os olhos brilhando, desta vez em sorriso aberto (franco)

queixa-se do resfriado crônico (insignificante )

Enfim, autêntico papo-firme (genuíno)

sua leal conviva interpelou-o (fiel)

Seu Adelino emergiu da apatia (indiferença )

Para detonar essa questão, vamos mergulhar nas substituições propostas e analisar o impacto de cada uma delas no significado do texto. A pista crucial está na percepção das nuances dos termos. 
 
A) "os olhos brilhando, desta vez em sorriso aberto (franco)": Substituir "aberto" por "franco" não muda muito o sentido do trecho. Ambos os termos indicam uma expressão genuína e sincera. 
 
B) "queixa-se do resfriado crônico (insignificante)": Aqui está onde a mudança real acontece! "Crônico" implica em algo persistente e constante, enquanto "insignificante" minimiza a gravidade, sugerindo algo de pouca importância. A troca desses termos definitivamente altera a percepção da condição do resfriado. 
 
C) "Enfim, autêntico papo-firme (genuíno)": "Autêntico" e "genuíno" são sinônimos e têm conotações muito semelhantes, significando algo verdadeiro e sem falsificação. Portanto, substituir um pelo outro mantém o sentido original. 
 
D) "sua leal conviva interpelou-o (fiel)": "Leal" e "fiel" também são bastante próximos em significado, ambos descrevendo alguém que demonstra lealdade e confiança contínua. Mudar um pelo outro não altera drasticamente o significado. 
 
E) "Seu Adelino emergiu da apatia (indiferença)": "Apatia" e "indiferença" igualmente expressam um estado de falta de interesse ou emoção, mantendo o mesmo sentido quando substituídos. 
 
Portanto, a opção que provocaria uma alteração substancial no sentido do texto, devido à mudança de termo, é a B), onde "crônico" e "insignificante" têm impactos perceptíveis e diferentes sobre a condição descrita. 
 
A alternativa correta é B.

O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece, antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que mexem com ele na alma.

 Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).

 Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora, especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.

 Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar: 

 − Que tal um fígado acebolado? 
 − Acabou, madame − atalhou o garçom.
 − Deixe ver… Assada com coradas, está bem? 
 − Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu a cabeça.
 − Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz… 
 − Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias que me servem feijão ao almoço − ponderou.

 A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom: 

 − Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a pedida.

 Da cozinha veio a informação: 

 − Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer? 
 − Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo.

 Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino: 

 − Está uma beleza! 
 − Não acho muito não − retorquiu, inapetente.

 O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser desejado bom apetite. Em silêncio.
Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o: 

 − Como é, está bom? 

 Com um risinho meio de banda, fez a crítica: 

 − Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai! 

 A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come em casa de d. Concessa. E foi detalhando: 

 − Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, pimentão, azeite de verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e ainda acrescentam um ovo… 

 Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso aberto: 

 − Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, daquelas… Um santo, santíssimo prato! 

 Mas, encarando o concreto: 

 − Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência! 
 − Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o senhor se consolar. Não tinha, infelizmente.

Mano, essa questão tá pedindo pra gente identificar a relação sintática entre duas orações, baseada no trecho "Vendo que ele não se manifestava". Essa oração introdutória tá jogando um contexto que vai desencadear a ação da próxima oração, onde a conviva resolve perguntar a seu Adelino como ele encontrou o prato. A key aqui é perceber que a falta de manifestação dele (uma causa) é o que leva a conviva a perguntar sobre a comida (um efeito). Esse lance de causa e efeito é aquilo que todo mundo que ralou num granulado de gramática já viu. 
 
As outras opções tipo condição, finalidade, consequência ou oposição não têm muito a ver com o que está rolando no texto. Condicionais geralmente trazem um "se" ou algo parecido, finalidades seriam mais um "para que" ou equivalentes, consequência seria mais na linha de reações e coisas assim, e oposição seria a vibe de contrastes, sacou? 
 
Em resume, a conviva perguntou como estava o prato porque percebeu que seu Adelino não estava falando nada, o que demonstra a relação de causa entre não se manifestar e o ato de perguntar. Isso faz do "Vendo que ele não se manifestava" uma expressão de causa para a ação dela. 
 
A alternativa correta é E.

 Seu Adelino concordou que podia ser aquilo.

