 presente em que acontecem os fatos apresentados.

 presente em que o texto é lido antes de ser publicado.

 passado que se pretende aproximar do leitor.

 futuro no qual os fatos apresentados ocorrerão.

 futuro que se espera para os fatos apresentados.

Nesta questão é explorado o uso do verbo “ser” conjugado no presente “é sepultado”, o qual, apesar de referir-se a um fato do passado – o sepultamento ocorrido – exerce a função de aproximar o leitor da narrativa, conferindo-lhe vivacidade. Essa técnica é conhecida como “presente da narração”, amplamente utilizada em textos jornalísticos e narrativas para tornar os acontecimentos mais dinâmicos e atuais.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: A alternativa indica que o presente representa o momento em que os fatos estão ocorrendo. Contudo, o conteúdo do texto descreve eventos que já aconteceram (a morte, a chegada do corpo, o sepultamento, etc.), descartando essa opção, pois a narrativa não relata fatos em tempo real.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B: Esta alternativa sugere que o presente indica o momento anterior à publicação do texto. Entretanto, esse uso do presente não se relaciona com o período de produção textual, mas sim com a estratégia de narração utilizada.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: A alternativa correta, pois explica que o presente “é sepultado” tem o propósito de aproximar o leitor da ação narrada, mesmo sabendo que os fatos pertencem ao passado. O chamado “presente histórico” ou “presente da narração” é uma estratégia estilística que confere vivacidade e dinamismo à narrativa.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D: Aqui, a sugestão é de que o presente indica um fato futuro, o que é incompatível com o relato, já que os acontecimentos já ocorreram.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa E: A alternativa aponta para um futuro desejado ou esperado, o que também não se adequa à situação, pois o texto relata um fato consumado e não uma expectativa.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa C está correta, pois caracteriza o uso do presente (“é sepultado”) como uma estratégia narrativa para conferir proximidade e vivacidade à narração dos fatos passados. Essa técnica é comum na produção jornalística, possibilitando que o leitor sinta como se estivesse acompanhando os acontecimentos de forma imediata. Assim, o emprego do “presente da narração” ajuda a dar um efeito de atualidade e dramaticidade à história, o que facilita a identificação e o engajamento do público com os eventos relatados.

Gabarito: Letra C

1     Familiares do representante comercial Thiago
   Almeida de Paula, de 37 anos, que morreu na queda
   do avião da VoePass, na cidade de Vinhedo, no interior
4  de SP, na última sexta‑feira (9), se despediram dele com
   homenagens, nesta quinta‑feira (15). O sepultamento
   aconteceu em um cemitério Mossoró, onde ele morava.
7     O corpo chegou à cidade do Oeste potiguar nesta
   quarta‑feira (14) e foi velado em uma igreja evangélica
   frequentada por Thiago, no bairro Doze Anos.
10   Na chegada, a esposa, a mãe e os filhos
   carregaram uma faixa em homenagem a ele. Na
   despedida, houve aplausos e emoção de familiares
13 e amigos.
      Foram entregues flores brancas e deixadas várias
   coroas de flores no local, em demonstração de carinho a
16 Thiago. Mãe do representante comercial, Lúcia Almeida
   lembrou da alegria do filho.
      Natural de Fortaleza, Thiago Almeida chegou
19 há mais de 20 anos em Mossoró e atuava como
   representante comercial na área de materiais de
   construção, madeiras e ferragens. Ele tinha viajado ao
22 Paraná para participar de uma convenção de vendedores.


 Entrou no recinto cantando o hino nacional.

 Tendo sido advertido, passou a obedecer.

 Acordou, escrevendo uma reclamação para a empresa.

Na frase “os agentes foram até a clínica”, a forma verbal “foram” corresponde à 3ª pessoa do plural do verbo “ir”. Trata-se de um verbo de movimento que, por si só, não admite complemento verbal direto, mas sim adjuntos adverbiais, como, por exemplo, o termo “até a clínica”, que indica o destino. Assim, “ir” é considerado um verbo intransitivo, pois sua estrutura não pressupõe a existência de um objeto direto, mas pode ser acompanhado por argumentos que completam o sentido, como os adjuntos de lugar.

