Comentário: Em "a" - Errado: hipérbole é o exagero na declaração.Em "b" - Errado: pleonasmo é a redundância, porém, intencional, com a finalidade de conferir intensidade ao que foi dito. Em "c" - Certo: ironia: figura que consiste em se dizer o posto daquilo que pretende se dar a entender, ou seja, é dizer algo na intenção de afirmar exatamente o contrário. Em geral, é empregada com efeito depreciativo, como sarcasmo. No caso em tela, observamos que ilustração revela exatamente o oposto do que está sendo dito pela personagem, Em "d" - Errado: metáfora é a figura que consiste em uma comparação entre dois termos.Em "d" - Errado: metonímia é um tipo de metáfora, porém, em vez de fazer uma comparação entre dois termos, utiliza um termo por outro pela relação de semelhança resultante da subjetividade do autor. Resposta: Letra C.

o trabalhador tem mais consciência ecológica que os 
empresários.

o lenhador derrubou muitas árvores e está preocupado com 
o renascimento de uma delas.

as árvores foram derrubadas, mas há uma preocupação com 
o reflorestamento.

o operário rega o tronco da planta já derrubada.

a destruição é geral; no entanto, há esperança de 
renascimento.

Comentário: no primeiro momento, podemos entender que todas as alternativas são bastante semelhantes e fazem sentido, no entanto, é importante estar atento ao que foi solicitado no enunciado. Em "a" - Errado: na charge, não há referência à consciência.Em "b" - Certo: realmente, se configura como paradoxo o fato de ter-se derrubado tantas árvores e cuidar apenas da muda que renasce em um único tronco. Observe que a charge não afirma que foi esse lenhador que derrubou as árvores, mas a destruição no entorno e o machado na mão dele possibilitam essa inferência. &nbsp;Em "c" - Errado: o enunciado solicita um paradoxo, e derrubar árvores para posteriormente dar atenção do reflorestamento não é paradoxal. Isso pode ser, inclusive, o procedimento adotado pela empresa. O paradoxo no caso é derrubar tudo e se preocupar apenas com uma pequena muda. Em "d" - o ato de regar a muda sobre o tronco cortado não configura, por si só, um paradoxo. O lenhador poderia, por exemplo. plantar mais árvores para dar continuidade ao abate. &nbsp;Em "e" - Errado: a esperança do renascimento, por si só, não constitui paradoxo. Resposta: Letra B.

Vamos mergulhar na análise dessa questão que explora figuras de linguagem em um trecho do "Sermão da Sexagésima" pelo Pe. Antônio Vieira. Primeiramente, é importante entender o uso dos termos sublinhados no texto: boa, má, bons, e maus. 

O uso desses termos nessa forma sublinhada é essencial para entendermos a ideia de contraste que Vieira pretende transmitir. O emprego dos adjetivos "boa" e "má", bem como "bons" e "maus", estabelece uma relação direta de oposição entre os conceitos que eles modificam — bons resultados versus maus resultados, dependentes das condições oferecidas para o crescimento do trigo. 

Este tipo de relação é conhecido especificamente como antonímia, que é a figura de linguagem onde se usa termos com significados opostos (antônimos) para realçar certas características ou ideias por meio do contraste. Além disso, o Sermão utiliza essa antonímia para comparar não somente condições físicas (terras boas versus terras más) mas também para transmitir uma mensagem moral e espiritual mais profunda sobre a recepção da palavra de Deus em diferentes 'terras', ou seja, corações humanos. 

A questão pede especificamente que consideremos os termos sublinhados e seus papéis na construção dos sentidos do texto. A resposta correta é certamente focada na identificação dessa técnica estilística específica de usar antônimos para criar um efeito maior na mensagem transmitida. Assim, a alternativa que melhor se alinha com essa análise é "C ) Antonímias". 

A alternativa correta é C.

“Enxurrada de flashes, vibrações acústicas, sons distorcidos.” (1º§)

“[...] desconectada do real, mantém os olhos fixos no palco vazio.” (5º§)

“[...] marcar hora, identificar-se com o porteiro e justificar a espera e atenção.” (7º§)

“[...] desafiam os nossos valores, jogam-nos na vala comum das emoções cifradas.” (8º§)

Opa, vamos entender um pouquinho de figuras de linguagem hoje, bora lá? A questão aqui é identificar qual dos trechos não apresenta um exemplo de termos metafóricos, que são um tipo comum de figura de linguagem onde uma expressão é usada para significar algo que não é literal, ampliando o sentido original através de uma comparação implícita.

 

No trecho A, "Enxurrada de flashes, vibrações acústicas, sons distorcidos", a palavra "Enxurrada" é usada metaforicamente para descrever uma grande quantidade de flashes e sons, não uma água que corre violentamente, seu significado literal. Já dá pra sentir a intensidade, né?

 

O trecho B, "desconectada do real, mantém os olhos fixos no palco vazio", usa a imagem de um "palco vazio" como metáfora para representar uma falta de conteúdo ou substância no mundo virtual — ninguém está realmente apresentando algo significativo, mas todos estão assistindo. Sentiu a crítica?

