A questão compreende temas referentes a uma adequada interpretação do texto, bem como modos verbais. Com base nisso, analisemos as assertivas:Assertiva I - Errado - O texto se dirige ao receptor e, por isso mesmo, utiliza a segunda pessoa do discurso, "você", a pessoa com quem se fala. Assertiva II - Certo - O verbo "deixar" exprime um conselho, uma ordem. Por isso, temos um caso no imperativo. Logo, a alternativa que corresponde às assertivas é a "b". Resposta: Letra B.

 Com crise econômica, houve pessoas desamparadas.

 É preciso que hajam muitas roupas no estoque da loja.

 Haviam mortos e pessoas feridas nos destroços do avião.

 Ana estava naquela escola há dez meses, aproximadamente. 

Análise Geral da Questão:

Nesta questão, é exigido que o candidato identifique em qual alternativa o verbo haver está empregado corretamente, considerando os sentidos de existir, ocorrer, decorrer e fazer (tempo). Trata-se de avaliar tanto a semântica quanto a concordância verbal, tendo em vista que o verbo haver, quando empregado no sentido de “existir”, é impessoal e, portanto, deve permanecer sempre na terceira pessoa do singular.

Análise das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: “Com crise econômica, houve pessoas desamparadas.”
 <ul>
 <li>O verbo haver é empregado com o sentido de “existir” (ou “ocorrer”). Como verbo impessoal, ele deve aparecer na forma singular, independentemente do núcleo do sujeito (“pessoas desamparadas”).</li>
 <li>A forma “houve” está, portanto, correta, pois respeita a regra de impessoalidade de haver quando significa “existir”.</li>
 </ul>
 </li>
 <li>Alternativa B: “É preciso que hajam muitas roupas no estoque da loja.”
 <ul>
 <li>Nesta alternativa, o verbo haver também está empregado com o sentido de “existir”, mas, por ser impessoal, deve ser conjugado na terceira pessoa do singular. Assim, o correto seria “haja” e não “hajam”.</li>
 <li>A forma “hajam” está incorreta, pois incorre no erro de concordância.</li>
 </ul>
 </li>
 <li>Alternativa C: “Haviam mortos e pessoas feridas nos destroços do avião.”
 <ul>
 <li>O verbo haver empregado com o sentido de “existir” permanece impessoal e, portanto, invariavelmente no singular.</li>
 <li>A forma “haviam” está em desacordo com essa norma, pois há concordância errônea com o plural “mortos e pessoas feridas”.</li>
 </ul>
 </li>
 <li>Alternativa D: “Ana estava naquela escola há dez meses, aproximadamente.”
 <ul>
 <li>Nesta frase, o haver é empregado com o sentido de “fazer” (indicação temporal), e a expressão “há dez meses” é a forma consagrada para indicar o tempo decorrido.</li>
 <li>A expressão “há dez meses” está correta; contudo, esta alternativa utiliza o haver com valor temporal e não com o sentido de “existir” ou “ocorrer”, conforme destacado no enunciado.</li>
 </ul>
 </li>
</ul>

Diante da análise, observamos que a alternativa A utiliza o verbo haver no sentido de “existir” de maneira correta, com a forma impessoal “houve”, que não se altera, mesmo havendo um complemento plural. Embora a alternativa D também apresente o verbo haver empregado adequadamente para indicar tempo decorrido (“há dez meses”), o enunciado da questão enfatiza os sentidos de “existir, ocorrer, decorrer” e, portanto, a alternativa A evidencia o emprego desse sentido de forma clara e exemplar.

Portanto, com base na explicação e na norma culta da língua, a alternativa correta é a alternativa A.

Gabarito: Letra A

 contribui para a atual crise, por ser ilegítima sua conjugação.

 gera preconceito linguístico em relação ao uso desse verbo.

 faz com que, no presente, nenhum brasileiro possa falir.

 leva qualquer brasileiro à falência no futuro do presente.

