e pouca gente lembra-se que sua lista de omissões nessa 
área tornou-se grande.

e pouca gente lembra-se de que sua lista de omissões 
nessa área se tornou grande.

e pouca gente lembra de que sua lista de omissões nessa 
área tornou-se grande.

e pouca gente se lembra de que sua lista de omissões 
nessa área tornou-se grande.

e pouca gente se lembra que sua lista de omissões nessa 
área se tornou grande.

E aí, vamos desbravar o cenário gramatical dessa questão? 
 
Foco aqui, galera: o trecho revela uma crítica ao poder público e menciona como ele está escapando ao escrutínio. Isto é, o texto critica a capacidade de as pessoas lembrarem-se das falhas do governo na preservação ambiental. Vamos entender melhor a questão da banca e as transformações gramaticamente aceitas! 
 
A norma culta da língua portuguesa, que amamos debater, é rigorosa em relação à regência verbal e nominal. O verbo "lembrar", quando utilizado no sentido de "trazer à memória", aceita duas regências: pronominal (lembrar-se) ou diretamente seguido de "de". Daí surgem as formas "lembrar-se de alguma coisa" e "lembrar de alguma coisa". 
 
1. Alternativa A: "e pouca gente lembra-se que sua lista de omissões nessa área tornou-se grande." — A regência está incorreta, falta o "de" após "lembra-se". 
 
2. Alternativa B: "e pouca gente lembra-se de que sua lista de omissões nessa área se tornou grande." — Correta! Aqui, a regência do verbo "lembrar-se" está corretamente seguida de "de" e depois inclui "que", mantendo o sentido do original. 
 
3. Alternativa C: "e pouca gente lembra de que sua lista de omissões nessa área tornou-se grande." — Mesmo sem o pronome reflexivo, a regência está correta com "de". No entanto, a eliminação do reflexivo muda ligeiramente a ênfase do ato de lembrar, que volta ao formato original. 
 
4. Alternativa D: "e pouca gente se lembra de que sua lista de omissões nessa área tornou-se grande." — Também está correta, com a regência e o pronome reflexivo, mas o uso de "tornou-se" no lugar de "é" altera minimamente o significado sem necessidade. 
 
5. Alternativa E: "e pouca gente se lembra que sua lista de omissões nessa área se tornou grande." — Falta o "de" pós "lembra", tornando a regência inadequada. 
 
Nosso alvo aqui é garantir que a regência do verbo "lembrar" esteja correto, e a alternativa B fez isso com maestria, introduzindo o "de" necessário após o "lembrar-se". Portanto, a alternativa correta é B.

O fim de sacolas plásticas em 
supermercados paulistas é um ótimo negócio para 
redes varejistas, uma conveniente cortina de 
fumaça para o poder público, um leve golpe 
contra o bolso do consumidor e uma medida de 
impacto provavelmente baixo para o planeta.
Ao contrário do que se diz, as tais 
sacolinhas plásticas nunca foram gratuitas. Seu 
custo estava embutido no das compras que 
fazíamos. Explicitá-lo por meio de um preço é, em 
princípio, algo positivo, pois isso torna mais 
transparentes as relações de consumo e ajuda a 
promover hábitos menos extravagantes.
Mas, como é altamente improvável que a 
mudança resulte na correspondente redução dos 
preços nas gôndolas, os supermercados acabam 
se dando bem, porque, numa canetada, eliminam 
um custo e ganham  uma nova fonte de receita, 
posando ainda de campeões da ecologia.
Algo parecido vale para o poder público.
Ele aparece na foto como defensor do ambiente 
por ter promovido o acordo e pouca gente lembra 
que sua lista de omissões nessa área é grande. O 
volume de lixo reciclado ainda é risível e há 
pouquíssimas usinas de compostagem , para citar 
apenas dois pecadilhos diretamente relacionados 
a resíduos sólidos.
O consumidor leva prejuízo porque as 
sacolas escolhidas para substituir o plástico são as 
de milho. Relativamente caras, custarão R$ 0,19
cada uma. É questionável ainda a ideia de embalar 
comida com comida. Tirar milho de galinhas e 
pipoqueiros para produzir invólucros tende a 
inflacionar o setor de alimentos.
Em term os ambientais, as sacolas são um
estorvo, mas nem de longe o maior problema. 
Reduzir seu uso sem criar dificuldades maiores é 
uma meta louvável. Cumpri-la implicará custos, 
que terão de ser pagos pelos consumidores. O que 
irrita, no Brasil, é que governantes e lobbies são
rápidos para estender a conta ao cidadão, mas 
muito lentos, para não dizer abúlicos, em fazer a 
sua parte.

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