E aí, vamos mergulhar na análise de acentuação dessa questão? Primeiro, vamos repassar rapidinho as regras de acentuação que vão nos ajudar hoje. 
 
1. Palavras paroxítonas: acentuamos quando terminam em l, n, r, x, ps, ã, ão, ou ditongo. 
2. Palavras oxítonas: acentuamos quando terminam em a, e, o, em ou ens. 
3. Palavras proparoxítonas: todas são acentuadas. 
4. Monossílabos tônicos terminados em a, e, o: possuem acento. 
 
Agora vamos revisar as alternativas, aplicando essas regras: 
 
A) biquinis / ate / hieroglifo. 
<ul> 
<li>biquinis é paroxítona terminada em s, não leva acento.</li> 
<li>ate é uma palavra monossílaba não tônica, sem acento.</li> 
<li>hieroglifo é uma paroxítona que termina em o, sem acento.</li> 
</ul> 
 
B) por / ama-la / chapeu. 
<ul> 
<li>por é uma forma verbal sem acento.</li> 
<li>ama-la não leva acento, é uma forma de verbos com pronomes átonos.</li> 
<li>chapeu é oxítona terminada em u, deveria levar acento, mas na forma apresentada não tem. A forma correta seria chapéu.</li> 
</ul> 
 
C) numero / vangloria / perpetua. 
<ul> 
<li>numero deveria ser acentuado como número.</li> 
<li>vangloria é paroxítona terminada em a, não leva acento.</li> 
<li>perpetua se for oxítona terminada em a, leva acento, mas se for paroxítona não tem acento.</li> 
</ul> 
 
D) historia / magoa / credito. 
<ul> 
<li>historia e credito deveriam ser acentuadas como história e crédito, respectivamente.</li> 
<li>magoa se for paroxítona terminada em a, deveria ser escrita como mágoa para indicar que é tônica.</li> 
</ul> 
 
E) teme-la / heroi / destroier. 
<ul> 
<li>teme-la é formada pelo verbo temer com o pronome átono ela; a hifenização indica que tem sido conjugada na forma imperativa, acentuamos o e porque fica como oxítona.</li> 
<li>heroi é acentuada por ser uma paroxítona terminada em i, a forma correta é herói.</li> 
<li>destroier é a forma brasileira para "destroyer", paroxítona terminada em ditongo, deveria levar acento, corretamente escrita como destróier.</li> 
</ul> 
 
Pelo visto, a alternativa correta é E, já que todas as palavras nesta opção estão acentuadas como deveriam.

Afirmativa certa – O acento diferencial caracteriza-se como um indicador da mudança de sentido entre vocábulos que apresentam a mesma grafia. Um exemplo disso é o caso em questão: o acento no verbo "pôr".Resposta: Certo.

O sinal de acentuação no verbo “pôr” (nono parágrafo) caracteriza o chamado acento diferencial.


    — Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...
    — Papai...
    — Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
    — Sim, senhor.
    — Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho hoje, dia da tua maioridade.
    — Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
    — Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem, meu querido filho, ouve-me e entende. (...)
    — Entendo.
    — Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...).
    — Mas quem lhe diz que eu... 
    — Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste nobre ofício.
Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão incompleto.


Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado anteriormente, julgue os itens a seguir.

Opa, vamos desvendar essa questão sobre acentuação gráfica, mais precisamente sobre proparoxítonas! Primeiramente, lembrando que palavras proparoxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é acentuada foneticamente, e sempre recebem acento gráfico, independentemente da situação.

 

Observando as alternativas temos:
<ul>
<li>A) possível - A sílaba tônica é 'pos' - antepenúltima sílaba. Ela é acentuada por ser uma proparoxítona.</li>
<li>B) indígenas - A sílaba tônica é 'di' - penúltima sílaba. Essa palavra é uma paroxítona, e não uma proparoxítona, apesar de estar acentuada por ser uma paroxítona terminada em "as".</li>
<li>C) sustentável - A sílaba tônica é 'tá' - penúltima sílaba. Esta também é uma paroxítona acentuada devido à terminação com 'l'.</li>
<li>D) também - A sílaba tônica é 'tém' - antepenúltima sílaba. Esta é acentuada como proparoxítona.</li>
</ul>

 

Analisando as palavras, 'possível' e 'também' são proparoxítonas, mas a alternativa correta assinalada pelo enunciado foi a letra B) "indígenas". De acordo com a análise, parece haver um erro na alternativa selecionada como correta. Se a questão visa identificar a palavra que é acentuada por ser proparoxítona, as alternativas corretas deveriam ser A) "possível" ou D) "também".