Nesta questão, o autor utiliza o humor para comentar sobre a natureza defectiva do verbo “falir”. Utilizando argumentos que mesclam a gramática normativa com trocadilhos, o texto propõe uma leitura irônica acerca da conjugação verbal que, em regra, exclui o presente do indicativo para determinadas pessoas e o presente do conjuntivo. Essa premissa gera um cenário no qual se discute a impossibilidade de ocorrer o “falir” no presente, mesmo que se possa ter falido no passado ou vir a falir no futuro. O humor na escrita evidencia, portanto, uma crítica sutil à rigidez das regras verbais e a uma eventual crise figurada que decorre dessa “falha” na conjugação.

Analisando as alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Afirma que o verbo contribui para a atual crise por ser ilegítima sua conjugação. Essa alternativa não reflete a proposta humorística e ironicamente normativa do texto, que não fala de uma crise real causada pela conjugação.</li>
 <li>B) Sugere que o verbo gera preconceito linguístico. Contudo, o texto não trata de preconceito, mas sim das limitações impostas pela conjugação defectiva do verbo, utilizando o humor para enfatizar a impossibilidade de uso em determinados tempos verbais.</li>
 <li>C) Indica que, no presente, nenhum brasileiro possa “falir”, pois é uma forma verbal considerada inexistente ou ilegítima. Esta alternativa está em perfeita consonância com o argumento central do texto, evidenciando a incapacidade de empregar o presente do indicativo (ou do conjuntivo) para o verbo, conforme a regra mencionada.</li>
 <li>D) Afirma que o verbo leva qualquer brasileiro à falência no futuro do presente, o que não é abordado de forma alguma pelo autor. A ideia de “falência” futurística não se articula com a crítica humorística sobre a conjugação defectiva apresentada.</li>
</ul>

Dessa forma, a alternativa C é a que efetivamente capta o cerne do comentário proposto pelo autor, ou seja, a impossibilidade de que um brasileiro utilize adequadamente a forma verbal “fale” no presente.

A questão explora a relação entre a gramática normativa e a criatividade na escrita, mostrando que regras aparentemente rígidas podem ser subvertidas em contextos humorísticos e críticos. Dessa maneira, o candidato deve compreender não apenas a estrutura gramatical, mas também a intenção comunicativa do autor.

Gabarito: Letra C

Leia este texto.

Nem tudo são más notícias, em termos gramaticais.
Em português, é muito difícil uma pessoa ir à falência.
Justifico esta ideia com a seguinte teoria fascinante: normalmente, considera-se que o verbo falir é defectivo.
Significa isso que lhe faltam algumas pessoas, designadamente a primeira, a segunda e a terceira do singular e a terceira do plural do presente do indicativo e todas as do presente do conjuntivo. Não se diz “eu falo”, “tu fales”, nem “ele fale”. Não se diz “eles falem”.

Todos os modos e tempos verbais do verbo falir se admitem, com exceção de quatro pessoas do presente do indicativo e todo o presente do conjuntivo. Em que medida é que isso é bom? [...] Não é possível falir, presentemente, no Brasil.

“Eu falo” é uma declaração ilegítima. Podemos aventar a hipótese de vir a falir, porque “eu falirei” é uma forma aceitável do verbo falir. E quem já tiver falido não tem salvação, porque também é perfeitamente legítimo afirmar: “eu fali”. Mas ninguém pode dizer que, neste momento, fale.

Acaba por ser justo que o verbo falir registre essas falências na conjugação. Justo e útil, sobretudo em tempos de crise. Basta que os brasileiros vivam no presente — que, além do mais, é dos melhores tempos para se viver — para que não falam (outra conjugação impossível).

Não deixa de ser misterioso que a língua portuguesa permita que, no passado, se possa ter falido e até que se possa vir a falir, no futuro, ao mesmo tempo que inviabiliza que se fala, no presente. Se eu nunca falo, como posso ter falido? Se ninguém fale, por que antever que alguém falirá? 


Na frase apresentada, o verbo “proíbe”, oriundo do verbo “proibir”, está empregado de maneira a indicar uma ação de forma afirmativa e constante. Ao observarmos a forma “proíbe”, concluímos que ele corresponde à 3ª pessoa do singular do presente do indicativo. Este tempo verbal é utilizado para expressar fatos que ocorrem no momento atual, constatações universais ou realidades que se apresentam como verdades incontestáveis. Assim, ao ser afirmada no episódio noticioso, a ação de “proibir” está representando uma decisão vigente, demonstrada pelo fato concreto de a lei ter sido aprovada e de que suas consequências se farão sentir em breve.

