as formas verbais pare e pense indicam uma ordem para que 
o leitor possa realizar corretamente a leitura do texto;

no segmento Agora mesmo, neste exato momento há uma 
construção enfática, já que há redundância nos termos;

as formas daqui e daí mostram uma oposição entre autor e 
leitores em relação às mensagens;

a expressão de fato indica uma confirmação de algo negado 
anteriormente;

nos segmentos viver em comunidade e vivência 
compartilhada há uma obrigatória interdependência.

Pra gente começar a analisar essa questão maneira, vamos dar uma olhada no que cada alternativa está sugerindo e aí, entender o motivo pela qual a alternativa B é a correta. 
 
A alternativa A sugere que as formas verbais "pare" e "pense" indicam uma ordem para uma leitura correta do texto. Na realidade, esses verbos estão mais para um convite ou sugestão para o leitor refletir, não uma ordem estrita. 
 
Partindo para a alternativa B, que é a nossa campeã aqui, ela diz que há uma construção enfática no segmento "Agora mesmo, neste exato momento", devido à redundância dos termos. Esses termos reforçam um ao outro para destacar o momento real em que a interação acontece. É exatamente isso que rola no texto! 
 
Na alternativa C, a interpretação de que "daqui e daí" mostram uma oposição entre autor e leitores não capta a ideia principal. Essas expressões enfatizam a distância física, mas não uma oposição de ideias ou mensagens. 
 
A alternativa D fala que "de fato" confirma algo negado anteriormente, mas é isso não acontece no texto. Essa expressão é usada para reforçar uma ideia apresentada, não para contradizer uma negação prévia. 
 
Por último, a alternativa E comenta sobre uma obrigatória interdependência nos segmentos "viver em comunidade e vivência compartilhada". Essas ideias estão relacionadas, mas não são dependência obrigatória uma da outra nas condições descritas no texto. 
 
A alternativa correta é B.

não opta por nenhuma das sugestões dadas;

escolhe uma terceira opção como resposta;

foge do questionamento, desviando o assunto;

opta por uma resposta que une as duas opções;

indica claramente a segunda das opções como verdadeira.

Partiu entender essa questão! Entrevistados tipo "rodeiam mas não fogem" sempre dão um trabalhinho extra pra gente, né? Mas o papo aqui é reto. A pergunta do entrevistador mistura duas possibilidades, perguntando se a busca por uma educação mais criativa vem do desenvolvimento da Pedagogia ou da pressão do mercado de trabalho. A física Cássia Fernandez, na resposta, não fica em cima do muro e atribui claramente a demanda por criatividade a uma exigência do mercado. Ela até diz que é contra essa visão utilitária que visa o mercado, mas reconhece que é assim que a coisa tá funcionando. 
 
CF então destaca como o mundo da automação e o gigantesco fluxo de dados está pressionando por profissionais mais criativos, o que acaba moldando a educação ro voltar-se mais a isso. Mesmo não gostando muito dessa pressão vem do trabalho, ela reconhece e enfatiza essa realidade. O modelo do ensino, que ela critica por ser muito tradicional e repetitivo (comparando até com o modelo fordista!), não contribuiu para esse movimento de buscar a criatividade. O ensejo educativo precisa dar espaço para a criatividade pra estarem a par com as demandas do mercado. Aos olhos de CF, a coisa é clara: as demandas do mercado é que estão direcionando essa mudança pela criatividade na educação. 
 
Com isso, podemos concluir que a resposta à pergunta do entrevistador se acha na segunda opção mencionada por ele: a pressão crescente do mundo do trabalho. Cássia não rodou nem sugeriu outra explicação; ela confirmou a segunda opção como a razão predominante para a busca pela criatividade na educação. 
 
alternativa correta é E

O trecho a seguir é a primeira pergunta de uma entrevista em 
que o entrevistador (E) questiona a física Cássia Fernandez (CF) 
sobre criatividade: 
(E) – Muito se fala sobre criatividade. Mas qual a definição mais 
aceita sobre o que é ser uma pessoa criativa? 
(CF) – Existem definições gerais de criatividade, utilizadas pelo 
senso comum, mas não existe um consenso no mundo acadêmico. 
À medida que as pesquisas se aprofundam, vemos que o tema é 
mais e mais complexo. Contudo, não se pode abrir mão de buscar 
tornar essa definição mais precisa para que as estratégias 
educacionais sejam mais efetivas.

O que o senhor acha da definição de criatividade de Machado 
de Assis?

Que estratégias educacionais o senhor recomenda diante da 
total falta de criatividade nas escolas?

Quais as marcas definidoras de criatividade?

Como a tecnologia pode ajudar na implantação de um projeto 
educativo valorizador da criatividade?

É possível desenvolver uma educação pela criatividade com 
professores já formados?

Vamos olhar essa questão com um olhar de águia. O negócio aqui é identificar uma pergunta onde o entrevistador está meio que induzindo a reposta do entrevistado, né? Esse lance se chama "contaminação da resposta" porque joga um pouco da opinião do entrevistador na mesa antes mesmo do entrevistado poder dar a dele. 
 
Vamos dar uma olhada nas alternativas para ver qual que se encaixa nesse perfil: 
 
<ul> 
<li>A) "O que o senhor acha da definição de criatividade de Machado de Assis?" - Aqui, embora a pergunta cite Machado de Assis, não está impondo uma visão prévia ou induzindo a resposta. Está apenas perguntando a opinião sobre algo específico já dito.</li> 
<li>B) "Que estratégias educacionais o senhor recomenda diante da total falta de criatividade nas escolas?" - Eita, opa! Veja que o entrevistador já assume que existe uma "total falta de criatividade nas escolas." Isso claramente direciona o tipo de resposta que ele espera receber, focando em soluções para um problema já estabelecido por ele.</li> 
<li>C) "Quais as marcas definidoras de criatividade?" - Pergunta genérica, sem impor uma perspectiva prévia. Simples e direta.</li> 
<li>D) "Como a tecnologia pode ajudar na implantação de um projeto educativo valorizador da criatividade?" - Apesar de sugerir a tecnologia como um meio, não impõe uma opinião sobre o estado atual da educação ou criatividade.</li> 
<li>E) "É possível desenvolver uma educação pela criatividade com professores já formados?" - Novamente, uma pergunta que busca uma opinião, mas não impõe uma visão prévia de que os professores formados não podem ensinar criatividade.</li> 
</ul> 
 
Desta forma, a alternativa que mostra o entrevistador possivelmente contaminando as respostas com suas próprias ideias está em B. Ele já pressupõe que há uma "total falta de criatividade", o que certamente influencia o rumo da resposta do entrevistado. A peça chave é se ligar nessa introjeção do ponto de vista já na pergunta. Manero, né? 
 
alternativa correta é B.

Questões de Concurso para Técnico do Ministério Público - Área Administrativa