Em outras palavras, a ação de “ir” está completa sem a necessidade de outro termo que sofra a ação do sujeito. Podemos ilustrar esse conceito com outros verbos intransitivos de movimento, como “chegar”, “cair” ou “andar”. Por exemplo, em “ela chegou cedo” ou “os meninos andaram distraidamente”, os verbos “chegar” e “andar” exercem a função intransitiva, apesar de poderem vir acompanhados de expressões adverbiais que indicam circunstâncias de tempo, modo ou lugar.

Importante ressaltar que, mesmo se a forma verbal “foram” pudesse vir acompanhada de complementos que indicam direção ou destino, isso não altera sua classificação como verbo intransitivo. Essa característica é fundamental para a compreensão dos recursos sintáticos na construção de sentido e coerência textual, especialmente em reportagens e textos jornalísticos, como o apresentado na questão.

Portanto, a afirmativa de que “na linha 5, a forma verbal ‘foram’ é um verbo intransitivo” está correta, pois confirma que o verbo “ir” atua de forma intransitiva no enunciado citado.

Gabarito: Letra C

Na linha 5, a forma verbal “foram” é um verbo intransitivo.



1      Após receber denúncias anônimas, a Polícia Civil investiga Vinicius Nogueira Martins, de 26 anos, por exercício ilegal
da profissão.
       Nas redes sociais ele se apresentava como dentista e proprietário da Clínica Nogueira. O falso profissional chegou a
4ser detido no dia 8 de novembro, em Suzano, na Grande São Paulo.
       Segundo o boletim de ocorrência, os agentes foram até a clínica no Centro da cidade e encontraram o suspeito
preparando instrumentos para atendimento de uma paciente que esperava na recepção.
7      Outra informação que chama atenção é que no perfil nas redes sociais da Clínica Nogueira o responsável técnico não
é Vinicius Martins e sim Bruno Souza. Além disso, o número de registro no Conselho Regional de Odontologia é informado.
       Na delegacia, três vítimas foram ouvidas. Todas confirmaram ter recebido atendimentos odontológicos do suspeito
10   em ocasiões anteriores. Uma delas informou ainda que teria um novo atendimento marcado com o suspeito.
      Segundo a polícia, o suspeito não quis prestar depoimento e permaneceu calado. Com ele, foram apreendidos um
celular e diversos materiais de uso odontológico. “Foi instalado o inquérito para apuração dos fatos de maneira minuciosa.
13    Nós estamos procurando eventuais vítimas. E levantando informações sobre os locais que ele atuou, algumas postagens que
ele se identificava como doutor Vinícius e que possuía uma habilitação profissional que de fato não acontecia”, explica o
delegado Lourival Noronha.
16    Após o registro da ocorrência, o suspeito foi liberado. O suspeito nas redes sociais se identifica como “doutor” e
“proprietário da Clínica Nogueira”, entretanto, o “profissional”, que não possui registro no Conselho Regional de Odontologia
de São Paulo (CROSP), acumula uma lista de prejuízos que deixou para as vítimas.
19    Uma delas foi Monique Palermo, que procurou o falso dentista na intenção de fazer um clareamento e foi convencida
por ele a colocar lentes de resina. Segundo Monique, Vinicius e o dono do consultório que colocaram as lentes. Ela afirma
que tinha momentos que Vinicius não sabia como fazer e o dono do consultório auxiliava.
22    Após esses problemas, a vítima decidiu retirar o procedimento. Entretanto, Vinicius Nogueira Martins desapareceu.
“Quem continuou o atendimento para mim foi o dono do consultório. Na hora da remoção, ele aplicou bastante anestesia,
só que eu sentia muita dor, muita dor mesmo, eu me contorcia na cadeira dele. Ele estava removendo o esmalte do meu
25  dente, minha dentina chegou a ficar exposta, machucou minha gengiva também. O procedimento foi tão doloroso que não
deu nem tempo de terminar, doeu tanto que fiquei com excesso de resina, fui embora para casa com o dente todo estragado,
deformado”, relata.
28    A vítima conta que, com o falso dentista, gastou R$ 2.180, parcelado em 10 vezes. “Depois, acabei sendo demitida e
peguei um empréstimo. Depois, com a terceira dentista, que graças a Deus deu tudo certo, chegou ao valor de R$ 30 mil no
total. Eu também tive que dar uma entrada de R$ 3 mil, esse valor de empréstimo acabou virando R$ 8.888, fora o que eu
31  estou pagando para ela por fora”.


De acordo com o texto, julgue o item seguinte.


Questões de Português - Verbos: tempos e modos