Análise das alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A – Infinitivo: O infinitivo do verbo “proibir” é “proibir” mesmo, sem conjugações específicas de tempo ou pessoa, o que não é o caso utilizado na frase.</li>
 <li>Alternativa B – Imperativo afirmativo: O imperativo determina uma ordem ou solicitação. Se o verbo “proibir” estivesse no modo imperativo, sua forma para a 2ª pessoa seria “proíbe” (informal) ou “proíba” (formal), mas a intenção não é comandar, e sim declarar um fato. Portanto, essa alternativa não se aplica.</li>
 <li>Alternativa C – Presente do indicativo: Esta é a alternativa correta, pois “proíbe” está conjugado de acordo com a norma gramatical para indicar uma ação que ocorre no presente, correspondendo à forma “ele/ela proíbe”.</li>
 <li>Alternativa D – Presente do subjuntivo: No presente do subjuntivo, a forma do verbo “proibir” seria “proíba” para a 1ª ou 2ª pessoa do singular ou “proíba” para a 3ª pessoa, e é usado para expressar dúvida, possibilidade ou condições, o que não se coaduna com a declaração factual do texto.</li>
</ul>

Dessa forma, a análise dos tempos e modos verbais demonstra que o verbo destacado “proíbe” está de fato flexionado no presente do indicativo, confirmando que a alternativa correta é a letra C. Essa forma verbal é essencial para dar clareza e objetividade à informação noticiosa, garantindo que o fato comunicado se apresente como uma realidade inquestionável e atual.

Gabarito: Letra C

<center>Depois de ter sido aprovado na véspera pela Câmara Baixa do Parlamento, o Senado votou nesta quinta-feira a favor da regulamentação pioneira</center>
A Austrália aprovou, nesta quinta-feira (28), uma lei histórica que proíbe o acesso de menores de 16 anos às redes sociais, uma das medidas mais severas do mundo para manter os adolescentes afastados de plataformas como Facebook, Instagram e X.

Depois de ter sido aprovado na véspera pela Câmara Baixa do Parlamento, o Senado votou nesta quinta-feira a favor da regulamentação pioneira, e as redes sociais serão em breve obrigadas a tomar “medidas razoáveis” para impedir que os adolescentes tenham contas nas suas plataformas.

As empresas de tecnologia, que enfrentam multas de até 50 milhões de dólares australianos (32,5 milhões de dólares americanos ou 189 milhões de reais) por não cumprimento, qualificaram a legislação como “precipitada”, “problemática” e “imprecisa”.

O primeiro-ministro de centro-esquerda, Anthony Albanese, que disputará a reeleição em 2025, fez campanha a favor desta lei e pediu o apoio dos pais.

Albanese descreveu as redes sociais como “plataformas onde se exerce pressão de grupo, provocadoras de ansiedade, canais para golpistas e, o pior de tudo, uma ferramenta para predadores online”.

“Quero ver as crianças longe dos seus dispositivos e em campos de futebol, piscinas e quadras de tênis”, disse Albanese em entrevista em setembro.

No papel, a proibição é uma das mais rigorosas do mundo, mas atualmente não está claro como as empresas de redes sociais irão aplicá-la.

Levará pelo menos 12 meses para que os detalhes sejam finalizados e a proibição entre em vigor.

Algumas empresas, como WhatsApp e YouTube, provavelmente receberão isenções.

A legislação será acompanhada de perto por outros países, incluindo muitos que cogitam proibições semelhantes.

 transitivo direto, e seu complemento é “O corpo”, não preposicionado.

 transitivo indireto, e seu complemento é “à cidade do Oeste potiguar”, preposicionado.

 transitivo direto e indireto, sendo o complemento direto o termo “à cidade” e o complemento indireto o termo “do Oeste potiguar”.

 intransitivo, já que não foi empregado com complementos.

 copulativo, ou de ligação, já que liga o sujeito “O corpo” ao predicativo do sujeito “à cidade do Oeste potiguar”.

