Questões de Geografia - Geografia de Rondônia - Tribunal de Justiça de Rondônia

A economia rondoniense, até a década de 1960, resumiu-se praticamente à extração de borracha e castanha-do-pará; entretanto, a descoberta de ouro e cassiterita fomentou a imigração para o estado, o que resultou na reestruturação socioespacial sustentada pela pequena produção familiar.

A partir do final da década de 1990, foram introduzidas em Rondônia as primeiras lavouras de soja, em particular na região conhecida como “Cone Sul rondoniense”, constituída pelos municípios de Vilhena, Colorado do Oeste, Corumbiara, Cerejeiras e Chupinguaia, o que tornou essa área o principal centro de produção de grãos do estado.

Em Rondônia, o rio Madeira se converteu em um corredor de exportação de commodities, especialmente soja e milho, a partir da constituição de um sistema multimodal de transporte que articula a produção de grãos do oeste de Mato Grosso e da região de Vilhena à Hidrovia Madeira-Amazonas, à BR-364 e ao Porto da capital do estado.

O sistema agrícola, ancorado na produção de monoculturas de grãos, demanda recursos crescentes de terra e água e, em função disso, observa-se que o uso das águas na região – seja para transporte ou produção de energia – passou a ser interesse de grupos diversos que se apropriam dos bens naturais para a produção de commodities como a soja.

A organização do espaço agrário rondoniense modelou-se a partir de processos de imigração espontânea da população nordestina, que, a partir do século XIX, afluiu para essa região fugindo das secas periódicas que assolavam a região da Caatinga, e que passaram então a desenvolver atividades econômicas em articulação com os povos indígenas que ali viviam.

Exploração ilegal de madeira de elevado valor comercial.

Aumento de atividades de mineração em terras indígenas.

Disputas em torno de diferentes usos para as bacias hidrográficas.

Extrativismo de produtos florestais e manejo florestal sustentável.

Cercamentos expropriatórios sobre os territórios dos grupos comunitários.

I e II.

II e IV.

I e IV.

I, III e IV.

II, III e IV.

A depressão do rio Guaporé é caracterizada por extensas superfícies aplainadas e vastos tabuleiros de baixa altitude, com a presença de rios meandrantes, cristas isoladas e inselbergs constituídos por litologias mais resistentes à erosão, destacando-se na paisagem a Serra do Colorado.

Em relação ao relevo, a maior parte do estado é constituída por terras baixas caracterizadas como uma vasta depressão (Depressão Amazônica ), sendo constituída tanto por tabuleiros e antigos terraços das formações Jaci-Paraná e rio Madeira quanto pelas superfícies aplainadas esculpidas sobre o Escudo Sul-Amazônico.

Rondônia está quase toda situada no Domínio Morfoclimático das Terras Baixas Equatoriais da Amazônia, embora na região sul-sudeste do estado, mais especificamente nas imediações da cidade de Vilhena, sejam encontradas áreas relacionadas ao Domínio Morfoclimático dos Chapadões Semi-Úmidos recobertos por Cerrados.

Na porção central do estado de Rondônia se localizam os Planaltos Sedimentares do Sul da Amazônia, com cotas altimétricas entre 300 e mais de 1.000 metros, a exemplo das serras de Pacaás Novos e Uopianes, em cujos topos é encontrada vegetação de Cerrado em contato com a floresta amazônica, presente nas escarpas e nos fundos de vales.

Ao norte do estado de Rondônia são encontradas superfícies de aplainamento situadas no interior de uma vasta superfície rebaixada por subsidência tectônica, com cotas altimétricas entre 150 e 250 metros, que se apresenta, em parte, coberta por sedimentação fluviolacustre moderna e presença de relevo residual como cristas isoladas e inselbergs.

Planície Amazônica / Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro;

Chapada dos Parecis e de Pacaás Novos / Planície Amazônica;

Vale do Guaporé-Mamoré / Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro;

Planície Amazônica / Chapada dos Parecis e de Pacaás Novos;

Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro / Vale do Guaporé-Mamoré.