água sanitária no controle das larvas do mosquito Aedes aegypti, o vetor da doença. Os cientistas investigaram se havia resistência ao produto doméstico e também procuraram determinar a concentração exata necessária para eliminar as larvas. O estudo foi encomendado pela Associação Brasileira da indústria de Cloro Álcalis e Derivados (Abiclor).
 A pesquisa utilizou dois grupos de larvas do Aedes: um composto por larvas originadas de criações do mosquito em laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outro formado por espécimes selvagens coletadas no ambiente, que haviam passado por apenas duas gerações em laboratório.
 Elas foram posicionadas em baldes com capacidade para cinco litros junto ao cloro, adquirido em comércios locais e de diferentes concentrações – que indicam a dosagem de hipoclorito de sódio ou cálcio, os elementos desinfetantes, no produto. A água sanitária foi aplicada nas concentrações de 1, 2, e 3 mililitros (ml) por litro de água, além de um grupo controle que continha apenas água da torneira. Os testes foram repetidos 4 vezes com 10 larvas em cada balde.
 Para ambas as linhagens, a água sanitária nas concentrações de 2 e 3 ml por litro resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90%, o que demonstrou sua efetividade no controle das larvas.
Foi registrada uma certa resistência nos insetos selvagens: a taxa de mortalidade do grupo criado em laboratório alcançou até 95%, enquanto as coletadas no ambiente obteve até 92,5%.
Mesmo com a resistência apresentada, os pesquisadores se mostram otimistas com a utilização do produto como medida no combate a proliferação do mosquito. “Um índice de mortalidade acima de 90%, que pode chegar até 95%, é considerado excelente. Isto vem de encontro com os resultados da literatura quando se trabalha com o controle de insetos, pois nunca se elimina 100% de uma praga em campo”, explica Valter Arthur, co-autor da pesquisa e professor Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em comunicado.
 “A água sanitária deve ser utilizada como um método alternativo para controlar o mosquito da dengue, não apenas por ser de fácil acesso para o uso doméstico, mas principalmente porque não é um recurso poluente ou de impacto ao meio ambiente, como a fumigação e o uso dos inseticidas, que podem provocar a resistência dos insetos” explica Andre Machi, co-autor da pesquisa e colaborador do CenaUSP.

 Futuro do presente, indicando ações que acontecerão posteriormente.

 Pretérito perfeito, indicando ações concluídas no passado.

 Pretérito mais-que-perfeito, indicando ações anteriores a outras ações passadas.

 Pretérito imperfeito, indicando ações contínuas ou habituais no passado.

A questão proposta pela banca CONSULPAM traz um trecho do conto "O mato" de Rubem Braga e pede que o candidato analise os tempos verbais presentes na frase: “Ali perto mesmo a cidade murmurava, estava com seus ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar impacientes de carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de mato, uma pedra escura.” Para resolver a questão, é fundamental identificar os verbos e compreender o tempo verbal que predomina neste contexto. Os verbos destacados na frase são: “murmurava”, “estava” e “via”. Todos esses verbos estão conjugados no **pretérito imperfeito**, que é um tempo verbal que expressa ações que estavam ocorrendo de maneira contínua ou habitual no passado. Essa forma é utilizada para descrever cenários ou ações que se prolongam no tempo, sem especificar quando começaram ou se terminaram. Agora, vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas:<ul><li>A) Futuro do presente: Esta alternativa está incorreta, pois o tempo verbal “futuro do presente” se refere a ações que ocorrerão em um momento posterior, o que não se aplica ao trecho em questão.</li><li>B) Pretérito perfeito: Esta opção também está errada, pois o pretérito perfeito expressa ações que foram concluídas em um tempo passado, e não apresenta a continuidade implicada no uso do pretérito imperfeito.</li><li>C) Pretérito mais-que-perfeito: Esta alternativa é equivocada, pois o pretérito mais-que-perfeito evidencia ações que ocorreram antes de outra ação já passada, situação não contemplada pelo fragmento analisado.</li><li>D) Pretérito imperfeito: Esta é a alternativa correta, pois refere-se a ações contínuas e habituais no passado, característica perfeitamente alinhada com os verbos do trecho.</li></ul> Portanto, ao revisitarmos o contexto do trecho de Rubem Braga, verifica-se que os verbos “murmurava”, “estava” e “via” estão indeed no pretérito imperfeito, destacando ações descritivas e contínuas.Gabarito: Letra D

