A questão apresentada explora a temática da transição energética e foca especificamente na expansão de parques eólicos no estado do Rio Grande do Norte, bem como suas implicações mais amplas para a matriz energética brasileira. Para responder a essa questão, vamos analisar cada afirmação separadamente e identificar se são verdadeiras ou falsas com base no contexto geográfico e energético.

 

Alternativa I:
"A utilização de um recurso da natureza com capacidade de regeneração, através da conversão da energia cinética em eletricidade."
Esta afirmação é verdadeira. Ela descreve adequadamente a essência da energia eólica, que é uma fonte de energia renovável. A energia eólica é obtida pela conversão da energia cinética do vento em energia elétrica utilizando turbinas. Como o vento é um recurso natural que se renova constantemente devido aos fenômenos atmosféricos, a energia eólica é considerada uma fonte sustentável e amigável ao meio ambiente. Este recurso tem se expandido significativamente no Brasil, com o Rio Grande do Norte se destacando como um dos principais estados produtores de energia eólica no país.

 

Alternativa II:
"A transformação da matriz de energia elétrica brasileira, com a substituição do grande peso dos combustíveis fósseis, para utilização majoritária de fontes renováveis."
Esta afirmação é falsa. Embora o Brasil esteja investindo cada vez mais em fontes renováveis, com destaque para a energia solar, eólica e hidráulica, a matriz energética elétrica brasileira sempre teve um grande peso de fontes renováveis, especialmente a hídrica, que historicamente representa a maior parte da produção de eletricidade do país. O país está, de fato, promovendo uma diversificação em sua matriz energética, integrando mais fontes solares e eólicas, mas não se trata de substituir o grande peso dos combustíveis fósseis por fontes renováveis. A matriz elétrica já é predominantemente renovável, e o objetivo é aumentar ainda mais essa participação junto com a diversificação de fontes.

 

Alternativa III:
"O Plano Nacional de Transição Energética (Plante), que busca direcionar esforços para uma matriz energética mais sustentável, com baixa emissão de carbono e redução das emissões de gases de efeito estufa."
Esta afirmação é verdadeira. Nos últimos anos, o governo brasileiro e entidades privadas têm se comprometido com estratégias que visam transitar para uma economia de baixo carbono, contribuindo para os objetivos do Acordo de Paris de mitigação das mudanças climáticas. Esse tipo de plano visa apoiar a redução das emissões de gases de efeito estufa, incentivando o uso de fontes energéticas mais limpas e renováveis, como a eólica e a solar. Portanto, este tipo de iniciativa está de fato alinhado com a tendência global de promover uma transição energética que reduz a dependência de combustíveis fósseis e prioriza fontes de energia sustentável.

 

Com esta análise, podemos entender por que cada afirmação foi classificada como verdadeira ou falsa. A primeira afirmação é correta, pois descreve com precisão as propriedades e os impactos da energia eólica. A segunda afirmação está incorreta ao sugerir uma substituição da matriz elétrica que nunca ocorreu nesse padrão, uma vez que a matriz brasileira já é majoritariamente renovável. A terceira afirmação é precisa, refletindo o compromisso do Brasil com a transição para fontes energéticas de menor impacto ambiental.

 

Portanto, a alternativa correta é E (V – F – V). Este tipo de questão é crucial em concursos públicos, pois aborda a compreensão dos conceitos de sustentabilidade e transição energética, que são relevantes tanto na política nacional quanto nas estratégias globais de desenvolvimento sustentável.

O Rio Grande do Norte ganhou 13 novos parques eólicos nos dois primeiros meses de 2024, aponta a atualização no Mapa das Energias Renováveis do Observatório da Indústria Mais RN, núcleo de planejamento estratégico contínuo da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN).


A questão abordada pela FGV trata de um tema muito relevante na Geografia: a erosão do solo, especialmente a erosão acelerada ou antrópica. Este tipo de erosão é um problema ambiental global que resulta em significativas perdas de solo agrícola, afetando tanto a produtividade quanto a sustentabilidade ambiental. Vamos explorar detalhadamente como as práticas mencionadas nas afirmativas I, II e III podem ajudar a controlar este processo e justificar por que todas são corretas na alternativa A.

 

Alternativa A: 
I: Evitar o impacto das gotas de chuva. A primeira afirmativa é verdadeira. Uma das principais causas da erosão do solo é o impacto direto das gotas de chuva na superfície do solo. Quando as gotas de chuva caem com força no solo descoberto, elas podem desagregar as partículas superficiais do solo e dar início ao processo de erosão. Estruturas como coberturas vegetais ou a aplicação de técnicas como o uso de cobertura morta (mulching) ajudam a amortecer o impacto das gotas e protegem o solo da ação erosiva direta da chuva.
 

