O entendimento do emprego de arma de fogo por parte de um agente de segurança é balizado por princípios fundamentais de proporcionalidade, legalidade e necessidade. É crucial que, em qualquer operação, esses princípios orientem as ações dos agentes. No contexto de uma abordagem de busca pessoal, se o indivíduo abordado decidir fugir, essa ação em si não configura um ato de agressão. A fuga pode indicar tentativa de evitar a interação com o agente de segurança ou até mesmo o receio de ser detido, mas não necessariamente representa uma ameaça direta que justifique o uso de força letal. 

A legislação e as normas que regulamentam o uso de força por parte de autoridades enfatizam que o uso de uma arma de fogo deve sempre ser o último recurso, apenas justificável quando há uma ameaça real e iminente à vida ou grave risco de lesão. Segundos os princípios básicos sobre o uso da força e de armas de fogo por funcionários responsáveis pela aplicação da lei (ONU, 1990), é imposto que a força letal só seja utilizada quando estritamente inevitável para proteger a vida. 

No caso de uma fuga durante uma abordagem, outras táticas devem ser prioritariamente consideradas, como perseguição a pé ou com veículos, a comunicação via rádio para assistência de outros agentes, e técnicas não-letais de restrição. O uso de arma de fogo deveria ser considerado apenas se, durante a fuga, emergissem circunstâncias adicionais que elevassem a situação a um patamar de ameaça letal comprovada, o que não está implicitamente indicado pelo ato de fuga em si. 

O emprego de armas de fogo fundamenta-se no respeito à vida humana e na preservação da integridade física tanto dos envolvidos diretamente na ocorrência quanto dos espectadores. Na situação descrita, a fuga do indivíduo abordado não atesta, sem outros contextos, a necessidade de um recurso tão extremo quanto o disparo de arma de fogo. 

Assim, a resposta correta para essa pergunta é E) Errado.

Se, em uma abordagem de busca pessoal, o cidadão a ser
revistado fugir, então essa atitude de fuga caracterizará ato de
agressão, que justificará o emprego de arma de fogo por parte
do agente de segurança.

Acerca de armamento e tiro, julgue os itens subsequentes.

Os revólveres são, de fato, classificados como armas de repetição. Para entender esse conceito, é importante compreender as características básicas dessas armas e como operam. As armas de repetição permitem que sejam disparados múltiplos tiros, um após o outro, sem a necessidade de recarregar a arma manualmente entre cada disparo, embora seja necessário, em alguns casos, a ação manual para o próximo disparo ficar pronto. 

O revólver, especificamente, armazena múltiplas munições (geralmente cinco ou seis) em um cilindro rotativo. Quando o revólver é disparado, o cilindro gira para alinhar uma nova câmara – que já está pré-carregada com munição – com o cano da arma e o mecanismo de disparo. Este movimento prepara a arma instantaneamente para o próximo disparo, configurando-se como um mecanismo de repetição. Apesar de ser necessário puxar o gatilho para cada disparo, não é preciso inserir nova munição manualmente cada vez que um tiro é realizado, diferenciando-a de armas de ação única, onde cada disparo requer um carregamento manual. 

Este tipo de mecanismo é altamente benéfico em situações que exigem um segundo disparo rápido, como em aplicações de segurança e defesa pessoal. A facilidade de uso, aliada à confiabilidade do revólver, o torna uma escolha popular entre determinadas forças de segurança e civis para fins de defesa pessoal. 

<blockquote>
Revólveres, como descrito acima, ajustam-se à definição de armas de repetição devido ao seu mecanismo que permite disparos consecutivos sem recarga manual entre eles, caracterizando-os dentro desta classificação.
</blockquote> 

Portanto, confirmo que a afirmativa 'Os revólveres são classificados como armas de repetição' é correta. O enunciado está Certo.

Os revólveres são classificados como armas de repetição.

Para responder corretamente à questão proposta, é essencial entender a diferença entre armas automáticas e semiautomáticas no que tange à ação de disparo. As armas automáticas, quando acionadas, podem disparar continuamente munições enquanto o gatilho é pressionado e houver munição disponível. Já as armas semiautomáticas realizam um disparo para cada pressão do gatilho. 

Em uma arma automática, o disparo contínuo é uma característica inerente ao seu funcionamento. Por outro lado, a arma semiautomática requer que o atirador pressione o gatilho repetidamente para cada tiro, embora o processo de ejeção do estojo vazio e a alimentação da próxima munição seja automático depois de cada disparo. A confusão frequentemente surge porque "semiautomática" ainda inclui o termo "automática", o que pode levar a uma interpretação errada de que ambos os tipos de armas operam da mesma maneira no que se refere ao disparo. 