 Seu Adelino concordou que pudera ser aquilo.

 Seu Adelino concordou: − Podia ser isso.

 Seu Adelino concordou que poderá ser aquilo.

 Seu Adelino concordou: − Poderia ser isso.

E aí! Vamos dissecar essa questão maneira de transformação do discurso, que é algo que a gente vê bastante em questões de concursos. 
 
No caso da passagem de discurso direto para o discurso indireto, o que a gente faz é transformar a fala direta do personagem em uma narração que relata essa fala. Aqui, temos o Seu Adelino dizendo, "Pode ser isso", de forma direta. 
 
Agora, para mudar para o discurso indireto: 
1. Removemos as marcações de fala (aspirações, travessões, entre outros). 
2. Alteramos o verbo se for necessário, para combinar com o contexto narrativo no tempo certo. 
3. Ajustamos outros elementos para manterem o sentido original. 
 
No diálogo original, "Pode ser isso" implica uma aceitação presente do oferecimento do bacalhau. No discurso indireto, transformamos para "Seu Adelino concordou que podia ser aquilo." Aqui, a forma "podia" reflete o presente do indicativo, "pode", mantendo a temporalidade e sentido consistentes na transposição para o discurso indireto. 
 
Por processamento de eliminação: 
- A alternativa B usa "pudera", que é um tempo verbal passado e não reflete o tempo verbal presente correto para essa situação. 
- As alternativas C e E mantêm as marcas do discurso direto, o que não é o objetivo aqui. 
- A alternativa D, com "poderá", projeta para o futuro, o que também não está alinhado com o tempo presente do original. 
 
Então, a gente fica com a alternativa A como a mais certa para essa transformação de discurso. 
 
A alternativa correta é A.

Vamos quebrar essa questão para entender melhor, hein? Primeiro, olhando as palavras sublinhadas no texto: "a" qualquer coisa e "a" pedida. Agora, vamos analisar cada uso. 
 
1. No trecho "bacalhau a qualquer coisa", a palavra "a" é usada antes de "qualquer", que é um adjetivo. Aqui, "a" é uma preposição que tem a função de conectar o substantivo "bacalhau" com a expressão "qualquer coisa", indicando uma possibilidade ou um tipo. 
 
2. Já em "...há de achar isso a pedida", o termo "a" precede "pedida", que é um substantivo feminino. Nesse contexto, "a" funciona como um artigo definido feminino singular, especificando o substantivo "pedida". 
 
Portanto, neste caso: 
- O primeiro "a" é uma preposição. 
- O segundo "a" é um artigo. 
 
A alternativa correta é a letra B.

Seu Adelino emergiu da apatia

Da cozinha veio a informação

Vez por outra, indaga se a comida está boa

seu Adelino sacudiu a cabeça

Uma noite dessas, o movimento era pequeno

E aí! Vamos mergulhar nessa questão sobre concordância verbal, que parece ser o foco principal aqui. 
 
A pergunta quer saber qual verbo em negrito deve sua flexão ao termo sublinhado, né? E tu buscas entender como o verbo e o sujeito estão se conectando nessa questão de número e pessoa. 
 
Vamos dar uma olhada em cada alternative: 
 
A) Seu Adelino emergiu da apatia - o verbo "emergiu" é intransitivo aqui, e "da apatia" é uma locução prepositiva que funciona como complemento. O termo sublinhado não é o sujeito do verbo. 
 
B) Da cozinha veio a informação - Aqui, o verbo "veio" é intransitivo e expressa ação. O sujeito do verbo é "a informação", que está sublinhado. Então, o verbo concorda com "a informação" em número e pessoa. 
 
C) Vez por outra, indaga se a comida está boa - o termo sublinhado não é o sujeito do verbo "indaga"; é uma oração subordinada substantiva objetiva direta. 
 
D) seu Adelino sacudiu a cabeça - "a cabeça" é objeto direto do verbo "sacudiu". O sujeito é "seu Adelino". 
 
E) Uma noite dessas, o movimento era pequeno - "pequeno" está funcionando como predicativo do sujeito "o movimento" e não como sujeito do verbo "era". 
 
Dito isso, apenas na alternativa B o termo sublinhado é o sujeito que controla a flexão do verbo. Por isso, a alternativa correta é B.

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