Rubem Braga 

 Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e depois da lenta chuva que passou toda a manhã caindo e ainda voltou algumas vezes durante o dia, a cidade entardeceu em brumas. Então o homem esqueceu o trabalho e as promissórias, esqueceu a condução e o telefone e o asfalto, e saiu andando lentamente por aquele morro coberto de um mato viçoso, perto de sua casa. O capim cheio de água molhava seu sapato e as pernas da calça; o mato escurecia sem vaga-lumes nem grilos.
 Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na cara as gotas de água como se fosse uma benção. Ali perto mesmo a cidade murmurava, estava com seus ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar impacientes de carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de mato, uma pedra escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, um telefone batia, silenciava, batia outra vez, interminável, paciente, melancólico. Alguém, com certeza já sem esperança, insistia em querer falar com alguém.
 Por um instante, o homem voltou seu pensamento para a cidade e sua vida. Aquele telefone tocando em vão era um dos milhões de atos falhados da vida urbana. Pensou no desgaste nervoso dessa vida, nos desencontros, nas incertezas, no jogo de ambições e vaidades, na procura de amor e de importância, na caça ao dinheiro e aos prazeres.
Ainda bem que de todas as cidades do mundo o Rio é a única a permitir a evasão fácil para o mar e a floresta. Ele estava ali num desses limites entre a cidade dos homens e a natureza pura; ainda pensava em seus problemas urbanos – mas um camaleão correu de súbito, um passarinho piou triste em algum ramo, e o homem ficou atento àquela humilde vida animal e também à vida silenciosa e úmida das árvores, e à pedra escura, com uma pele de musgo e seu misterioso coração mineral.
 E pouco a pouco ele foi sentindo uma paz naquele começo de escuridão, sentiu vontade de deitar e dormir entre a erva úmida, de se tornar um confuso ser vegetal, num grande sossego, farto de terra e de água; ficaria verde, emitiria raízes e folhas, seu tronco seria um tronco escuro, grosso, seus ramos formariam copa densa, e ele seria, sem angústia nem amor, sem desejo nem tristeza, forte, quieto, imóvel, feliz.

 A palavra “grilagem” é formada por derivação regressiva.

 O termo “concentração” exige um complemento nominal.

 O verbo “regular” está na sua forma infinitiva.

 O verbo “tornar-se” é transitivo direto.

 “em regulá-la” exerce a função de adjunto adnominal.

Análise da Questão:
A questão apresentada examina o conhecimento sobre verbos e suas formas, além da estrutura das palavras e a sintaxe das orações. Vamos analisar cada uma das alternativas para determinar a correção da alternativa **C**, que especifica que o verbo "regular" está na forma infinitiva.

Alternativa A: A palavra “grilagem” é formada por derivação regressiva.
Esta alternativa está incorreta. "Grilagem" é um substantivo que provém do verbo "grilar" através de um processo de derivação nominal, especificamente por sufixação, onde o sufixo "-agem" é adicionado ao radical. Portanto, a formação da palavra não é de derivação regressiva.

Alternativa B: O termo “concentração” exige um complemento nominal.
A alternativa é falsa. "Concentração" pode atuar como um substantivo que não necessariamente exige um complemento nominal. A frase "concentração fundiária" é suficiente para entender o sentido da expressão, pois o termo "fundiária" funciona como um adjetivo que complementa o substantivo "concentração".

Alternativa C: O verbo “regular” está na sua forma infinitiva.
Esta alternativa é correta. Na expressão "em regulá-la", "regular" é utilizado na voz ativa, sendo apresentado na forma infinitiva, o que permite que este verbo funcione como uma ação a ser realizada. No infinitivo, o verbo não é conjugado e mantém sua forma pura.

Alternativa D: O verbo “tornar-se” é transitivo direto.
Essa alternativa está errada. O verbo "tornar-se" é um verbo pronominal que exige um adjunto adverbial e não um objeto direto, pois sua estrutura implica uma mudança de estado ou condição. Em "tornar-se", o pronome reflexivo "se" indica que o sujeito passa a ter um novo estado.

Alternativa E: “em regulá-la” exerce a função de adjunto adnominal.
Essa opção é falsa. A expressão "em regulá-la" não atua como adjunto adnominal. Em vez disso, ela exerce a função de complemento verbal, ligado ao verbo “incapacidade”. Um adjunto adnominal, por definição, modifica um substantivo, e essa expressão está mais diretamente ligada à ação expressa.

Conclusão: A análise das alternativas demonstrou que a alternativa correta refere-se à forma do verbo "regular", que está no infinitivo. Portanto, a alternativa correta é a **C**.

Gabarito: Letra C

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/67f542aee2454f494e0a90deintegri-2016-prefeitura-de-mogi-mirim-sp-tecnico-em-informatica-prova2628.jpg"></center>
 Eisvaissai logo pa eischega cedo. A língua que a gente fala pode ser assim no futuro. Não entendeu? De acordo com a gramática atual, seria: Eles vão sair logo para chegar cedo. Lendo em voz alta, nem é tão distante do que se ouve por aí, pois a fala do presente traz pistas da gramática do futuro. Mesmo assim, brasileiros de hoje dificilmente se entenderiam com os do ano 2500 ou com portugueses de 1500.
 Para qualquer língua, 5 séculos é muito tempo: só para citar um exemplo, usar o verbo “ter” com sentido de “existir”, fundamental em qualquer conversa, é coisa de 100 anos pra cá. Pense na dificuldade que temos com a Carta do Descobrimento, de Pero Vaz de Caminha. Para decifrar da marinhagem e das singraduras do caminho, é preciso um dicionário, como no estudo de um novo idioma. Essas mudanças ocorrem porque línguas são metamorfoses ambulantes, moldadas pelas necessidades dos usuários, não pelas regras gramaticais.
 É como se o português do Brasil fosse uma sopa eternamente no fogo que recebe ingredientes e temperos e ao longo do tempo vai tendo o seu sabor alterado. Palavras nascem, crescem ou se encurtam, se combinam, mudam de sentido e de pronúncia e, um dia, morrem. Que gosto isso vai ter a gente não garante, mas. Bom apetite.

Questões de Português - Verbos: tempos e modos