 

A alternativa correta é B, mas é importante mencionar que houve um mal-entendido na classificação dessa questão, a julgar pela análise correta de cada palavra.

    A ideia de nós, os humanos, nos descolarmos da terra, vivendo numa abstração civilizatória, é absurda. Ela suprime a diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos. Oferece o mesmo cardápio, o mesmo figurino e, se possível, a mesma língua para todo mundo.
    Para a Unesco, 2019 foi o ano internacional das línguas indígenas. Todos nós sabemos que a cada ano ou a cada semestre uma dessas línguas maternas, um desses idiomas originais de pequenos grupos que estão na periferia da humanidade, é deletada. Sobram algumas, de preferência aquelas que interessam às corporações para administrar a coisa toda, o desenvolvimento sustentável.
    O que é feito de nossos rios, nossas florestas, nossas paisagens? Nós ficamos tão perturbados com o desarranjo regional que vivemos, ficamos tão fora do sério com a falta de perspectiva política que não conseguimos nos erguer e respirar, ver o que importa mesmo para as pessoas, os coletivos e as comunidades nas suas ecologias. Para citar o Boaventura de Sousa Santos, a ecologia dos saberes deveria também integrar nossa experiência cotidiana, inspirar nossas escolhas sobre o lugar em que queremos viver, nossa experiência como comunidade. Precisamos ser críticos a essa ideia plasmada de humanidade homogênea na qual há muito tempo o consumo tomou o lugar daquilo que antes era cidadania.


Hey! Vamos mergulhar no mundo das palavras paroxítonas e suas regrinhas de acentuação gráfica. Segura aí que já te explico ponto a ponto das opções listadas na questão!

 

Amável: Essa é uma paroxítona terminada em "l". Segundo as regras, palavras paroxítonas que terminam em "l", "n", "r", "x", "ps", "ão", "um", "uns", "i", "is", "us", "ei", "oi" recebem acento. Logo, "amável" está corretamente acentuada.

 

Ímpar: Aqui temos outra paroxítona que, acabando em "r", também segue a regra de levar acento. Então, "ímpar" está corretamente acentuada.

 

Enjôo: Alerta de mudança pelo Acordo Ortográfico! As formas verbais com "oo" como "enjôo" perderam o acento circunflexo, tornando-se "enjoo". Portanto, está incorretamente acentuada nesse contexto.

 

Córtex: Temos aqui uma paroxítona terminando em "x". De acordo com as regras, essa palavra leva acento, então "córtex" está corretamente acentuada.

 

Bóia: Com o Novo Acordo Ortográfico, as paroxítonas com ditongos abertos "ei" e "oi" quando escritas com "i" e "u" tônicos em palavras paroxítonas também perderam seu acento. Assim, a forma correta seria "boia". Logo, "bóia" está incorretamente acentuada.

 

No final das contas, as palavras corretamente acentuadas são "amável", "ímpar" e "córtex". Seguindo o que foi apresentado, somente as afirmativas I, II e IV estão corretas, o que corresponde à alternativa correta é C.

Olá! Vamos juntos analisar a questão sobre a acentuação gráfica para garantir que você acerte no concurso, combinado? Primeiro, vamos detalhar cada uma das afirmativas para descobrirmos se são verdadeiras (V) ou falsas (F).

 

1. A palavra “óbvias” recebe acento gráfico pela mesma regra de “lúdicas”.
“óbvias” é uma palavra proparoxítona, por isso é acentuada. Já “lúdicas” é uma paroxítona terminada em "a", com acentuação no "u" devido ao hiato "u" tônico - ou seja, são situações diferentes de acentuação. Resposta: F.

 

2. A palavra “experiência” recebe acento gráfico pela mesma regra de “congênita” e “fazê-lo”.
“experiência” é acentuada por ser proparoxítona. “Congênita” também é proparoxítona. No entanto, “fazê-lo” é acentuado por ser uma forma verbal com um hiato entre "ê" e "lo." Portanto, as regras diferem um pouco. Resposta: F.

 

3. As palavras “áreas” e “possíveis” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente.
Exato! Ambas "áreas" e "possíveis" atendem a essa regra de acentuação gráfica para paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Resposta: V.

