Algumas das responsabilidades da equipe de enfermagem na URPA incluem: <ul><li>monitoramento da consciência e orientação do paciente;</li><li>valiação da dor;</li><li>monitoramento dos sinais vitais (como pressão arterial, frequência cardíaca, respiração);</li><li>observação de possíveis sangramentos ou outras complicações cirúrgicas;</li><li>avaliação neurológica;</li><li>garantia de uma via aérea patente e a recuperação da função respiratória e ;</li><li>monitoramento de outras funções orgânicas, como a função renal.</li></ul> Afirmar que o objetivo do manejo de enfermagem se restringe à avaliação da função renal é incorreto. Gabarito: e) errado.

O objetivo do manejo de enfermagem para o paciente em
unidade de recuperação pós-anestésica restringe-se,
basicamente, à avaliação da função renal.

Com referência à atuação da equipe de enfermagem em centro
cirúrgico, julgue os itens que se seguem.


A sala de recuperação pós-anestésica deve ser equipada com
leitos para o atendimento dos pacientes no pós-operatório até
que eles estejam em condições de receber alta hospitalar.

A questão trata dos níveis de glicose recomendados para o período pré-operatório e pós-operatório imediato, conforme orientações da ANVISA de 2017. A manutenção de níveis adequados de glicose é crucial para evitar complicações e promover uma recuperação segura do paciente cirúrgico. Abordaremos a resposta correta e explicaremos por que as outras alternativas não são adequadas.

 

Alternativa A: >180 mg/dl
Esta alternativa sugere que um nível adequado de glicose é maior que 180 mg/dl, o que não é a recomendação mais segura. As diretrizes gerais recomendam manter a glicose abaixo de 180 mg/dl no período pós-operatório para evitar hiperglicemia, que pode aumentar o risco de infecções, prolongar a internação hospitalar e aumentar a mortalidade. Portanto, essa alternativa é incorreta.

Alternativa B: 
Embora esta alternativa sugira manter a glicose abaixo de 200 mg/dl, ela ainda permite um limite superior mais alto do que o recomendado pela maioria das diretrizes clínicas. Manter a glicose abaixo de 180 mg/dl é considerado mais seguro e eficaz na prevenção de complicações relacionadas à hiperglicemia. Portanto, esta alternativa, embora próxima, não é a mais recomendada.

Alternativa C: 
Esta alternativa está alinhada com as orientações atualizadas e recomendações clínicas para o manejo de pacientes no pós-operatório. Manter uma glicemia inferior a 180 mg/dl é recomendado para minimizar os riscos de complicações, promover uma recuperação mais rápida e eficiente, e diminuir a taxa de mortalidade e morbidade associadas à hiperglicemia. Por isso, esta alternativa é a correta.

Alternativa D: >200 mg/dl
Esta alternativa é incorreta porque sugere um nível de glicose superior a 200 mg/dl, o que é consideravelmente alto e não é recomendado. Níveis de glicose superiores a 200 mg/dl no período pós-operatório podem estar associados a complicações graves, como infecções, cicatrização deficiente das feridas e outros problemas metabólicos. Assim, esta alternativa é claramente inadequada.

 
A gestão adequada da glicemia é fundamental para o sucesso no cuidado pós-operatório, evitando complicações e facilitando a recuperação do paciente. A estabilização da glicemia impacta diretamente na redução da morbidade e da mortalidade, enfatizando a importância de adotar práticas baseadas em evidências e recomendações confiáveis como as da ANVISA.

Gabarito: Letra C

Apenas as afirmativas I e III estão corretas

As afirmativas I, II, III e IV estão corretas

As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) representam uma das complicações pós-operatórias mais relevantes em termos de morbidade, aumento na duração das internações hospitalares, e custos para o sistema de saúde. Por isso, é essencial a implementação de medidas eficazes de prevenção dessas infecções, conforme diretrizes da ANVISA.

 

Análise das afirmativas:

Afirmativa I: Postergar a cirurgia para prover nutrição parenteral não é uma medida padrão pré-operatória recomendada para controle de ISC, principalmente quando tal atraso não é baseado em critérios clínicos específicos. A recomendação geral é de que a cirurgia seja realizada no momento ótimo, considerando o estado de saúde do paciente e a urgência do procedimento, sem atrasos desnecessários. Portanto, essa afirmativa é incorreta.

Afirmativa II: O controle do tráfego na sala operatória é uma estratégia recomendada para reduzir o risco de contaminação atmosférica, o que pode contribuir para diminuir o risco de ISC. No entanto, esta afirmativa específica não aparece como uma recomendação direta da ANVISA (2017) para a prevenção de ISC. Portanto, sua correta aplicação pode variar dependendo das guidelines específicas ou protocolos de cada instituição de saúde, mas não é universalmente reconhecida como medida de prevenção de ISC. Isto faz com que a afirmativa seja considerada inadequada neste contexto.