 

Já em D, "desafiam os nossos valores, jogam-nos na vala comum das emoções cifradas", a expressão "vala comum das emoções cifradas" é uma metáfora que sugere que as emoções são simplificadas e banalizadas, como corpos em uma vala comum. Pesado, né?

 

Por fim, o trecho C, "marcar hora, identificar-se com o porteiro e justificar a espera e atenção", é basicamente literal. Descreve procedimentos padrão de etiqueta social e segurança, sem qualquer uso figurativo de linguagem. Aqui, não temos uma metáfora ou algo do tipo, só a realidade burocrática da vida.

 

A alternativa correta é C.

Ninguém precisa mais se preocupar em invadir a nossa privacidade. Nós nos expomos em rede global. 
 
Nosso mundo pós-moderno é fragmentado. Uma de suas expressões mais evidentes é o videoclipe. Enxurrada de 
flashes, vibrações acústicas, sons distorcidos. Rompe-se a linearidade, enquanto a simultaneidade embaralha passado, 
presente e futuro. Tudo é simuladamente aqui e agora. 
O Iluminismo, ancorado na literatura, cede lugar à digitalização frenética. Mundo que carece de sentido. Forma que 
dispensa conteúdo. A performance do artista ultrapassa a arte que ele produz. Seu nome vale mais que seu desempenho. 
A valoração dá lugar à exaltação. 
Einstein, que desnudou o mistério do Universo com suas equações, foi sucedido por Steve Jobs, que nos ofereceu 
maravilhas tecnológicas embaladas de refinamento estético, movidas a velocidade que desafia o cérebro humano. 
Agora a alienação já não resulta de ideologias que distorcem a realidade para nos incutir a mentira como verdade. 
Basta que sejamos deslocados do real para o virtual. Somos seres que trafegam simultaneamente em dois mundos: o da 
realidade de nossas necessidades e o da virtualidade de nossos sonhos e desejos. 
Trancados em nossos egos, avessos à sociabilidade, navegamos nas redes sociais que dispensam texto e contexto. 
Bastam vocábulos desconexos, abreviações, o balbuciar de sinais gráficos que nos conectam com a plateia global que, 
acomodada no teatro do mundo, desconectada do real, mantém os olhos fixos no palco vazio. 
As grandes narrativas são deletadas por esse tempo desprovido de memória e utopia. O passado passou, o futuro é 
uma quimera... Só resta o presente que se sucede prisioneiro da circularidade infinita. 
Ninguém ingressa em uma casa sem antes avisar ou ser convidado, marcar hora, identificar-se com o porteiro e 
justificar a espera e atenção. 
No entanto, centenas de pessoas invadem, pelas redes sociais, o nosso espaço privado, ferem a nossa sensibilidade 
com ofensas e desaforos, desafiam os nossos valores, jogam-nos na vala comum das emoções cifradas. Tudo se assemelha 
a um jogo de pingue-pongue com rede, porém sem mesa. 
Viciados em digitalização, aprisionados pela tecnologia que assegura retorno imediato ao capital, perdemos horas e 
horas da vida atirados ao ringue onomatopaico. Não navegamos, naufragamos. Deixamo-nos aprisionar pelas redes que 
nos favorecem a evasão de privacidade. 
Ora, ninguém precisa mais se preocupar em invadir a nossa privacidade. Nós mesmos nos expomos em rede global, 
arrancamos máscaras e roupas, escancaramos nossa indigência cultural e nossa miséria espiritual. 
Como artefato tecnológico, somos também apenas uma forma. Um objeto jogado aleatoriamente no turbulento mar 
da dessignificação. 
Escravos da virtualidade, acorrentados nas redes, não somos mais capazes de desligar o celular e de nos desligar 
dele. É ele que nos permite olhar o mundo pela janelinha eletrônica dessa prisão em que nos trancamos, cuja chave 
jogamos nas águas que cercam a ilha na qual nos isolamos, desprovidos de alteridade e sentido.

Olha, a questão que você trouxe está relacionada a uma figura de linguagem super comum na língua portuguesa, que é a antonomásia. Esse recurso estilístico ocorre quando um nome próprio é substituído por uma expressão que o caracteriza, mas sem explicitar diretamente o nome próprio. Isso funciona tanto para pessoas quanto para lugares e outras coisas.

 

Quando alguém fala "Cidade Maravilhosa" se referindo ao Rio de Janeiro, ou "Terra da Garoa" para São Paulo, tá rolando uma antonomásia. Esses apelidos não são apenas decorativos, mas carregam características muito marcantes dessas cidades, e por isso são usados para substituir os próprios nomes. Isso cria uma imagem mais vívida e até sentimental na mente de quem escuta.

 

O uso da antonomásia na linguagem não só facilita a identificação pela característica marcante, mas também enriquece o texto, dando um toque mais literário ou até poético. Super interessante, né?

 

A alternativa correta é B.

Questões de Português - Figuras de linguagem - Professor - Educação