II: Facilitar a infiltração de água no solo. Esta também é uma prática correta para o controle da erosão. Quando a água da chuva não infiltra adequadamente, ela escorre pela superfície, contribuindo para a erosão hídrica. Facilitar a infiltração da água, usando técnicas como aração em nível ou plantio direto, é essencial para reduzir o escoamento superficial e, consequentemente, a erosão. Isso também auxilia na retenção de umidade para as plantas, beneficiando a produtividade agrícola.
 

III: Disciplinar o escoamento superficial. A terceira afirmativa completa o conjunto de práticas corretas mencionadas na alternativa. O escoamento superficial descontrolado pode resultar em ravinas e voçorocas, formas severas de erosão do solo. Disciplinar este escoamento, por meio de canais de drenagem controlada, terraços ou curvas de nível, pode ajudar a desacelerar a água e direcioná-la de forma que cause menos danos. Essa prática é crucial em terrenos inclinados onde a água naturalmente tende a escoar rapidamente, erodindo o solo.
 

Dessa forma, todas as três medidas listadas nas afirmativas são estratégias válidas e eficazes para controlar a erosão. Elas lidam com as causas diretas e indiretas da degradação do solo, tornando-se práticas amplamente recomendadas por especialistas e implementadas em diferentes partes do mundo.
 

É importante contextualizar que a erosão antrópica, causada principalmente por atividades humanas, como desmatamento, práticas agrícolas inadequadas ou urbanização descontrolada, necessita de estratégias de manejo como as citadas para serem eficazmente controladas. No Brasil, regiões como a Amazônia, Cerrado e Pantanal, além de uma vasta área de solos agrícolas, enfrentam desafios associados à erosão devido à intensa exploração dos recursos naturais e agricultura extensiva. Estar ciente dessas práticas é essencial para a formação de gestores em desenvolvimento sustentável e planejamento ambiental.
 

Portanto, podemos afirmar que as ações propostas nas afirmativas estão corretas e são métodos eficazes de controle de erosão antrópica, ajudando a manter a qualidade do solo e prevenir problemas ambientais de longo prazo.
 

Portanto, a alternativa correta é A.

A erosão acelerada, ou erosão antrópica, é um problema mundial.
Vastas áreas estão sujeitas à degradação do solo, às vezes de forma irreversível, por uma série de processos. (...) No Brasil, a perda da camada superficial é a principal forma de degradação dos solos.


A questão apresentada aborda as consequências da introdução e integração das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no novo paradigma socioprodutivo global. Esse tema está intimamente ligado às mudanças estruturais que ocorrem nas economias mundiais devido à inovação tecnológica. Analisa também a distribuição de poder e a questão ambiental dentro desse contexto. Vamos explorar cada afirmativa com profundidade para esclarecer porque a alternativa correta é a letra C (F – V – F).

 

Alternativa I: O uso de ferramentas tecnológicas possibilita o fortalecimento da classe trabalhadora com a flexibilização do trabalho e as práticas do empreendedorismo digital.

A afirmativa I destaca duas questões: o fortalecimento da classe trabalhadora e a relação com a flexibilização do trabalho mais o empreendedorismo digital. No contexto das TICs, embora o emprego dessas tecnologias tenha, de fato, promovido novas formas de trabalho - como o home office e o chamado 'gig economy’ - nem sempre isso se traduz em fortalecimento da classe trabalhadora. As novas formas de trabalho oferecem flexibilidade, mas também removem a segurança trabalhista tradicional associada a empregos fixos, como benefícios e estabilidade. Além disso, o empreendedorismo digital cria oportunidades para algumas pessoas, porém, não necessariamente resulta em empoderamento significativo da classe trabalhadora como um todo. A divisão entre quem detém habilidades digitais e quem não detém pode, na verdade, aumentar desigualdades. Portanto, a afirmativa está incorreta.

 

Alternativa II: O colonialismo digital reforça a distribuição desigual do poder político e econômico entre os países, favorecendo aqueles que são detentores da alta tecnologia.

A afirmativa II refere-se à desigualdade no acesso e no controle das tecnologias entre países, um fenômeno chamado "colonialismo digital." Isso ocorre principalmente porque países desenvolvidos, onde se concentram as maiores empresas de tecnologia, detêm uma vantagem significativa em termos de inovação e infraestrutura tecnológica. Essas nações controlam grande parte do ecossistema digital global, incluindo plataformas de redes sociais, mecanismos de busca e dados, resultando em uma vantagem econômica e política. Países em desenvolvimento, por outro lado, têm acesso limitado a essas tecnologias e, frequentemente, são consumidores, e não produtores. Isso reflete nas relações de poder desiguais em escala global. Portanto, esta afirmativa é correta.