Afirmativa III: Manter o curativo estéril por 24 a 48 horas pode ser uma prática comum em algumas instituições, mas a recomendação geral para prevenção de ISC relaciona-se mais com a técnica adequada de curativo e observação constante para identificar sinais de infecção. Esta afirmativa não reflete diretamente as diretrizes da ANVISA sobre medidas pré-operatórias de prevenção de ISC. Portanto, é incorreta.

Afirmativa IV: De acordo com a ANVISA, a tricotomia no contexto cirúrgico deve ser evitada caso não seja estritamente necessária. Se o corte de pelos é necessário, ele deve ser feito o mais próximo possível do horário da cirurgia, utilizando equipamento apropriado, e idealmente fora da sala cirúrgica para evitar contaminação adicional do ambiente. Esta afirmativa está correta e alinhada com as recomendações da ANVISA para prevenção das ISC.

 

Com base na análise detalhada, fica claro que a única afirmativa que segue as diretrizes da ANVISA para a prevenção de Infecções do Sítio Cirúrgico é a Afirmativa IV. As outras afirmativas, ou não refletem diretamente as recomendações específicas da agência sobre o assunto ou representam generalizações que não são universalmente aceitas ou recomendadas como medidas padrão.

Gabarito: Letra C

existam coxins, em quantidade suficiente, para manter
o paciente em decúbito lateral esquerdo.

o paciente seja mantido em posição de Fowler.

existam coxins, em quantidade suficiente, para manter
o paciente em decúbito lateral direito.

Os cuidados de enfermagem no pós-operatório são essenciais para a recuperação adequada do paciente, especialmente após procedimentos como uma safenectomia, que envolve a remoção de uma veia safena do membro inferior. Este procedimento é frequentemente realizado para tratar problemas venosos, como varizes, e pode ter implicações específicas sobre a posição ideal em que o paciente deve ser mantido após a cirurgia. A compreensão desses cuidados é fundamental para promover a saúde e prevenir complicações. 

Dado o enunciado da questão, a discussão se centrará em qual posição o técnico de enfermagem deve preparar o leito para um paciente que está no pós-operatório mediato de uma safenectomia em membro inferior direito. 

Alternativa A: a cabeceira do leito fique elevada.
Elevar a cabeceira do leito é frequentemente indicado para pacientes que necessitam de melhor respiração ou em pós-operatório de cirurgias abdominais ou torácicas, facilitando a expansão pulmonar. No caso de safenectomia, essa posição não é a mais recomendada, uma vez que não promove diretamente vantagens para a circulação do membro operado.

Alternativa B: existam coxins, em quantidade suficiente, para manter o paciente em decúbito lateral esquerdo.
A posição de decúbito lateral esquerdo é mais comumente utilizada para aliviar a pressão sobre o fígado ou evitar a aspiração em pacientes predispostos. Para um paciente em recuperação de uma safenectomia no membro inferior direito, essa posição poderia exercer pressão desnecessária no membro operado, não sendo a ideal.

Alternativa C: o pé do leito fique elevado.
Esta posição, conhecida como elevação do membro inferior, é particularmente benéfica após uma safenectomia. A elevação ajuda a reduzir o edema, melhora a drenagem venosa e linfática e pode diminuir a dor, facilitando o retorno venoso e reduzindo as chances de complicações como trombose venosa profunda (TVP). Esta prática está de acordo com os princípios de cuidados pós-operatórios em cirurgias vasculares periféricas.

Alternativa D: o paciente seja mantido em posição de Fowler.
A posição de Fowler, onde o paciente está semi-sentado, é frequentemente usada para promover a conforto e minimizar o risco de aspiração. No entanto, para procedimentos focados nos membros inferiores, como a safenectomia, não é a posição mais indicada focada no problema vascular regional.

Alternativa E: existam coxins, em quantidade suficiente, para manter o paciente em decúbito lateral direito.
Manter o paciente em decúbito lateral direito após uma operação no membro inferior direito pode colocar pressão desnecessária sobre o local da cirurgia, podendo prejudicar a circulação adequada e aumentar o risco de complicações.

A posição correta, portanto, é garantir que o pé do leito esteja elevado, como indicado na alternativa C. Essa prática está alinhada com diretrizes de cuidados pós-operatórios para cirurgias que envolvem os membros inferiores, visando uma recuperação mais segura e eficaz. 

Gabarito: Letra C

Questões de Enfermagem - Cuidados de enfermagem no pós-operatório - Técnico em Enfermagem