Na frase “O corpo chegou à cidade do Oeste potiguar nesta quarta‑feira (14)”, o verbo “chegou” exerce função intransitiva. Isso significa que ele não exige um objeto direto ou indireto para que sua ideia seja completada, funcionando de forma completa apenas com o seu significado e com o auxílio de adjuntos adverbiais, que no caso são “à cidade do Oeste potiguar” e “nesta quarta‑feira”. Estes termos servem para indicar circunstâncias de lugar e tempo, respectivamente, e não integrando o verbo no sentido de complemento necessário para o seu significado.

Análise das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Transitivo direto, e seu complemento é “O corpo”, não preposicionado. – Incorreto, pois “chegou” é intransitivo. O termo “O corpo” é o sujeito da oração e não um complemento verbal. Portanto, o verbo não exige objeto direto.</li>
 <li>B) Transitivo indireto, e seu complemento é “à cidade do Oeste potiguar”, preposicionado. – Incorreto, pois, apesar de “à cidade do Oeste potiguar” ser formado com preposição, ele é um adjunto adverbial de lugar. O verbo “chegou” não precisa de complemento preposicionado para completar seu sentido, mantendo-se, assim, intransitivo.</li>
 <li>C) Transitivo direto e indireto, sendo o complemento direto o termo “à cidade” e o complemento indireto o termo “do Oeste potiguar”. – Incorreto, pois não há divisão desse termo em complemento direto e indireto. A expressão funciona unicamente como adjunto adverbial de lugar, e o verbo “chegou” continua carecendo de objeto, caracterizando-o como intransitivo.</li>
 <li>D) Intransitivo, já que não foi empregado com complementos. – Correto. O verbo “chegou” não exige complemento, e os termos que se apresentam na oração atuam apenas como adjuntos adverbiais que indicam circunstâncias de lugar e tempo.</li>
 <li>E) Copulativo, ou de ligação, já que liga o sujeito “O corpo” ao predicativo do sujeito “à cidade do Oeste potiguar”. – Incorreto, pois inverte-se a função do verbo “chegar”. Verbos de ligação, como “ser”, “estar” e “ficar”, ligam o sujeito a um predicativo, mas “chegar” é um verbo de movimento, que não exerce função de ligação.</li>
</ul>

A questão ressalta o entendimento da classificação dos verbos e dos complementos verbais, diferenciando-os dos adjuntos adverbiais. Assim, por meio desse cuidado em diferenciar os termos imprescindíveis para o sentido do verbo e os que apenas acrescentam informações circunstanciais, concluímos que o verbo “chegou” é, de fato, intransitivo, pois não requer complemento para completar seu significado principal.

Com base na análise apresentada, a resposta correta é a alternativa D.

Gabarito: Letra D

1     Familiares do representante comercial Thiago
   Almeida de Paula, de 37 anos, que morreu na queda
   do avião da VoePass, na cidade de Vinhedo, no interior
4  de SP, na última sexta‑feira (9), se despediram dele com
   homenagens, nesta quinta‑feira (15). O sepultamento
   aconteceu em um cemitério Mossoró, onde ele morava.
7     O corpo chegou à cidade do Oeste potiguar nesta
   quarta‑feira (14) e foi velado em uma igreja evangélica
   frequentada por Thiago, no bairro Doze Anos.
10   Na chegada, a esposa, a mãe e os filhos
   carregaram uma faixa em homenagem a ele. Na
   despedida, houve aplausos e emoção de familiares
13 e amigos.
      Foram entregues flores brancas e deixadas várias
   coroas de flores no local, em demonstração de carinho a
16 Thiago. Mãe do representante comercial, Lúcia Almeida
   lembrou da alegria do filho.
      Natural de Fortaleza, Thiago Almeida chegou
19 há mais de 20 anos em Mossoró e atuava como
   representante comercial na área de materiais de
   construção, madeiras e ferragens. Ele tinha viajado ao
22 Paraná para participar de uma convenção de vendedores.


Questões de Português - Verbos: tempos e modos