Questões de Direito Penal - Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
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Questão: 21 de 24
5f52804d0905e967a1035043
Banca: CESPE / Cebraspe
Órgão: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
Cargo(s): Juiz
Ano: 2013
Matéria/Assunto: Direito Penal > Aplicação da lei penal
De acordo com entendimento doutrinário dominante, a lei excepcional ou temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, ainda que, no momento da condenação do réu, não mais vija, ou ainda, que tenham cessado as condições que determinaram sua aplicação.
Tendo o Código Penal adotado sem exceção o princípio da territorialidade, a lei penal brasileira aplica-se somente aos crimes praticados no território nacional.
O prazo prescricional começa a ser contado a partir do dia seguinte ao da prática do delito, não se podendo considerar, em sua contagem, frações de dia.
Lei superveniente que abrande a penalidade referente a determinado crime somente beneficiará réu processado na vigência da lei anterior se não houver trânsito em julgado da sentença condenatória quando de sua entrada em vigor.
Se, no curso do cumprimento de pena por determinado réu condenado por sentença transitada em julgado, lei nova deixar de considerar crime o ato por ele praticado, cessará a execução da pena, mas não os efeitos da condenação.
Questão: 22 de 24
5f52804d0905e967a1035045
Banca: CESPE / Cebraspe
Órgão: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
Cargo(s): Juiz
Ano: 2013
Matéria/Assunto: Direito Penal > Crimes contra a administração pública > Crimes de particular contra a administração em geral
Se determinada pessoa, em decorrência de discussão em fila de hospital onde espera atendimento por ter sido agredida com um soco, acaba agredida por outro paciente e, por isso, perde um dente, deve o autor da primeira agressão responder pela prática do crime de lesão corporal agravado pelo resultado perda do dente, já que a segunda agressão ocorreu apenas porque a vítima já havia sido por ele agredida.
De acordo com a teoria da imputação objetiva, a criação de um risco proibido é suficiente para se atribuir ao agente o tipo incriminador, ainda que o resultado não decorra diretamente desse risco.
Classifica-se como crime de mão própria a ação de exigir de outrem vantagem indevida se o agente for funcionário público e, no momento da prática do ato, estiver no exercício de sua função.
Para a configuração do crime de desobediência, não é necessário o resultado naturalístico.
Aquele que, tendo obrigação de evitar o resultado, não o faz responderá pela prática de crime omissivo próprio.
Questão: 23 de 24
5f52804e0905e967a1035048
Banca: CESPE / Cebraspe
Órgão: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
Cargo(s): Juiz
Ano: 2013
Matéria/Assunto: Direito Penal > Teoria do Crime > Tipicidade, ilicitude, culpabilidade e excludentes
Configura-se crime impossível, que enseja a exclusão da ilicitude, a conduta de tomar remédios para abortar, se, posteriormente, ficar comprovado que a autora nunca esteve grávida.
De acordo com a teoria do tipo indiciário, a tipicidade leva à presunção absoluta de ilicitude da conduta.
Adotando-se a teoria do tipo avalorado ou acromático, no caso de atropelamento com morte, a comprovação de que a vítima se jogou na frente do veículo para cometer suicídio seria relevante para a verificação da existência do fato típico.
Conforme a teoria dos elementos negativos do tipo ou do tipo total de injusto, a legítima defesa configura causa excludente da tipicidade.
De acordo com a legislação penal vigente, toda conduta de quem prevê o resultado é considerada dolosa.
Questão: 24 de 24
5f52804e0905e967a103504a
Banca: CESPE / Cebraspe
Órgão: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
Cargo(s): Juiz
Ano: 2013
Matéria/Assunto: Direito Penal > Teoria do Crime > Tipicidade, ilicitude, culpabilidade e excludentes
Age no exercício regular de direito o oficial de justiça que, em cumprimento a decisão proferida nos autos do procedimento de medidas protetivas de urgência, adentra no imóvel da ofendida para afastar do lar, coercitivamente, o ofensor.
A causa de exclusão da ilicitude decorrente da prática da conduta em estrito cumprimento do dever legal pode estenderse ao coautor se for de seu conhecimento a situação justificadora.
Age em legítima defesa aquele que, para combater o fogo que repentinamente tomou conta de seu automóvel, invade carro de terceiro estacionado nas proximidades e dele retira um extintor, sem autorização do proprietário.
As causas excludentes de ilicitude são exaustivamente elencadas no Código Penal.
De acordo com a teoria adotada pelo Código Penal, o estado de necessidade pode funcionar como causa de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade, conforme os valores dos bens em conflito.