 

4. As palavras “déficit” e “traumática” obedecem à mesma regra de acentuação.
Errado. “déficit” é uma palavra estrangeira aportuguesada, sendo acentuada por ser proparoxítona aparente. “Traumática”, ao contrário, é uma palavra acentuada por ser proparoxítona conforme as normas do português. Resposta: F.

 

5. As paroxítonas “implacável” e “insustentável” são acentuadas por terminarem em “el”.
Essa é falsa. "Implacável" e "insustentável" são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em "l" e não apenas em "el", conforme regra geral da língua portuguesa. Resposta: F.

 

Portanto, após analisar cada afirmativa, temos que as verdadeiras são apenas as da opção C, que corresponde a F, F, V, F, F. Então, a alternativa correta é C.

Num recente debate com estudantes de Letras da USP, o crítico de arte e ficcionista Rodrigo Naves pôs lado a lado, numa boutade cheia de razão, Pelé e Machado de Assis. De fato, se a formação da literatura brasileira desemboca em Machado, a do futebol brasileiro desemboca em Pelé. Quem ousaria compará-los? Quem dirá quem é superior? Driblarei a questão indo direto ao ponto: como foram possíveis um ao outro? Ambos nos dão a impressão de render as condições que os geraram, como se pairassem acima delas. Render, aqui, significa submetê-las (a pobreza, o atraso, a situação periférica do país) levando-as as suas consequências máximas, e superando-as sem negá-las. A discrepância aparentemente berrante entre o escritor e o jogador de futebol contém nela mesma o xis do problema. Ambos são necessários para que se formule a trama de um país mal letrado e exorbitante, cujo destino passa pelas reversões entre a “alta” e a “baixa” cultura, pelo confronto e pelo contraponto das raças, pela palavra e pelo corpo, e cuja formação não poderia se dar apenas na literatura: o ser brasileiro pede minimamente – para se expor em sua extensão e intensidade – a literatura, o futebol e a música popular.
 Comparo Machado de Assis a Pelé (...) não porque sejam semelhantes como personalidades e estilos, mas porque ______ aquela similitude dos opostos complementares: além de todas as diferenças óbvias implicadas nos campos da literatura e do futebol, o foco de um ilumina o cerne da nossa incapacidade de escapar ao retorno vicioso do mesmo, e o do outro a nossa capacidade de invenção lúdica e a extraordinária potência da nossa promessa de felicidade. O que os ______ é a afirmação, na negatividade e na possibilidade, da consciência fulminante e da intuição em ato, assim como a capacidade de fazer o país saltar aos nossos olhos como melhor do que ele mesmo.
 Mas melhor do que ele mesmo supõe necessariamente um pior do que ele mesmo.
Machado de Assis radiografou de maneira implacável o nosso atraso como um descortino fulgurante, cujo avanço não paramos de descobrir. E só pôde fazê-lo da maneira que o fez, acredito eu, porque viu por dentro a sociedade de ponta a ponta – como condição entranhada em sua trajetória de vida – e porque deu uma poderosa forma nova .......
tradição literária acumulada. Mais do que atraso, no entanto, flagrou a paralisia congênita da alma nacional, se quisermos chamar desse modo o renitente sistema auto-ilusão compartilhada que refuga os golpes do real ...... custa de expedientes de acomodação e escape que _______ ileso o estado de coisas, mesmo quando insustentável.
 O futebol brasileiro é, por sua vez, o saldo ambivalente desse déficit, seu veneno e seu remédio prodigioso. Seria mais um mecanismo de fuga entre outros se não fosse, ao mesmo tempo, o campo em que a experiência brasileira encontrou uma das vias privilegiadas para atravessar o seu avesso e tocar as fraturas traumáticas que nos constituem e permanecem em nós como um atoleiro. Ele é a confirmação do paradoxo da escravidão brasileira como um mal nunca superado e, ao mesmo tempo, como um bem valioso em nossa existência, não pela escravidão enquanto tal – o que é óbvio e gritante aos céus –, mas pela amplitude de humanidade que desvelou. Por isso mesmo, ele figura como redenção e como falha irresolvida, como remédio irremediável em que pendulamos, na incapacidade de estender os seus dons vitoriosos e potentes ....... outras áreas da vida nacional – em especial à educação e à política, com implicações para todo o resto. E a mesma cegueira faz com que se queira gozar os seus efeitos como se fossem dados de presente e desde sempre e que se recuse ....... reconhecer o custo permanente da sua construção.

Questões de Português - Acentuação gráfica - Professor - Língua Portuguesa