É importante também notar que na legislação e na terminologia específica das forças de segurança, a distinção entre automático e semiautomático é crucial por questões legais e práticas, visto que o controle sobre armas automáticas é típico e geralmente mais rigoroso devido ao seu potencial de uso em cenários de alto risco e combate. 

<blockquote>
As armas automáticas são projetadas para disparar várias vezes com uma única pressão do gatilho até que este seja liberado ou a munição se esgote. Já as semiautomáticas necessitam de uma pressão do gatilho para cada disparo individualmente, apesar de outros processos serem automatizados.
</blockquote>

Portanto, a afirmação “Tanto nas armas automáticas como nas semiautomáticas, a ação de disparo é automática.” é incorreta. Nas armas automáticas a ação de disparo é contínua e automática, enquanto que nas semiautomáticas, a ação de disparo requer uma nova ativação do gatilho para cada tiro. 

A resposta correta é E) Errado.

Tanto nas armas automáticas como nas semiautomáticas, a
ação de disparo é automática.

De acordo com as normas de segurança e boas práticas em armamento, é fundamental que qualquer indivíduo, incluindo vigilantes e outros profissionais da segurança, esteja plenamente familiarizado com a arma de fogo que vai manusear antes de utilizá-la. Isso inclui entender completamente o funcionamento da arma, bem como seu sistema de segurança para garantir o uso apropriado e prevenir acidentes. 

A capacitação no uso de armas de fogo inclui não apenas saber como disparar, mas também como carregar, descarregar, verificar se a arma está carregada e como ativar e desativar os mecanismos de segurança. Cada arma de fogo pode variar significativamente em termos de operação e segurança, e a falta de conhecimento sobre essas características pode levar a operações inseguras e altamente perigosas. 

Além disso, a legislação pertinente e as diretrizes de segurança enfatizam a necessidade de treinamento e conhecimento adequados sobre armas. Instruções rigorosas são aplicadas para assegurar que todos os usuários de armas de fogo estão aptos a manuseá-las com segurança. Isso é crucial não apenas para a segurança pessoal do operador, mas também para a segurança de colegas e público em geral. 

Portanto, ao considerar estas informações, o enunciado está correto ao afirmar que um vigilante, ao receber uma arma de fogo para a utilização em serviço, deve sempre ter prévio conhecimento da forma de operação e funcionamento dos respectivos sistemas de segurança. A negligência desta prática pode resultar em consequências desastrosas e falhas na execução segura de suas responsabilidades. 

Resposta correta: C – Certo.

Ao receber arma de fogo para a utilização em serviço, o
vigilante, antes de manuseá-la, deverá ter, sempre, o prévio
conhecimento da forma de operação e funcionamento dos
respectivos sistemas de segurança.

Segundo as técnicas de armamento e as regras de segurança a
serem aplicadas por quem manuseia arma de fogo, julgue os itens
subseqüentes.

O revólver, uma das armas mais conhecidas no mundo da segurança pessoal e patrimonial, não é classificado como uma arma de fogo semiautomática. Diferentemente das armas semiautomáticas, um revólver opera com um mecanismo diferente para a alimentação do próximo cartucho a ser disparado. 

Em uma arma semiautomática, a alimentação é feita por meio do ferrolho. Esse processo envolve o recuo dos gases do disparo que empurram o ferrolho para trás, ejetando a cápsula deflagrada e alimentando o cartucho seguinte na câmara. Isso é feito de maneira contínua enquanto o gatilho for pressionado e ainda houver munição. 

Por outro lado, o revólver funciona com um tambor rotativo que contém diversas câmaras (geralmente seis). Após cada disparo, o tambor gira para posicionar a próxima câmara (com a próxima munição) em frente ao cano. Esse mecanismo é acionado pelo próprio acionamento do gatilho ou pelo engate manual da barra de cocking (cão), dependendo do modelo do revólver (de ação simples ou dupla). 

Esta distinção é essencial em cursos de formação e segurança, pois impacta diretamente nas práticas de manuseio, manutenção e segurança no uso dessa arma. É importante que operadores de segurança estejam muito bem instruídos quanto ao tipo de arma que estão utilizando, para que possam operá-las de forma segura e eficaz. 

Assim, a afirmação de que o revólver é uma arma de fogo semiautomática com alimentação por manobra do ferrolho produzida pelo recuo, é incorreta. 

Resposta correta: E)

O revólver é classificado como arma de fogo semiautomática, cuja alimentação acontece por manobra do
ferrolho, produzida pelo recuo ou pelos próprios gases do
disparo.

Questões de Segurança (Pessoal e Patrimonial) - Armamento e tiro