 

Alternativa III: A intensificação das preocupações ambientais, buscando a racionalização do uso dos recursos naturais e a redução do consumo de produtos eletrônicos com baterias.

A afirmativa III menciona as preocupações ambientais em relação ao uso das TICs. Embora as preocupações ambientais sejam uma pauta crescente globalmente, a realidade associada às TICs muitas vezes vai na direção oposta. O consumo de produtos eletrônicos tem aumentado, não diminuído, resultando em impactos ambientais significativos, como mineração de materiais raros para componentes e aumento do lixo eletrônico. A produção de dispositivos eletrônicos e a sua posterior disposição continuam a representar um grande desafio para a sustentabilidade ambiental. Embora existam iniciativas para a racionalização do uso de recursos e melhor gestão do lixo eletrônico, afirmar que há uma redução no consumo desses produtos não corresponde às tendências atuais. Assim, essa afirmativa está incorreta.

 

Portanto, a alternativa correta é C.

O novo paradigma socioprodutivo a partir das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) se insere na dinâmica estrutural do capital, que se realiza com profundos investimentos em Ciência e Tecnologia para aumentar a produtividade, reduzir os custos do trabalho e garantir a competitividade.


A questão apresentada aborda um tema clássico na Geografia do Brasil: o processo de urbanização e o crescimento das cidades, especialmente entre as décadas de 1960 e 1980. Esse período marcou uma transição geográfica e econômica importante para o país, refletindo grandes transformações na dinâmica populacional e no desenvolvimento urbano. Vamos analisar cada uma das afirmativas da questão para entender o que elas nos dizem sobre esse processo.

 

I. Acompanha o processo de metropolização, quando a integração de território tem sua dinâmica a partir de uma cidade-núcleo.

O primeiro item trata do conceito de metropolização. Este é um processo em que cidades de grande porte, geralmente capitais, expandem sua influência sobre regiões vizinhas, formando as chamadas regiões metropolitanas. Essa dinâmica é caracterizada pela concentração de atividades econômicas, culturais e políticas em uma cidade-núcleo, resultando em uma integração econômica e social do território ao redor. Nos anos de 1960 a 1980, o Brasil viveu uma rápida metropolização, impulsionada pelo crescimento das aglomerações urbanas devido a industrialização e ao êxodo rural, fatores que concentraram a população e as atividades produtivas nas grandes cidades. Portanto, essa afirmativa está correta ao relacionar o aumento populacional urbano ao processo de metropolização.

 

II. Demonstra o crescimento urbano, decorrente da chegada dos imigrantes europeus e do êxodo rural.

O segundo item menciona o crescimento urbano, mas de maneira equivocada ao se referir aos "imigrantes europeus". A imigração europeia para o Brasil foi mais significativa nos períodos anteriores a 1960, como nos finais do século XIX e início do século XX, quando muitos europeus chegaram ao Brasil para trabalhar na lavoura cafeeira e em indústrias nascentes. Durante as décadas de 1960 a 1980, o que de fato influenciou o crescimento urbano brasileiro foi o intenso êxodo rural. Devido à mecanização da agricultura e à falta de oportunidades no campo, milhares de pessoas migraram para as cidades em busca de melhores condições de vida, empregos e serviços. É importante ressaltar que este foi um movimento interno, de uma migração rural-urbana. Portanto, a afirmativa está incorreta ao atribuir esse crescimento à imigração europeia no período.

 

III. Evidencia o processo de urbanização, como consequência da intensificação dos deslocamentos populacionais interregional.

A terceira afirmativa destaca a urbanização como resultado dos deslocamentos interregionais. Esse processo é muito coerente com o que ocorreu no Brasil entre 1960 e 1980. Durante esse tempo, o país enfrentou uma transformação econômica e social em que grandes contingentes populacionais se deslocaram não apenas do campo para a cidade, mas também entre diferentes regiões, buscando centros urbanos em expansão que ofereciam oportunidades econômicas, como São Paulo e Rio de Janeiro. Esses deslocamentos interregionais também foram influenciados pelas desigualdades regionais e pela industrialização concentrada nas regiões Sudeste e Sul, que atraíam trabalhadores de outras partes do país. Assim, a afirmativa III está correta ao afirmar que a urbanização esteve ligada ao aumento dos movimentos populacionais entre regiões.

 

Portanto, a alternativa correta é E.

