Vamos mergulhar um pouco no mundo dos acentos gráficos para dar aquela turbinada na explicação, certo? A regra da acentuação gráfica em português pode parecer um bicho de sete cabeças, mas é só questão de prática e entender o porquê das coisas. 
 
Falando das palavras da questão: 
 
1. Científico: aqui o acento é por ser uma paroxítona terminada em "o". Mas cuidado, a forma "cientifico" (primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo cientificar) é uma palavra valida sem acento. 
 
2. **É**: essa é simplezinha, né? É a forma do verbo ser, e o acento distingue de "e" (conjunção). Então, não tem versão sem acento com o mesmo significado. 
 
3. **Até**: essa também causa uma certa confusão. "Até" é uma preposição e sempre tem acento. Mas, se você usar "ate" (sem acento), cai no verbo "atar" na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. São coisas diferentes! 
 
4. **Físico**: essa palavra leva acento porque é uma paroxítona terminada em "o". Mas aqui não tem palavra correspondente sem acento que mantenha o mesmo significado. Bingo, é essa a resposta! 
 
5. **Vítima**: aqui temos uma paroxítona terminada em "a". E assim como "físico", não existe uma alternativa validamente escrita sem acento que mantenha o mesmo significado. 
 
Assim, a palavra que só pode ser empregada com acento gráfico é "Físico", pois as outras alternativas incluem variantes sem acento com significados diferentes ou são acentuadas por outros motivos, mas não são exclusivamente acentuadas por definição. 
 
alternativa correta é D.

Deve‐se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir 
de  experimentos  científicos  em  laboratórios  com  o  uso  de 
animais,  parcela  considerável  do  exponencial  aumento  da 
expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a 
lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século 
passado  e  que  levavam  à  morte  prematura  ou  provocavam 
sequelas  irreversíveis,  hoje  podem  ser  combatidas  com  quase 
absoluta perspectiva de cura. 
Embora, por óbvio, o homem  ainda  seja  vítima de diversos 
tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou 
lenitivos,  a descoberta  em  alta  escala de novos medicamentos, 
particularmente  no  último  século,  legou  à  Humanidade  doses 
substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável 
viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias. 
A  legítima  busca  do  homem  por  descobertas  que  o 
desassombrem  do  fantasma  de  doenças  que  podem  ser 
combatidas com remédios e, em última  instância, pelo aumento 
da  expectativa  de  vida  está  na  base  da  discussão  sobre  o 
emprego de animais em experimentos científicos. Usá‐los ou não 
é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas 
grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em 
laboratórios em algum momento  já  se beneficiou da prescrição 
de  medicamentos  que  não  teriam  sido  desenvolvidos  sem  os 
experimentos nas salas de pesquisa. 
É  inegável  que  a  opção  pelo  emprego  de  animais  no 
desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a 
questão  não  é  se  o  homem  deve  ou  não  recorrer  a  cobaias; 
cientistas de todo o mundo,  inclusive de países com pesquisas e 
indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes 
em  considerar  que  a  ciência  ainda  não  pode  prescindir 
totalmente  dos  testes  com  organismos  vivos,  em  razão  da 
impossibilidade  de  se  reproduzir  em  laboratório  toda  a 
complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em 
relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles 
podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que 
protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido 
o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento 
físico.

Eita, bora analisar essa questão que exige um conhecimento afiado sobre as regras de acentuação gráfica, que às vezes pode ser um verdadeiro nó na cabeça, não é mesmo? Mas relaxa, que eu tô aqui para desembaraçar esse fio! 
 
Para detonar nessa questão, precisamos entender um pouco sobre os porquês de cada palavra citada no enunciado ser acentuada. Mapear isso é essencial, então vamos ver cada caso: 
 
1. Prévia: Esse "pré-" é um clássico exemplo de palavra acentuada por causa do hiato, o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente. 
 
2. Inevitável: Aqui o balacobaco é porque temos um "é" que é tônico em uma paroxítona. Os manuais de Português costumam chamar isso de "acentuação em paroxítona terminada em ditongo crescente". 
 
3. Experiências: Como a nossa Prévia, esta também cai na regra de ser acentuada por conta do hiato - "iê" tocando aquela vibe de duas vogais soando livremente. 
 
4. Pedagógicas: O "ó" aqui brilha mais que farol na proa porque é uma paroxítona terminada em ditongo oral, e elas sempre levam acento. 
 
Por fim, tem: 
5. Dê: Essa é daquelas monossílabas tônicas terminadas em "e". Simples e direto ao ponto. 
 
A questão quiz saber quantas regras são, e nesse caso temos 3 distintas: Hiatos, paroxítonas com terminações específicas (ditongo), e monossílabos tônicos. 
 
alternativa correta é C.

O processo de iniciação à escrita deve ser cercado de alguns
cuidados. Talvez o principal seja o de estimular a criança a
assumir a autoria dos seus primeiros textos. Uma fase prévia de
reprodução é inevitável. Experiências pedagógicas mostram o
entusiasmo da meninada, ao ver, no papel, seus primeiros
desenhos gráficos a falarem de alguma coisa. Outras experiências
já provam que tal entusiasmo vai arrefecendo a partir da terceira
série. O que parece acontecer, pelo que andei lendo (as palavras
são minhas), é que os alunos vão sendo freados em seus intentos
comunicativos. Como? Por um lado, surgem os ditongos, os
hiatos, os tritongos (e a semivogal!), listas de aumentativos e de
diminutivos de menos ou nenhuma valia, de superlativos eruditos
(amaríssimo, dulcíssimo, macérrimo, que tal?), enfim, muita
memorização, para nada, de palavras isoladas, fora de um
contexto, como costumam dizer os estudiosos da linguagem.
Boas puxadas de orelha levei, porque, ao decorar certos verbos
considerados irregulares, não tinha guardado a forma caibo! Um
amigo me contou que, ao escrever uma carta, vacilou no plural
de anão e apelou para esta inusitada expressão: “um anão e
outro anão”! Por outro lado, nasce cedo para os estudantes a
cultura do erro, que marca ainda o ensino e que impregna a
nossa sociedade, sem que ela se dê conta do processo.

