Hey! Vamos analisar essas referências dos termos destacados no texto, certo? Primeiro, o termo "o" no contexto de "se o temos" claramente se refere ao "resfriado", que foi mencionado logo antes, na fala do dono do restaurante. Ele estava perguntando aos clientes se eles também estavam resfriados. 
 
Agora, quanto ao "lhe" em "O garçom estendeu-lhe o menu", o texto mostra que seu Adelino estava sentando para jantar e o garçom se dirigia a ele oferecendo o menu. Portanto, "lhe" aqui refere-se a "seu Adelino". 
 
Observando as alternativas, a letra A informa que os termos se referem, respectivamente, a "resfriado" e "seu Adelino". Isso confirma a nossa análise, dando um match perfeito com o contexto descrito no texto. 
 
Portanto, não vamos nos perder em confusões. A alternativa correta é A.

O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece, antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que mexem com ele na alma.

 Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).

 Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora, especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.

 Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar: 

 − Que tal um fígado acebolado? 
 − Acabou, madame − atalhou o garçom.
 − Deixe ver… Assada com coradas, está bem? 
 − Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu a cabeça.
 − Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz… 
 − Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias que me servem feijão ao almoço − ponderou.

 A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom: 

 − Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a pedida.

 Da cozinha veio a informação: 

 − Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer? 
 − Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo.

 Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino: 

 − Está uma beleza! 
 − Não acho muito não − retorquiu, inapetente.

 O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser desejado bom apetite. Em silêncio.
Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o: 

 − Como é, está bom? 

 Com um risinho meio de banda, fez a crítica: 

 − Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai! 

 A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come em casa de d. Concessa. E foi detalhando: 

 − Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, pimentão, azeite de verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e ainda acrescentam um ovo… 

 Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso aberto: 

 − Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, daquelas… Um santo, santíssimo prato! 

 Mas, encarando o concreto: 

 − Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência! 
 − Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o senhor se consolar. Não tinha, infelizmente.

 conjunto de instrumentos de sopro e percussão.

 tira de tecido usado como acabamento ou enfeite.

E aí, galera! Vamos destrinchar essa questão sobre o significado da palavra “banda” no texto, beleza? No trecho mencionado, a palavra é usada para descrever a maneira como o personagem Seu Adelino sorri, mais especificamente, ele “fez a crítica com um risinho meio de banda”. Aqui, a palavra não tem nada a ver com música ou qualquer coisa do tipo. Também não está se referindo a um grupo de coisas ou pessoas nem a uma tira de tecido. 
 
 
 
Na real, quando falamos que alguém deu um sorriso “de banda”, estamos dizendo que o sorriso foi meio lateral, sabe? Não é um sorriso total, aberto, mas sim, um sorriso que puxa mais um lado da boca que o outro, mostrando um tipo de ironia ou sutil desdém. Isso encaixa perfeitamente com o comportamento de Seu Adelino, que não estava muito empolgado ou satisfeito com o tal bacalhau à Gomes de Sá. 
 
 
 
Portanto, a alternativa correta é a letra C, que define "banda" como "parte lateral; lado". Essa expressão transmite exatamente a ideia de que o sorriso foi mais pro lado, meio de canto, o que combina com a situação descrita no texto. 
 
 
A alternativa correta é C.

Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá

O garçom já tinha ido e voltado duas vezes

seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro

O prato foi servido, o azeite adicionado

o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa

E aí, galera! Vamos destrinchar essa questão sobre voz passiva de um jeito bem descolado para entender tudo direitinho? 
 
Primeiramente, para sacar quando uma frase tá na voz passiva, é bom lembrar que ela tem o famoso esquema de ter alguém (o agente) fazendo algo (ação) a alguém ou algo (paciente) sem que este "paciente" apareça como sujeito da ação. Vamos olhar nossas opções: 
 
A) "Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá" - Essa aqui é ativa e tem cara de novela, né? O garçom tá no comando, trazendo o prato. 
 
B) "O garçom já tinha ido e voltado duas vezes" - Outra ativa. O garçom tá aí dando um rolezinho, indo e voltando. 
 
C) "Seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro" - Mais uma ativa. Seu Adelino tá sendo o chefão, permitindo que os clientes mandem suas ideias pro cozinheiro. 
 
D) "O prato foi servido, o azeite adicionado" - Aí sim, encontramos a voz passiva! Não se diz quem serviu o prato ou adicionou o azeite; só que essas ações foram feitas. Isso é o que configura a voz passiva, o foco está na ação que acontece ao objeto. 
 
E) "O movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa" - Ativa também. Seu Adelino, sempre sociável, decidindo sentar-se ao lado de alguém. 
 
Resumindo, a frase na opção D é a única que está na voz passiva, como um verdadeiro Ninja das gramáticas ocultando quem fez a ação. Logo, a alternativa correta é D.

O garçom estendeu-lhe o menu e esperou

seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa

Vez por outra, indaga se a comida está boa

Uma noite dessas, o movimento era pequeno

seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro

Vamos quebrar isso aí em partes, falando de função sintática pra entender o que esses termos sublinhados estão fazendo nas frases. O termo "a fregueses mais antigos" na frase do texto está no papel de complemento indireto do verbo "oferece". Traduzindo isso para o bom português do dia a dia: aqueles fregueses antigos recebem alguma coisa do dono do restaurante, que é o sujeito da ação. 
 
Se liga agora em cada uma das alternativas para ver se elas batem com essa função: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
 <li>A) "O garçom estendeu-lhe o menu e esperou": aqui, o garçom é o sujeito da oração, ou seja, é a pessoa que está fazendo a ação de estender o menu. Logo, não é complemento de nada.</li> 
 <li>B) "seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa": "ao lado da antiga freguesa" é um adjunto adverbial de lugar, indicando onde Seu Adelino se sentou.</li> 
 <li>C) "Vez por outra, indaga se a comida está boa": essa parte sublinhada é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, funciona como objeto direto do verbo "indaga".</li> 
 <li>D) "Uma noite dessas, o movimento era pequeno": "Uma noite dessas" é um adjunto adverbial de tempo, dizendo quando ocorreu essa situação.</li> 
 <li>E) "seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro": olha só, "ao cliente" é o complemento indireto do verbo "faculta". Adelino está possibilitando alguma coisa ao cliente.</li> 
</ul> 
 
Aí está a nossa batida perfeita: a resposta certa é a alternativa E, porque em ambas as frases os termos sublinhados são complementos indiretos dos verbos. Que maravilha, hein? 
 
A alternativa correta é E.

Opa, vamos dar uma olhada nesse verbo e preposição aí! O trecho destacado na frase é "por aquele regime começado em janeiro, e de que desistimos." Aqui, a expressão "de que" é usada porque o verbo "desistir" exige a preposição "de". Agora, quando você fala que vai substituir "desistimos" por "renunciamos", a coisa muda de figura, sabia? O verbo "renunciar" pede a preposição "a" em vez de "de". 
 
Então, se a frase fosse reescrita usando "renunciamos", ela precisaria ser ajustada para acomodar a preposição correta que combina com "renunciar". A expressão correta para isso seria "ao qual", pois "ao" é a combinação da preposição "a" com o artigo definido "o", formando a estrutura certa para conectar com "regime", que é masculino singular. Portanto, o trecho ajustado ficaria: "por aquele regime começado em janeiro, e ao qual renunciamos." 
 
A alternativa correta é a letra C.

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