Entre 1960 e 1980, a população vivendo nas cidades conhece aumento espetacular: cerca de cinquenta milhões de novos habitantes, isto é, um número quase igual à população total do país em 1950. Somente entre 1970 e 1980, incorpora-se ao contingente demográfico urbano uma massa de gente comparável ao que era a população urbana de 1960.


A Lei nº 9.433, conhecida como Lei das Águas, é um avanço significativo na gestão dos recursos hídricos do Brasil. Essa legislação busca assegurar água em quantidade e qualidade para a atual e futuras gerações, promovendo uma utilização racional e integrada dos recursos hídricos com vistas ao desenvolvimento sustentável.

 

Alternativa A:
A afirmativa I destaca o caráter moderno da Lei das Águas ao criar mecanismos para a identificação e arbitragem de conflitos pelo uso dos recursos hídricos. Isso é um aspecto fundamental, pois os recursos hídricos são limitados e há muitas demandas concorrentes, como o uso para abastecimento urbano, industrial, agrícola e geração de energia, entre outros. A lei estabelece um sistema descentralizado e participativo, no qual os comitês de bacia têm um papel importante na mediação de conflitos, funcionando como instâncias de discussão e decisão sobre a gestão da água em suas respectivas regiões. Portanto, a afirmativa I está correta.

 

Alternativa B:
A afirmativa III sugere que a lei centraliza as decisões sobre a gestão dos recursos hídricos, o que não é verdadeiro. A Política Nacional de Recursos Hídricos traz uma abordagem descentralizada e participativa, envolvendo os estados, municípios e a sociedade civil na gestão das águas. A criação dos comitês de bacias hidrográficas visa precisamente promover a gestão participativa e integrada, com representantes de todos os segmentos interessados. Portanto, a afirmativa III está incorreta.

 

Alternativa C:
A afirmativa II reconhece as bacias hidrográficas como unidades territoriais para a implementação do PNRH, o que é um ponto central da legislação. O enfoque em bacias hidrográficas permite considerar todo o sistema de drenagem como um todo integrado, refletindo na necessidade de conservar a água como um valor socioambiental. Isso significa gerir a água não apenas como um recurso econômico, mas também dentro de sua funcionalidade ecológica e as necessidades sociais, promovendo uma visão holística do ecossistema aquático. Portanto, a afirmativa II também está correta.

 

Alternativa D:
Como apontamos anteriormente, a afirmativa III, que sugere a centralização das decisões, não condiz com o espírito descentralizado da Lei das Águas. Dessa forma, a combinação das afirmativas II e III não é correta porque faz referência a uma afirmativa (III) que está incorreta.

 

Alternativa E:
A opção que considera todas as afirmativas corretas está equivocada, uma vez que a afirmativa III, como já explicado, não é verdade. Portanto, a alternativa E é incorreta.

 

Portanto, a alternativa correta é C.

Para aprofundar, a Lei das Águas é um marco para o Brasil, sendo frequentemente analisada em concursos públicos devido à sua importância para a gestão sustentável de um recurso tão fundamental. A abordagem por bacia hidrográfica, a descentralização e a integração dos esforços de gestão entre diferentes esferas governamentais e a sociedade são elementos que exemplificam princípios modernos e progressistas na gestão ambiental.

 

Além disso, é importante lembrar que a implementação plena da política depende da atuação conjunta de vários setores, não apenas do governo, mas também do setor privado e da comunidade. A gestão integrada busca harmonizar interesses distintos, promover o uso eficiente e sustentado da água e prevenir ou mitigar possíveis desastres naturais, como secas ou enchentes, que podem ser influenciados por mudanças climáticas.

 

Em um contexto mais amplo, a gestão dos recursos hídricos dentro dos moldes previstos pela Lei das Águas está em consonância com princípios internacionais, como os estabelecidos pela Declaração de Dublin, que enfatiza a água como um recurso finito e vulnerável. Tais princípios também estão alinhados com a Agenda 2030 das Nações Unidas, particularmente no tocante ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6, que visa assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.

 

Com isso, detalhes sobre a legislação, suas normas, e o funcionamento dos órgãos responsáveis, como os comitês de bacias hidrográficas, se tornam elementos centrais para aqueles que estudam para atuar na administração pública ou em áreas que envolvam manejo ambiental e de recursos hídricos.

 

Entender a fundo essa legislação pode ser um diferencial importante em concursos, destacando a capacidade do candidato de aplicar conceitos teóricos em situações práticas, auxiliando na criação de políticas públicas mais eficientes e sustentáveis.

Instituída pela lei nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997, que ficou conhecida como Lei das Águas, a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) estabeleceu instrumentos para a gestão dos recursos hídricos de domínio federal (...) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).


Questões de Concurso para Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte - Professor - Geografia