Em "a": Errado – "Contêm" se refere a vocábulos cujo sentido é o "estar contido em", e não valor existencial, como é o caso proposto pela questão. Em "b": Errado – "Possuem" estaria se referindo a algo que foi dito anteriormente e, nesse contexto, não há sujeito com o qual se possa concordar. Em "c": Errado – "Aparecem" não confere ao texto o mesmo sentido, pois está no sentido de "surgem." Em "d": Certo – O verbo "há" adquire valor existencial e é impessoal. Aliás, a gramática normativa recomenda o uso de "há" em de vez de/no lugar de "tem."Em "e": Errado – O correto seria: "existem tantos sentimentos."Resposta: Letra D.

Socorro, eu não estou sentindo nada. 
Nem medo, nem calor, nem fogo, 
não vai dar mais pra chorar 
nem pra rir. 
  
Socorro, alguma alma, mesmo que penada, 
me empreste suas penas. 
Já não sinto amor nem dor, 
já não sinto nada. 
  
Socorro, alguém me dê um coração, 
que esse já não bate nem apanha. 
Por favor, uma emoção pequena, 
qualquer coisa que se sinta, 
tem tantos sentimentos, 
deve ter algum que sirva. 
  
Socorro, alguma rua que me dê sentido, 
em qualquer cruzamento, 
acostamento, encruzilhada, 
socorro, eu já não sinto nada.

Para mergulhar no fundo dessa questão de acentuação gráfica, vamos jogar um olhar na parada dos verbos! A palavra "fazê-lo" é uma forma do infinitivo pessoal, no caso, "fazer", ligado ao pronome oblíquo átono "lo". Quando falamos de verbos, a acentuação ocorre frequentemente para garantir a clareza da pronúncia, mantendo o timbre aberto do infinitivo.

A diferença aqui está na pegada de manter esse som aberto "ê", justo para não confundir a galera com uma mudança sonora que poderia resultar em "fazer" como em "vou fazer". Essa regra de acentuação é clássica nos infinitivos quando terminam em "r", "s" e "z", seguidos pela adição de "lo", "la", "los", "las" (Contraiu? Então bota acento nessa mistura!).

Agora, vamos xeretar as opções:

A) "também" – Aqui temos um advérbio terminando em "ém", uma terminação característica que sempre pede um acento agudo para fortalecer o som aberto. É, sem dúvidas, um paralelo interessante porque mexe também na questão de manter viva a tonalidade do final.
B) "séculos" – Apresenta acento circunflexo no "é", mas está aqui para denotar uma tonicidade na primeira sílaba, sem as particularidades do infinitivo pessoal.
C) "tecnológicos" – O acento em "ó" é um acento tônico em uma palavra paroxítona terminada em ditongo crescente, que é um som completamente diferente e segue outra regra de acento.
D) "relevância" – Este caso cai numa paroxítona acentuada terminada em ditongo - mais uma vez, outra história.
E) "fenômeno" – Iguais a "tecnológicos", estamos observando uma paroxítona terminada em ditongo nasal, e isso pede acento também, mas não combina com nossa temática de infinitivo pessoal.

O exemplo mais parecido com o caso do infinitivo "fazê-lo" é o "também", já que ambos carregam a heurística de manter o som aberto de seus respectivos "ê" e "ém", evitando qualquer alteração na pronúncia que possa acontecer por conta das regras fonéticas do português.

A alternativa correta é A.

Discorda-se da extensão, profundidade e rapidez do fenômeno, não de sua existência. A internacionalização do sistema capitalista, iniciada há séculos mas muito acelerada pelos avanços tecnológicos recentes, e a criação de blocos econômicos e políticos têm causado uma redução do poder dos Estados e uma mudança das identidades nacionais existentes. As várias nações que compunham o antigo império soviético se transformaram em novos Estados-nação. No caso da Europa Ocidental, os vários Estados-nação se fundem em um grande Estado multinacional. A redução do poder do Estado afeta a natureza dos antigos direitos, sobretudo dos direitos políticos e sociais. Se os direitos políticos significam participação no governo, uma diminuição no poder do governo reduz também a relevância do direito de participar. Por outro lado, a ampliação da competição internacional coloca pressão sobre o custo da mão-de-obra e sobre as finanças estatais, o que acaba afetando o emprego e os gastos do governo, do qual dependem os direitos sociais. Desse modo, as mudanças recentes têm recolocado em pauta o debate sobre o problema da cidadania, mesmo nos países em que ele parecia estar razoavelmente resolvido. Tudo isso mostra a complexidade do problema. O enfrentamento dessa complexidade pode ajudar a identificar melhor as pedras no caminho da construção democrática. Não ofereço receita da cidadania. Também não escrevo para especialistas. Faço convite a todos os que se preocupam com a democracia para uma viagem pelos caminhos tortuosos que a cidadania tem seguido no Brasil. Seguindo-lhe o percurso, o eventual companheiro ou companheira de jornada poderá desenvolver visão própria do problema. Ao fazê-lo, estará exercendo sua cidadania.

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